quinta-feira, 30 de junho de 2016

Fat Family e Golpistas. Tudo a ver

Dá nojo, desesperança - e esperança!

Tiram alguém que não é acusada de corrupção para por no lugar outro sabidamente acusado

publicado 29/06/2016

Do Facebook do Conversa Afiada:

Silva Marcos: Mesmo que haja documentos provando que foi e é golpe nada acontece. A gente fica abismado, desacreditada de tudo. A pior coisa que pode acontecer a uma nação é perder a fé na Justiça, na imprensa e na ordem que julgava estabelecida. Ordem de quê? Para a gente trabalhar, trabalhar, pagar impostos para ir para os bolsos dos instruídos, poderosos acumuladores de fortuna. Como podemos acreditar nessa história de combate à corrupção, se tiram alguém que não é acusada de corrupção para pôr no lugar outro sabidamente acusado e até inelegível? Que tipo de corrupção é este que dizem que querem acabar se a mesma imprensa que acusava a presidente de negociar cargos agora mostra o interino negociando os cargos para se manter no poder como se fosse a coisa mais acertada a ser feita? Tenho horror, tenho nojo, tenho desesperança e esperança...


Fonte: CONVERSA AFIADA

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A tecnologia nos permite dar outra versão aos fatos, desmanipular notícias como essa

29 DE JUNHO DE 2016 POR LUCIANA OLIVEIRA



Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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Perícia confirma a farsa jurídica e o golpe. E agora, senadores, vão ignorar tal violência?

29 de junho de 2016 às 16h21

Farsa jurídica e golpe parlamentar

Luiz Carlos Bresser-Pereira, no Facebook

Comissão de três gestores do Senado examinou cuidadosamente as contas da Presidente Dilma Rousseff, encontrou irregularidades – a liberação de créditos sem aval do Congresso – mas não encontrou as famosas “pedaladas” que foram a justificativa jurídica do impeachment.

Confirma-se, assim, o que já está claro para muitos: que o impeachment, do ponto de vista jurídico, é uma farsa. E, portanto, confirma-se que estamos diante de um golpe parlamentar.

Por que dar um golpe? Afinal a democracia já está consolidada no Brasil.

Sim, está, mas pode sempre ser arranhada, desmoralizada.

O impeachment está ocorrendo porque o quadro econômico internacional agravou-se para os países da América Latina exportadores de commodities em 2014, o governo de esquerda cometeu erros, a recessão foi muito forte, e a direita se aproveitou disto para dar o golpe.

“Mas o governo Dilma perdera condições de governabilidade”, dizem os golpistas. Perdeu-as porque os próprios golpistas recusaram ao governo essas condições.

Os senadores com espírito público não estão percebendo tudo isso? Não creio. Há muitos que sabem que esse impeachment é uma violência contra o interesse público e a democracia.

Vamos, portanto, esperar. E cobrar.

Fonte: VIOMUNDO

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Existe alguma diferença entre o bandido Fat Family e os golpistas ?
Nenhuma diferença; todos desafiam as leis, o estado democrático e todos criam suas próprias regras.

A polícia está caçando Fat Family em todos os cantos, afinal faz parte do jogo dar uma resposta à sociedade, mesmo que em aparências.

O Brasil , hoje, tem um Estado paralelo criminoso que controla o Estado. Uma anomia.

Fat Family será detido, ou assassinado pela Polícia, e em seu lugar assumirá no comando dos negócios Fat Family II, conhecido pelos órgãos de segurança. Fat Family II será detido ou morto somente se aprontar alguma que tenha desdobramento midiático, caso contrário, ficará livre para tocar seus negócios, assim como golpistas famosos e assumidos, contraventores, sonegadores de impostos e outras figuras importantes e badaladas de nosso belo quadro social.

No estado criminoso, o crime é um valor, uma regra geral. No entanto, excessos de exposição de visibilidade podem levar alguns executivos do crime para a cadeia . Nada que produza traumas, pois tão logo o assunto seja esquecido os executivos serão soltos, por bom comportamento e cooperação com a justiça.

E o que dizer da delação premiada ?

Uma beleza para que o Judiciário do estado Criminoso possa prender quem se deseja prender, independente de provas.O delator, normalmente um bandido cheio de graves crimes nas costas, aponta o dedo para aquele que o Estado Criminoso deseja prender, e , com esse ato de cidadania, o delator tem uma redução significativa de sua pena, podendo , até mesmo, desfrutar as férias penais em residência própria, normalmente cercada de luxo.
Quem sabe se Fat Family, caso seja detido com vida, resolva cooperar com a Polícia e, com isso, em futuro bem próximo poder fazer parte de uma equipe de jurados em programa de televisão e ainda ser elogiado por Nelsinho Mota em uma generosa crônica no jornal O Globo em um dia de domingo. Tudo pelo bom comportamento.

O Estado Criminoso tem valores bem interessantes.

O golpe aplicado em Dilma é escancarado, um crime, uma violência, e os golpistas, todos conhecidos da população brasileira, circulam livremente , e com desenvoltura, por salões, palácios, realizando altos negócios em benefício do país e do bravo povo brasileiro.
Povo brasileiro, que a partir do mês que se inicia, receberá uma avalanche de informações sobre as olimpíadas no Rio Janeiro, que terá seu início em aproximadamente 30 dias.

O aparato midiático golpista fará uma intensa propaganda dos jogos, fazendo com que a população seja tomada por um sentimento nacionalista, enquanto os arranjos e acertos para viabilizar o golpe seguirão na calada da omissão imposta à sociedade. Tanto é assim que no cronograma do Senado, a votação final ocorrerá poucos dias após encerramento das olimpíadas, fruto de um acordo entre o COI - Comitê Olímpico Internacional- e o governo do golpe. Membros do COI demonstraram preocupação com uma possível votação no Senado durante a realização dos jogos, o que , na visão do COI, poderia ofuscar a atrapalhar os jogos. O governo do golpe aceitou a sugestão do COI, e , ao mesmo tempo, deu a senha ao aparato midiático golpista para priorizar os jogos e distrair o bravo povo brasileiro. Tanto é assim que o jornal da TV Bandeirantes, está apresentando, durante esta semana , uma série de reportagens sobre os jogos, com foco no enaltecimento da cidade do Rio de Janeiro que teria sofrido transformações positivas por conta do evento. Fat Family deve estar gostando das matérias .

Sobre o golpe e a situação do país, Paulo Moreira Leite, em seu blog, hoje, assim se manifestou:

"A postura de fingir que não há nada de escandaloso, inaceitável, neste processo, é uma tentativa de anestesiar consciências e distorcer os fatos".

quarta-feira, 29 de junho de 2016

O golpe e a irrigação no senado

A desintegração do mundo neoliberal: o piloto do golpe sumiu

A demanda por recheios distintos da rendição aos mercados vai acabar produzindo a sua oferta, mas o tempo para as respostas democráticas encurtou

por: Saul Leblon

reprodução
É o segundo espasmo de morte do neoliberalismo; o primeiro atingiu sua jugular econômica com a crise financeira sistêmica de 2008, da qual o organismo nunca mais se recuperou.
Agora foi a carótida política.
O sangue venoso e o arterial se misturaram espalhando a morte para dentro e para fora dos trilhos do livre mercado até descarrilar seu trem político.
É esse o filme que estreou em circuito mundial neste fim de semana.
Nas telas, o comboio bufa, estrebucha e arrebenta o que encontra pela frente, atrás e dos lados.
Tudo o que era sólido se desmancha no ar.
Mas ficha resiste em cair nos rincões mais aguerridos. Faz parte do desastre negá-lo.
O jornal Valor desta 2ª feira é um exemplo pungente.
Garrafais no alto da página proclamam em meio à montanha desordenada de ruínas a que foram reduzidos os pilares do golpe: ‘Brexit deve ter impacto limitado para o Brasil’
Sim, tanto quanto um frango desossado da Sadia consegue fazer uma pirueta e parar de pé na Praça dos Três Poderes.
O frango desossado tipo Serra, por exemplo.
A charanga estratégica do golpe desafina mas ele anuncia solene: ‘Distinto público, vamos redefinir a política externa ideológica em direção à maior liberalização dos mercados’.
Dá uma pirueta e se espatifa no picadeiro.
A cerca-lo, leões famintos rugem intenções opostas.
De um lado, a segunda maior economia da Europa troveja seu não a uniões enlaçadas pelo julgo ortodoxo, na sexta-feira; de outro, instintos protecionistas dos americanos cospem fogo pelas ventas de Donald Trump; mais próximo do seu pescoço, a política espanhola reafirma a impotência das soluções convencionais para tirar a economia do atoleiro neoliberal em que se encontra...
Etc.
Estivessem algo menos perplexos, os jornalistas embarcados talvez fizessem uma primeira autocrítica dos muitos anos de certezas graníticas.
Admitir que o único chão firme nesse momento são as reservas de US$ 370 bilhões que o ‘lulopetistmo’ acumulou, sob o bombardeio da crônica neoliberal, seria um bom começo.
Mas os tempos são turvos demais para a clareza dos espíritos.
Na Inglaterra, 52% dos eleitores resolveram dar um passo à frente caminhando dois para trás: por uma diferença de 1.269.000 votos, a consulta popular da última sexta-feira decidiu a saída do país da União Europeia. 
Dois dias depois, a Espanha foi  às urnas pela segunda vez desde dezembro:  do Podemos, que decepcionou, ao conservador PP, que venceu, sem liderar, nenhuma força saiu daí mandatada para dar um rumo novo ao ocaso econômico e social em que se encontra o país, após oito anos de terapêutica neoliberal.
Nos EUA,  o bafo morno das tempestades traz uivantes advertências de um conservadorismo que já não controla mais a criatura, com jeito de ‘anos 30’, como diz a Economist, que germina em seu ventre.
O desmonte que se aplica a contrapelo das urnas no Brasil deveria ser analisado à luz da gravidade pedagógica do curso tomado pela história nas últimas horas.
Sobretudo os senadores que em breve decidirão um processo ilegítimo de impeachment deveriam se perguntar: ‘Esgarçada a democracia, o que restará à nação?’
Não é precisa ser de esquerda para sopesar e refletir a gravidade do que se divisa do mirante da convulsão global: basta ser lúcido, contemporâneo e consciente das responsabilidades públicas com o futuro brasileiro.
Quantos desses há no Senado brasileiro?
O neoliberalismo revivificado aqui como diretriz ‘legitimadora’ do golpe , esfumou-se como alternativa de organização social e econômica na segunda principal economia da Europa.
Ao mesmo tempo e com igual intensidade, reafirmou o dano colateral da fragmentação política que se instala em sociedades submetidas a sua dieta, como mostra o caso do ‘ajuste espanhol’.
Receitas de supressão de direitos, empregos e gastos públicos, em nome de uma ‘contração expansiva’ a cargo do capital privada que nunca acontece, fazem água em todas as latitudes. 
Será o Brasil a exceção?
A experiência do mundo lança alertas à direita e à esquerda.
O desacorçoo, desprovido de um contraponto político alternativo à rendição neoliberal, levou o ambiente partidário espanhol à um círculo de ferro de indiferenciação e descrédito.
A indignação difusa da Praça do Sol ainda não foi suficiente para rompe-lo. 
Como um touro ferido, a democracia espanhola vagueia à procura de um projeto de futuro.
A incapacidade da política de dizer não ao mercado mantém a sociedade na UTI há oito anos,  onde acumula 21% de desemprego (44% entre os jovens), um PIB quase 6% inferior ao de antes da crise e a mumificação progressiva do tecido social, sob a ação medicamentosa que ora se anuncia aqui como a salvação da lavoura.
A dinâmica global colide de maneira ostensiva com o que diz a manchete do jornal Valor desta 2ª feira, cujo maior pecado não é barrigada jornalística.
O que de pior a mídia inocula no discernimento brasileiro é a interdição ao debate ecumênico do desenvolvimento, em nome de uma certeza ortodoxa desprovida de laços com a realidade.
O vigamento ideológico da pauta neoliberal, a crença de que o Estado menor fará a sociedade melhor, não entregou o que prometeu.
Após quatro décadas de supremacia quase absoluta do seu credo, as grandes multidões cansaram de esperar pelos milagres do Messias Mercado.
A desilusão jorra pela sarjeta dos bairros pobres e remediados nos quatro cantos do mundo, que sempre estiveram ali e dali não mudaram para melhor.
Regurgita igualmente seu explosivo descrédito nos novos aglomerados decadentes, como o cinturão da ferrugem nos EUA.
Ferrugem industrial e mal-estar social.
Protótipo de cemitério fabril, em seu pórtico reluz o vaticínio a outros milhões de distritos operários do planeta, encarcerados  na mesma lógica da liberdade para as coisas mortas e servidão para as  vivas.
O paradoxo segue uma receita universal.
Desguarnecer a manufatura local, baratear importações dos clusters asiáticos, desencadear sucessivas contrapartidas de arrocho mitigatório e supressão de direitos, enxertar o vírus da pobreza e do desemprego nas famílias assalariadas, sepultar seu destino e o do país no definhamento tecnológico estrutural, consagrado como fatalidade diante da intocável liberdade para os capitais.
‘Nós que aqui estamos por vós esperamos’, dizem seis de cada sete norte-americanos, que ademais de não terem curso universitário, também não tem emprego nos dias que correm.
Formam eles a base do eleitorado que desistiu de esperar por uma solução ‘de mercado’.
Passaram a enxerga-la, perversamente, na mais arrematada personificação do seu algoz: o protecionismo regressivo, xenófobo, fascista, racista, preconceituoso e excludente.
Ou apenas, Donald Trump.
Seu sucesso reafirma, por caminhos contrapostos, a indissociável importância para a democracia da inserção produtiva sólida das famílias assalariadas, da sua identidade histórica e da correspondente organização de classe em torno de valores e direitos sociais compartilhados.
A mesma pobreza desgarrada que enxerga luz na escuridão vendida por  Trump, optou pelo Brexit na Inglaterra e se rendeu ao desalento do ‘tanto faz isso ou aquilo’ na Espanha, neste domingo.
O cheiro de morte que empesteia o mundo desde a crise de 2008 se espessa na putrefação da pele política.
Vive-se a experiência de uma crise capitalista sistêmica que não gerou as forças de ruptura para a sua superação.
O resultado é a treva.
Essa que ‘ilumina’ as escolhas observadas nas últimas 72 horas e cujo poder contagioso equivale ao da peste negra –dos camisas negras— em outro divisor histórico.
A trinca aberta entre a base da sociedade e aqueles que deveriam vocalizar o conflito, mas, sobretudo, a negligência deliberada com a organização e o esclarecimento adequado dessa base, redundou no paradoxo infernal.
Não é um alerta difuso.
Cai como uma luva no Brasil. 
Uma crise capitalista sistêmica que não gera forças de ruptura para supera-la encontra seu condottiere nas expressões mórbidas do próprio capitalismo.
O resultado é a  virulência do que se busca despejar nos ombros das famílias assalariadas de todo o planeta.
E desde 12 de maio também nas do Brasil.
O país que em 1988 promulgou uma Constituição garantidora de direitos sociais e trabalhistas, a contrapelo da voragem neoliberal então avassaladora no planeta, engata mais uma viagem na contramão do tráfego histórico.
A diferença agora é que isso se faz em frontal contradição com os interesses da maioria da população.
E no lugar de uma repactuação constituinte, a bordo de um golpe de Estado. 
A legitimidade para isso? As contas viciadas de uma plutocracia sonegadora para a qual a Carta Cidadã não cabe no orçamento da nação.
O pulo do gato do esbulho – aquilo que o diferencia de uma ditadura clássica-- é usar o combate seletivo à corrupção como biombo para a repressão política inerente à regressão social.
É disso que cuida o califado de Curitiba. 
Não fosse por esse achado –para o qual contribuiu o mergulho petista no universo do caixa 2 eleitoral—seria preciso chamar de volta a OBAN para dobrar a resistência à usurpação. 
Basta Moro, por enquanto.
A corrupção endógena a um sistema político fragmentado para dar ao dinheiro o comando do todo, não é o único fator de desmoralização da democracia.
A subordinação do Estado ao mercado avulta como a principal fonte da descrença do nosso tempo na política, nos partidos e no voto.
É isso que estão dizendo os ingleses cuspidos do paraíso dos livres mercados prometido por Thatcher em 1979, no qual nunca couberam.
A exclusão é um requisito à estabilidade da geringonça.
Será mesmo?
Quatro décadas de neoliberalismo esfarelaram a classe média dos EUA e desmontaram o estado do Bem-Estar europeu.
A renda real da outrora afluente classe média gringa encontra-se estagnada no nível de 1977, tendo o PIB crescido 50% no período.
Nunca a desigualdade foi tão extremada como agora na sociedade mais rica da terra.
A tese neoliberal de que a concentração em cima, vazaria a riqueza por gravidade para baixo, chocou uma falácia.
A fatia da renda nas mãos dos 20% mais ricos nos EUA chega hoje a 55% do total; evoluiu na razão inversa na base da pirâmide.
Não é menos regressivo o quadro europeu.
Pesquisas mostram que a diferença entre um rico e um pobre na sociedade europeia era de 1 para 12, em 1945; passou de 1 para 82, em 1980; é de 1 para 530 atualmente.
Em toda a UE, apenas os dilacerados mercados de trabalho de Portugal e Grécia pagam salários médios mais baixos que aqueles recebidos pelos trabalhadores ingleses, que votaram maciçamente no Brexit, na última sexta-feira.
São ingleses, também, os experimentos mais radicais de desregulação do mercado de trabalho em curso na UE.
A mão de obra ‘just in time’, como já observou Carta Maior neste espaço, é uma dessas modalidades ultraflex,  acalentadas aqui pelos paladinos da terceirização total.
A nova tecnologia trabalhista reduz o empregado a um insumo requisitado da rua apenas quando a demanda imediata o exige.
Somente o tempo de uso estrito pela engrenagem produtiva será remunerado.
É melhor que a senzala.
Há 700 mil ‘insumos humanos’ desse tipo no capitalismo britânico, sendo a modalidade de ‘emprego’ que mais cresce na terra de Shakespeare, onde a decadência laboral e o fastígio da riqueza financeira pareciam conviver funcionalmente, até a abertura das urnas no dia 24.
O que esse conjunto de martírios e recusa nos diz é que um ciclo está se fechando na sociedade capitalista no século XXI.
A supremacia financeira insaciável perdeu a capacidade de girar a roda da história na direção das necessidades objetivas e psicológicas da humanidade.
Engasgado na própria saliva, o neoliberalismo regurgitar a autodissolução em manifestações de extremismo conservador. 
O desenlace permanece em aberto em todo o mundo, a evidenciar uma mudança de época que não encontrou ainda um protagonista capaz de virar a página do calendário.
Não há escolha fácil nesse ambiente difícil, assoalhado de chão mole por todos os lados.
O terremoto deve sacudir o sonambulismo da esquerda mundial a partir de agora.
A demanda por recheios distintos da rendição aos mercados vai acabar produzindo a sua oferta. 
Mas o tempo para a resposta democrática encurtou.
Uma heroica renovação da esquerda, ou a sua não menos trágica extinção em benefício de manifestações totalitárias emergentes, é o que pulsa no monitor da história.
O anacronismo temerário da agenda golpista no Brasil estreitou adicionalmente o tempo dessa escolha entre nós.

Fonte: CARTA MAIOR
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Em um momento de desintegração do mundo neoliberal, em que se aguarda uma proposta para um mundo novo, o Brasil do golpe acelera forte com o neoliberalismo para o pior dos passados. Em um momento em que o novo mundo poderia surgir dos trópicos, o golpe reforça uma prática comum das elites brasileiras por implementar opções tardias e obsoletas.

Trump, Brexit, o racismo, a xenofobia, a violência nos grandes centros urbanos, são expressões de um mundo que ainda não se encontrou com o novo e, em desencanto com realidade, acha que tudo é igual, qualquer coisa serve. De alguma forma, em seu túmulo, Margareth Tatcher sorri, pois se manifesta a sua máxima por ocasião da opção neoliberal ao final dos anos da década de 1970: TINA - there is no alternative.

No Brasil, o golpe cavalga na calada da noite em reuniões Temer - Cunha, Temer - Marinho e juízes do STF e do STJ com ministros do golpe.

É sabido que a consolidação do golpe depende da votação do processo de impeachment no Senado , onde , apenas, 81 senadores definirão o destino do país.

Com os escândalos diários de corrupção no meio político e ainda com o conhecimento por parte da população das práticas de corrupção existentes por décadas, naturalmente a população brasileira nutre algum tipo de desconfiança sobre a votação que irá ocorrer no Senado. A realidade do passado e os fatos do presente autorizam o povo brasileiro a desconfiar da lisura da votação. Com esse histórico, seria normal e desejável que todos os senadores estivessem sendo monitorados, 24 horas por dia, com autorização do Judiciário, claro.

Já se tem conhecimento, público, que o golpe distribui cargos, promessas e sabe-se lá o que mais, para senadores, amigos de senadores , parentes de senadores, etc...

Para garantir o golpe, o governo não medirá esforços para irrigar supostos senadores - antes aliados ao golpe - que , em alto e bom som midiático, declaram que podem votar contra o impeachment.

Não deixa de ser uma ironia essa distribuição de fartura para alguns senadores, justo no momento em que se discute tais práticas e , cabe lembrar que a população que foi às ruas apoiar o golpe levou a bandeira contra a corrupção.

81 senadores, o destino do país, a vida de 206 milhões de brasileiros, um golpe de estado, corrupção.

O caminho para o Brasil certamente não é o golpe. O golpe será uma tragédia para a maioria do povo brasileiro, inclusive para a classe média que foi às ruas pedir o fora Dilma.

O momento mundial é de sair na frente, com um projeto novo, que abandone de vez as políticas neoliberais e outros projetos do passado.

A manutenção de Dilma na presidência da república, em seus dois anos de mandato pela frente, seria a transição para um novo modelo de desenvolvimento.

Em lugar de plebiscito sobre novas eleições, Dilma, e sua base aliada - incluídos os movimentos sociais - deve elaborar e apresentar para a população brasileira, o mais rápido possível, uma proposta para os dois anos de transição.

O neoliberalismo acabou e o passado é uma roupa que não se pode mais vestir.

Enquanto isso, vigilância total nos senadores e povo nas ruas contra o golpe.


terça-feira, 28 de junho de 2016

Globo e a campanha para acabar com o que resta de democracia

Supremacia dos mercados deu nisso: 
na fragmentação da sociedade, que perdeu seus laços de coesão social e econômica

Fonte: CARTA MAIOR
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Às vésperas das Olimpíadas a Globo reedita o tempo do bandido Cara de Cavalo

52 tiros
(Foto: Jornal Última Hora, 05 de outubro de 1964)
Por Bajonas Teixeira de Brito Junior, colunista político do Cafezinho.
Às vésperas de um dos eventos internacionais mais importantes da história do Brasil, e de uma tragédia anunciada, com o RJ em estado de calamidade pública, a Globo reedita a caçada ao bandido Cara de Cavalo, um dos momentos mais sombrios da história brasileira e que teve sérias consequências para a escalada da violência nos tempos da Ditadura. Desde o dia 20, portanto, há nove dias, o assunto do traficante Fat Family resgatado num hospital do RJ é notícia insistente no principal portal da Globo.

Celularia e traficante_dia 20 de junho
(Imagem da home G1 de 20 de junho)


Há 52 anos atrás, em outubro de 1964, depois de uma campanha intensa na imprensa, que mobilizou todo o Rio de Janeiro, e um enorme contingente de policiais, o bandido Cara de Cavalo, um meliante comum agigantado para vender jornais, era morto com 52 tiros. Sua morte marcou o início da Scuderie Le Cocq, em homenagem ao detetive Milton Le Cocq, morto pelo bandido. O saldo da promoção dos sentimentos de medo e ódio instigados pelos jornais foi, como se vê, um enorme impulso para a eclosão dos esquadrões da morte que dominariam nas décadas seguintes.

Morreu insultando os policiais

O Brasil hoje é visto do exterior pela lente mais negativa possível: dengue, zika, chikungunya, corrupção endêmica, criminalidade galopante, falência do Rio de Janeiro, desvios nas obras públicas das Olimpíadas, poluição extrema da Baia de Guanabara (um dos locais dos jogos), golpe de estado, assassinatos de índios e sem terras, polícias que ocupam os primeiros lugares no ranking mundial da violência, etc.
Como entender que, numa conjuntura dessas, e na proximidade de um evento tão importante para o país, e que consumiu tantos recursos públicos, sempre com o argumento de que seu retorno seria muito maior, a Globo se dedique dia e noite, há quase dez dias, a superdimensionar um caso corriqueiro de banditismo?
É difícil avaliar as consequências para a imagem do Brasil no exterior do momento atual vivido pelo estado do Rio de Janeiro. Sem recursos até para garantir sequer a alimentação de presos e muito provavelmente com crianças e idosos passando fome em instituições públicas. No entanto, dentro do caos completo instalado pela corrupção e pelo descaso na administração pública, o estado passou a viver uma caçada desenfreada ao bandido apelidado de Fat Family.
O portal da Globo, o G1, dedicou inúmeras matérias ao traficante e as têm estampado durante quase 24 horas a cada dia. Nos portais da internet, tempo de exposição é tudo. É claro que esse expediente serve de “operação tapa buraco” para desviar as atenções da falta de boas notícias do governo Temer, e, para além disso, para preencher o vazio deixado pelas denuncias contra esse governo, que o portal ou não expõe ou dedica um tempo curto (e letras minúsculas).

Ação da PM deixa 5 mortos
Portanto, há um sentido prioritário talvez de desinformação na campanha veiculada pela Globo. Evidentemente, como sempre acontece, o discurso e as preocupações da Globo ditam o grau e a escalada das ações públicas. O interesse público, há muito tempo, se confunde com o interesse privado da Globo. Com isso, não é de estranhar que surjam fatos como esse noticiado em matéria no G1 hoje:
Até agora a Globo tem sido odiada, desprezada, hostilizada por uma parte da população que repudia seu papel na pré-produção do Golpe. O diagnóstico do papel da emissora, e de outros meios de comunicação no Brasil, para criar o estado de espírito propício ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, foi compartilhado por muitos correspondentes estrangeiros no Brasil. A partir daí, a imagem negativa da Globo ganhou o mundo.
Contudo, apesar de todas as críticas, imaginava-se que a Globo agia racionalmente, e que não seria capaz de atingir o interesse público e o interesse do país de maneira tão frontal para atingir seus objetivos políticos. Ao menos foi o que a emissora em mais de uma vez tentou fazer crer, como por exemplo ao criticar o aumento do judiciário, no editorial da revista Época A nova pauta-bomba.
Deve-se temer que a atual campanha, produza, além de um ingrediente a mais para o fracasso retumbante das Olimpíadas, e para prejuízos astronômicos dos investimentos públicos com o evento,  mais uma ascensão dos níveis de ódio, e que, por essa via, sirva para nos deixar mais próximos de algum tipo de militarização do poder.
Bajonas Teixeira de Brito Júnior – doutor em filosofia, UFRJ, autor dos livros Lógica do disparate, Método e delírio e Lógica dos fantasmas, e professor do departamento de comunicação social da UFES.
Fonte: O CAFEZINHO
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sábado, 25 de junho de 2016

Tese de impeachment desaba de vez. É golpe

PMDB: pedalada foi desculpa do Golpe

Líder do partido confessa patranha
publicado 25/06/2016
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Rose comete sincericídio!
Da Rádio Itatiaia:

Líder do PMDB no Congresso admite que pedaladas foram desculpa para tirar Dilma

Depois do deslize do presidente em exercício Michel Temer, ao afirmar à imprensa internacional que tirou o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) da presidente afastada Dilma Rousseff para impedir que ela denunciasse ‘o golpe’ pelo país, agora, a líder do governo no Congresso Nacional, senadora Rose de Freitas (PMDB), admite que não houve pedaladas fiscais e que o motivo do impeachment é outro.

“Porque o governo saiu? Na minha tese, não teve esse negócio de pedalada. Eu estudo isso, faço parte da Comissão de Orçamento. O que teve foi um país paralisado, sem direção e sem base nenhuma para administrar. A população não queria mais e o Congresso não dava a ela os votos necessários para tocar nenhuma matéria. E o país não podia ficar parado”, afirmou em entrevista à Itatiaia.

A senadora acredita que o processo de impeachment no Senado não será revertido e que Dilma será afastada definitivamente na votação prevista para acontecer em agosto. “Eu fiz uma pergunta para aqueles que advogam pela reversão citando uma música do Caetano (Veloso) que diz ‘se foi para desfazer, porque fez?’”, argumentou.

“Se voltar esse quadro, o que você vai fazer? Vai ter um país parado outra vez? Não é possível”, completou.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Denúncia perde força e Dilma reúne aliados

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A conclusão da perícia do Senado, de que a presidente suspensa Dilma Rousseff não foi responsável pelas pedaladas fiscais, explicita a natureza golpista do impeachment e enfraquece muito a denúncia de crime de responsabilidade, avaliam o PT e a defesa de Dilma. Restará a acusação de que três decretos violaram a meta fiscal, o que não se sustenta, pois a meta foi reajustada no final de 2015, diz o deputado petista Paulo Pimenta. Com este ganho para a defesa técnica, Dilma tentará, em reunião amanhã, aparar diferenças com a Executiva do PT sobre a proposta de um compromisso público dela com a realização de um plebiscito sobre nova eleição, tão logo seja absolvida e reconduzida ao cargo. A reunião com os movimentos sociais ocorrerá depois do acerto com o partido.

- Com a perícia do Senado, a acusação faz água, pois a incompatibilidade dos decretos com a meta fiscal foi resolvida com o reajuste da meta. Por isso mesmo o governo agora está se afastando da acusação formal e adotando discursos como o de Rose de Freitas, de que Dilma foi afastada porque não tinha condições de governar e coisas do gênero. Ou seja, o que está em curso é um golpe mesmo – diz Pimenta.

Depois da reunião de amanhã com o PT, Dilma voltará a se reunir com os movimentos sociais que apoiam a luta contra o impeachment. Entre eles as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, a CUT, o MST, a UNE e a Central de Movimentos Populares. A CUT esclarece que o apoio à proposta ainda divide a central, não sendo consenso também dentro do MST. Lula tem dito que PT e aliados não podem ficar parados, esperando que a Lava Jato inviabilize o governo provisório com mais denúncias contra seus integrantes, ou contra o próprio Temer, e que o mero esforço para atrair senadores não surtirá efeito sem a oferta de uma saída legítima para a crise, como a nova eleição.

Temer vem atuando fortemente no Senado para garantir a maioria de 54 votos que lhe garantirá a efetivação do cargo. Neste final de semana foi a Nerópolis, no interior de Goiás, para prestigiar a festa de aniversário do senador pepista Wilder Morais. Tudo por um voto. Amanhã, num gesto de aproximação, o presidente do Senado, Renan Calheiros, receberá os senadores para um jantar com o ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Os levantamentos, entretanto, mostram a existência de senadores indecisos ou indefinidos que poderiam garantir a absolvição de Dilma se forem convencidos a apostar na saída pela eleição direta. A pesquisa Ipsos mostra que o governo Temer é rejeitado por 70% da população, antes mesmo de ser inteiramente apresentada a agenda que corta direitos e sacrifica conquistas populares, como as reformas previdenciária e trabalhista, que ele só enviará ao Congresso depois de efetivado.

- Temos dois meses para intensificar a resistência ao golpe e denunciar este governo que é o pior de todos os tempos: ilegítimo, composto por corruptos, violador da lei e dos direitos e disposto a entregar o patrimônio nacional. Por isso mesmo estão esvaziando o Congresso, para que não tenhamos tribuna. Antes da votação do impeachment na Câmara, tinha sessão de segunda a sexta para contar prazo. Agora, vamos ter uma semana vazia, dedicada a São Pedro e São Paulo. E a mídia acha tudo natural, embora esteja na cara que o recesso junino tem propósito político – diz Pimenta.


Fonte: Blog do Miro
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Caneta Desmanipuladora
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Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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A ignorância que limita e aprisiona

A raça humana não pode suportar tanta realidade



sexta-feira, 24 de junho de 2016

O Golpe na mira

“Fica quieta, ONU” não funciona e Nações Unidas criticam Temer por EBC e CGU

bolinha
Inacreditável, mas verdadeira, a informação do correspondente do Estadão, o ótimo Jamil Chade, de que “a diplomacia brasileira tentou evitar” a divulgação de um documento onde a  ONU critica a decisão do governo de Michel Temer de transformar a Controladoria-Geral da União (CGU) no Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle e questiona a “interferência” do Palácio do Planalto na direção da Empresa Brasil de Comunicações (EBC).
Nada mais eleoquente que a atitude do Itamaraty para dar razão ao que dizem”
“Num comunicado emitido ao mesmo tempo pela ONU e pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, as entidades também alertam para os riscos para a liberdade de expressão.” 
Reproduzo, na íntegra, o comunicado distribuído hoje pela ONU e pela OEA:

ONU e OEA sobre liberdade de expressão 
alertam para interferências na EBC e na CGU

Relatores para a Liberdade de Expressão das Nações Unidas e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) manifestaram hoje (24) sua preocupação com as medidas adotadas pelo atual Governo Federal interino do Brasil em relação à intervenção na direção da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a conversão da Controladoria Geral da União (CGU) em Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.
“A interferência na direção da EBC e a conversão da CGU em Ministério são passos negativos para um país conhecido pelo seu sólido compromisso com a liberdade de opinião e expressão”, afirmaram o relator especial das Nações Unidas sobre a Promoção e Proteção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão, David Kaye, e o relator especial interamericano para a Liberdade de Expressão, Edison Lanza.
“O Brasil está passando por um período crítico e precisa garantir a preservação dos avanços que alcançou na promoção da liberdade de expressão e do acesso à informação pública ao longo das duas ultimas décadas”, disseram os relatores.
No dia 17 de maio, o presidente interino do Brasil substituiu o diretor da EBC, que estava apenas começando seu mandato de quatro anos. Em 2 de junho, o diretor da EBC foi reconduzido ao seu cargo por uma liminar do Supremo Tribunal Federal. Antes do seu retorno, a nova direção havia suspendido o contrato de alguns jornalistas em razão de um alegado “viés politico” contrário ao novo governo e cancelado alguns programas de televisão.
“Tomamos nota das preocupações expressadas pelo governo sobre a situação econômica da EBC. Entretanto, essas preocupações não justificam interferências na administração de uma emissora pública nacional e, em particular, no seu trabalho jornalístico. Portanto, felicitamos a decisão do ministro do STF Dias Toffoli, por reconduzir o diretor da EBC ao seu cargo”, afirmou o relator especial da ONU, Kaye.
“Pelas normas internacionais, os Estados devem assegurar que os serviços públicos de radiodifusão tenham um funcionamento independente. Isso significa, fundamentalmente, garantir a sua autonomia administrativa e liberdade editorial”, continuou o relator especial interamericano Edison Lanza.
“A iniciativa de desenvolver uma emissora pública nacional alternativa com status independente foi um esforço positivo para a promoção do pluralismo na mídia brasileira; em especial, considerando-se os problemas de concentração da propriedade dos meios de comunicação no país”, afirmou Lanza, que também manifestou preocupação com os posicionamentos recentes de algumas autoridades brasileiras, que sugeriram o fechamento da EBC.
Os dois relatores para a Liberdade de Expressão também chamaram atenção para a incorporação da CGU pelo recém-criado Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.

“Nos últimos anos, os principais avanços alcançados no Brasil em termos de promoção do direito à informação se beneficiaram fortemente do trabalho da CGU”, apontou Lanza, ao lembrar que a instituição auxiliou a promover a Lei de Acesso à Informação de 2011.
Lanza também apontou que “por conta de sua ligação direta à Presidência da República, a CGU pôde oferecer uma oportunidade de recurso a todos aqueles a quem o acesso à informação havia sido negado por ministérios e outras instituições federais. É importante garantir a manutenção dessa capacidade no novo arranjo institucional”.
“As organizações que proporcionam o acesso à informação e promovem a prestação de contas devem ser protegidas de interferências politicas. Qualquer alteração no funcionamento da antiga CGU deveria visar torná-la mais autônoma e independente de determinações do Poder Executivo”, apontou Kaye, que também expressou preocupação com as notícias de que o novo ministro da Transparência sugeriu que funcionários da instituição insatisfeitos com o novo governo deixassem a organização.
Os dois relatores para a Liberdade de Expressão iniciaram um diálogo com o governo brasileiro quanto à compatibilidade das medidas adotadas pelas autoridades em relação aos padrões internacionais ligados ao direito à liberdade de opinião e expressão.

Fonte: TIJOLAÇO
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