segunda-feira, 23 de maio de 2016

Todos às ruas para derrubar o golpe dos ladrões, corruptos e bandidos

Temer está tecnicamente morto depois das inconfidências de Jucá. 

Postado em 23 May 2016
Temer e Jucá com Delfim: rindo do quê?
O governo Temer, que já vinha se arrastando, está agora tecnicamente morto.
Não há salvação possível depois que veio a público, pela Folha, uma conversa entre o ministro Romero Jucá e um investigado na Lava Jato.
A conversa, numa linha, confirma o que já se sabia sobre o golpe: uma mulher honesta foi derrubada por homens corruptos.
A diferença, agora, é que isto foi claramente exposto por Jucá, um dos articuladores do impeachment e espécie de primeiro ministro de Temer.
O objetivo jamais foi combater a corrupção. Foi, sim, preservar corruptos como o próprio Jucá e tantos outros.
Não sobra ninguém da conversa. Temer, por exemplo, foi definido como “homem do Cunha”.
Em sua superior mediocridade, Temer passou uma vida inteira como como um figurante. Só foi notado pelos brasileiros quando apareceu com uma mulher que poderia ser sua neta. Agora, ele se consagra como o “homem do Cunha”.
Jucá cita também o Supremo como parte da trama. Afirma que esteve com vários ministros do STF para discutir o golpe.
Não os cita. Mas você pode deduzir facilmente que juízes militantes como Gilmar Mendes e Dias Toffoli falaram com Jucá.
Gilmar jamais fez questão de esconder sua militância. Numa cena infame, apareceu às vésperas do impeachment numa fotografia ao lado de Serra, e sequer ficou vermelho. Para ele, ficou natural ser um político desvairado com toga.
Nunca mais você verá uma sessão do STF da mesma forma, isto é certo. Aqueles senhores (e senhoras) circunspectos e com capas ridículas parecerão um bando de golpistas.
Rosa Weber há dias intimou Dilma a dizer por que ela anda chamando o golpe de golpe. Dilma pode entregar a Rosa uma cópia da conversa de Jucá.
Aécio também é citado na conversa: “Todo mundo conhece o esquema do PSDB.” Menos a mídia, talvez, quejamais tratou decentemente do assunto.
Isso permite ainda hoje a velhos demagogos como FHC, Serra e Aécio posarem de homens acima de qualquer suspeita e falarem de corrupção como se fosse alguma coisa da qual estivessem imaculadamente distantes.
A mídia também está lá na conversa gravada. Os barões da imprensa, está registrado, tinham todo o interesse em tirar Dilma.
Nenhuma novidade, mais uma vez. Colocar um presidente amigo, como Temer, daria às grandes empresas jornalísticas livre acesso ao dinheiro público, por meio de publicidade oficial, empréstimos do BNDES e outras mamatas que fizeram a fortuna bilionária dos Marinhos, dos Civitas e dos Frias.
A Folha, que participou ativamente da trama que derrubou Dilma, parece ter dado um golpe de mestre com esta história.
Enquanto a Globo descaradamente passou a praticar um jornalismo chapa branca, a Folha tenta mostrar que não tem rabo preso com ninguém, como disse seu marketing durante muitos anos.
É uma espécie de retorno aos últimos tempos da ditadura, quando a Folha pregava as diretas já e a Globo continuava a defender os militares.
Como a Globo vai-se sair dessa – se é que vai – é uma incógnita.
Quem, definitivamente, não tem como se livrar das consequências das inconfidências de Jucá é Temer, o Breve.
Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Supremo levou uma bofetada de Jucá. Ou o prende, ou se enterra no golpe sem exceções

jucastf
O que há de diferente nas gravações comprometedoras de Romero Jucá e Delcídio do Amaral?
A de Jucá é incomparavelmente mais grave e comprometedora.
Delcídio queria obter uma liberdade condicional para Nestor Cerveró, a fim de que ele não fizesse ou fosse econômico numa delação premiada para, depois, ajuda-lo a fugir.
Por maior que fosse o crime, ele se circunscreve em “cantar” ministros do Supremo para libertarem um homem e, assim, evitar as acusações que ele pudesse fazer a alguns, em especial ao próprio Delcídio.
Jucá diz ter feito o mesmo “diálogo” que Delcídio diz que fez ou arranjou que se fizesse, com ministros.
Mas não foi para soltar um acusado, foi para dar um golpe de Estado que livrasse todos os acusados ou investigados do PMDB e do PSDBque estão na fila.
E para que o furor moralizante se contentasse com os que já abocanhou e os mastigasse.
Jucá disse claramente que era preciso fazer com que Dilma caísse para que parasse tudo.
Tem que mudar o governo para estancar essa sangria”, diz Jucá, um dos articuladores do impeachment de Dilma. Machado respondeu que era necessária “uma coisa política e rápida”.(…)
Jucá acrescentou que um eventual governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional “com o Supremo, com tudo”. Machado disse: “aí parava tudo”. “É. Delimitava onde está, pronto”, respondeu Jucá, a respeito das investigações.
O senador relatou ainda que havia mantido conversas com “ministros do Supremo”, os quais não nominou. Na versão de Jucá ao aliado, eles teriam relacionado a saída de Dilma ao fim das pressões da imprensa e de outros setores pela continuidade das investigações da Lava Jato.
Jucá afirmou que tem “poucos caras ali [no STF]” ao quais não tem acesso e um deles seria o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no tribunal, a quem classificou de “um cara fechado”.
Portanto, só quem ficou de fora, nas palavras de Jucá, foi Teori. O resto dos ministros está sob suspeitas (para não dizer que alguns “sob certeza”) de que estavam na tramóia.
O STF levou uma bofetada.
É como se dissessem que o Excelentíssimo Dr. Ministro é um fdp.
O que vai fazer, solicitar à Procuradoria que “vá lá em casa e veja o que mamãe anda fazendo?”
Os ministros que não estiverem nessa trampa vão aceitar este conceito?
Não há desculpa para uma reação minimamente diferente da que tiveram com Delcídio, onde o processo se atropelou e mandaram prender em flagrante, porque havia, no plano, a “continuidade delitiva”.
E o plano do golpe, não está em pleno curso?
Como é que Ricardo Levandowski vai presidir o julgamento de Dilma no Senado se Jucá não o excluiu da lista dos que teriam topado o “pacto para frear a Lava Jato” onde está?
Se a bancada do PT não fosse molóide, estaria protocolando agora um requerimento na Comissão de Ética do Senado, porque a declaração foi dada com Jucá exercendo o cargo de Senador, antes de virar ministro.
Se é que vai continuar, porque Temer talvez não possa resistir à pressão para largar seu aliado na beira da estrada.
Se não o fizer, e já, estará assumindo quase que formalmente o que todo mundo sabe que fazia: agir em conluio do Romero Jucá para derrubar o Governo.
Jucá revelou os intestinos dos arranjos das tais “instituições”.
E o conteúdo deles corresponde ao continente
Fonte: TIJOLAÇO
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Romero Jucá coloca 

um ponto final no 

governo Temer



do processo de impeachment.
juca
Quando essa sua conversa com Sérgio Machado vem à tona, o que
se revela não é apenas um papo de amigos, mas os intestinos do golpe.
Fica claro que Dilma não foi afastada nem pelos seus erros e muito
menos por ter cometido crime de responsabilidade. Mas porque não 
aceitou participar da máfia da qual, segundo Jucá, fazem parte ministros 
do Supremo e setores das Forças Armadas, além de Aécio, seu PSDB 
e a mídia, que segundo Jucá, só pararia de falar na Lava Jato se Dilma 
sofresse o impeachment.
Essa gravação da conversa de Jucá e Sérgio Machado é muito mais
grave do que a delação de Delcídio ou a de Roberto Jefferson. 
Porque é algo espontâneo, onde tudo que é dito não faz parte de 
um roteiro. E revela os bastidores do golpe com uma nitidez 
impressionante.
Não há mais como dizer que o Brasil não vive um golpe de Estado
depois da revelação deste áudio. Internacionalmente isso será a prova
que muitos órgãos de imprensa precisavam para não ter mais dúvida
alguma sobre isso e democratas mundo afora vão se solidarizar
com Dilma.
O governo ilegítimo e interino de Temer foi atingido no coração.
É claro que a mídia que participou ativamente do golpe vai buscar
salvá-lo, mas essa operação tem chance zero de dar certo.
Esta dada a grande oportunidade para Dilma. Ela precisa sentar com
os senadores que não estão diretamente envolvidos no motim, articular
uma base ampla na sociedade civil, levando em consideração a força dos movimentos sociais que lhe deram apoio, conversar com grandes
empresários que não participaram dessa articulação e pactuar uma
nova agenda.
Um novo governo que teria como objetivo tirar o Brasil do impasse,
montando, de fato, um ministério de pessoas sérias e respeitadíssimas 
e que não dialogassem apenas com o Congresso, mas com o país como 
um todo.
Jucá, o maior dos conspiradores, abriu uma porta imensa para que se
possa salvar a democracia brasileira. É preciso aproveitá-la, mas com
muita tranquilidade e habilidade.
PS: Prestem bem atenção no que Jucá e Sérgio Machado falam 
sobre Aécio.
Nesta conversa, o tucano, aparece como é. 
E como todos os políticos o retratamem off.

Fonte: Blog do Rovai
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Em gravações, Jucá sugere que ministros
do Supremo pregavam golpe contra
Dilma para abafar Lava Jato
23 de maio de 2016 às 09h53



Captura de Tela 2016-05-23 às 09.52.32
Em diálogos gravados, Jucá fala em pacto para deter avanço da Lava Jato
Em conversas ocorridas em março passado, o ministro do Planejamento, senador licenciado Romero Jucá (PMDB-RR), sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos.
Gravados de forma oculta, os diálogos entre Machado e Jucá ocorreram semanas antes da votação na Câmara que desencadeou o impeachment da presidente Dilma Rousseff. As conversas somam 1h15min e estão em poder da PGR (Procuradoria-Geral da República).
O advogado do ministro do Planejamento, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que seu cliente “jamais pensaria em fazer qualquer interferência” na Lava Jato e que as conversas não contêm ilegalidades.
Machado passou a procurar líderes do PMDB porque temia que as apurações contra ele fossem enviadas de Brasília, onde tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal), para a vara do juiz Sergio Moro, em Curitiba (PR).
Em um dos trechos, Machado disse a Jucá: “O Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho. […] Ele acha que eu sou o caixa de vocês”.
Na visão de Machado, o envio do seu caso para Curitiba seria uma estratégia para que ele fizesse uma delação e incriminasse líderes do PMDB.
Machado fez uma ameaça velada e pediu que fosse montada uma “estrutura” para protegê-lo: “Aí fodeu. Aí fodeu para todo mundo. Como montar uma estrutura para evitar que eu ‘desça’? Se eu ‘descer’…”.
Mais adiante, ele voltou a dizer: “Então eu estou preocupado com o quê? Comigo e com vocês. A gente tem que encontrar uma saída”.
Machado disse que novas delações na Lava Jato não deixariam “pedra sobre pedra”. Jucá concordou que o caso de Machado “não pode ficar na mão desse [Moro]”.
O atual ministro afirmou que seria necessária uma resposta política para evitar que o caso caísse nas mãos de Moro. “Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria”, diz Jucá, um dos articuladores do impeachment de Dilma. Machado respondeu que era necessária “uma coisa política e rápida”.
“Eu acho que a gente precisa articular uma ação política”, concordou Jucá, que orientou Machado a se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e com o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).
Machado quis saber se não poderia ser feita reunião conjunta. “Não pode”, disse Jucá, acrescentando que a ideia poderia ser mal interpretada.
O atual ministro concordou que o envio do processo para o juiz Moro não seria uma boa opção. “Não é um desastre porque não tem nada a ver. Mas é um desgaste, porque você, pô, vai ficar exposto de uma forma sem necessidade.”
E chamou Moro de “uma ‘Torre de Londres'”, em referência ao castelo da Inglaterra em que ocorreram torturas e execuções entre os séculos 15 e 16. Segundo ele, os suspeitos eram enviados para lá “para o cara confessar”.
Jucá acrescentou que um eventual governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional “com o Supremo, com tudo”. Machado disse: “aí parava tudo”. “É. Delimitava onde está, pronto”, respondeu Jucá, a respeito das investigações.
O senador relatou ainda que havia mantido conversas com “ministros do Supremo”, os quais não nominou. Na versão de Jucá ao aliado, eles teriam relacionado a saída de Dilma ao fim das pressões da imprensa e de outros setores pela continuidade das investigações da Lava Jato.
Jucá afirmou que tem “poucos caras ali [no STF]” ao quais não tem acesso e um deles seria o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no tribunal, a quem classificou de “um cara fechado”.
Machado presidiu a Transpetro, subsidiária da Petrobras, por mais de dez anos (2003-2014), e foi indicado “pelo PMDB nacional”, como admitiu em depoimento à Polícia Federal. No STF, é alvo de inquérito ao lado de Renan Calheiros.
Dois delatores relacionaram Machado a um esquema de pagamentos que teria Renan “remotamente, como destinatário” dos valores, segundo a PF. Um dos colaboradores, Paulo Roberto Costa disse que recebeu R$ 500 mil das mãos de Machado.
Jucá é alvo de um inquérito no STF derivado da Lava Jato por suposto recebimento de propina. O dono da UTC, Ricardo Pessoa, afirmou em delação que o peemedebista o procurou para ajudar na campanha de seu filho, candidato a vice-governador de Roraima, e que por isso doou R$ 1,5 milhão.
O valor foi considerado contrapartida à obtenção da obra de Angra 3. Jucá diz que os repasses foram legais.
LEIA TRECHOS DOS DIÁLOGOS
Data das conversas não foi especificada
SÉRGIO MACHADO – Mas viu, Romero, então eu acho a situação gravíssima.
ROMERO JUCÁ – Eu ontem fui muito claro. […] Eu só acho o seguinte: com Dilma não dá, com a situação que está. Não adianta esse projeto de mandar o Lula para cá ser ministro, para tocar um gabinete, isso termina por jogar no chão a expectativa da economia. Porque se o Lula entrar, ele vai falar para a CUT, para o MST, é só quem ouve ele mais, quem dá algum crédito, o resto ninguém dá mais credito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Lula vai reunir ali com os setores empresariais?
MACHADO – Agora, ele acordou a militância do PT.
JUCÁ – Sim.
MACHADO – Aquele pessoal que resistiu acordou e vai dar merda.
JUCÁ – Eu acho que…
MACHADO – Tem que ter um impeachment.
JUCÁ – Tem que ter impeachment. Não tem saída.
MACHADO – E quem segurar, segura.
JUCÁ – Foi boa a conversa mas vamos ter outras pela frente.
MACHADO – Acontece o seguinte, objetivamente falando, com o negócio que o Supremo fez [autorizou prisões logo após decisões de segunda instância], vai todo mundo delatar.
JUCÁ – Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo e a Odebrecht vão fazer.
MACHADO – Odebrecht vai fazer.
JUCÁ – Seletiva, mas vai fazer.
MACHADO – Queiroz [Galvão] não sei se vai fazer ou não. A Camargo [Corrêa] vai fazer ou não. Eu estou muito preocupado porque eu acho que… O Janot [procurador-geral da República] está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho.
[…]
JUCÁ – Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. […] Tem que ser política, advogado não encontra [inaudível]. Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra… Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.
[…]
MACHADO – Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer].
JUCÁ – Só o Renan [Calheiros] que está contra essa porra. ‘Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha’. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.
MACHADO – É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.
JUCÁ – Com o Supremo, com tudo.
MACHADO – Com tudo, aí parava tudo.
JUCÁ – É. Delimitava onde está, pronto.
[…]
MACHADO – O Renan [Calheiros] é totalmente ‘voador’. Ele ainda não compreendeu que a saída dele é o Michel e o Eduardo. Na hora que cassar o Eduardo, que ele tem ódio, o próximo alvo, principal, é ele. Então quanto mais vida, sobrevida, tiver o Eduardo, melhor pra ele. Ele não compreendeu isso não.
JUCÁ – Tem que ser um boi de piranha, pegar um cara, e a gente passar e resolver, chegar do outro lado da margem.
***
MACHADO – A situação é grave. Porque, Romero, eles querem pegar todos os políticos. É que aquele documento que foi dado…
JUCÁ – Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura, que não tem a ver com…
MACHADO – Isso, e pegar todo mundo. E o PSDB, não sei se caiu a ficha já.
JUCÁ – Caiu. Todos eles. Aloysio [Nunes, senador], [o hoje ministro José] Serra, Aécio [Neves, senador].
MACHADO – Caiu a ficha. Tasso [Jereissati] também caiu?
JUCÁ – Também. Todo mundo na bandeja para ser comido.
[…]
MACHADO – O primeiro a ser comido vai ser o Aécio.
JUCÁ – Todos, porra. E vão pegando e vão…
MACHADO – [Sussurrando] O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele ser presidente da Câmara? [Mudando de assunto] Amigo, eu preciso da sua inteligência.
JUCÁ – Não, veja, eu estou a disposição, você sabe disso. Veja a hora que você quer falar.
MACHADO – Porque se a gente não tiver saída… Porque não tem muito tempo.
JUCÁ – Não, o tempo é emergencial.
MACHADO – É emergencial, então preciso ter uma conversa emergencial com vocês.
JUCÁ – Vá atrás. Eu acho que a gente não pode juntar todo mundo para conversar, viu? […] Eu acho que você deve procurar o [ex-senador do PMDB José] Sarney, deve falar com o Renan, depois que você falar com os dois, colhe as coisas todas, e aí vamos falar nós dois do que você achou e o que eles ponderaram pra gente conversar.
MACHADO – Acha que não pode ter reunião a três?
JUCÁ – Não pode. Isso de ficar juntando para combinar coisa que não tem nada a ver. Os caras já enxergam outra coisa que não é… Depois a gente conversa os três sem você.
MACHADO – Eu acho o seguinte: se não houver uma solução a curto prazo, o nosso risco é grande.
***
MACHADO – É aquilo que você diz, o Aécio não ganha porra nenhuma…
JUCÁ – Não, esquece. Nenhum político desse tradicional ganha eleição, não.
MACHADO – O Aécio, rapaz… O Aécio não tem condição, a gente sabe disso. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB…
JUCÁ – É, a gente viveu tudo.
***
JUCÁ – [Em voz baixa] Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem ‘ó, só tem condições de [inaudível] sem ela [Dilma]. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca’. Entendeu? Então… Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar.
MACHADO – Eu acho o seguinte, a saída [para Dilma] é ou licença ou renúncia. A licença é mais suave. O Michel forma um governo de união nacional, faz um grande acordo, protege o Lula, protege todo mundo. Esse país volta à calma, ninguém aguenta mais. Essa cagada desses procuradores de São Paulo ajudou muito [referência possível ao pedido de prisão de Lula pelo Ministério Público de SP e à condução coercitiva ele para depor no caso da Lava Jato].
JUCÁ – Os caras fizeram para poder inviabilizar ele de ir para um ministério. Agora vira obstrução da Justiça, não está deixando o cara, entendeu? Foi um ato violento…
MACHADO -…E burro […] Tem que ter uma paz, um…
JUCÁ – Eu acho que tem que ter um pacto.
[…]
MACHADO – Um caminho é buscar alguém que tem ligação com o Teori [Zavascki, relator da Lava Jato], mas parece que não tem ninguém.
JUCÁ – Não tem. É um cara fechado, foi ela [Dilma] que botou, um cara… Burocrata da… Ex-ministro do STJ [Superior Tribunal de Justiça].
Fonte: VIOMUNDO
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Dilma deveria responder à Rosa Weber com uma cópia da gravação do Jucá e um bilhetinho: 'Ajudo assim?. Disponha'.

Fonte: CARTA MAIOR
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Por aqui no PAPIRO, e em outros sites e blogues independentes, o golpe sempre foi tratado como golpe.

A armação para a acabar com a Lava jato depois do golpe e preservar os bandidos golpistas, também sempre foi citada na blogosfera independente.

O fato de um bando de ladrões, bandidos e corruptos, com o apoio do STF e de toda a grande mídia terem tramado o golpe, também sempre foi denunciado por aqui.

E eis que agora, nas conversa de Jucá, a verdade veio à tona em forma de esgoto sólido, ou seja, tudo aquilo que os blogues e sites independentes já denunciavam desde a releição de Dilma em outubro de 2014, explode como uma bomba.

Diante dos fatos o governo Temer sofrerá uma pressão terrível das ruas para que o presidente interino golpista pegue sua bela ,recatada e do lar, e deixe a presidência, já que não há mais sustentação para o governo. Mesmo que os golpistas venham a sacrificar Jucá para preservar o golpe - chamando Jucá de louco, drogado, ou qualquer coisa parecida - o governo interino de Temer está morto.

O golpe foi confirmado por um ministro de Temer, e não um ministro qualquer , já que Jucá tem funções e poderes similares a de um primeiro ministro.

A partir de hoje, e bem mais do que ontem, os protestos de rua contra o golpe se intensificarão, em qualidade e em quantidade, já que somente a sociedade pode barrar esse golpe sujo, uma vez que até mesmo o Poder Judiciário, como afirmou Jucá, é parte do golpe.

Assim sendo, ministra,o golpe está claro. Ou precisa desenhar ?

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