quarta-feira, 20 de abril de 2016

O Homem Que Quer Ser Presidente

The coup is on the table: a patrulha de jornalistas brasileiros sobre correspondentes internacionais.


Captura de Tela 2016-04-20 às 09.04.08
 Uma blogueira de um grande jornal de São Paulo foi uma das pessoas que comentou sobre a patrulha com correspondentes internacionais: “reparei que o editor-chefe da [revista] Época tem tuitado sobre o impeachment em inglês. São mesmo vários tuites. Alguém sabe do que se trata?”.
Ela comentava sobre Diego Escosteguy, que tenta vender seu peixe em inglês desde março deste ano. “Dilma e seu grupo estão acusando políticos brasileiros, juízes, promotores e jornalistas estarem armando um golpe. Isso é mentira”, escreveu.
Desespero de causa diante da ampla condenação do golpe no exterior? Sim. E ele não está sozinho nisso.
Escosteguy, Caio Blinder e Eliane Cantanhêde estão na linha de frente do exército que quer emplacar sua versão do impeachment na imprensa internacional. Glenn Greenwald tem sido a vítima predileta desse pessoal.
Entre outras matérias sobre o golpe, seu site Intercept falou de uma viagem do senador tucano Aloysio Nunesaté Washington depois da votação do impeachment para tentar reverter a opinião internacional. Greenwald também foi até o programa de Christiane Amanpour da CNN.
“A arenga CNN do Greenwald continua, pontificando sobre plutocracia no golpe contra Dilma. Ele está indignado com as coisas e eu com ele”, disse Blinder. “Mais um dos meus jornais favoritos me decepciona. Em editorial, El País diz que impeachment não resolve nada”.
Os correspondentes internacionais acabaram reagindo. Jan Piotrowski, da revista Economist, escreveu: “Já fui acusado de ser desde paraquedista até papagaio da agenda neoliberal de Londres”.
Mauricio Savarese, brasileiro que trabalha para a Associated Press (AP) no Rio de Janeiro, respondeu: “A nova onda agora é afirmar que correspondentes internacionais não entendem sobre Brasília porque eles estão de férias no Rio de Janeiro”.
Uma das “acusações” é a de que eles não moram em Brasília. “Nem todos nós moramos fora de Brasília”, disseAnna Edgerton, correspondente da agência americana Bloomberg na capital.
Simon Romero divulgou uma reportagem do New York Times com duas opiniões sobre o impeachment de Dilma Rousseff. O jornalista Alex Cuadros, que passou pela Bloomberg, afirma que o problema do PT no poder éprofundamente político. O jornal americano também ouviu a economista Laura Carvalho, que defende que o processo é um golpe de Estado.
“Acho muito curioso que as pessoas que detêm a narrativa da crise no Brasil lamentem não deterem a narrativa da crise lá fora. Quanta arrogância. Correspondentes viajam mais pelo Brasil do que os que vivem de disputar café da manhã com autoridade em Brasília. Sabem do que escrevem. Todo mundo comete erros e ninguém é perfeito. Mas esse ataque contra os correspondentes é inaceitável. Eles podem publicar uma ou duas reportagens equivocadas. Mas toda a cobertura deles é errada? Todos estão cobrindo errado? Isso é impossível”, resumiu Mauricio Savarese da AP em sua conversa com três correspondentes no Twitter.
Para o jornalista, os repórteres internacionais são chamados de maneira errada de “pró-Dilma” quando só estão apurando as informações que são interessantes ao público
Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
______________________________________________________

A vergonha dos jornalistas do golpe diante dos seus colegas estrangeiros

lilicantan
Comentei, ontem, que a imprensa brasileira, na frase concisa de Xico Sá, está desarvorada porque a imprensa estrangeira percebe o golpe de estado, que ela teima em esconder.
A colunista da “massa cheirosa”, Eliane Cantanhêde, também o percebeu.
O PT e o governo estão ganhando a guerra da comunicação com o mundo. Jornais importantes das Américas e da Europa vêm encampando a tese de que ocorre um “golpe de Estado” no Brasil, apesar de o impeachment da presidente Dilma Rousseff estar seguindo todos os trâmites legais, com votação na Câmara, agora no Senado, supervisão do Supremo Tribunal Federal e direito a transmissão ao vivo pela TV de todos esses passos do processo.
Transmissão ao vivo, muito bem .Mas  o que se diu nas transmissões ao vivo? “Alô mamãe”? ‘Por meus filhinhos”? “Para a minha namorada’?
Tens uma palavrinha sobre isso, que todo mundo viu, Eliane? Ou “não vem ao caso” e “podemos tirar, se achar melhor”.
Vai ela adiante:
São três os pontos aos quais a imprensa internacional recorre para desqualificar o impeachment de Dilma: não estaria caracterizado o crime de responsabilidade; o comando do processo é do PMDB e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ambos envolvidos em denúncias de corrupção; e a acusação de que, caso o vice Michel Temer venha a assumir a Presidência, ele iria sabotar a Lava Jato. Esta última versão foi admitida, incrivelmente, até pelo prestigiado jornal The Guardian, de Londres.
Incrivelmente, Eliane? “Tás brincando?”, como no bordão do personagem de Chico Anysio? Bastam os recortes aí da ilustração do post, não é?
Pedro Zambarda, no Diário do Centro do Mundo dá conta do  esforço de outro rapaz do golpe na mídia, Diego Escosteguy para convencer os jornalistas estrangeiros de que o golpe não é golpe.
Não adiante. O circo da Câmara todo mundo viu, e na cabeça de qualquer jornalista estrangeiro aquilo que se viu foi tão escrachado que não tem como ser entendido de outra forma.
Aliás, não só na cabeça de jornalistas de fora, não. Também na dos brasileiros.
A diferença é que muitos não podem e alguns não querem dizer que o circo foi o circo do horror golpista.
Têm ainda este microscópico pudor da vergonha do criminoso
Fonte: TIJOLAÇO
_________________________________________________

Dilma vai à ONU denunciar golpe dos sem voto e preocupa Temer

A presidenta Dilma Rousseff decidiu participar da cerimônia de Assinatura do Acordo de Paris sobre a Mudança do Clima, na Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorrerá nesta sexta-feira (22) em Nova Iorque. A viagem já causa preocupação entre os conspiradores golpistas comandados pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB), pois ela denunciará o golpe em curso contra o seu mandato legítimo.


Roberto Suckert Filho/PR
Dilma deve ir a Nova Iorque nesta quinta (21) para participar da Cerimônia de Assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na ONUDilma deve ir a Nova Iorque nesta quinta (21) para participar da Cerimônia de Assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na ONU
Enquanto a grande imprensa brasileira tenta dar um verniz legalista ao golpe cometido pela Câmara dos Deputados, que aprovou o pedido de abertura do processo de impeachment contra Dilma sem fundamento jurídico, a imprensa internacional tem apontado que o pedido de afastamento é exclusivamente político e resultado da polarização.

Em entrevista coletiva para correspondentes internacionais de 56 países, nesta terça-feira (19), Dilma reiterou que Temer não tem legitimidade para assumir o país e que o processo de impeachment é uma farsa.

“É estarrecedor que um vice-presidente, no exercício do mandato, conspire contra a presidenta abertamente. Em nenhuma democracia do mundo, uma pessoa que fizesse isso seria respeitada”, afirmou Dilma.

E acrescentou: “É o golpe em que se usa de uma aparência de processo legal e democrático para perpetrar um crime que é a injustiça. Praticam comigo o jogo do “quanto pior, melhor”. Pior para o Brasil, melhor para a oposição. E praticam isso por meio de pautas-bomba. Também me sinto injustiçada por não me permitirem que governasse num clima de estabilidade política. Saio dessa questão dos atos com a consciência tranquila porque pratiquei atos que são praticados por todos os presidentes da República”.

Publicações como o Der Spiegel (Alemanha), The Economist (Inglaterra), El País (Espanha), Público (Portugal), The Guardian (Inglaterra), Página 12 (Argentina) e até mesmo a rede de televisão Al-Jazeera, entre outras, denunciam a ameaça contra a democracia brasileira.

Sob o título “A crise institucional no Brasil: Um golpe frio”, o jornal alemão Der Spiegel disse que a Rede Globo atua em defesa do golpe. “Parte da oposição e da Justiça age, juntamente com a maior empresa de telecomunicações TV Globo, para estimular uma verdadeira caça às bruxas que tem como alvo o ex-presidente Lula”, disse o jornal.

Ambulante a Temer: Golpista!

A declaração da presidenta ganha força junto à população que não apoia o golpe. Nesta terça, um ambulante que estava em frente ao seu escritório em São Paulo, o chamou de “traidor” e “golpista.

Temer está em São Paulo onde se reúne com a cúpula da legenda. A reunião tenta buscar uma saída para dar uma fachada legal ao “gabinete dos sem voto”. Segundo fontes da grande imprensa, aliados de Temer preparam, com a ajuda do jornalista Thomas Traumann e do embaixador e ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso, Sérgio Amaral, um discurso para camuflar o golpe.

Temer cogita dar entrevistas a correspondentes estrangeiros, além de escalar FHC para defender o seu golpe. Dizem as más línguas, que ele também já gravou um áudio com tradução simultânea para vazar à imprensa internacional.
 
Do Portal Vermelho, Dayane Santos
Fonte: VERMELHO
___________________________________________________

Enquanto caminhava, pensava no artigo que começo a escrever.
Pelo que observei ontem e hoje nos noticiários da velha mídia, conclui, de imediato, que o tema deste artigo seria a obsessão da velha imprensa brasileira em negar o golpe.

E eis que encontro, no artigo acima do DCM, o mesmo tema.

Sincronicidades existem, assim como convergência de consciências.

E é sobre a convergência da população brasileira em perceber que se trata de um golpe, que repousa de forma agitada e intranquila a obsessão midiática em negar o óbvio.

Ontem e hoje nos principais veículos da imprensa , quase todos os colunistas procuraram desqualificar a clara percepção que toma conta da população brasileira sobre o golpe de estado em curso.

No jornal O Globo, Merval, o imortal ferido, afirma que o impeachment passará e de nada adiantam as articulações do governo. Ainda em O Globo, Ancelmo Goes, que tem como único mérito gostar de belas mulatas, afirma tratar-se de uma piada velha os votos em Deus proferidos pelos deputados, já que no impeachment de Collor teria acontecido o mesmo. Como se os contextos dos dois processos de impeachment fossem idênticos. Uma forma velha de tentar ignorar o golpe.

Já o editorial de O Globo foi revelador.

Segundo os Marinho, somente os apoiadores de Dilma e os bolivarianos afirmam tratar-se de um golpe.

Curioso que o editorial de O Globo vai na contramão da percepção da população e também da maioria da imprensa estrangeira.

O que estaria por trás dessa obsessão da velha mídia em negar a percepção da maioria da população ?

Certamente a certeza de que trata-se de um golpe, e como golpistas de tudo fazem para preservar seus objetivos, mesmo tratando-se de um segmento da sociedade que tem o dever de informar corretamente.

Em se tratando de um golpe, trapaça, em que um imortal da imprensa tenta emplacar um presidente maçom ilegítimo, me veio a lembrança de uma bela história que se passa no romance de Rudyard Kipling, que também se tornou filme com o nome O Homem Que Queria Ser Rei :


Na história, os atores principais Sean Connery e Michael Caine, com os personagens Daniel Dravot e Peachy Carnehan, respectivamente, resolvem sair da Inglaterra e viajar por países remotos da Ásia em busca de ouro e, quem sabe, tornar-se Rei em lugares supostamente menos desenvolvidos. 


Trapaceiros convictos, envolvem - se em muitas batalhas até que, em um país quistão, em meio a uma batalha com os nativos, Dravot chama a atenção dos nativos pela sua desenvoltura na batalha do alto de seu cavalo. Derrubando todos que se aproximam, Dravot e também Peachy, roubam a cena na batalha. No entanto, em um dado momento, uma flecha atinge Dravot na altura do coração, que sem esboçar nenhuma reação de dor continua lutando, destruindo seus adversários, mesmo com a flecha cravada no peito. Os nativos, diante daquela imagem de um homem com uma flecha no coração e sem demonstrar dor, pararam imediatamente de lutar, se renderam ao supostamente imortal, e, respeitosamente se aproximaram de Dravot.

Dravot percebeu e retirou a flecha, que tinha parado em uma parte metálica do colete do inglês. Os nativos se curvaram,abriram a roupa de Dravot e constataram que não havia ferimento, não havia sangue. Ao abrir a camisa, os nativos também se depararam com um colar com o símbolo da Maçonaria, que Dravot ostentava. Aquele símbolo, para os nativos, tinha um significado muito maior, e representava a figura de um Rei, imortal, que tanto esperavam.

Dravot e Peachy omitiram a verdade aos nativos e gostaram da ideia de que um se tornaria Rei do povoado. E assim aconteceu. Dravot tornou-se Rei, dono de uma fortuna incalculável em ouro e joias. Com o passar de alguns dias, poucos meses, Dravot passou a acreditar que era mesmo um Rei e resolveu escolher uma mulher da comunidade para se tornar sua esposa e rainha. Peachy não estava gostando nada daquilo, pois queria pegar o ouro e ir embora o mais rápido possível. Concordaram, os dois, que Peachy poderia pegar uma boa quantidade de ouro e partir de volta para a Inglaterra logo após a cerimônia de casamento de Dravot. Peachy pegou o que teria condições de levar, separou e foi assistir a cerimônia. Durante a cerimônia, a mulher escolhida por Dravot, não gostava do inglês, evitando-o sempre. Em um determinado momento da cerimônia, já casados, em que Dravot resolve beijá-la, a mulher morde o braço do inglês, que sangra, e revela para todos os nativos ali presentes que Dravot não era imortal e sim uma farsa. O final foi trágico. Dravot  teve a cabeça decepada e Peachy foi autorizado a sair vivo do povoado, sem ouro nenhum, claro, e com a cabeça de Dravot em uma sacola para que pudesse contar a história quando chegasse na Inglaterra.
No Brasil de hoje, uma farsa ganha corpo, com um político ilegítimo, coincidentemente maçom, sem voto, apoiado por imortal da imprensa, querendo ocupar a cadeira de Presidente do país.

O Brasil não é um país quistão da Ásia, no entanto, mesmo sendo ilegal, cabeças rolam por aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário