quinta-feira, 28 de abril de 2016

Lágrimas forçadas

Os senadores deveriam agradecer ao Nobel da Paz por dizer-lhes a verdade sobre o que estão fazendo. 

Postado em 28 Apr 2016
por : Kiko Nogueira
Esquivel
Esquivel
O Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel deu um corretivo moral no Senado em seu contundente recado sobre o impeachment na quinta, dia 28.
Ajudou a desmoralizar mais ainda o golpe bem na casa onde ele está ocorrendo. O Brasil virou uma piada trágica graças a um grupo de pilantras que é desmascarado dia a dia.
A reação dos senadores da oposição é sintomática e reveladora. Nenhum deles, estranhamente, falou nada depois que Jair Bolsonaro homenageou um torturador homicida na Câmara.
Com Esquivel, em compensação, viraram machos. O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) chamou a cena de “inaceitável”. “Estou indignado com o que aconteceu neste parlamento”, gritou.
Pediu ao presidente da sessão, Paulo Paim, do PT-RS, que retirasse o discurso das ata taquigráficas da sessão.
Ronaldo Caiado, o sujeito que aparece em passeatas com camisetas com nove dedos sujos de petróleo e que mentiu sobre a existência de um vídeo de um suposto ataque de milícias chavistas na Venezuela, acusou uma “montagem”.
“Foi premeditado. Não foi por acaso que este senhor veio aqui fazer esse pronunciamento. Isso é uma estratégia que este plenário não admite”, afirmou.
Cássio Cunha Lima foi contra a concessão de palavra ao Nobel da Paz, que “não é detentor de mandato”.
Esquivel estivera, pela manhã, com Dilma no Palácio do Planalto. Fora prestar sua solidariedade em razão do impeachment. Após o encontro, salientou que está “muito claro” que está em curso um “golpe de estado, encoberto sobre o que podemos chamar de golpe branco”.
Reiterou sua posição no Senado a convite de Paim.
Foi sucinto: “Venho ao Brasil trazendo a solidariedade e o apoio de muita gente na América Latina para que se respeite a continuidade da constituição e do direito do povo de viver em democracia. Há grandes dificuldades de um golpe de Estado, que já aconteceu em outros países do continente, como Honduras e Paraguai. Espero que saia o melhor deste recinto para o bem da democracia e da vida do povo do Brasil”.
O argentino Esquivel recebeu o Nobel em 1980 por seu trabalho como coordenador, nos anos 70, da fundação do Servicio Paz y Justicia en América Latina em Medellín, na Colômbia. Advogava a resistência às ditaduras sul americanas através da “não-violência ativa”.
O esperneio da direita com o convidado é de uma hipocrisia abismal. Há duas semanas, Eduardo Cunha e seus capangas deram crachás para Kim Kataguiri e Renan Haas, “líderes” do MBL, circularem pelo Salão Verde às vésperas da votação do impedimento na Câmara.
Ao contrário dos dois pequenos fascistas, porém, Esquivel é respeitado e tem autoridade. Sua atitude já está repercutindo no exterior.
Nossos políticos profissionais querem o monopólio da destruição da imagem da democracia brasileira. Adolfo Pérez Esquivel veio confirmar o que fazem. Deveriam agradecer-lhe pela deferência.
 Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Paulo Metri a Romário: Dilma está sendo expulsa porque Lula e ela acenaram a bandeira do Brasil para os mais carentes

29 de abril de 2016 às 12h02romárioMensagem aberta para Romário

Caro Senador Romário,
Permita-me tratar-lhe sem a reverência que seu cargo exige. Aliás, pelo conceito que tenho de você, aquela reverência seria pouca. Para mim, sua imagem carregando a bandeira do Brasil da janela do avião, que trazia os jogadores de uma campanha vitoriosa na Copa do Mundo, foi uma das que formam o sentimento de brasilidade nos nossos compatriotas.
No mesmo instante, para mim, você passou a frequentar a galeria dos heróis nacionais, o que lhe traz grande responsabilidade. Você é inteligente e não precisaria de um desconhecido vir a lhe dizer o que é já sabido.
O que há de novo nesta mensagem é uma simples interpretação dos fatos atuais. Lembro-lhe que existem seres humanos indefesos contra toda sorte de explorações dos seus próprios semelhantes, devido a condições hereditárias ou à carência dos seus pais ou à maldade dos exploradores, enfim, não por escolha própria do ser.
Em épocas remotas, estes seres eram jogados por seus genitores de penhascos, como uma desumana seleção natural da espécie. Nos dias de hoje, ainda se ouvem notícias desta maldade, quando mães abandonam seus filhos em lixões e no mato.
Contudo, graças à nossa evolução, hoje, existe o Estado, que é criticado por não ser tão eficiente, mas é o único ente protetor do conjunto da sociedade, prestando toda sorte de apoios, sendo mais útil aos mais indefesos.
Desculpe-me por tentar lhe alertar para algo que você, talvez, saiba mais que um vigário sabe sobre o Padre nosso. A razão para Dilma estar sendo expulsa do governo não tem nada a ver com pedaladas fiscais, até porque não ocorreu crime de responsabilidade algum.
Ela está sendo expulsa porque Lula e ela acenaram a nossa bandeira da janela do avião Brasil, principalmente, para os menos favorecidos, inclusive os 36 milhões de seres nascidos no Brasil e que, historicamente, eram jogados do penhasco pela mesma elite que hoje quer expulsar a presidente do controle da nação.
Por isso, além de pedir que não acredite em nada que a Globo e demais mídias convencionais publicam, peço também seu voto contra o presente golpe contra a presidente, que, na realidade, é um golpe contra os mais carentes e indefesos.
Paulo Metri é conselheiro do Clube de Engenharia
Blog do autor: http://www.paulometri.blogspot.com.br/
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PS do Viomundo: A mensagem de Paulo Metri é uma resposta ao ex-jogador que, em discurso, declarou-se a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. É um dos indicados do PSB para a compor a comissão no Senado.
Fonte: VIOMUNDO
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Janaina recebeu R$ 45 mil do PSDB para dar o Golpe!

45? É o país da piada pronta!!!
publicado 29/04/2016
advogada golpe.jpgNo Brasil Post:
Explicação de Janaína sobre impeachment tem alongamento, choro e defesa pessoal
Convidada ao Senado para explicar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, a jurista Janaína Paschoal, co-autora do pedido, usou a maior parte do tempo para se defender.
Aos senadores, a professora de Direito iniciou dizendo que precisava se defender das acusações que vinha sofrendo. A professora admitiu que trabalhou no governo Fernando Henrique Cardoso, mas disse que nunca viu o ex-presidente. Afirmou também que trabalhou no governo de Geraldo Alckmin, em São Paulo, e que recebeu R$ 45 mil do PSDB para elaborar um parecer, mas enfatizou que o impeachment é apartidário.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Folha imita Globo e esconde o golpe

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Depois do Globo, agora é a vez da Folha tentar falsear a realidade. Estão desesperados. O golpe midiático faz jus a seu próprio nome: tem de manter os zumbis em estado de alienação até o fim.



É muito louco. Nem Philip Dick, o famoso escritor de ficção científica, imaginaria uma trama tão sinistra.

A matéria menciona várias reportagens que denunciam o golpe no Brasil, e dá um título que inverte o sentido dos próprios textos apontados: "Imprensa internacional não chama impeachment de golpe".

Apenas como exemplo, leia os dois últimos parágrafos da matéria: eles dizem exatamente o contrário do título.

O correspondente do jornal alemão "Süddeutsche Zeitung" foi o que chegou mais próximo de classificar o impeachment de "golpe". Em artigo de opinião intitulado "Quase um golpe: o processo contra a presidente é errado", Boris Herrmann afirma que a palavra golpe não é "necessária nem adequada", mas que o processo tem "contornos golpistas". "A tentativa de se livrar de uma presidente eleita" não é "processo democrático".

Outro correspondente no Brasil de veículo alemão, Jens Glüsing da revista "Der Spiegel", diz: "Partidários de Lula alertam para um 'golpe não tradicional' contra a democracia. Não dá para dizer que essa preocupação seja totalmente descabida", declara.

Ou seja, o jornal alemão diz que o impeachment tem "contornos golpistas", "não é um processo democrático", a outra revista publica um artigo (a matéria na Folha esconde isso) com o título "Crise de Estado no Brasil: o golpe frio", e a Folha publica uma matéria dizendo exatamente o contrário, que a imprensa internacional não chama o impeachment de golpe...

Além de ser um desrespeito à inteligência do leitor, é um atestado de que não apenas estamos diante de um golpe, mas de um golpe eminentemente midiático, que tenta desesperadamente enganar a opinião pública brasileira para que seja consumado.

Todo o texto é surreal.

Um case clássico de inversão de sentido.

Repare nesse outro trecho, que fala do Miami Herald:

O "Miami Herald" também critica a possível destituição."...Impeachment é uma punição exagerada para quebra de regras na administração do orçamento", diz o diário. "Persigam os corruptos e deixem os eleitores decidirem o destino de políticos incompetentes."

Dá vontade de rir. Se a matéria diz que o impeachment não pode ser punição para irregularidades menores de gestão de orçamento, e se insiste que o destino de políticos deve ser julgado pelas urnas, então está dado o recado, né?

O recado do Miami Herald é o seguinte: é golpe!

Com o golpe, a ditadura midiática entrou numa fase de negação primária da realidade.

É uma crise epistemológica radical. O leitor vê um cão, acaricia o cão, ouve-o latir, e aí pega os jornais brasileiros e se depara com a manchete: Eis um gato!

O mais ridículo é que, abaixo da manchete, está a foto de um cão!

Aí o leitor, irritado, vai à imprensa estrangeira. As reportagens da imprensa internacional estampam a foto de um cachorro, os textos falam que é um cachorro, e ainda acusam a imprensa brasileira de tentar enganar seus leitores dizendo que se trata de um gato.

O leitor então, sentindo-se vingado, publica em seu blog, em sua página no facebook, manda para os amigos via whatsapp, as matérias da imprensa estrangeira, acrescentando alguns comentários triunfantes: não falei que era um cachorro? Todos os jornais do mundo confirmam o que eu vi com meus próprios olhos! É um cachorro, ponto final!

E o que faz a imprensa brasileira? Escreve uma matéria dizendo que "a imprensa internacional não diz que é um cachorro", e recorta pedaços de texto em que mostra que tal matéria falou que o bicho late, é provavelmente um buldogue, ou um hotweiiler, mas não usa a palavra "cachorro"...

No fundo, tudo isso é uma grande palhaçada. Um joguinho terminológico infantil e perigoso, porque mesmo que a imprensa no mundo inteiro dissesse que não é golpe, mesmo que nos esfregassem na cara enormes editoriais do New York Times, Le Monde, Guardian, Spiegel, Miami Herald, editorais e reportagens que afirmassem que o impeachment é perfeitamente democrático, aconselhável até, que não é golpe, que as centenas de milhares de brasileiros que saíram às ruas denunciando o golpe estão loucos, mesmo assim, a gente precisaria acreditar em nossos próprios olhos: é um golpe, é um golpe, é um golpe. Porque impeachment precisa apontar crime de responsabilidade, e não há crime de responsabilidade. Ponto. É preciso que se prove "dolo" por parte da presidente, que ela tenha tido a intenção de cometer um crime. O que não aconteceu, nem sequer há qualquer coisa parecida no relatório do impeachment. Então é um golpe!

A imprensa nega que uma parte importante da opinião pública brasileira considera o impeachment um golpe. A própria Folha, há algumas semanas, entrevistou vários intelectuais, e 70% disseram que se trata de um golpe. Oito mil escritores, inclusive vários estrangeiros, assinaram manifesto denunciando o golpe. Outros tanto milhares de juristas brasileiros idem.

O prêmio Nobel da Paz acaba de visitar a presidenta Dilma e ir ao Senado e denunciar: "é um golpe".

Chico Buarque, Wanderley Guilherme dos Santos, Wagner Moura, Gregorio Duvivier, Jean Wyllys, todos denunciam o golpe. Nas capitais, nas semanas que antecederam a votação na Câmara dos Deputados, centenas de milhares de pessoas ocuparam as ruas com cartazes e cantorias contra o golpe.

No próprio dia da votação, Brasília estava ocupada por manifestantes de todo país (muito mais gente, aliás, que os golpistas), todos portando algum tipo de cartaz ou faixa contra o golpe, denunciando o golpe, cantando refrões contra o golpe - nada disso existe ou tem importância para a imprensa brasileira?

No Rio, os movimentos pró-democracia botaram muito mais gente na rua, com mais frequência, mais organização, mais densidade e qualidade, do que os golpistas, e a imprensa brasileira insiste em falsear a realidade!

É um golpe e quiçá um dos golpes mais sórdidos já vistos no mundo, justamente por essa insuportável tentativa de manipular consciências, de deturpar a realidade!

Não à toa, o fotógrafo brasileiro que acabou de ganhar o Pulitzer, Mauricio Lima, protestou contra o golpe no Brasil e denunciou que a liberdade de expressão está sendo violada em nosso país, mostrando um cartaz contra a Globo.

Maurício Lima é um louco? Ele existe? Segundo a Globo e a Folha, Mauricio Lima, ganhador do Pulitzer, não existe, sua opinião não tem importância.

Talvez um desses jornais faça uma matéria amanhã com o título: "Maurício Lima não denunciou o golpe no Brasil". No texto, assinado por um pistoleiro qualquer, virá escrito que Maurício usou a palavra coup, e não golpe...

Existe várias maneiras de se violar a liberdade de expressão: uma delas é censurando; a outra é usando o monopólio da mídia para fazer prevalecer uma mentira; é usar o monopólio para enganar o povo e violar o processo democrático.

Essa é a denúncia de Maurício Lima. Essa é a nossa denúncia, por isso chamamos o golpe de "jurídico-midiático".

A mídia brasileira está fazendo um trabalho sórdido, de enganar a opinião pública nacional, tentando mostrar o impeachment como um processo democrático, o que não é.

O impeachment foi um processo urdido por setores golpistas da imprensa e do Judiciário, mancomunados com Eduardo Cunha, cujo nome dispensa qualificações.

Este impeachment, como foi conduzido, é um golpe.


Fonte: Blog do Miro
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Os senadores não gostaram da visita do Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel

Esquivel falou a verdade - é um golpe - da tribuna do senado, para uma plateia majoritariamente empenhada em abreviar o mandato da presidenta Dilma.

Dilma, ao golpe do arrocho:'Me acusam de ter ampliado gastos sociais e me sinto orgulhosa;é obrigação do presidente eleito pelo voto direto'

Fonte: CARTA MAIOR

O crime que Dilma teria cometido e que justificaria seu afastamento da presidência, as tais pedaladas fiscais, caracterizado como crime de responsabilidade, também foi cometido pelo vice-presidente, Michael Temer, o Franktemer, ou ainda, o Maçom das Trevas. Esse mesmo crime "gravíssimo" também foi cometido por 17 governadores em exercício.

O fato do crime de responsabilidade ter sido cometido também pelo vice presidente e por 17 governadores, não vem ao caso, dirão os senadores. Dirão, ainda, que estão julgando apenas a presidenta Dilma, em um julgamento político, e que jurisprudência é algo da esfera do Poder Judiciário, o que , assim sendo, não justificaria julgamento similar para o Franktemer Maçom das Trevas.

Tais argumentos estão na base, na essência, pilares dessa nova modalidade de golpe de estado do século XXI, a suavidade violenta, que tem na novilíngua um arsenal de armas de manipulação em massa.

O que motiva a fúria contra Dilma, está no fato de a presidenta, e seu partido, o PT, terem optado por governar, prioritariamente, para os mais pobres, os paupérrimos, os miseráveis e os mais carentes.

Paupérrimos como o senador Romário, que na infância no subúrbio da leopoldina, na cidade do Rio de Janeiro, vibrava quando comia arroz com ovo frito, seu prato favorito, segundo palavras do próprio senador. Hoje, Romário, o senador, bem sucedido financeiramente, está ao lado daqueles que , na sua infância, não permitiam que o menino que jogava futebol, pudesse comer ovos fritos com arroz com mais frequência. Coisas da vida.

No espetáculo do senado, que não gostou das palavras verdadeiras do Nobel da Paz, teve a presença da jurista Janaína Paschoal, que afirmou ter recebido R$ 45.000, 00 do PSDB, pela elaboração do parecer pedindo o impeachment da presidenta Dilma.

Com excessos da novilíngua gestual, um espectro encenou Janaína, com direito a lágrimas forçadas típicas de profissionais da televisão, ou do crime, o que hoje em dia não são muito diferentes.

Abaixo, Janaína no senado, e a atriz Vanessa Gerbelli em cena

           a atriz de Janaína atuando no Senado


 o personagem de Vanessa Gerbelli atuando

Nas fotos, o personagem da atriz Vanessa chora, enquanto a atriz do personagem Janaína também chora para justificar o golpe.

Em meio a tantas lágrimas forçadas - uma produto legítimo de trabalho dos atores enquanto a outra expressa aspectos da linguagem da suavidade violenta - o fato é que o golpe em curso, que fará retornar a presidência da república políticas e programas que farão com que uma grande população de brasileiros - não brasileirinhos coitados na visão de Janaína -desprovidos e em situação de risco, mas que durante os governos do PT puderam ascender na escala social, venham a derramar lágrimas verdadeiras, talvez similares as lágrimas derramadas pelo senador Romário na sua infância, quando lhe faltava o arroz com ovo frito.

Com fome, desprezo e exclusão social, não há paz.

Um Nobel da Paz falou aos senadores sobre o golpe que estão aplicando. Um golpe brando, nas palavras de Adolfo Pérez Esquivel, A Suavidade Violenta, nas palavras do PAPIRO.

A democracia ainda não expirou, mas carece de nervos e musculatura que só a largueza das ruas poderá propiciar-lhe. Domingo, no Anhangabaú.

Fonte: CARTA MAIOR




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