sexta-feira, 15 de abril de 2016

Guerra Psicológica

Mídia golpista faz guerra psicológica

Por Lúcia Rodrigues, na revista Caros Amigos:

Uma guerra psicológica orquestrada para desmobilizar quem é contra o golpe. É assim que o professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), Laurindo Lalo Leal Filho, define o comportamento da mídia na veiculação de matérias sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que será votado no próximo domingo (17), no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.

“O ataque se intensificou quando a mídia percebeu que a oposição não tem os 342 votos (necessários para aprovar o impeachment)”, enfatiza. “As informações que saem nos jornais, nas revistas, televisões, rádios são iguais. E vai se criando um clima para desmobilizar a sociedade e a militância que está na frente de luta (contra o golpismo). A mídia aposta na desmobilização. Esse é o objetivo.”

Lalo explica como a ação concatenada entre as diversas plataformas da mídia burguesa age para propagar e intensificar o clima de derrotismo entre aqueles que lutam em defesa da democracia. “A Folha (de São Paulo), por exemplo, pouca gente lê, mas aí entra a CBN e TV Globo repercutindo suas manchetes.”

O cientista político e também professor da USP, Antonio Carlos Mazzeo, concorda com Lalo. “As manchetes da Folha são tendenciosas. Há uma orquestração da mídia a favor do impeachment. Os meios de comunicação manipulam a verdade, mas isso não é novo”, frisa.

Ele explica que essa tradição vem de longe. No caso das organizações Globo, pelo menos desde a década de 1930. “Um panfleto da Aliança Nacional Libertadora (ANL), de 1935, recomenda que as pessoas não leiam (o jornal) O Globo. Veja há quanto tempo essa família (Marinho) é afinada com tudo que é antinacional”, frisa Mazzeo.

“A Globo sempre foi um instrumento do imperialismo em nosso país. E isso tem ficado cada dia mais claro em suas matérias. A GloboNews vem fazendo um jornalismo catastrofista desde o primeiro governo Dilma. Se a pessoa for conhecer o Brasil pela GloboNews, vai achar que o país é mais pobre do que Uganda. Não se fala nada sobre as conquistas nacionais”, alerta o cientista político.

Ele defende que as concessões de rádio e TVs sejam revistas pelo governo. “Não dá pra ligar a TV e ser manipulado. É preciso afrontar essas concessões”, adverte. Mazzeo considera, no entanto, que para fortalecer essa proposta é preciso construir um bloco hegemônico de poder com os trabalhadores e de caráter socialista.

Fonte: Blog do Miro
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Quem tem o dever de informar, a mídia, desinforma, promove guerra psicológica, e ainda incita a violência e a intolerância na sociedade.

Se estivéssemos vivendo em uma Democracia plena, esses veículos de mídia e de imprensa teriam suas concessões cassadas.

O jornalismo, nesse processo de impeachment, se transformou em torcida organizada de time de futebol.

Goza de regalias, tem lugar garantido para o espetáculo, tem lado, bandeira, palavra de ordem e criminosos infiltrados.

O comportamento do Grupo Globo, apresentando um resultado favorável ao impeachment, em nada difere daquilo que as Organizações Globo fizeram nas eleições para governador do Rio de Janeiro no ano de 1982, quando, durante a apuração daquele pleito, "informavam" à população uma vantagem numérica do candidato da ditadura -Moreira Franco - sobre o candidato do povo - Leonel Brizola. A "informação", obviamente , era falsa e Brizola venceu.

O objetivo era de desmobilizar a militância do adversário e criar um clima de desânimo.

Hoje não é diferente. Com o detalhe que no ano de 1982 ,Globo não queria a volta da Democracia e queria manter a ditadura militar. Hoje, Globo quer impedir a Democracia e restaurar a exceção.

O tempo passou, hoje se tem internete, drones e se pode chegar a Paraty por estrada pavimentada. No entanto, Globo continua a mesma.

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