terça-feira, 12 de abril de 2016

É a voz do povo

É isso a liberdade de imprensa?
Sonegar à população imagens da impressionante multidão reunida ontem, na Lapa, no Rio, em ato contra o golpe?
A Lapa é, nesse momento, a mais bela expressão da reação popular contra o golpe!
Fonte: CARTA MAIOR
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publicado em 11 de abril de 2016 às 21:56
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Da Redação
Em discurso na noite desta segunda-feira 11, nos arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Lula nomeou os líderes da conspiração que pretende afastar Dilma Rousseff do Planalto: o vice-presidente Michel Temer e outros cinco líderes do PMDB — Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha, Henrique Eduardo Alves e Moreira Franco.
Foi depois do ato “Cultura pela Democracia”, do qual participaram Chico Buarque e Beth Carvalho, dentre outros.
Milhares de pessoas acompanharam ao vivo a fala do ex-presidente.
Lula afirmou que, apesar de três derrotas em disputas pelo Planalto, nunca tentou o golpe. “Eu perdi em 1989, roubado pela Globo, e fiquei quieto”, relembrou.
Voltou a mencionar a emissora carioca quando falou de empresas offshore que teriam ligação com o triplex atribuído a Lula no Guarujá: “Inventaram um offshore, que depois descobriram que cuidava do triplex dos irmãos Marinho em Paraty”.
É uma referência à empresa Vaincre LLC, baseada em Las Vegas, Nevada. É uma das donas da mansão de concreto com a qual os Marinho negam ter relação. No entanto, conforme denúncia do Viomundo, o nome de uma das herdeiras da Globo, Paula Marinho, aparece em anotações encontradas na sede da empresa panamenha Mossack & Fonseca em São Paulo. Paula, que é filha de João Roberto Marinho, teria pago taxas de manutenção não só da Vaincre LLC, mas de duas outras offshore: A Plus Holdings e Juste International. Em nota oficial, a Globo atribuiu a mansão ao ex-marido dela, Alexandre Chiappetta Azevedo.
Em seu discurso, Lula lembrou que a principal lei que regulamenta a mídia eletrônica no Brasil é de 1962: “Eu quero uma regulamentação que nos livre das mentiras da Veja, da IstoÉ, do Jornal Nacional”.
O ex-presidente também falou como candidato em 2018 ao tratar do aborto: “Eu sou contra o aborto, mas como presidente da República vou tratá-lo como [caso de] saúde pública”. Ele parecia determinado a convocar as mulheres a defender Dilma: “A gente está defendendo a honra das mulheres brasileiras, que sempre foram tratadas como objeto de cama e mesa”.
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A fala do ex-presidente começou logo depois da comissão do impeachment na Câmara dos Deputados ter aprovado o relatório do deputado Jovair Arantes, do PTB de Goiás, por 38 votos a 27.
Em 1992, no impeachment de Collor, lembrou o perfil @charlesnisz no twitter, o resultado foi de 32 a 1.
Sobre o resultado, Lula comentou:
Isso não quer dizer nada. A comissão foi montada pelo Eduardo Cunha.
A deputada Luciana Santos, do PCdoB de Pernambuco, reagiu:
A aprovação do relatório do deputado Jovair Arantes já era esperada. Este relatório teve caráter eminentemente político, não levou em consideração todos os argumentos técnicos e jurídicos que foram apresentados pelo ministro Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União, e pelos parlamentares que fizeram parte da Comissão. A oposição obteve 58% dos votos na comissão, o mínimo para aprovação no plenário é de 66%. Os defensores do golpe, que tentam a todo custo interromper o mandato da presidenta Dilma Rousseff, precisam, portanto, percorrer um longo caminho para atingir os necessários dois terços do plenário. Assim esse resultado não é decisivo e nem aponta vitória para nenhum dos lados. O quadro geral é de indefinição.
O plenário deve apreciar o relatório no próximo domingo.
O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner, previu vitória:
A disputa final acontecerá no domingo, dia em que sairemos vitoriosos com mais de 200 votos contrários ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Será a vitória do time que precisava fazer sete gols e fez dois. Pode até comemorar a vitória, mas sabe que não levou porque não corresponde ao que eles precisam no plenário.
IMG_6156Horas antes da votação, vazou ou foi vazado áudio do vice-presidente Michel Temer em que ele ensaia seu discurso já como presidente da República. O ponto principal é a pregação de um governo de união nacional, com a promessa de que não haverá cortes nos programas sociais.
Petistas atacaram o discurso de Temer. O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, disse que Temer disputa uma eleição indireta:
Ele está confundindo a apuração de eventual crime de responsabilidade da presidenta Dilma com eleição indireta. Está disputando votos. Esse áudio demonstra as características golpistas do vice. Transformou o processo numa eleição indireta para conseguir votos em favor do impeachment.
Para o principal assessor político de Dilma, Jacques Wagner, se for derrotado domingo Temer deveria renunciar ao cargo de vice:
Se a presidente passar pelo impeachment, o mínimo de coerência, uma vez derrotada a conspiração, é que Temer deveria renunciar. Ele gravou o áudio imaginando estar com a faixa presidencial. O áudio macula a história do Temer. É uma nota triste para democracia brasileira. Não há educação para conspiradores. Conspirador não tem código de ética.
No Facebook, o senador Lindbergh Farias ironizou:
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O blogueiro Antonio Mello lembrou que Joaquim Silvério dos Reis também traiu Tiradentes num 11 de abril, só que em 1789.
Ouça a íntegra da fala de Lula no ato:


Fonte: VIOMUNDO
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A multidão que não sai no jornal. Mas que existe e não vai desaparecer

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A foto aí de cima é a da multidão presente ao ato contra o golpe ontem, no Rio de Janeiro, vista dos Arcos da Lapa. Dentro do post você verá outra, de cima, onde o velho aqueduto carioca vai servir de referência para avaliar o tamanho da aglomeração de pessoas.
Fosse uma manifestação da direita, seriam 200 ou 300 mil pessoas e as fotos estariam na capa dos jornais que se penduram, como cartazes, nas bancas de jornal.
Como foi contra o golpismo, não está em nenhuma delas – a exceção é O Dia, que dá uma foto de Lula no palanque – e aquelas pessoas mal existem.
Mas existem. Olhe só:
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E são mais, a cada manifestação.
E serão mais, à medida em que fica claro quem subirá ao poder se acontecesse a derrubada de Dilma.
Temer, Cunha, a turma de famintos que baba por tudo o que invocam para dar o golpe.
O ódio se esvai com a agressão estúpida.
A honra se afirma nas dificuldades.
Debaixo do manto de intolerância que estenderam sobre o país, há um povo digno, honrado.
Que se levanta, mas lenta e progressivamente.
E que não vai parar.
Porque nunca parou e a esta caminhada chamamos História.
Fonte: TIJOLAÇO
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Furacão 2000 defende Dilma Rousseff na orla de Copacabana

Rômulo Costa espera a presença maciça dos moradores de comunidades próximas, como Rocinha, Vidigal, Cantagalo

O DIA


Rio - A Furacão 2000 vai pela primeira vez à orla de Copacabana. E não se trata de um simples baile funk, mas de um ato contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Dois carros de som serão os responsáveis por mobilizar o povo contra o que a organização chama de “golpe”.

Rômulo Costa, fundador da Furacão 2000 e idealizador da manifestação, explica que a expectativa é colocar mais de 100 mil pessoas na orla. Para isso, conta com a presença maciça dos moradores de comunidades próximas, como Rocinha, Vidigal, Pavão Pavãozinho e Cantagalo.

A fim de convocar os residentes de regiões mais afastadas da Orla, Costa tem uma ideia ambiciosa: negociar a liberação, durante um certo período de tempo, das catracas da Supervia e do Metrô Rio. Não há, porém, nada confirmado nesse sentido, assim como no que diz respeito aos MC’s que estarão no ato. “Teremos uma reunião amanhã (hoje) à noite para definir e liberar o nome deles”, esclarece.

Fã do ex-presidente Lula, Costa rechaça as críticas ao petista, principalmente a preocupação alheia com os bens do político. “Ele tinha que morar em um prédio de dez andares na Vieira Souto, por tudo o que já fez pelo país”, opinou.

O principal alvo do funkeiro é o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. “Temos um presidente ilegítimo para comandar o processo. O paraíso fiscal do Cunha, no Rio, é a Assembleia de Deus”, acusa Costa, que, apesar de evangélico e frequentador da Igreja Universal, tece fortes críticas ao modo como as igrejas são conduzidas, com isenção de impostos. “E os evangélicos de Brasília não me representam”, concluiu.

Fonte: O DIA
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No meu tempo de vestibular para se entrar em uma faculdade o candidato tinha que garantir uma nota igual ou maior do que cinco.

No entanto , mesmo conseguindo cinco ou mais não teria a vaga garantida, já que as melhores notas acima de cinco definiam quem ficaria com as vagas disponíveis.

Foi mais ou menos o que aconteceu na Comissão que aprovou a proposta do impeachment.

No início do processo de impeachment os golpistas davam como certa uma vitória na Comissão por 45 a 20, o que daria moral para conseguir os 66% dos votos no plenário da Câmara, considerando, com as devidas ressalvas, que a Comissão pode ser considerada como uma amostra do que pode ocorrer na votação no plenário da Câmara.

O placar real, 38 a 27, revela que o movimento contra o golpe do impeachment, que cresce mais e mais a cada dia, já faz efeito entre os parlamentares no congresso nacional.

Diferentemente da multidão de milhões de pessoas que saíram às ruas no domingo 13 de março a favor do impeachment, convocada pela grande mídia e protegida pela polícia e pelos governos estaduais, o movimento contra o golpe está nas ruas do país diariamente, crescendo, cada vez mais forte, e revelando de forma clara que a Democracia não vai ser atropelada por um grupo de criminosos travestidos de políticos e de juristas.

O evento de ontem no Rio de Janeiro, nos arcos da Lapa - edificação que no Brasil colônia servia para transportar água para partes mais baixas do centro da cidade - reuniu um caudaloso rio de gente. Gente alegre, consciente, pacífica, contente, tendo nas mãos a História, e que não hesitará em remover, assim como a força das águas, todos aqueles empenhados em implantar um retrocesso no país.

Tanto é assim que domingo, dia de votação no plenário da Câmara, uma manifestação está marcada para a orla da praia de Copacabana, manifestação organizada por grupos de funk, onde espera-se que as comunidades, os morros, desçam em grande quantidade para dizer não ao golpe, que caso aconteça, fará das vidas das pessoas mais pobres um inferno ainda maior.

Que venham Rocinha, Vidigal, Cantagalo, Pavão, Pavãozinho, Turano, São Carlos, Matriz, Dona Marta, Prazeres, e mais, muitos mais.

E que os parlamentares no congresso nacional saibam o que está acontecendo nas ruas do país, nas crescentes manifestações contra o golpe e a favor da Democracia.

Detalhe: a multidão que você vê acima se reuniu em uma segunda-feira, dia útil, após o horário de trabalho.

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Fátima Oliveira: “É melhor morrer em pé do que viver de joelhos”

publicado em 12 de abril de 2016 às 10:38
fascismo não passará
“É melhor morrer em pé do que viver de joelhos”
Médica – fatimaoliveira@ig.com.br @oliveirafatima_
Quem ama as liberdades democráticas que se mire em La Pasionaria – Isidora Dolores Ibárruri Gómez (1895-1989), comunista espanhola que bradou: “É melhor morrer em pé do que viver de joelhos”.
Imaginar viver sob o ideário fascista é terrorismo político! A última dose de fascismo foi a ditadura militar de 1964. E quem possui dois neurônios íntegros não deseja repeti-la!
O fascismo crê que há seres humanos melhores e com mais direitos do que outros e que só alguns podem ser usufrutuários da Terra e de tudo o que nela há! O fascismo, que aprofunda as opressões de gênero, racial/étnica e de classe, é uma irracionalidade!
Pontuo que o nazismo é uma forma de fascismo – perseguição à democracia, desde o início, na Itália no pós-Primeira Guerra Mundial, para suplantar as ideias socialistas. O vocábulo “fascismo” deriva do italiano “fascio” (“aliança” ou “federação”), cuja origem é “fasci”: “feixe”, simbolizando, desde a Roma Antiga, a força de muitos galhos juntos.
Como movimento político, o fascismo foi criado por Benito Mussolini (1883-1945), em 23.3.1919, ao fundar a associação Fasci Italiani di Combatimento; e se formalizou partido político em 1921, com definição doutrinária antidemocrática e de defesa da “autossuficiência do Estado e suas razões, superiores ao direito e à moral”. O símbolo do Partido Nacional Fascista é um feixe de lenha com um machado sobre as cores da bandeira italiana.
Em 28.10.1922, com a Marcha Sobre Roma, os fascistas tomaram o poder, e Mussolini, com o apoio do rei Vittorio Emanuelle III (1869-1947), virou chefe de governo, autoproclamado “duce”, em italiano: “líder”, assim como “der führer”: “líder” em alemão, adotado por Adolf Hitler. Ele passou a ter poderes outorgados pelo Parlamento Nacional e amplo apoio de massa, setores do operariado e da pequena burguesia rural e urbana, convencidos de que seus inimigos eram o grande capital e o sindicalismo comunista e que só um regime nacionalista de força, que conferisse ao Estado e ao “duce” poderes “acima daqueles que as democracias lhes entregavam” salvaria a Itália! Um embuste.
Em represália às denúncias de violência e corrupção do fascismo, o deputado socialista Giacomo Matteotti (1885-1924) foi assassinado por um comando fascista em 10.6.1924. A oposição abandonou o Parlamento, e, em janeiro de 1925, Mussolini decretou um Estado totalitário, proibindo partidos e sindicatos não fascistas. De 1928 a 1943, o Partido Nacional Fascista era o único legalizado e só foi dissolvido em julho de 1943 com a prisão de Mussolini e a debacle do regime fascista na Itália!
Além de Itália e Alemanha, o fascismo vigorou em Portugal – de 1932 a 1968, com a ditadura salazarista (António de Oliveira Salazar, 1989-1970) – e na Espanha – de 1936 a 1975, com a ditadura franquista (Francisco Franco, 1892-1975). Com a derrota do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), sistemas fascistas sobreviveram na Europa. As ditaduras latino-americanas foram de inspiração fascista, incluindo a ditadura militar de 1964 no Brasil!
O ideário fascista persiste em partidos conservadores e de extrema direita na Europa. Na conjuntura brasileira, o fascismo medra, na não aceitação da derrota do PSDB nas eleições presidenciais de 2014; no cerceamento do direito de ir e vir; no fato de não podermos enterrar nossos mortos em paz; no desrespeito à autonomia universitária; e na pretensão de usurpar, via impeachment, o mandato da presidente eleita Dilma Rousseff. Ao arrepio da lei. E da República. “Não passarão!”

 Fonte: VIOMUNDO

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