quarta-feira, 13 de abril de 2016

Neoliberalismo. Um Defunto que se Recusa a Morrer


Alerta geral contra o golpe midiático

Por Breno Altman, em seu blog:

Os monopólios de comunicação tratam de vender uma imagem de derrota e rendição do governo diante da votação do impeachment. Os objetivos são claros: provocar o chamado efeito-manada entre os deputados e enfraquecer a mobilização democrática.

As informações passadas por estes veículos constituem pura guerra psicológica. A situação é difícil e perigosa, não resta dúvida, mas o placar real demonstra que a batalha contra o golpe poderá ser vitoriosa.

A oposição de direita, somando todas as últimas adesões e já contando os indecisos que pendem para o seu lado, reúne 308 votos. A bancada da democracia alcança 161 votos. A disputa se dá principalmente na conquista dos 44 votos ainda indefinidos.

A hora é dramática e de combate, mas jamais de baixar a guarda ou cair no desanimo, pois isso é tudo que desejam os golpistas.

Vamos continuar lutando por cada palmo de rua e cada voto no parlamento. Está em jogo o futuro de nosso país.

Fonte: Blog do Miro
_______________________________________________________________


Essa guerra psicológica vai continuar até o momento da votação, no domingo.

A guerra dos números.

Naturalmente a velha mídia, em bloco, que não é o bloco do funk ,o bloco do povo, o bloco da cidadania, o bloco da Democracia, repetirá diariamente que o impeachment já venceu, que já tem 342 votos necessários para retirar a presidenta Dilma.

Do lado dos que são contrários ao impeachment, também dirão que o impeachment não irá passar, pois já teriam assegurados os 172 votos necessários para barrar o impeachment.

A velha mídia dá destaque ao fato do Partido Progressista - PP - ter embarcado a favor do impeachment.

Os defensores da Democracia dizem que uma coisa é uma sigla a favor do impeachment, e outra são os votos dos deputados dessa sigla.

O objetivo da velha mídia está em tentar conduzir , no grito, no vento e na sugestão, deputados ainda indecisos quanto ao voto, e, também, tentar desmobilizar a luta de rua contra o golpe, passando uma ideia errada de que existe um pessimismo no governo e nos grupos contrários ao impeachment.

De fato e de concreto, é que os dois lados não sairão por aí abertamente dizendo quantos votos possuem.

Quando declaram o número de votos , certamente estão blefando.

Pelo duelo de declarações, pode-se concluir que nenhum dos lados tem segurança quanto ao resultado.

Um dado que não tem sido debatido diz respeito a abstenção na hora de votar, e , também a ausência de alguns deputados no dia da votação.

Tudo isso embaralha ainda mais a votação, com prejuízos, claro, para o lado que defende o impeachment.

De concreto e real, pelo resultado da Comissão e pelas manifestações de rua, o país ficou dividido.

Uma divisão que, devido aos ânimos acirrados , fará com que o lado que seja derrotado não desista da luta , não saia de cena, ou mais, implemente mais mecanismos de desestabilização do governo.

A turma favorável ao impeachment, claramente configurado como um golpe de estado, caso seja derrotada no domingo, continuará tentando o golpe de todas as maneiras, formas e meios, já que a Democracia e o Estado Democrático de Direito deve ser aquilo que o Capital deseja. E para o Capital, os caminhos alternativos devem ser interrompidos, seja no Brasil ou em qualquer outro país.

Para tanto, por maiores que sejam as arbitrariedades cometidas contra o povo, leis e Democracia, tais arbitrariedades serão resignificadas e recontextualizadas , de forma que possuam um lastro legal e democrático, como aliás pode ser percebido pelos discursos oriundos de pessoas e organizações alinhadas com o impeachment.

A exceção, o estado de exceção, tão temido por todos aqueles defensores da democracia, é um processo mundial que está em curso já por alguns anos, e que agora investe de forma mais acintosa no Brasil.

Esse processo teve início com a crise de 2008 e deixou o capitalismo anêmico, fragilizado, sujeito as mais variadas críticas e ,principalmente, abriu oportunidades para questionamentos de novas formas de organização social.

Alguns movimentos de esquerda no mundo - occupy, podemos, syryza, etc - já perceberam o processo e tentam sair da armadilha esquerda-direita que existe dentro do neoliberalismo

No Brasil , os programas da direita e da esquerda se esgotaram, e o pior, não existe uma alternativa ao neoliberalismo.

Assim sendo, os dois lados ainda continuarão disputando, com poucas vantagens para a maioria da população, com muitos prejuízos para a ordem democrática, e , com políticas e práticas de um retrocesso civilizatório em franca ascensão.

Por fim, a vontade da maioria do povo deve prevalecer, desde que não interferia nos interesses do Capital, caso contrário, a democracia, as leis, serão flexibilizadas, adaptadas as necessidades do sistema financeiro, mesmo que para isso o Estado de Exceção se faça claramente presente.

Naturalmente, neste cenário, a luta não cessará, em nenhum dos lados, com desdobramentos imprevisíveis.



O processo de impeachment necessita de 2/3 dos votos para ser aprovado.

Curiosamente, 2/3 é o percentual de deputados envolvidos ou acusados de crime, ou investigados por crimes, trabalhando nas salas do Congresso com imagens de Cristo na cruz, e inciando discursos com orações

Em Deus confiamos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário