sexta-feira, 18 de março de 2016

Em Defesa da Legalidade e da Democracia

Por que eu vou à rua hoje

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Passei as primeiras horas desta manhã olhando as fotos de meus tempos de rapaz, há 40 anos, impulso talvez da busca da única bússola capaz de nos conduzir, com céu limpo, com nevoeiros ou com tempestades: a coerência.
Não espero ser entendido por todos, mas sei que serei, ao menos, por alguns que hoje têm a mesma idade.
Como disse um dos meus filhos, anos atrás, ao ver a camaradagem com amigos dos tempos de faculdade, surpreso: “é interessante ver que você já foi jovem, porque  quando eu nasci, você já era velho”.
Hoje, engraçado, ele é tão “velho” quanto eu era quando ele nasceu.
O tempo tem estes caprichos universais: passa para todos.
E, como a democracia, em algo nos corrói, em algo nos afirma.
Temos mais cansaço, mais vícios, mais teimosias. Ficamos mais exigentes e também mais “reclamões”.
Mas também sabemos um pouco mais sobre os caminhos, sobre os personagens, sobre a história.
Não porque sejamos mais espertos, mais sabidos; apenas porque já os vimos.
Entendemos o que o Lupicínio Rodrigues quis dizer quando escreveu dos que “deixam o céu por ser escuro e vão ao inferno à procura de luz”.
Eu nunca fui petista, todos sabem, mas muitos dos meus amigos o são e muitos mais ainda eram e foram se afastando porque viram o tempo e a vida darem ao petismo os defeitos,  que são um ímã que atrai e ao qual nem sempre se tem como resistir, exceto com esta força a que temos: as nossas ideias e os nossos valores.
Hoje, porém, a minha geração tem um desafio tão grande quanto tinha a daquele guri magrelo que corria à frente das passeatas.
É o de evitar que os jovens deste país tenham de, dentro em pouco, viver os medos que nós vivemos.
Dos dias em que a um “o que você acha”, respondia-se, numa lúgubre brincadeira: “eu não acho nada, porque o último que achou ainda não acharam”.
Em que se punia, prendia, batia e até matava pelo que as pessoas pensavam.
Não eram uns malucos que hoje agridem alguém por vestir uma camiseta vermelha, não.
Era o Estado, com a sua polícia, com os militares desviados de suas funções de defender o País para o indigno papel de beleguins de um regime e – sim, pessoal, porque já havia – suas excelências, juízes e promotores, todos muito empolados e respeitáveis, legitimando as cassações de direitos, as prisões, os encarceramentos e até as execuções, mal disfarçadas em “tentou fugir”, “resistiu à prisão” ou “enforcou-se na cela”, como Vladimir Herzog.
E os jornais diziam sim, que era assim, que eram os “terroristas”, que eram os “corruptos”, que eram os inimigos da família e da pátria.
Tempos que começaram, quem diria, com senhoras e senhores da classe média clamando por “moralidade” e dizendo que o Brasil “jamais seria vermelho”.
Tenho o direito de dar este pesadelo a meus filhos?
Não vou à rua, hoje, para defender o PT.
Nem Dilma, nem apenas defender o Lula, pelo quanto ele representou e representa para o povão deste país.
Muito menos me defender, que já vivi a vida e não tenho do que reclamar, porque ainda tenho o que dizer e gente que me escute, lendo, muito mais gente do que já poderia ter um dia sonhado.
Naqueles dias, fui às ruas por mim, não hoje.
Vou à rua defender meus filhos e os netos que um dia terei e já nem sei se os verei.
Vou à rua defender meu avô, que mal sabia escrever e formou a filha professora, porque houve um Getúlio e vou à rua defender minha mãe, que já se foi, porque ela temeu pelo filho que se metia em passeatas.
Vou à rua defender aquilo sem o que a vida não tem sentido: a liberdade de que cada um seja o que é e não como querem que seja.
Vou à rua porque meu filho estava enganado.
Porque um homem só envelhece quando lhe tremem não as mãos, mas a mente, e ele e deixa, sem vontade própria, que seus passos sejam guiados.
Vou à rua porque só se morre quando o coração não bate e o cérebro para.
Fonte: TIJOLAÇO
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Especialista americano denuncia jogo sujo da mídia brasileira


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Na página Falando Verdades 2:
Bomba das pesadas.
Reportagem de jornal norte-americano mostra quem financia os grupos que pedem Impeachment de Dilma nas ruas, como MBL, Vem para Rua e outros, o contéudo é bombástico e mostra ligação com empresários sonegadores e até americanos. Mostra como a mídia age junto a Justiça também de maneira seletiva.
Fonte: O CAFEZINHO
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Midia NINJA ‎@MidiaNINJA

Há exatos 52 anos, golpistas faziam guerra de rua. 
Hoje levaremos nosso amor pela democracia às ruas. 



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Fonte: CARTA MAIOR
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Ontem, quinta-feira dia 17/03/2016, a TV BRASIL transmitiu, ao vivo, um ato em defesa da Legalidade e da Democracia e contra o processo golpista midiático-jurídico, realizado no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo de São Francisco na cidade de São Paulo, local histórico na resistência à ditadura militar e de defesa dos ideais democráticos e republicanos.
  
Quase duas horas de transmissão ao vivo, o que coloca a TV BRASIL como referência em informação fidedigna e plural sobre os acontecimentos políticos no momento conturbado do país.

O ato contou com a presença de renomados juristas, como Fábio Konder Comparato e Marcelo Semer, dentre outros, que discursaram para um auditório completamente lotado.

Os palestrantes foram unânimes em afirmar que o país sofre uma ofensiva golpista comandada pelo Juiz Sérgio Moro e pelos principais meios de comunicação privados, com destaque para o Grupo Globo. 

Ofensiva esta que coloca a Democracia em risco e é apoiada por grande parcela do empresariado, com destaque para as ações promovidas pela FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - um dos centros de estímulo e financiamento aos protestos pró-impeachment de Dilma  que acontecem na Av. Paulista e em frente a sede da Federação.

O roteiro do golpe é o mesmo de tempos atrás, como se vê na manchete denúncia, acima, do jornal Última Hora, por ocasião dos conflitos que culminaram com  a queda do presidente João Goulart e a implantação de uma ditadura militar que durou 21 anos, e, que até os dias atuais, ainda exerce alguma influência negativa na vida do país.

Na ocasião, o ano de 1964, o golpe teve o apoio de grande parcela do empresariado nacional, de parcela da classe média e alta, e ,claro, a influência do governo norte americano.

Dúvida: depois que o governo descobriu no ano passado que Dilma fora grampeada pela CIA, foram tomadas medidas adicionais de segurança?
Fonte: CARTA MAIOR

O roteiro se repete meio século depois, sendo que no lugar de tanques e fuzis está uma parcela do Poder Judiciário, que tem no juiz Sérgio Moro a expressão de referência para uma nova forma de atuação da Justiça. 

Tanto é verdade, que um grupo de juízes pretende fazer uma  manifestação em apoio ao justiceiro da terra das araucárias.

Contra todo este momento caótico e de perigo para a jovem Democracia brasileira, os juristas reunidos ontem no ato e SP pediram para  que a população faça uma reflexão sobre os acontecimentos recentes e resista, nas ruas e de forma pacífica, contra a tentativa golpista em curso.

Destaque para alguns trechos da palestras:

- clamar por ordem no país, apoiar a polícia e tirar selfies com soldados da Polícia Militar, como fazem os manifestantes pró-impeachment, é escolher a implantação de um Estado Policial.
a parcela da classe média e alta pode escolher entrar em um Estado Policial, mas não terá escolha caso queira, no futuro, sair desse Estado. ( Marcelo Semer );

- todos Poderes ( Executivo,Legislativo, Judiciário ,Midiático ) devem estar sujeitos a algum tipo de controle pelo Poder Supremo. O Poder Popular é o Poder Supremo, que também deve sofrer algum tipo de controle. A Democracia é muito mais do que apenas exercer o direito de votar e escolher os representantes.( Fabio Konder Comparato ),

- em um passado recente saímos às ruas ,vestidos com o verde e amarelo, para brigar com a Polícia Militar e exigir Democracia e eleições diretas ( Marcelo Semer ).

Hoje, dia18 de março, e nos dias seguintes, todos às ruas, de forma pacífica, em defesa da Legalidade e do Estado Democrático de Direito, independente da orientação político partidária de cada um.
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  1. A maturidade da esquerda que diverge do governo Dilma, mas se une à frente pela defesa da Democracia abre novos horizontes eleitorais no país
  2.  Boulos tem razão: é a democracia que está em risco; mesmo  quem diverge do PT precisa da democracia para divergir.  Juntos à Paulista; 16 hs

      Fonte: CARTA MAIOR
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