No grande protesto de ontem, domingo, organizado pelas oposições e principalmente pela velha mídia algo não saiu como esperado.
Os manifestantes, nas diferentes regiões e
cidades do país, ostentavam cartazes e entoavam palavras de ordem que
rejeitavam todos os políticos, do PT, do PSDB, PMDB e outros.
Políticos de
oposição ao governo, como Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Marta Suplicy, foram
hostilizados nas ruas durante as manifestações, pois acreditavam que poderiam
colher frutos políticos junto aos manifestantes
.
Algo não saiu de acordo com o enredo e o samba
atravessou na avenida.
Estima-se que 3,5 milhões de pessoas estiveram
nas ruas de cidades do país no domingo, sendo a metade no Estado de São Paulo,
maior reduto eleitoral das oposições.
O perfil dos manifestantes era de classe média
e alta, predominantemente branca.
Aquilo que a Folha não considerou nas garrafais de ontem: 77%da Paulista era de brancos; 77% com diploma universitário; 79% de eleitores de Aécio
Fonte: CARTA MAIOR
Aquilo que a Folha não considerou nas garrafais de ontem: 77%da Paulista era de brancos; 77% com diploma universitário; 79% de eleitores de Aécio
Fonte: CARTA MAIOR
A velha mídia, que estava excitadíssima no
domingo, amanheceu na segunda – feira sem o discurso homogêneo dos dias que
antecederam as manifestações.
Os principais jornais de São Paulo, a Folha de
SP e o Estado de SP, amanheceram com manchetes de fazer inveja aos mais
rasteiros e populares tablóides.
A Folha, com letras garrafais, de cinco
litros, noticiava o povo pedindo o fim do governo.
Já o Estadão, colocou sobre
uma foto dos manifestantes na Av. Paulista, a data de ontem, 13/03/2016, também
em letras garrafais.
Entende-se a excitação de ambos, são paulistas.
No Rio de Janeiro, o jornal O Globo, artesão
principal das manifestações de ontem, trouxe como manchete o povo pedindo o fim
de Dilma e Lula e o mesmo povo enaltecendo o juiz Sergio Moro.
Globo, que não é
paulista e não perde tempo, percebeu que os manifestantes, de uma maneira
geral, rejeitavam todos os políticos, do governo e das oposições, e logo
resolveu insuflar a imagem de Sergio Moro, do Poder Judiciário, o juiz que
conduz a operação Lava jato, o novo caçador de marajás que irá acabar com a corrupção
no país. Isso no discurso de Globo, claro, caro leitor.
Os demais jornais do Rio e de São Paulo,
ficaram no lugar comum ,destacando o
número expressivo de pessoas nas ruas.
No entanto, um jornal do Rio de Janeiro, o
Jornal do Brasil, lembrando os velhos tempos do bom JB, foi direto ao ponto e
de forma cirúrgica, em artigo, assim se manifestou:
“ Afinal, o que querem os manifestantes rejeitando todos os políticos,
enaltecendo o Juiz Moro, pedindo o fim da corrupção, o fim do governo e o fim do comunismo?
Fonte: TIJOLAÇO
E aí se encontra a questão principal para tentar se entender as manifestações de ontem.
E aí se encontra a questão principal para tentar se entender as manifestações de ontem.
De alguma forma, as manifestações de ontem
podem ter uma razoável similaridade com as primeiras grandes manifestações de
junho de 2013, quando a velha mídia ainda não tinha seqüestrado o movimento.
Naquela ocasião as primeiras manifestações revelavam insatisfação com partidos
políticos, com os políticos e com o sistema representativo político vigente no
país.
O governo Dilma, de alguma, forma entendeu o
recado das ruas e juntamente com alguns partidos da base aliada apresentou uma
proposta de reforma política, proposta que foi mutilada no Congresso pelos
partidos de oposição (mesmo por partidos e políticos da base aliada do governo)
e que também foi rejeitada pela velha mídia. Acreditava o governo à época que
somente uma profunda reforma política, com ampla participação popular, poderia
colocar a corrupção em níveis civilizados. Isto significava, em parte,
aprofundar o sistema democrático, propiciando uma maior participação da
população nas decisões e na fiscalização da aplicação dos recursos públicos.
Ainda em sintonia com o desejo das ruas, o Governo Dilma também propôs a
criação de Comitês Populares, o que também foi rejeitado pelas oposições e pelo
Congresso atual, que como sabe o caro leitor, tem aversão a transferência de
poder ao povo e à Democracia com um mínimo viés participativo que seja.
O tempo
passou e não se avançou, em nada, em uma reforma política. Reforma essa que
pessoas de notório saber; juristas, políticos, empresários e membros da
sociedade, admitem de bom grado, ser necessária para combater a corrupção.
Em suma, das ruas de junho de 2013, pouco ou
quase nada se avançou, já que as oposições acreditavam que após os protestos
daquele ano, dificilmente Dilma conseguiria ser reeleita no final de 2014, uma
vez que os índices de popularidade da presidenta estavam em níveis de governos
de Fernando Henrique Cardoso, ou seja, baixíssimos.
Assim sendo, as oposições
barraram no Congresso Nacional as propostas do governo, com argumentos
simplórios de que a criação dos Comitês Populares seria uma forma bolivariana
de aparelhamento do governo e que a reforma política com
participação popular seria um enfraquecimento dos parlamentares.
O caro leitor
entende porque os partidos de oposição e a maioria dos parlamentares não querem
saber de ter o povo por perto, opinando, fiscalizando, participando.
Depois de junho de 2013, as manifestações de
rua, já seqüestradas em grande parte pela velha mídia, descambaram para a
violência e afastaram as pessoas das ruas, e assim perduraram até os primeiros
meses de 2014.
As eleições de 2014, como são de conhecimento
do leitor, confirmaram a vitória de Dilma, o quarto governo seguido do PT, para
desespero das oposições que no segundo turno daquelas eleições tinham como
certa a vitória de Aécio Neves, do PSDB.
A derrota de Aécio Neves, por uma margem
percentual pequena de votos, até hoje, passados 17 meses do final daquele
segundo turno e que teve a imagem do jornalista de O Globo, Merval Pereira,
chorando, não foi digerida e muito menos aceita pelas oposições ao governo.
Tanto
é verdade que as oposições, primeiro pediram a recontagem dos votos, depois
tentaram; com argumentos sempre frágeis e desejosos de tomar o poder de
qualquer maneira, impedir que Dilma tomasse posse.
Dilma foi empossada em um clima de acusações e
de tentativas de impedimento, que ocupou o noticiário, diário, nos dois últimos
meses de 2014.
Desde então, o primeiro dia de governo em 1° de
janeiro de 2015, as oposições usaram como estratégia paralisar o governo,
usando e abusando da cumplicidade com a velha mídia, a produção de uma
avalanche de crises institucionais, sempre levantando a possibilidade de um
impeachment da presidenta.
A situação de crise da economia mundial chegou
aos países emergentes, e o Brasil foi, e tem sido, duramente atingido, fato que
apropriado pelas oposições e pela velha mídia imputou ao governo federal a
responsabilidade por tudo de ruim que tem acontecido.
O governo Dilma tem
grande parcela de culpa nas medidas tomadas, ou na ausência de tais medidas,
para enfrentar a crise econômica, mas não na dimensão que em a velha mídia
noticia, ou melhor, martela, diariamente na cabeça da população.
Assim sendo, e com a entrada em cena da
Operação Lava jato da Polícia Federal, comandada pelo juiz Sergio Moro que no
início da Operação foi agraciado com um prêmio do Grupo Globo como sendo uma
pessoa que faz a diferença, criaram-se as condições para aquilo que as
oposições chamam de tempestade perfeita.
E a tempestade não parou desde então.
A medida que as etapas da Lava jato aconteciam
com prisões de executivos e empresários de grandes empresas de engenharia, e
também de funcionários do alto escalão da Petrobras, a velha mídia, cada vez
mais, associava os casos de corrupção no governo com a situação econômica do
país, enquanto as oposições manobravam no Congresso Nacional em busca de apoio
para dar início a um processo de impeachment da presidenta.
Com altos e baixos para cada lado, essa
conjuntura política inicia o ano parlamentar de 2016, aparentemente tranqüilo,
mas com os protestos de ontem já agendados com razoável antecedência.
A medida que a data de ontem se aproximava,
data tão enaltecida hoje nos jornais impressos da velha mídia (a manifestação
da ansiedade vivida) casos e escândalos de corrupção possíveis no governo
ganhavam mais centímetros, minutos e decibéis no espaço da velha mídia.
O ápice do processo de construção dos protestos
de ontem, se deu na semana passada, quando inusitados promotores paulistas,
pediram a prisão do ex-presidente Lula, fato que ocupou todo o noticiário.
Antes, o leitor lembra-se, o juiz Moro movimentou 300 funcionários da polícia
federal para conduzir, mesmo a força se necessário fosse, o ex-presidente Lula
para depor na Polícia Federal.
Tanto a decisão de Moro, quanto a decisão dos
promotores do Ministério Público de São Paulo, foram duramente criticadas por
operadores do Direito, juízes, advogados,delegados e mesmo a Ordem dos
Advogados do Brasil, como decisões estapafúrdias que atropelam a Democracia e o
Estado de Direito, já que não tinham lastros que as justificassem.
Na velha
mídia, nenhuma critica as decisões dos magistrados, ao contrário, o tom dos
noticiários ou era de neutralidade ou de aprovação.
E assim, de forma criteriosa, cuidadosa e
extremamente eficaz, oposições e velha mídia construíram os protestos de ontem,
e, assim também, nesse clima, as pessoas foram às ruas.
No entanto, algo fugiu ao planejado, já que não
se esperava que os políticos de oposição fossem hostilizados durante os
protestos.
Assim sendo, voltamos ao questionamento do
Jornal do Brasil:
o que querem os manifestantes?
Talvez eles, os manifestantes, não saibam.
1 – pediram o impeachment de Dilma.
Dilma foi eleita em processo eleitoral
democrático, escolhida pela maioria. Concordo que até mesmo muitos eleitores de
Dilma não estejam satisfeitos com o segundo governo da presidenta, mas daí
querer interromper o mandato de Dilma pode ser diagnosticado como imaturidade
democrática, já que os mandatos presidenciais no Brasil são de apenas 4 anos ,
justamente para que a população possa avaliar o governo, e ao final do mandato
confirmar mais quatro anos ou colocar outro grupo político na presidência.
Dilma tem, apenas, 2 anos, 9 meses e 17 dias de governo para cumprir o segundo
mandato escolhido pela maioria do povo brasileiro.
Não estou gostando e quero trocar é coisa de
criança mimada.
Por outro lado o impeachment de um presidente
da república, só se justifica em situações de crimes graves cometidos pelo
presidente, algo que, até o dia de hoje, não foi apresentado como prova
irrefutável contra Dilma. Cabe lembrar que os casos de corrupção no governo que
vieram à tona nos governos do PT, só foram possíveis de terem sido descobertos
porque o próprio governo viabilizou as investigações, algo que não ocorreu em
nenhum outro governo desde 1985, por ocasião da redemocratização do país.
Assim sendo, pedir o impeachment de Dilma ou é
coisa de gente mimada, gente desinformada, gente que não respeita o resultado
das urnas, gente que não respeita a Democracia.
Também pode ser um processo de
golpe político no Congresso Nacional, ou ainda, setores da sociedade que não
toleram a Democracia.
2 – fora Lula, fora PT
O leitor sabe que Lula encerrou seu segundo
mandato e saiu do governo em 31 de dezembro de 2010 e que o PT tem sido governo,
pois assim deseja a maioria do povo brasileiro.
Lula não pode sair de onde não está, não é,
caro leitor ?
3 – rejeição à todos os políticos
Impossível viver sem política e sem políticos
em um regime Democrático. Rejeitar a política e os políticos é querer um estado
de exceção, uma ditadura. Alguns manifestantes pediam intervenção militar no
país. Intervir para que se as instituições estão
funcionando ?
4 – o fim do comunismo
A queda dos regimes comunistas já é um fato
histórico, inclusive ensinado nas escolas.
O leitor sabe que os regimes
comunistas desapareceram, com raríssimas exceções, no final da década de 1980 e
início da década de 1990. O Brasil vive em um regime capitalista com total
liberdade para a iniciativa privada e com a participação do Estado em setores
estratégicos para o país. O país está distante de quaisquer resquícios
comunistas como também de um capitalismo de Estado. Cabe lembrar que a
participação do Estado, foi fundamental para o desenvolvimento e crescimento
dos países mais ricos, como EUA, Inglaterra, França e outros. Mesmo hoje a
economia norte americana tem como motor o complexo industrial militar, do
Estado. O discurso de Estado mínimo, enxuto, endereçado ao Brasil pelos países
ricos não vale para esses países, assim como o mercado totalmente livre.
Os governos do PT optaram no regime capitalista
vigente no país por uma social democracia, com um toque nacionalista e
regional, com distribuição de renda, redução da pobreza, redução da miséria e
construção de redes de segurança social para populações em situação de alto
risco, como com a criação dos programas Bolsa Família e Mais Médicos, por
exemplo. Também ampliaram oportunidades com os programas de cotas nas
universidades. A social democracia dos governos do PT está bem distante do
comunismo.
Ocorre que os setores mais radicais e conservadores da direita
capitalista, no Brasil e no mundo, advogam a tese de Estado mínimo, e salve-se
quem puder, o darwinismo social. Qualquer país ou governo com um verniz social
é taxado de comunista, com amplo apoio da velha mídia.
Esse conceito, repetido
com freqüência pelos grandes meios de comunicação e jornalismo, produz, em
parcela da população, cenas de delírio explícito, como as observadas nos
protestos de ontem pedindo o fim do comunismo no Brasil.
5 – fim da corrupção
A corrupção não acaba , ou diminui, através de
decreto.
A corrupção não é exclusividade de governos ou
de políticos do PT.
A corrupção não surgiu e também não cresceu no
país durante os governos do PT.
A corrupção tem sido mais combatida,
investigada, com punição de pessoas, justamente pelos governos do PT. As
notícias freqüentes sobre casos de corrupção no governo tem dois lados; o lado
negativo é que a corrupção existe, de várias maneiras, em todas as esferas do
governo; o lado positivo é que o governo Dilma resolveu investigar e punir.
A velha mídia dá destaque, apenas, ao lado
negativo.
Para acabar ou reduzir drasticamente a
corrupção no governo, somente com uma reforma política, conforme citado e
explicado anteriormente neste artigo. No entanto, as oposições não querem tal
reforma e os manifestantes vão para as ruas pedindo o fim da corrupção.
Haja
incongruência.
6 – Sergio Moro como o novo herói nacional
O comportamento do juiz Sergio Moro na condução
da operação Lava jato está em perfeita sintonia com percepções, valores e
práticas de uma grande parcela da classe média e de toda a classe endinheirada
do país.
As elites e grande parcela da classe média, ao
longo de toda a história do Brasil, podem ser consideradas como democráticas,
porém, uma Democracia com limites impostos ao povo.
Por possuírem mais recursos materiais, se
acham, de alguma forma, melhores e superiores ao conjunto da população, fazendo
disso, formas de expressão e de comportamento.
Isso não é novidade, sempre foi
assim na história do país, com mais ou menos autoritarismo em todas as
dimensões das relações sociais com o povo.
Esse comportamento das elites e parcela da
classe média pode ser evidenciado no triplex de Paraty, uma construção fora da
lei mas que é usufruída normalmente e sem problemas por seus proprietários.
Pode ser evidenciado nas disputas judiciais, nos delitos cometidos, quase
sempre resolvidos de forma favorável aos mais ricos. Também se manifesta no
Judiciário, na sonegação de impostos e nas relações interpessoais, onde o mais
endinheirado tem mais poder e autoridade sobre os demais.
A parcela da classe média também se comporta
dessa maneira, ou seja, tem mais direitos ou pensa que tem,que o grande conjunto
da população.
Esses “direitos adicionais e específicos” das
elites e parcela da classe média, se manifestam na forma de autoritarismo.
A partir de 1990 com a supremacia das Finanças
no mundo, esses “direitos” ficaram mais fortes, e, conseqüentemente, a
Democracia ficou mais fragilizada, isso em todo o mundo ocidental.
Assim sendo, o comportamento do juiz Sergio
Moro, no âmbito do Poder Judiciário, é uma expressão desses “direitos” das
elites e de parcela da classe média.
Ao atropelar normas, códigos, leis e
procedimentos jurídicos, o juiz Moro encontra perfeita sintonia na parcela mais
rica da sociedade, tanto que nos protestos de ontem a maioria , nas ruas era de
classe média, média e alta, e branca.
Assim sendo, o juiz Moro é apresentado pela velha mídia como sendo
a expressão da moralidade e da ordem, em um contraponto aos políticos e à
política.
Nada mais irreal do que pensar assim.
O comportamento do juiz Moro na condução da
Lava Jato, tem sido um atentado à Democracia e ao Estado de Direto, e isso
juristas e intelectuais de notório saber admitem de bom grado.
Admitem, ainda,
um viés fascista em suas ações.
Já a classe média e as elites, enaltecem o juiz
Moro, enaltecem o fascismo, e ainda saem às ruas com as cores verde e amarelo,
em uma mensagem de defesa ao Brasil, quando na realidade, um impeachment de
Dilma colocará no Poder um grupo político que irá acentuar a precarização dos
direitos dos trabalhadores ,a privatização com entrega ao capital estrangeiro
de recursos naturais estratégicos ao país, reduzirá os investimentos em
políticas e programas sociais para grupos da população em situação de risco e,
ainda , contribuirá para aumentar a tensão social nos grandes centros urbanos.
Um “novo” governo, como se refere e deseja o
jornalista Merval Pereira em suas crônicas
no jornal O Globo, não tem nada de novo e menos ainda de verde e amarelo.
Mais uma incongruência da multidão de domingos.
Aliás quando povo se organiza e sai às ruas
para se manifestar, isso é povo organizado.
Quando o povo é conduzido às ruas
para se manifestar, isso é multidão.
A multidão de domingos é um oceano de
incongruências, sem rumo, daí a pergunta do Jornal do Brasil
“ O que querem os manifestantes “?
É provável que os manifestantes não saibam, mas
os grupos políticos que organizam e, de alguma forma, colocam os manifestantes
nas ruas, sabem perfeitamente o que esperam alcançar.
Esses grupos desejam dar
um golpe de estado, retirando do poder, com um véu de legalidade, um governo
eleito de forma democrática pela maioria do povo brasileiro.
Para tanto, usando seus”direitos adicionais” ,interditam
todo e qualquer debate civilizado, incitando na população um comportamento de
bate boca, de negação prévia do outro, que tem por objetivo favorecer as
práticas de atropelo da Democracia.
No entanto, em tempos de internete, os
questionamentos acontecem, alguns com densidade e de forma cirúrgica, a ponto
de os endinheirados partirem para ameaças da lei para sites e blogs.
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