quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Bandidos no comando do futebol brasileiro

'Faixas da Gaviões têm apoio do povo'



















Da Rede Brasil Atual:

Para o jornalista e diretor da ESPN Brasil, José Trajano, as faixas de protesto expostas pela torcida Gaviões da Fiel, no clássico entre Corinthians e São Paulo, em Itaquera, no último domingo (14), expressam um sentimento geral de descontentamento com o futebol brasileiro. "Todo mundo concorda. Ou alguém pode ser a favor da atual direção da CBF?", afirmou hoje (16), em entrevista à Rádio Brasil Atual.

As faixas cobravam punição para o os desvios relacionados ao chamado escândalo da merenda escolar, que atinge o governo paulista de Geraldo Alckmin (PSDB), contra a Rede Globo – por impor os horários dos jogos à sua programação –, contra a corrupção na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e na Federação Paulista de Futebol (FPF) e também reivindicavam ingressos mais baratos. "Tudo o que eles manifestaram, através das faixas, tem o apoio da maioria da população brasileira. Eles são os nossos porta-vozes. Assino embaixo", afirma Trajano.

"O preço é caro mesmo, o futebol está sendo elitizado. O horário é um absurdo. A CBF é pessimamente dirigida", afirma o jornalista. Já em relação aos desvios da merenda, Trajano lembra que o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), envolvido no escândalo, perseguia as torcidas organizadas quando era promotor. "Agora a Gaviões está dando o troco."

O jornalista também condenou a postura da TV Globo, que durante a transmissão da partida evitou mostrar o ocorrido. "O interessante seria que se pudesse acompanhar de casa tudo o que acontece no local do jogo." Já a PM ameaçou intervir, mas recuou diante do risco de causar tumulto maior.

Durante a entrevista, Trajano traçou um paralelo com o futebol inglês, e citou manifestação da torcida do Liverpool, durante a última partida em que o time disputou em casa, quando cerca de 10 mil torcedores se retiraram do estádio ainda no decorrer do segundo tempo, para protestar contra o aumento dos ingressos. A televisão acompanhou os protestos e, no jogo seguinte, a direção do clube recuou e revogou o aumento.

Ele também criticou a posturas do árbitro da partida entre Corinthians e São Paulo, Luiz Flávio de Oliveira, e do jogador Felipe, capitão corintiano, que se empenharam em coibir a manifestação. Para o jornalista, ambos cometeram "uma série de equívocos e atitudes erradas que não deviam ter acontecido". "O juiz não tem nada que paralisar o jogo por causa daquelas faixas com aquelas mensagens, que não têm nada de errado. É uma forma de censura."

Com relação ao capitão corintiano, Trajano diz que faltou maturidade. "Ao jogador do Corinthians, o Felipe, que é muito jovem, faltou ter mais consciência. Se fosse o Paulo André o capitão, certamente não tomaria aquela atitude", referindo-se ao ex-zagueiro do clube paulista e integrante do coletivo Bom Senso, que luta por reformas do futebol brasileiro.

Trajano lembrou ainda a tradição de engajamento político da Gaviões da Fiel que, ainda durante a ditadura, jogadores e torcida exibiam faixas e mensagens de protesto. Em 1979, no Morumbi, a torcida ergueu faixa pedindo 'Anistia ampla, geral e irrestrita'. "Essa faixa foi aberta em um momento em que pouca gente se manifestava, porque havia um temor da repressão. Eram épocas de chumbo, que a gente gostaria que nunca mais voltasse."

Fonte: Blog do Miro
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Vitor Teixeira: O Gavião e o tucano

publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 20:57

Fonte: VIOMUNDO

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“Não podemos assistir omissos

ao processo de elitização do futebol”,

diz presidente da Gaviões

André Lucas Almeida/Jornalistas Livres














Foto: André Lucas Almeida/Jornalistas Livres
Torcida volta à cena política ao criticar a CBF, Federação, Rede Globo e o governo estadual paulista nos últimos jogos.
17/02/2016
Por José Coutinho Júnior e Victor Tineo,
De São Paulo (SP)
Atual presidente da torcida organizada Gaviões da Fiel, Rodrigo Fonseca, o Diguinho, disse que os protestos realizados na última semana nos jogos contra o Capivariano (11) e no clássico paulista contra o São Paulo (14), representam a luta contra o elitismo no futebol e, ao mesmo tempo, resgata a história da torcida.
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Nos dois jogos, a torcida corinthiana estendeu faixas criticando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Federação Paulista de Futebol (FPF), a Rede Globo de Televisão e o Governo de São Paulo, além do promotor, deputado e presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Fernando Capez (PSDB), investigado no caso do escândalo da merenda no Estado.
“CBF, FPF, Rede Globo, Diretoria do Corinthians e os tais promotores, todos eles trabalham em conjunto para fazer do futebol um espetáculo de elite”, declarou o presidente.
Diguinho também alerta que a elitização do futebol é contrária à formação do clube, fundado por operários e trabalhadores braçais. “Não podemos assistir omissos ao processo de elitização que o futebol, não apenas do Corinthians, está passando faz anos tornando a arquibancada um lugar mais branco e rico do que outrora”, completou o presidente.
Sociólogo e corintiano, Sandro Barbosa, analisa que a crítica da Gaviões é contra o futebol moderno e, junto a isso, traz o peso de uma crítica social. “É um posicionamento contra esse futebol que elitiza, exclui os mais pobres e também batendo na CBF, Globo, PSDB, que é o partido responsável pela PM”, disse. “Além disso, o Capez foi um promotor que mais perseguiu as torcidas e agora está envolvido no escândalo da merenda.”, apontou.
Globo e ingressos
O valor do ingresso é uma das críticas que a Gaviões faz. O estádio do Corinthians, o Itaquerão, é um consórcio entre o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a construtora Odebretch e o clube.
“Esse consórcio determina o preço dos ingressos, então o time não tem muita agência nisso”, explica o sociólogo Sandro Barbosa, “O Itaquerão tem um espaço menor para as classes populares (setor norte e sul), todos os outros são para classes mais altas”, completou.  
Sobre a Rede Globo, ele alerta que quando a cobertura futebolística foca na violência de torcidas afeta o público, que por segurança, assistem de casa aos jogos. “Surgem a partir daí os canais pagos, que são da Globo. O tipo de torcedor que eles querem é um mero consumidor nos estádios”, analisou.
Com esse monopólio sobre o esporte, o horário dos jogos fica prejudicado. Durante a semana eles começam após a última novela da emissora - às 22h - e terminam cerca de meia noite.
História
A Gaviões da Fiel foi fundada em 1969, quando o então presidente do Corinthians, Wadih Helu, era ligado ao regime da ditadura militar. Com fama de ditador, o presidente pagava pessoas para caçarem "os gaviões". Durante seu mandato, o time não ganhou nenhum título expressivo e ficou conhecido como a época do “Faz-me rir”.
Em 1971 o presidente saiu do poder e passou o cargo ao opositor, Vicente Matheus. A Gaviões da Fiel, desde então, monitorou e fiscalizou de perto as atuações do clube, desde assuntos econômicos e integração entre torcedores, até à luta pela redemocratização do país.
Fonte: BRASIL DE FATO
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Bob Fernandes: 

O silêncio sobre a notícia de que o FBI investiga direitos de transmissão da Copa

Fonte: VIOMUNDO
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Globo e a corrupção na transmissão das Copas

CBF_REDE-GLOBO_SELEÇÃO
no Jornal da Gazeta (via Blog do Miro)








Fonte: O CAFEZINHO
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Triplex dos Marinho e a corrupção da Fifa

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:


Enquanto a Lava Jato procura pedalinhos em Atibaia, dentre outras fofocas, o escândalo do triplex dos Marinho em Paraty, construído sem licença ambiental, dentre inúmeras outras graves irregularidades, continua gerando informações interessantíssimas.

A Rede Brasil Atual, o Viomundo, o DCM e o Tijolaço trouxeram fatos instigantes sobre o laranjal financeiro por trás da propriedade.

Quem andou ocultando patrimônio, pelo visto, não foi Lula, e sim a família mais rica do país.

O Cafezinho resolveu dar sua contribuição às reportagens coletivas feitas pelos blogs, fez algumas investigações na web e descobriu outras coisitas, que poderão, por sua vez, nos levar a outras revelações.

As últimas investigações da blogosfera descobriram que o triplex dos Marinho em Paraty está em nome da Agropecuária Veine Patrimonial Ltda.

Com a Veine começa o show.

A Veine tem sócios um pouco, por assim dizer, controvertidos, como a Vaincre LLC, que é controlada pela Camille Services.

A Camille Services, segundo o banco de dados público do Panamá, tem como diretores, as seguintes pessoas: Francis Perez, Leticia Montoya e Katia Solano.

Esses três são figurinhas carimbadas no submundo da lavagem de dinheiro. Segundo o site Inside Costa Rica, os três são os principais nomes do "time clandestino por trás de Nicstate Development", firma usada pelo então presidente da Nicarágua, Arnoldo Alemán, para um esquema milionário de lavagem de dinheiro.

O mais interessante, porém, não é isso. Os mesmos Francis Perez e Leticia Montoya participam da criação da Briks Overseas, firma dirigida pelo uruguaio Eugenio Pedro Figueredo, um dos medalhões da Fifa preso na Suíça e extraditado para os Estados Unidos! E quem é a firma responsável pela Briks? A Mossack Fonseca, envolvida na Lava Jato!



Ou seja, a Mossack Fonseca realmente apimentou a Lava Jato, porque traz à tona a conexão da Globo com um grande esquema de lavagem de dinheiro, sonegação, evasão de divisas, por um lado, e com o escândalo de corrupção da Fifa, onde a Globo está envolvida até o pescoço, apesar da conspiração de silêncio da imprensa brasileira sobre o tema.

É interessante notar que o esquema de sonegação dos Marinho na Copa de 2002 - jamais devidamente investigado pelo Ministério Público ou pela Polícia Federal - usou a mesma tecnologia de empresas de fachada, paraísos fiscais, para ocultar patrimônio e burlar o fisco.

É realmente estranho que Sergio Moro, força-tarefa e a mídia tenham perdido o interesse tão subitamente pelos esquemas da Mossack Fonseca descobertos quando a Lava Jato invadiu o Guarujá.

Em questão de dias, esqueceram tudo, soltaram todos os presos, e tentaram mudar a pauta para a reforma de um churrasqueira no sítio frequentado por Lula em Atibaia.

Mais coragem, intocáveis da Lava Jato!

Vamos investigar o esquema da Mossack Fonseca e sua ligações com os triplex dos Marinho!

Quem sabe não chegamos no principal problema brasileiro, e que certamente afeta todas as grandes companhias nacionais, inclusive as empreiteiras da Lava Jato: a sonegação e a evasão fiscal?

Dallagnol, você não acha que há algo divino nisso?

Sergio Moro, Carlos Fernando, cadê vocês?

Aí sim, há elementos que podem "refundar a república"...

A história ainda tem muitas pontas soltas. A continuar.

Fonte: Blog do Miro
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Ingressos caros, horários absurdos dos jogos e muita corrupção envolvendo o mundo do futebol.

As empresas envolvidas com o futebol tem por objetivo apenas o lucro.

É provável, bem provável, que CBF e Globo odeiem o futebol.
O futebol, hoje, talvez a partir deste século, tem se tornado dentro e fora de campo cada vez mais violento.

Fora de campo, as organizações que controlam o futebol brasileiro praticam um modelo de negócio que, de alguma forma, retrata o modelo econômico mundial hegemônico.

Criminoso, selvagem e violento.

Dentro de campo, os jogos tem se tornado cada vez mais violentos, com cada vez mais atletas sofrendo graves lesões, enquanto o talento e a arte tem sido criminalizados e mesmo apontados como expressões de desrespeito aos adversários.

Não deixa de ser, também, um retrato do mundo atual, que valoriza o individualismo e o empreendedorismo, e que vê na inteligência e  no conhecimento do outro uma forma de  agressão.

A esse respeito, o jornalista André Kfouri, do jornal LANCE, escreveu o excelente artigo abaixo:

Vale a leitura:

por André Kfouri em 18.fev.2016 às 14:38h  

 (publicada em 18/02/2016, no Lance!)

AMOR OU ÓDIO?
Você gosta de futebol? Não é uma provocação, mas uma pergunta honesta. Claro, ter este diário em mãos (obrigado) e ler essas linhas (muito obrigado) são indicativos de que você se interessa pelo assunto, o que não significa, necessariamente, que goste. A pergunta pode parecer injusta para você, que adora o futebol e com ele se relaciona de maneira saudável. Mas pode caber a você, que se aborrece frequentemente com o que julga amar. Neste caso, é grande a possibilidade de você não gostar de futebol, sem saber.
O pênalti coletivo do Barcelona, domingo passado, evocou uma visão de futebol compartilhada por muita gente. São os eternos ofendidos, afetados pela síndrome da mágoa espontânea, para quem a jogada de Messi e Suárez é um exemplo de desrespeito, humilhação, menosprezo. Uma “quebra de decoro” que, embora não escrita, fere a “seriedade” da qual jogadores não devem se afastar, sob pena de pagar caro.
Essa forma de enxergar o jogo não tolera exibições criativas de habilidade técnica (ou, no caso mencionado, de corajosa improvisação) que não estejam acompanhadas da “objetividade” que as autoriza, e insiste em catalogar lances de efeito conforme a situação em que acontecem. Uma cavadinha na cobrança de pênalti, na final da Copa do Mundo, é coragem. Vencendo por 5 x 0, é falta de caráter. Uma caneta no campo de defesa é desnecessária. Na área do adversário, é recurso. Neymar não faz “gracinhas” quando está perdendo, acusam os magoados. Como se ele tivesse essa obrigação.
E como se times se comportassem do mesmo jeito, independentemente do placar. No futebol dos ofendidos, aceita-se a agressão que o árbitro não vê. É “malandragem”. Perdoa-se a cusparada, o cotovelo alto nas disputas de bola. “Faz parte do jogo”, dizem. Mas uma carretilha com 2 x 0 é um insulto. Um pênalti em dois toques, coisa de cafajestes. É preciso odiar o futebol para pensar assim. Tomara que não seja o seu caso

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