sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Um pesadelo para as oposições e para a velha mídia

Tratamento distinto para duas Mirians: FHC negociou cala boca de dentro do Planalto, com empresa que tinha concessão em aeroportos

publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 22:13
Captura de Tela 2016-02-18 às 22.08.44
Miriam Cordeiro, no programa eleitoral de Fernando Collor, também apareceu repetindo denúncias sem provas no Jornal Nacional;  o dia da despedida de FHC (ao lado de Ruth) e Mirian Dutra no Globo Repórter, em 1994,  uma de suas raras aparições como repórter em Portugal, depois do exílio




 Como a mídia enganou a opinião pública para proteger FHC


fhc-roberto-marinho

Comentário: Azenha aponta o óbvio. Empresa usada para pagar mesada à amante de FHC tinha contratos com o governo. E o caso aconteceu DURANTE o mandato dele.
por Luiz Carlos Azenha
As últimas horas foram tragicômicas, pelo esforço dos fãs do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em desqualificar Mirian Dutra e o próprio debate que ela gerou ao dar entrevista para a revista Brazil com Z, da Espanha — mais tarde, acrescentou detalhes falando à Folha.
Isso, ainda que FHC tenta admitido a existência do contrato fictício da empresa Brasif.
Que eu tenha lido, disseram que ela recebeu dinheiro do PT para mentir, que é uma tentativa de tirar o foco do triplex e do sítio respectivamente visitado e frequentado por Lula, que ela age movida pelo ódio típico de uma ex. Num país machista como o Brasil, eu não estranharia nem se dissessem que Mirian seduziu FHC e enredou o pobre senador, 30 anos mais velho do que ela, numa armadilha com o objetivo de extorquí-lo continuamente.
Triste, né? FHC, um sociólogo que se dizia de esquerda e foi casado com a antropóloga Ruth Cardoso, defendido pela turma que culpa mulher pelo estupro.
Os dois — FHC e Mirian — tiveram um relacionamento duradouro, cujos detalhes são assunto estritamente privado. Mirian apresentou o seu lado da moeda e FHC está certo ao não travar um debate público sobre isso.
Podemos deixar a hipocrisia de lado?
Quantos homens e mulheres — de poder ou não — têm seus flings, casos, namorados, amantes e assim por diante?
Não foi um orgulho para os franceses o fato de o presidente François Miterrand ter sido enterrado na presença da mulher e da amante?
Hillary Clinton, nos Estados Unidos, um símbolo feminista para parte do eleitorado, não engoliu as patéticas escapadas do Bill para preservar sua própria carreira política? Quem somos nós para julgar?
Porém, não me parece “assunto pessoal” quando um homem poderoso, um senador que tem ao seu lado o PIB e a mídia do Brasil, decide comprar o silêncio de uma ex-namorada.
Mirian decidiu ter o filho (pouco importa de quem).
Vocês já se colocaram no papel dela, uma jornalista que estava prestes a ter o segundo filho? Que mãe não sacrificaria sua vida pessoal — que foi o que ela fez — para ter condições de dar o melhor aos filhos? Enquanto isso, FHC preservou sua carreira!
Espantoso, na verdade, é a conspiração de silêncio que, em nome da candidatura de FHC ao Planalto, ocorreu. Com a conivência pessoal e, pior, institucional, daqueles que mais tarde se beneficiariam das políticas de FHC.
Mirian denunciou que foi levada a dar uma entrevista falsa à revista Veja. E ela não mentiu. Leiam que coisa patética a nota publicada pela coluna Gente da revista Veja, segundo a jornalista engendrada por FHC com o diretor da VejaMário Sergio Conti, aquele que “entrevistou” o Felipão:
Captura de Tela 2016-02-16 às 21.22.38
Sim, sim, eu sei: Mirian poderia ter se negado a mentir. Mas, com uma filha de 8 anos — e grávida — quem era a parte frágil na história?
A Globo divulgou hoje, no Jornal Hoje, uma nota:
A TV Globo não interfere na vida privada de seus colaboradores. Esclarece, porém, que jamais foi avisada por Miriam Dutra sobre o contrato fictício de trabalho e que, se informada, condenaria a prática. A emissora informa ainda que em junho de 2004 (e não em 2002) o contrato de colaboradora de Miriam Dutra foi alterado, com mudanças em suas atribuições, o que acarretou nova remuneração, tudo segundo a lei vigente no país em que trabalhava. Por último, a TV Globo jamais foi informada por Miriam Dutra sobre seu desejo de regressar ao Brasil. Ao contrário, ela sempre manifestou o interesse de permanecer no exterior. Durante os anos em que colaborou com a TV Globo, Miriam Dutra sempre cumpriu suas tarefas com competência e profissionalismo.
Tudo, de fato, é discutível, menos a afirmação de que a empresa “não interfere na vida privada de seus colaboradores”.
Sem mais, nem menos, Mirian foi despachada para Portugal? Ela assume que pediu a transferência, mas a Globo não sabia o motivo?
Não faz sentido a emissora abrir mão de uma repórter em Brasília e continuar pagando o salário dela sem que ela ralasse tanto quanto os outros correspondentes. Isso não existe!
Depois, Mirian foi transferida para Barcelona, segundo Palmério Dória por influencia de Alberico Souza Cruz, o todo-poderoso do jornalismo da Globo na época.
Mas, vamos combinar? A Globo NUNCA teve escritório, nem correspondente na Espanha. Criou um, de repente, para acomodar Mirian? Pagou a ela 7 mil dólares mensais de salário até 2004 (na versão da Globo) sem que ela tivesse uma presença constante, quase diária, no ar?
Eu fui correspondente da Globo em Nova York. Todo dia tinha trabalho, muito trabalho.
Palmério Dória, em artigo anterior, já havia estimado o “custo do exílio”:
FHC, quando era ministro da Fazenda, isentou de CPMF todos os meios de comunicação. Em 2000 houve o Proer da mídia, que custou entre US$ 3 e US$ 6 bilhões aos cofres públicos. Ele também mudou a Constituição para permitir que a mídia brasileira, então falida, pudesse contar com 30% de capital estrangeiro. E autorizou que o BNDES fizesse um empréstimo milionário à Globo.
Sobre abortos: sim, é um assunto pessoal.
Mas, que fique o registro: muita gente da classe média para cima torce o nariz para o tema por causa da culpa de ter feito ou bancado o aborto alheio. Enquanto isso, mulheres pobres morrem por causa da hipocrisia dos que falsamente se dizem engajados em “preservar a família”.
FHC nunca foi hipócrita neste assunto. Ele perdeu uma eleição para prefeito de São Paulo para o carola Jânio Quadros entre outros motivos por não dizer claramente, em um debate, que acreditava em Deus. Se fez algo incomum em campanhas, como montar num jegue e dizer que tinha “um pé na cozinha”, não foi muito além do que fazem outros políticos para ganhar votos.
O mesmo, no entanto, não se aplica à hipocrisia da Globo.
Em 1989, Roberto Marinho apoiou abertamente a candidatura de Fernando Collor de Mello contra Lula. Dedicou até um Globo Repórter ao “caçador de marajás”.
Na reta final, Miriam Cordeiro apareceu na propaganda oficial de Collor, acusando Lula — que na época do namoro não era casado — de ter pedido a ela que abortasse a filha Lurian e sugerindo que o candidato do PT era racista (ver vídeo abaixo).
No dia seguinte, o Jornal Nacional “repercutiu” o assunto, ou seja, deu asas a um tema que favorecia Collor, ainda que com a suspeita de que o depoimento tivesse sido comprado. Na descrição da própria Globo:
No Jornal Nacional do dia seguinte, os dois lados foram ouvidos. A jornalista Maria Helena Amaral, ex-assessora de Collor, denunciou que Miriam Cordeiro havia recebido dinheiro do PRN para aparecer no programa eleitoral do partido. Mas a ex-namorada de Lula disse que participou do programa espontaneamente e confirmou as denúncias contra o candidato do PT.
Uma forma tinhosa de promover o assunto com “equilíbrio”.
Miriam Cordeiro negou ter recebido 200 mil cruzeiros novos para fazer a denúncia, mas confirmou ao jornalista Luiz Maklouf Carvalho que estava por conta da campanha de Collor, 45 dias depois dele ter sido eleito!
Captura de Tela 2016-02-18 às 20.21.36A Globo ainda defendeu, em editorial deO Globo, no dia do debate final entre Collor e Lula, que os brasileiros tinham o direito de saber detalhes da vida pessoal dos candidatos.
O jornal dos Marinho apresentou Collor, que usara o depoimento de Miriam Cordeiro no programa eleitoral, como vítima de Lula!
Confiram um trecho:
Nos Estados Unidos, por exemplo, com freqüência homens públicos vêem truncada a carreira pela revelação de fatos desabonadores do seu comportamento privado. Não raro, a simples divulgação de tais fatos os dissuade de continuarem a pleitear a preferência do eleitor. Um nebuloso acidente de carro em que morreu uma secretária que o acompanhava barrou, provavelmente para sempre, a brilhante caminhada do senador Ted Kennedy para a Casa Branca – para lembrar apenas o mais escandaloso desses tropeços. Coisa parecida aconteceu com o senador Gary Hart; por divulgar-se uma relação que comprometia o seu casamento, ele nem sequer pôde apresentar-se à Convenção do Partido Democrata, na última eleição americana. Na presente campanha, ninguém negará que, em todo o seu desenrolar, houve uma obsessiva preocupação dos responsáveis pelo programa do horário eleitoral gratuito da Frente Brasil Popular de esquadrinhar o passado do candidato Fernando Collor de Mello. Não apenas a sua atividade anterior em cargos públicos, mas sua infância e adolescência, suas relações de família, seus casamentos, suas amizades. Presume-se que tenham divulgado tudo de que dispunham a respeito. O adversário vinha agindo de modo diferente. A estratégia dos propagandistas de Collor não incluía a intromissão no passado de Luís Inácio Lula da Silva nem como líder sindical nem muito menos remontou aos seus tempos de operário-torneiro, tão insistentemente lembrados pelo candidato do PT. Até que anteontem à noite surgiu nas telas, no horário do PRN, a figura da ex-mulher de Lula, Miriam Cordeiro, acusando o candidato de ter tentado induzi-la a abortar uma  criança filha de ambos, para isso oferecendo-lhe dinheiro, e também de alimentar preconceitos contra a raça negra.
Um salto de 1989 para 2012.
A vida privada de Lula foi considerada “noticiável” pela revista Época, dos irmãos Marinho, que escalou sete repórteres — SETE! — para fazer uma denúncia baseada em suposições.
Rosemary de Noronha nunca assumiu ter tido um caso com Lula, nem divulgou documentos comprometedores. Ainda assim, virou notícia em toda a mídia!
epoca
Voltem comigo, agora, no tempo.
Vejam como FHC descreveu o dia em que deixou o poder, em 2003, numa entrevista a Mário Sabino, daVeja:
Depois da cerimônia, rumamos, eu e Ruth, para o aeroporto, onde muita gente amiga nos esperava para a despedida. Foi aí que a emoção mais pessoal começou. Abracei assessores que haviam trabalhado comigo durante oito anos seguidos, que faziam parte do meu cotidiano. Embarcamos, então, para São Paulo, ainda no avião presidencial. Ao chegar, troquei de roupa e seguimos para o avião comercial que nos levaria a Paris. Nesse momento, relaxei, tive uma sensação boa de dever cumprido – tanto no plano institucional como no individual. (…) Dormi, então, a minha primeira noite de mortal comum. No dia seguinte, eu e Ruth fomos a Chartres sozinhos, para visitar a esplêndida catedral gótica – um passeio maravilhoso em todos os aspectos, mas principalmente pelo fato de não estarmos mais acompanhados de comitiva, seguranças e repórteres.  Recuperei, enfim, minha privacidade. Em Paris, também dispensei os serviços que a embaixada queria me prestar e voltamos a andar de metrô, como sempre fizemos. Uma delícia – e com um efeito muito didático. Porque uma coisa é o Planalto; outra é a planície. Na planície, você é promovido a povo.
Ou seja, FHC aproveitava Paris na condição de “povo”, acreditando ter um filho — um filho! — exilado na Europa.
A essa altura, Mirian era bancada pelo salário da Globo.
Mais tarde, conta, precisou de um complemento, pago por um empresário.
O empresário a que Mirian Dutra se refere é Jonas Barcellos, que mais recentemente deu caronas em seu avião para Lula — e foi denunciado por isso.
Numa entrevista à revista Veja, publicada em abril de 1999, Jonas admitiu que seus amigos eram “um ativo oculto”.
Dentre eles, Jorge Bornhausen, que foi vice-presidente da Brasif e comandou o PFL durante o governo FHC.
Segundo Mirian Dutra, o pefelista Antonio Carlos Magalhães, aliado de Bornhausen, ligado à Globo e todo-poderoso nos bastidores do governo FHC, recomendou a ela que não voltasse ao Brasil.
Conhecendo os bastidores do poder como ela, Mirian, conhecia — tinha sido repórter de política em Brasília –, como enfrentar um presidente da República, a emissora mais poderosa do Brasil — que dava a ela um salário  — e o trator ACM, ainda mais tendo dois filhos para criar?
O fato documentado e inescapável é o seguinte: FHC acreditava ter tido um filho com Mirian, que por sua vez assinou um contrato de fachada com a Eurotrade/Brasif para receber pagamentos via paraíso fiscal.
FHC disse a ela que era dinheiro pessoal, dele. Foi remetido do Brasil, via Banco Central? Ou saiu de uma conta no Exterior? A conta, que ele admite ter em Madri, foi declarada ao imposto de renda?
O documento divulgado por Mirian reforça a versão segundo a qual um presidente da República, no exercício do poder, negociou com uma empresa que detinha uma concessão do governo, a Brasif, o pagamento de um salário falso para a ex-namorada. Um cala-boca.
Captura de Tela 2016-02-18 às 20.56.31
O contrato entre Mirian Dutra e a Eurotrade/Brasif foi assinado no dia 16 de dezembro de 2002.
Faltavam duas semanas para o presidente FHC deixar o Planalto.
Se a versão de Mirian é verdadeira, FHC teve de pedir o favor a Jonas Barcellos, o dono da Brasif, algum tempoantes de o contrato ter sido assinado.
Com um detalhe importante,mencionado pelo Luís Nassif: os negócios de Jonas Barcellos floresceram nos dois mandatos de FHC.
Por muito menos, Bill Clinton quase sofreu impeachment nos Estados Unidos.
Como o caso de Mirian Dutra só aflorou agora, mais de 25 anos depois do namoro, obviamente não terá impacto retroativo.
O fato é que, com a ajuda da Globo, uma das Mirians derrotou Lula em 1989; e, com a omissão e/ou acobertamento da Globo — e da mídia em geral — FHC se elegeu presidente em 1994.
Fonte: VIOMUNDO
_________________________________________________________________

FHC nas Ilhas Cayman, outra vez

Por Leandro Fortes, em seu página noFacebook:

Fernando Henrique Cardoso usou uma empresa de fachada, uma offshore nas Ilhas Cayman, para remunerar a amante.

Depositou, nessa falsa empresa, do tipo que corruptos e traficantes usam para lavar dinheiro, 100 mil dólares, de uma única vez - aparentemente, quando ainda era presidente da República.

Usou a Brasif, uma concessionária de free shops, para costurar essa operação ilegal.

O dono da Brasif confirma ter feito a operação, mas não lembra direito como foi.

Ah, tá bom.

O sujeito faz uma operação de crédito em uma empresa falsa em um paraíso fiscal PARA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA e não lembra como foi...

FHC e os tucanos têm uma relação íntima com as Ilhas Cayman, e agora talvez se explique porque ele entrou em pânico quando surgiram papéis falsos sobre a existência de uma conta dele por lá, nos anos 1990.

Eu persegui essa história como jornalista, estive nos Estados Unidos e no Caribe juntando os cacos do chamado Dossiê Cayman, sobre o qual escrevi um livro: "Cayman: o dossiê do medo".

Na época, FHC botou a Polícia Federal e o Ministério Público para me processar.

Até os informantes da PF em Miami me processaram, bandidos comuns e golpistas de quinta categoria usados pelo governo para calar um jornalista.

Ganhei todas, na Justiça.

Mas o caso Cayman foi abafado, como tudo nos governos do PSDB, onde reinava Geraldo Brindeiro na Procuradoria Geral da República, o famoso "engavetador-geral".

Agora, é a vez das autoridades fiscais, do Ministério Público e da Polícia Federal investigarem um presidente da República que usou uma lavanderia de dinheiro em um paraíso fiscal para mandar dinheiro para a amante que a TV Globo escondia na Europa.

E de onde vieram esses 100 mil dólares disponibilizados para Mirian Dutra.

Porque está cada vez mais claro que FHC, dono de um apartamento de 11 milhões de euros em Paris, tinha outras e maiores rendas que não provinham do salário de presidente.

Dessa vez, se o Ministério da Justiça não se movimentar, irá se configurar um caso de deboche contra o contribuinte, contra a nação.

Nação que acompanha, perplexa, uma perseguição implacável da mídia, da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal a um outro ex-presidente acusado de levar cervejas demais para um sítio em Atibaia
Fonte: Blog do Miro
____________________________________________________________

Justiça não é palco para amadores, por Jandira Feghali

lulajand
Da combativa deputada Jandira Feghali, no Huffpost Brasil:
Os reality shows que prendem a atenção do povo na TV aberta são “quase nada” perto do palco que alguns promotores e juízes tentam montar sob égide da Justiça de nosso país. Parecem estar dentro de um Big Brother diário, tentando seus 15 minutos de fama a qualquer custo. Querem angariar atenção e aplausos num espetáculo de holofotes midiáticos. Como piada, esses agentes públicos são um ‘show de amadores’. Uma verdadeira zorra.
Ao tentar convocar o ex-presidente Lula e sua esposa, Marisa Letícia, para deporem sobre um caso em que não há provas, fatos determinantes ou qualquer consistência, mostra-se o perfil destas pessoas. A perseguição pública à figura do metalúrgico que se tornou presidente tem dado o tom golpista de manifestações e manchetes jornalísticas.
A iniciativa do promotor de São Paulo, Cassio Roberto, junto de tantas outras parcialidades ideológicas, é um arbítrio, uma ficção, uma tentativa de desconstruir a imagem de Lula. Não há justificativa para esse promotor ir primeiro na imprensa e depois tentar um fato, algo que já está provado que não existe. Por isso, a sociedade precisa reagir contra esse arbítrio que viola o Estado de direito. Não podemos aceitar isso!
Abolição do habeas corpus, inversão do princípio da presunção de inocência e delações construídas e vazadas seletivamente na Grande Mídia. Desta forma, há um risco altíssimo de se vertebrar um estado de exceção dentro do Estado de direito. E essa história, nós do Partido Comunista do Brasil já conhecemos bem.
A militância de Esquerda, com milhares de militantes, sindicatos, entidades da sociedade e pessoas não organizadas, devem disputar a opinião pública. Nas ruas e nas redes, o Brasil não pode ficar de joelhos perante a mentira, o boato e o ódio. A intolerância cresce e a democracia que vimos se fortalecer, padece.
Nos últimos dias, pelo menos dois assassinatos de dirigentes comunistas (um deles prefeito) foram registrados nos jornais. Além de arrombamentos de escritórios políticos de deputadas de nossa bancada em seus estados de origem, Alice Portugal (BA) e Jô Moraes (MG).
Coincidências?
O ato em São Paulo, apesar das provocações e agressões vindas de grupos de extrema direita e a própria polícia paulistana, foi um claro episódio de apoio e solidariedade à Lula e sua família num momento tão agudo em nosso país. Assim como eles, a bancada comunista trava o bom combate na política com disputa de ideias e opinião.
Aos promotores, façam o trabalho de vocês. Investiguem o senhor Aécio Neves, acusado por três delatores por recebimento de propina em Furnas e tantos outros, o senhor FHC, que já comemora a seletividade da imprensa sobre seu suspeito apartamento em Paris, às famílias “Marinho”, que possuem tríplex em áreas de preservação ambiental sabe-se lá com que tipo de recurso.
A Justiça não é palco para amadores
Fonte: TIJOLAÇO
_______________________________________________

Em meio a uma perseguição criminosa e covarde contra o governo Dilma, contra Lula e contra o Partido dos Trabalhadores, eis que de repente, não mais que de repente, o mundo desaba sobre os até então defensores da moral, da justiça, dos bons costumes, da liberdade de imprensa.

Tucanos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o Grupo Globo, toda a velha mídia, as oposições políticas ao PT, os paneleiros inocentes úteis, todos, sem exceção,  que em coro e em alto e bom som demonizam diariamente o governo Dilma, Lula e o PT com supostos casos de corrupção que quando confrontados com os fatos revelam-se nada mais que factoides , sem lastro, que tem por objetivo manter no noticiário diário um clima de que o governo, Lula e o PT são corruptos, imorais , incompetentes e que estariam levando o Brasil ao caos, ao desemprego, a recessão, a falta de esperança no futuro, e , assim sendo, deveriam ser banidos da vida pública, impedidos de governar e presos em penitenciárias de segurança máxima.

Essa perseguição, que ignora a crise econômica mundial  e vê apenas nos governos do PT os males do país - não que o PT não venha cometendo erros -  lambuzada em um cinismo histórico, se apresenta  a sociedade como defensora da democracia e da liberdade de expressão.

Democracia que diariamente tentam estuprar e liberdade expressão que com frequência não permitem que seja exercida, já diversos sites e blogues de conteúdos jornalísticos independentes tem sido processados, perseguidos e até mesmo ameaças são feitas aos profissionais independentes.

No entanto, em tempos de internete e de redes sociais, grande parte do poder de mediação da opinião pública e da informação, tem sido transferido para novos atores, de forma pulverizada, de maneira que nenhum grupo ou conglomerado de mídia detêm mais o monopólio da informação.

Isto posto, e independente do que se pense sobre o assunto, o cinismo das oposições, as mentiras e omissões produzidas pela velha mídia, não resistem por muito tempo, não mais do que algumas horas, não passam da página dois e, como agora  onde uma entrevista em uma revista periférica do grande sistema midiático produz um tsunami na vida política do país ao revelar fatos  até então omitidos e manipulados justo por aqueles  que estão envolvidos pelas denúncias apresentadas.

Talvez a velha mídia ainda não tenha entendido o momento midiático do mundo e, como não disponho , aqui no momento, ferramentas para fazer um desenho e viabilizar tal entendimento, sugiro a leitura da letra da música abaixo, de  autoria de Maurício Tapajós  e Paulo Cesar Pinheiro.

Pesadelo















Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós


Quando o muro separa uma ponte une
Se a vingança encara, o remorso pune
Você vem me agarra, alguém vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta
E se a força é tua ela um dia é nossa
Olha o muro, olha a ponte
Olhe o dia de ontem chegando
Que medo você tem de nós, olha aí
Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente, olha eu de novo
Perturbando a paz, exigindo troco
Vamos por aí eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós, olha aí
O muro caiu, olha a ponte
Da liberdade guardiã
O braço do Cristo, horizonte,
Abraça o dia de amanhã

Nenhum comentário:

Postar um comentário