quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O Grajaú da Desinibida e da Laranja

Agropecuária dona da mansão dos Marinho divide sala e agente no Panamá com Paulo Roberto Costa

conexoes
Os provocadores da direita que vêm a este blog perguntar o que tem a ver a mansão dos Marinho com a Lava Jato iriam sumir, se tivessem vergonha na cara.
E o mesmo se aplicaria, se tivessem a mesma nas faces , aos policiais e procuradores do Dr. Sérgio Moro.
O que tem a ver?
Tudo.
Firme-se para não cair da cadeira: a dona da mansão dos Marinho, a controladora da Agropecuária Veine, a Blainville, dividia sala no Panamá com a empresa de picaretagem de Paulo Roberto Costa, operador supremo o “petrolão”.
No relatório “paralelo” do PDSB (e PPS/DEM) é dito que Paulo Roberto Costa montou a Sunset Global Services Ltd. Corp, no Panamá, para – transcrição literal – “comprar” uma casa em Mangaratiba, no Rio. A casa valia R$ 3,2 milhões. À época da Operação, a Polícia Federal ainda não sabia se a negociação tinha sido realizada.
O que fizeram os  Marinho, com a diferença de que a casa não era em Mangaratiba, “coisa de pobre”, mas em Paraty, numa praia que virou particular?
Constituíram um empresa no Panamá, como Costa, para comprar e fazer a sua mansão praiana, como Costa.
A Bainville International Inc foi aberta com os mesmos US$ 10 mil com que Costa abriu a sua “laranjaria no Panamá.
Pelo mesmo escritório de “laranjeiros”, o de Icaza, Gonzalez – Ruiz & Aleman.
Com o mesmo endereço, na fábrica de laranjas usada por Costa: Calle Aquilino de La Guardia, número 8, Panamá City.
Abriu-se uma empresa aqui no dia 12 de março de 2004. Abriu-se uma lá, no Panamá, no dia 23 de março.
A empresa panamenha, no dia 13 de abril, constitui Jorge Luiz Lamenza seu procurador no Brasil.
No dia 28  de abril depois de registrar uma tradução juramentada e certidões diversas, a Blainville, através de Lamenza, compra 90% da  empresa brasileira que viria a ser dona da mansão Marinho. Os 10% restantes eram de uma senhora no prosaico Grajaú carrioca.
Lá, no Panamá, a empresa tem  sede na sala que viria a ser a mesma da Global, de Paulo Roberto Costa.
Todos os documentos reproduzidos na imagem são de certidões tiradas no Registro Notarial do Panamá e na Junta Comercial de São Paulo.
Diria o Ronnie Von: a  mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim. 
Um é falcatrua. O outro é…não vem ao caso.
Imaginem se o sitio do Lula fosse de uma empresa no Panamá,  sócia de sala do Paulo Roberto Costa?
Pois o sítio dos Marinho é.
E não acontece nada.

Desenhando, fica mais fácil entender?

aroeiratri
Hoje, com toda a razão, o Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, saúda o cartunista Laerte por ter rompido, com sua charge de hoje na Folha (veja abaixo) o muro de silêncio que se fez em torno da descoberta de que a mansão dos Marinho em Paraty, construída em área proibida e objeto, por isso e outras coisas, de um processo judicial pertence – oficialmente –  a uma empresa “agropecuária”, 90% de propriedade de um grupo panamenho e outros 10% pertencentes a uma senhora que vive em um modesto apartamento no Grajaú, baixo da Zona Norte do Rio.
Já a localizei, mas como ela tem 70 anos, parece apavorada e é apenas uma “laranja” neste esquema, ainda preservo sua identidade, apesar dos xingamentos que me dirigiu ao telefone. Só depois de ter documentos que comprovem que continua sócia da empresa ela passa a ter relevância, porque também responde pelas ilegalidades cometidas.
Volto a postar em seguida sobre o assunto, mas não posso deixar de juntar à homenagem ao Laerte a charge, também de hoje, do genial Aroeira, de O Dia.
Os dois, não por acaso, acabam por dizer o que todos os gravatinhas das redações hipocritamente calam, sabendo.
Que Lula é culpado de tudo, ainda que não seja.
E que os Marinhos são inocentes em tudo, mesmo quando são pilhados numa flagrante maracutaia imobiliária.
A “imprensa livre”, o “jornalismo investigativo”, capazes de fuçar as latas de lixo do ex-presidente se omitem completamente diante de uma ocultação de patrimônio e de um dano ambiental evidentes.
Como o fizeram num caso de sonegação fiscal gigantesco nos direitos de transmissão da Copa.
Há centenas de repórteres, policiais, promotores atrás  de Lula, para provar que é dele um sítio que tem proprietários conhecidos, nominados e capazes de possuir o imóvel.
Somos apenas três ou quatro atrás dos Marinho, quase sem armas que não o Google. E já mostramos que é deles o que está em nome de outros, com completa incapacidade financeira de possuir mansões ou operar helicópteros de luxo.
E de fazer gente de bem, como  Aroeira e o Laerte entenderem tudo, traduzindo com seu talento todo este absurdo.
Quem sabe, desenhando, entendam.
laerte1
Fonte: TIJOLAÇO
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Todos os envolvidos nas armações da Paraty House tem algo em comum com o Panamá, além, claro, do operador do petróleo.

As vezes me pergunto se as centenas de denúncias sobre corrupção que apareceram, e aparecem diariamente na velha mídia, envolvendo Lula, o PT e a Petrobras, não seriam, de fato e na realidade, autoconhecimento explícito sobre práticas criminosas que teriam sido repassadas , previamente, para Juizes paladinos da Justiça que fariam o trabalho direcionado para criminalizar o governo Dilma, o PT e Lula.

Ou seja, as investigações já partiriam de um conhecimento prévio sobre crimes e , de alguma forma ou mesmo de qualquer forma, apontariam o governo, o PT e Lula como criminosos.


Com a verdade emergindo, até mesmo uma senhora de 70 anos , residente no Bairro do Grajaú, zona norte da cidade do Rio de Janeiro, aparece como laranja nas trapaças dos Marinhos.
O bairro do Grajaú, tão citado por Nelson Rodrigues em suas crônicas, quem diria, trocou a desinibida pela laranja.

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