quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Midia esgoto

A ânsia de vômito causada pela mídia

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                              



"Sinto ódio. Ódio e nojo da ditadura." Com essa frase, o então chefe da oposição à ditadura, Ulisses Guimarães revolvia os sentimentos mais recônditos despertados por um regime que censurava, perseguia, cassava, bania, torturava, sequestrava e assassinava opositores do regime.

Mais de 40 anos depois, experimento repugnância semelhante diante do que se transformou a mídia monopolista brasileira. A caçada do cartel ao ex-presidente Lula supera em sordidez e canalhice até mesmo o cerco midiático que levou Vargas ao suicídio.

Os barões da mídia mandaram às favas quaisquer resquícios de pudor. Uma amiga jornalista diz sentir vergonha alheia da imprensa. Da minha parte, o caso é mais grave. É clínico.

Mesmo sem ler Folha, Veja, Globo e Estadão há tempos, para zelar pela minha saúde física e mental, e por uma questão de assepsia, acabo tomando conhecimento pelas redes sociais, e por blogs e sites alternativos, do que publicam.

Aí são inevitáveis os engulhos estomacais, a ânsia de vômito. Como evitar tamanho mal-estar diante do linchamento de um ex-presidente que ousou tirar 40 milhões de brasileiros da miséria e por isso é respeitado no mundo inteiro ?

Cega de ódio de classe, a mídia não hesita em enveredar pelo ridículo, pelo patético, pelo tragicômico. São estranhos triplex de 80 metros quadrados que Lula não comprou, mas poderia pagar com três palestras, barcos de lata de 4 mil reais e o "uso" de um sítio por Lula e sua família.

E não adianta a apresentação de documentos, como fez Lula, desmontando toda a farsa. O buraco é mais embaixo. Como diz o ex-governador Tarso Genro, os métodos utilizados são nazistas. E a mentira e a calúnia usadas a exaustão sempre estiveram no centro da tática hitlerista. Joseph Goebbels que o diga.

Está visceral e irremediavelmente apodrecida uma imprensa que despreza a apreensão de 400 quilos de cocaína num helicóptero de um aliado de Aécio, que passou batida pelo aeroporto construído pelo ex-governador de Minas em sua propriedade, que ignora as centenas de viagens particulares de Aécio em avões do governo mineiro, que esconde o apartamento de FHC em Paris, etc, para perseguir e caçar o mais popular presidente da história do país.

As razões que a animam são políticas, mas são também econômicas. Uma eventual vitória de Lula em 2018 jogaria por terra uma espécie de Proer específico para os grupos de mídia, visto por eles como uma saída para estancar a crise financeira que atravessam, produto de uma acentuada perda de credibilidade, que fez despencar a audiência e o número de leitores. E só uma restauração conservadora poderia salvá-los

Fonte: Blog do MIRO
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Ex-presidente da Associação de Delegados da PF diz que há “guerra ao PT”


colehoneto
“Eu não acho que exista um combate à corrupção, existe uma guerra declarada ao Partido dos Trabalhadores”.
Quem diz a frase,  dita com a ressalva de que “não sou PT”  e “não gosto de muita coisa no PT” é o delegado aposentado Armando Coelho Neto, ex-presidente da Associação de Delegados da Polícia Federal.
A entrevista, ao veterano colega Humberto Mesquita (ex-RealidadeTupi  e SBT), é impressionante, porque é dada por quem não apenas conhece a corporação como porque historia fatos. E que evita, por consciência do que deve ser o comportamento de uma autoridade policial, evita qualquer afirmação leviana contra qualquer pessoa.
Um deles é a descrição de como se tomou o depoimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: com absoluta discrição e sem qualquer tipo de constrangimento, como deve ser a colaboração com a apuração de crimes.
Outro, a denúncia sobre o desvirtuamento da Operação Zelotes, que apura sonegação – e, portanto, desvio  de dinheiro público – em volume maior do que a Lava Jato e foi transformada em “Operação Filho do Lula”, por uma suspeita que, além de frágil, é absolutamente lateral ao cerne do que se fez: formar-se um esquema de quadrilha dentro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
O delegado Armando já havia sido mencionado aqui, por conta de um dos ótimos posts de Marcelo Auler, reporter que conhece a área e que é testemunha do comportamento deste policial.
Que parece mesmo alguém mais preocupado em ser equilibrado do que um leviano e  exibido.
Fonte: TIJOLAÇO
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Quando o jornalismo seletivo se transforma em linchamento

publicado em 04 de fevereiro de 2016 às 13:22
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FHC e o filho Paulo Henrique: nenhum escândalo
Pau que bate em Luiz bate em Fernando?
04/02/2016 02h00
No apagar das luzes de seu mandato, o ex-presidente promoveu um jantar no Palácio do Planalto para a nata do PIB nacional – Odebrecht, Gerdau, Lázaro Brandão, entre outros — com direito a vinho francês e refinado menu. Mas o prato principal era obter dinheiro para o financiamento de seu instituto após sair da Presidência. Conseguiu naquela noite a bagatela de R$ 7 milhões.
O filho do ex-presidente teve as contas de um hotel de luxo em Ipanema, onde morou por certo período, pagas por um grupo empresarial do setor têxtil. Andava pra lá e pra cá de BMW e tinha um jatinho permanentemente à sua disposição. Isso tudo com o pai ainda na Presidência da República.
O ex-presidente e seu partido foram acusados por certo senhor, que foi seu Ministro de Estado e figura ativa na campanha eleitoral, de terem apropriado nada menos que R$ 130 milhões de sobras de campanha em sua primeira eleição, sendo R$ 100 milhões de caixa dois. Disse ainda que o recurso foi provavelmente enviado ao exterior.
O nome deste ex-presidente é Fernando Henrique Cardoso. O filho pródigo é Paulo Henrique Cardoso. E o acusador dos desvios na campanha de 1994 é José Eduardo de Andrade Vieira, banqueiro que foi ministro da Agricultura de FHC.
Nenhum desses fatos é novidade. Mas não renderam dez minutos no “Jornal Nacional” por dias a fio nem repetidas manchetes da Folha. Não fizeram também com que FHC e seu filho fossem intimados a depor pelo Ministério Público.
Se fosse o Lula…
Aliás, o mesmo Ministério Público de São Paulo que intimou Lula e sua esposa não denunciou nenhum agente político no escândalo do “trensalão” tucano e arquivou o caso das irregularidades no monotrilho, que apareciam numa planilha apreendida com Alberto Youssef.
Seguindo a toada, o Ministério Público de Minas Gerais também pediu o arquivamento do caso do aeroporto de Claudio. O então governador Aécio Neves (PSDB) desapropriou a fazenda de seu tio para construir um aeroporto, cuja chave (do aeroporto “público”) ficava em poder de sua família. O MP mineiro não viu motivo algum para intimar Aécio ou oferecer denúncia.
FHC é tratado pela mídia como grande estadista e nunca foi incomodado pelo MP ou pela Polícia Federal. Em seu governo, aliás, ambos eram controlados na rédea curta. Suas transações com o pecuarista e empresário Jovelino Mineiro, seja na controversa fazenda de Buritis (MG), seja na hospedagem frequente em apartamento na capital francesa, nunca geraram grande alarde. Atibaia desperta mais interesse que Paris.
Aécio, por seu lado, desfila em Brasília como defensor da moralidade. Tal como FHC é aplaudido em restaurantes e não tem porque se preocupar com investigações. Seu nome apareceu em mais de uma delação da Lava Jato, mas não cola.
Em relação a Lula, a disposição é outra. Uma canoa vira iate. E o depoimento de um zelador é tratado como condenação transitada em julgado.
É verdade que Lula e o PT pagam o preço de suas escolhas. Não enfrentaram em seu governo a estrutura arcaica do sistema político brasileiro, onde interesses públicos e privados sempre conviveram promiscuamente. Mantiveram intocado o monopólio midiático empresarial, que hoje os dilacera. E optaram por uma aliança com a elite econômica, pensando talvez que seriam tratados como os “de casa”. Chocaram o ovo da serpente.
Mas criticar suas escolhas estratégicas — como é o caso aqui — não significa legitimar um linchamento covarde e com indisfarçado interesse político. Se há acusações em relação a favorecimentos da OAS ou da Odebrecht, que Lula seja investigado. Como Fernando Henrique nunca foi e os grão-tucanos não costumam ser.
Contudo, investigação — e jornalismo investigativo — não podem carregar as marcas das cartas marcadas e da seletividade.
Definir que Lula é o alvo e, depois, fazer uma devassa pelo país em busca de um argumento factível é transformar investigação em achincalhamento e argumento em pretexto.
Como gosta de dizer um famoso morador de Higienópolis: “assim não pode, assim não dá”.
PS do Viomundo: Vivi isso dentro da Globo. Todos os recursos para investigar o PT. Mas, na hora de investigar o PSDB, não tinha dinheiro para ir a Piracicaba!
Fonte: VIOMUNDO
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