sábado, 9 de janeiro de 2016

O transporte público e o partido do chá


Protesto contra reajuste nos preços de ônibus termina com confronto e detidos


A confusão começou no fim da tarde e a entrada da Central chegou a ser fechada por alguns minutos. Por volta das 21h, o cenário do lado de fora da estação era de guerra, com objetos queimados e novo confronto entre a cavalaria da PM e manifestantes. Alguns participantes do protesto foram detidos.
O tumulto teria começado quando bombas caseiras foram atiradas por manifestantes na Avenida Presidente Vargas. Eles também jogaram pedras nas instalações da Guarda Municipal e nos guardas que estavam no interior do prédio, que fica em frente à estação de trens. A polícia, então, teria respondido com bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio. Passageiros e manifestantes correram para a central de trens para fugir da fumaça.
Um dos manifestantes apanhou e levou choque dos policiais militares. O Batalhão de Operações Especiais e policiais de Operações Táticas, com cães, chegaram por volta das 21h.
Um ônibus chegou a ser depredado e lixeiras e cones foram queimados. Pessoas que saiam do trabalho tiveram problemas para voltar para casa, pois os ônibus deixaram de circular.  "Moro em Duque de Caxias e não sei o que fazer, porque o ônibus que eu pego não está passando", disse Maria da Graça Sousa.

Protesto pacífico
A manifestação começou pacífica, com milhares de pessoas reunidas por volta das 18h na Cinelândia. A multidão seguiu até a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e de lá foi para a Central do Brasil.

Manifestação começou pacífica
Manifestação começou pacífica

O gestor ambiental Carlos de Oliveira, 34 anos, foi para o protesto de bicicleta. “Uso a bicicleta para trabalhar, mas infelizmente tenho que pagar passagem, porque moro em Niterói e preciso das barcas. E a passagem vai subir para R$ 5,90. É um absurdo. Não vou ter como vir", disse.

O estudante Gabriel Gomes,18 anos, chegou cedo com um grupo de amigos. "Vim aqui para lutar pelos nossos direitos, porque aumentar a passagem é uma violação do bolso do trabalhador, porque a população fica à deriva, não vê as melhorias".
O ajuste tarifário das passagens não foi o único tema abordado no protesto. A defesa do direito de manifestação, os gastos públicos com a Olimpíada e a violência policial também foram assuntos de cartazes, músicas e palavras de ordem.
Prestes a completar 90 anos na semana que vem, o fotógrafo aposentado José Galhassi de Oliveira se juntou ao grupo para protestar contra a corrupção. "A corrupção atinge os três poderes. A única solução para o Brasil é uma revolução, porque votar em qualquer deputado hoje é ser cúmplice do roubo que ele cometerá", defendeu ele, que já foi preso e torturado durante a ditadura militar por ser contra o regime.


Fonte: JORNAL DO BRASIL
__________________________________________________________

Pesquisador estuda o cérebro de revoltados que foram xingar o neto de Dilma no hospital. Por Kiko Nogueira

Postado em 09 jan 2016

neto de dilma
O segundo neto de Dilma, Guilherme, nasceu nesta semana em Porto Alegre. Ela foi à maternidade visitar a criança e a mãe.
Ao deixar o hospital, o comboio que a levava passou por um protesto de três pessoas — se é que, tecnicamente, três fulanos segurando cartolinas podem ser definidos como protesto.
Eles empunhavam cartazes dizendo que o menino deveria ter nascido no SUS. Estavam enrolados em bandeiras do Brasil, no figurino básico dessa galera.
No Facebook, onde um grupo de interventores militares postou a foto em sua página, uma senhora chamou o menino de “mais um comunistinha”, seguida por outras pessoas com xingamentos mais pesados.
Que tipo de gente faz esse tipo de manifestação em porta de hospital? Chamar um recém nascido de comunistinha é normal? Não. E o problema vai além da burrice e do fanatismo político.
Cientistas estão tentando procurando uma cura para a deterioração do cérebro dos extremistas revoltados on line kataguiris e quejandos.
Uma resposta veio dos EUA. Um psiquiatra chamado Steven Schlozman, da Universidade de Harvard, chegou a uma série de conclusões curiosas sobre as mentes coxas em seu livro “As Autópsias Zumbis” (sem lançamento previsto no país, infelizmente).
O vírus zumbi rói o cérebro a partir da amídala. Os lobos frontais, responsáveis pela resolução de problemas, são destruídos, de modo que zumbis não podem tomar decisões complexas.
Uma deficiência no cerebelo explica por que eles não conseguem andar direito. “Basicamente, eles são como crocodilos bêbados, pois não são inteligentes, não sabem quem você é ou o que você é”, diz o professor.
O vírus tem vários componentes que destroem o tecido  cerebral, um dos quais é o “prion”, uma proteína como a que causa a doença da vaca louca.
O matemático da Universidade de Ottawa Robert Smith? (que usa o ponto de interrogação para se distinguir do homônimo da banda The Cure) calculou que, se um zumbi for introduzido numa cidade de 500 mil pessoas, depois de cerca de sete dias todos os seres humanos seriam infectados.
“Os zumbis representam uma espécie de comentário sobre a modernidade”, diz Schlozman.
O trio que hostilizar um bebê, sua mãe e sua avó é uma evidência cabal de que o apocalipse zumbi começou no Brasil e você não pode ficar aí parado

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
________________________________________________________


Mais uma vez, como em outras ocasiões, os protestos contra o aumento das passagens do transporte público acabam em violência, pancadaria e quebra-quebra.

Pagar para poder se movimentar de um lugar ao outro, seja para trabalhar, seja para se divertir.

E se paga muito usando os transportes públicos.

Pode-se não utilizar os transportes pagos e fazer o percurso desejado caminhando ou pedalando .

Neste caso, o tempo das cidades, o tempo da vida não permitem que os deslocamento das pessoas aconteçam no ritmo do caminhar.

A bicicleta, então, passa a ser uma boa opção, quando não chove.

No entanto, se deslocar de bicicleta pela cidade, seja para o trabalho ou por diversão, tem sido apontado como um ato subversivo, desafiador, coisa de comunista, gente diferenciada que afronta os valores capitalistas.

Como desdobramento, os ciclistas , que já são pouco respeitados por condutores de veículos automotores na selva urbana, passam a ser vistos como subversivos e, consequentemente ,o risco de serem alvejados no trânsito aumenta significativamente.

Recentemente, na cidade de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad deu início a construção de ciclovias e de pinturas de ciclofaixas, destinadas, principalmente, como meio de locomoção das pessoas para o trabalho.

Um senhora paulistana, ao ver que diante da porta de sua casa passaria uma ciclovia ficou indignada, pois não mais poderia dispor do lugar que seus amigos estacionavam carros quando visitavam sua casa.

Alheia a questão da mobilidade das pessoas, e até mesmo ao ganho no conjunto da economia que a facilidade da locomoção viabiliza, a senhora paulistana quatrocentona focou, apenas, na dificuldade que suas amigas teriam para estacionar os carros para participar das rodas de chá e conversas.

Alienada, como a totalidade dos brasileiros que se informam através da grande mídia, desconhece o fato de que qualquer intervenção, por menor que seja, no meio urbano causa um impacto, mas a relação custo-benefício para o conjunto da sociedade é o que prevalece na tomada de decisões.

As amigas perderam a facilidade do estacionamento na porta da casa da Senhora do chá, porém muitas pessoas se beneficiaram com a ciclovia.

Cabe lembrar que até mesmo a instalação de uma luminária causa um impacto, podendo alterar a iluminação de residências próximas a luminária, deixando residências com maior luminosidade, o que para alguns é problema e para outros é solução

Apesar do chá, as pessoas tem que se locomover, já que as cidades não foram planejadas para que se possa viver perto do locais de trabalho.

No mundo inteiro a bicicleta é uma alternativa, de transporte ecológico e de saúde.

Assim sendo não é de se estranhar que em um mundo em que tudo é mercadoria, a indústria automotiva, e a indústria da "saúde" não vejam com bons olhos a facilidade , saudável, que a locomoção por bicicleta viabiliza aos seus usuários.

Urge demonizá-los, persegui-los e mesmo ameaça-los, caso insistam em suas práticas subversivas que afrontam o livre comércio e a livre concorrência.

Uma grande parcela da sociedade paulistana encontra-se na vanguarda da irracionalidade, quando o assunto é mobilidade urbana e uso de bicicletas.

Por outro lado, estando os governos do PT incentivando o uso de bicicletas, fica caracterizado, para a "vanguarda paulistana " o avanço do comunismo no Brasil.

E é assim que pensam os setores de direita no país, incitando o ódio e a ignorância, principalmente através da grande mídia, por jornais, revistas, programas de TV, programas de rádio e pelas redes sociais na internete.

Em meio a esse caldo, um movimento social , o Movimento pelo passe Livre, prega a bandeira em defesa de um transporte público, gratuito e de qualidade para todas as pessoas.

Alguns dirão que trata-se de uma utopia, mas, que na realidade o transporte público, assim como a saúde pública e a educação pública devem ser serviços gratuitos e de qualidade para todas as pessoas.

Em uma sociedade onde a população seja bem educada, saudável, bem atendida em casos de saúde, e com facilidade de mobilidade, certamente a economia vai responder bem, a roda vai girar melhor e até mesmo os encontros para o chá acontecerão em grande quantidade.

Assim sendo a proposta de transporte público gratuito e de qualidade tem o apoio do PAPIRO, no entanto, sempre que o assunto toma as ruas das cidades outros interesses aparecem, transformando e mutilando as manifestações por algo legítimo em campos de batalha, fazendo com que a grande mídia noticie a violência nas ruas em detrimento de um debate sobre a necessidade da locomoção das pessoas.

Ou seja, em lugar de uma discussão sobre o transporte, fotos e textos sobre brigas , prisões, feridos e quebra-quebra.

Quem perde com tudo isso são os que usam o transporte público e quem luta por transporte gratuito e de qualidade, ou seja, a maioria da população.

Naturalmente, os empresários do setor de transportes e a grande mídia agradecem à todos aqueles que promovem atos de violência.

Na era da irracionalidade e da alienação, manipular as massas nunca foi tão fácil.

Considere , ainda, que esses setores que desejam que o povo morra, trabalham diuturnamente pelo fracasso e pelo caos no país, e ainda no ano em que acontecem as olimpíadas na cidade do Rio de Janeiro.

Quando um grupo de pessoas se reúne na porta de um hospital para agredir, com faixas e cartazes, o nascimento de uma criança, essas mesmas pessoas tem muito em comum com os oficiais da Alemanha nazista que usavam recém nascidos para fazer experiências supostamente científicas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário