terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Talvez já se possa falar em fascismo

Riqueza de 1% da população supera a de 99% em 2015, mostra Oxfam



Para mostrar o agravamento da desigualdade nos últimos anos, a organização estima que "62 pessoas têm tanto capital como a metade mais pobre da população mundial", quando, há cinco anos, era a riqueza de 388 pessoas que estava equiparada a essa metade

Fonte: BRASIL DE FATO
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HSBC, Zelotes e os anunciantes da mídia

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Em 29 de dezembro de 2015, portanto há 19 dias, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), relator da subcomissão da Câmara que acompanha a Operação Zelotes, reuniu-se com o delegado Rogério Galloro, diretor-geral substituto da Polícia Federal, e fez vários questionamentos, entre os quais:

* Por que estão paradas as investigações que apuravam desvios de R$ 20 bilhões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) da Receita Federal? As investigações apontaram que os conselheiros do Carf recebiam propina para anular multas de grandes empresas com a Receita Federal.

* Por que denúncias contra grandes sonegadores envolvidos no escândalo do Carf, como Bradesco, Santander, Mitsubishi, Gerdau, Grupo RBS, que eram o objetivo inicial da Operação Zelotes, nunca apareceram?

* Por que a Polícia Federal mudou o foco da Lava Jato e abriu uma investigação paralela para apurar a compra de medidas provisórias no governo federal?


Fonte: Blog do Miro
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Paulo Pimenta: Travaram a investigação da Zelotes e do HSBC para não atrapalhar aliança entre a PF, o MPF e a mídia; grandes anunciantes são poupados

Fonte: VIOMUNDO
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FÓRUM 21 e Frente Brasil Popular:
A quem serve o Banco Central?
Unânimes contra a elevação dos juros, intelectuais e lideranças da sociedade civil divulgam uma nota em repúdio ao aumento da taxa SELIC.


FÓRUM 21 e Frente Brasil Popular

            
Representantes do Fórum 21 reuniram-se em Assembleia Geral, na última sexta-feira (18.01), em São Paulo, para debater e aprovar o estatuto da entidade, a ONG Fórum 21: ideias para o avanço social. Durante o encontro, também foi discutido o aumento da taxa de juros SELIC, programado para os próximos dias, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Em repúdio à elevação dos juros, intelectuais, professores universitários, jornalistas, lideranças da sociedade civil, sindicalistas e militantes políticos que compõem o Fórum 21 e a Frente Brasil Popular divulgam, nesta segunda-feira (18.01), uma nota denunciando a irresponsabilidade do Banco Central e as consequências nefastas da elevação dos juros ao país.

%u20B“Isso nada contribui para reduzir a inflação, mas é um poderoso mecanismo de transferência de renda da parcela mais pobre e mais produtiva para a parcela mais rica e menos produtiva da população”, aponta a nota. Segundo as entidades, “uma nova rodada de aumento da taxa de juros significa que o Banco Central almeja abertamente uma contração maior da demanda, mais desemprego e mais redução do salário real médio”.

O Fórum 21 e a Frente Brasil Popular também questionam o que pretende o Banco Central: “produzir a maior recessão da história brasileira e uma trajetória explosiva da dívida pública, gerando mais desvalorização cambial e mais pressão inflacionária? A quem isso pode interessar? ”

Fonte: CARTA MAIOR
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Por que o Moro opera em rede nacional? A Vara não é de Curitiba?

Rábula de Maringá

Moro corrompe a teoria do domínio do fato. Não é o primeiro...

Evandro L. Silva

Julgador não pode ser o investigador

Nabor Bulhões

Fonte: CONVERSA AFIADA
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O populismo judicial de Mário Sérgio Conti



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por Luís Nassif, no GGN
Desde os anos 90, com o fim da ditadura, criou-se no país uma visão primária e maniqueísta de direitos civis. Como há diferenças óbvias entre o excesso de direitos dos influentes e a falta de direitos dos despossuídos, ambos precisam ter o mesmo tratamento. Como é impossível, no quadro processual, e do próprio modelo jurídico das democracias de mercado, dar ao pobre o mesmo tratamento do rico, que sejam igualados na falta de direitos.
Trata-se de um primarismo acachapante, uma ignorância ampla em relação a princípios básicos de direito. É desconhecimento de conceitos que, desde o Iluminismo, passaram a diferenciar sociedades civilizadas das comunidades bárbaras.


Fonte: O CAFEZINHO
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Criminosos de colarinho branco recebem anistia ampla. Nem um pio da mídia

publicado em 18 de janeiro de 2016 às 13:29
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Angélica Aparecida Souza Barbosa, que passou 128 dias presa em São Paulo por tentar furtar um pote de manteiga de R$ 3,20
Para Alessandro Fonseca, sócio do escritório Mattos Filho, a segurança jurídica é um de seus principais aspectos do projeto porque os contribuintes que aderirem não poderão ser processados por crimes como sonegação fiscal, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e descaminho. Da Folha
As classes dominantes continuam zombando da igualdade. Sempre querem ser mais iguais que os outros. Adoram e não abrem mão dos privilégios. O Iluminismo, que retrata o tempo da modernidade, ainda não chegou ao Brasil. Crimes das classes dominadas, ao contrário, são resolvidos (inescapavelmente) com a prisão. E não precisa o marginalizado (o apartheidizado) fazer muita coisa não. Sua vulnerabilidade é extrema. Não é dessa maneira que vamos construir uma nação. De Luiz Flávio Gomes, advogado


Fonte: VIOMUNDO
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Seca na Etiópia é uma ameaça tão séria para crianças quanto a guerra na Síria, alerta ONG

18 janeiro, 2016 - 10:33 — Simone

Segundo dados da ONU, a pior seca na nação africana em 30 anos impacta na vida de 400 mil crianças, que estão sofrendo de 'severa desnutrição aguda'.


Fonte: BRASIL DE FATO
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Rio Doce: ''O impacto ainda está acontecendo''

Em entrevista, pesquisador afirma que impacto na cabeceira do Rio é muito grande e provavelmente vai demorar muitos anos para recuperá-la.




Riqueza de 1% da população supera a de 99% em 2015, diz a primeira manchete acima.

Por vários anos, talvez já se possa falar em década, o assunto da concentração de riqueza vem sendo debatido nas mídias alternativas.

Na velha mídia não há interesse em debater o assunto, ao contrário , tal tema é omitido e quando abordado é apresentado como algo normal, inevitável, karma natural do processo capitalista e da democracia.

Já por alguns meses, talvez já se possa falar em um ano, ou mais, a Operação Zelotes e o caso HSBC surgiram no noticiário, para , logo em seguida, desaparecerem quase por completo.

Nas mídias alternativas se debateu o assunto, com dados e provas sobre as trapaças de grandes empresas, inclusive de mídia, empresários e figurões da vida política nacional

Na velha mídia, que tanto defende a democracia principalmente quando se vê diante de manifestações e ações com características de desobediência civil, nada , ou quase nada, é apresentado sobre o assunto.

Prioriza-se na velha mídia a operação lava jato, aliás, sem parar um dia, e omite-se as trapaças de empresas aliadas da mídia ou mesmo da própria mídia.

Nada democrático para esses grupos que tanto defendem a democracia.

Seguindo na estrada da "democracia", mais uma vez, como tem acontecido em outras ocasiões, políticas de austeridade são enaltecidas pela velha mídia.

Austeridade para os pobres, que ficam mais pobres, e caminho livre e "democrático" para os ricos, que ficam mais ricos.

Tudo em nome da "democracia" e do karma neoliberal, intocáveis.

Já o juiz Sergio Moro e a sua operação Lava jato, o ganha pão da velha mídia, além do futebol, fazem o que bem entendem da "democracia".

Velha mídia e o todo poderoso magistrado , criam novas formas e modalidades dos processos da democracia e do direito, em um espetáculo jurídico - midiático, patrocinado por empresas envolvidas em escândalos de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro.

Toda a operação comandada pelo juiz Moro e pela velha mídia, tem sido motivo de longos e extensos textos e debates nas mídias alternativas.

Talvez por mais de um ano, talvez, mesmo, já se possa falar em mais de doze meses.

E eis que arrebenta a barragem da Samarco , e o Brasil vivencia o maior desastre ambiental de sua história.

Não é de hoje que as mídias alternativas vem alertando para o agravamento das questões ambientais.

Na velha mídia, o assunto mudança climática e ambientalismo, é tratado, quando abordado, de forma infantil, ou algo que não é problema de ninguém, ou ainda, algo futurista.

Já por alguns anos, talvez já se possa falar em mais de dez décadas, que o assunto das questões ambientais e das mudanças climáticas vem sendo abordado nas mídias alternativas.

E então, caro e atento leitor, me pergunto se em todos os assuntos tratados até aqui a Democracia - Democracia com D maiúsculo e de verdade - tem sido respeitada.

Os direitos das pessoas tem sido respeitados e assegurados, também pergunto.

As respostas são fáceis.

A democracia mundial, tão enaltecida como o caminho vitorioso do capitalismo a partir da década de 1990, é apenas uma figura de retórica, já que na pratica, no dia a dia das pessoas, o que prevalece é o crescimento mundial de um novo tipo de autoritarismo, um fascismo, que tem sequestrado os governos e as instituições.

Uma nova expressão de crime organizado, talvez a mais cruel de todas, já que em nome da democracia os direitos das pessoas, do planeta e da vida são violentados diariamente.

Assim sendo, o combate contra essas violações não pode acontecer dentro dos limites da Democracia, sendo natural que movimentos sociais tenham , cada vez mais, adotado práticas de desobediência civil em suas ações.

Estamos entrando na fase da arte da guerra, da criatividade, nas manifestações contra o crime organizado que domina o Brasil e o mundo.

Talvez já se possa falar em fascismo dominando o mundo ?

Antonio Luiz Costa:
Saída à esquerda ou fascismo
publicado em 19 de janeiro de 2016 às 12:08

Munchau vê saída à esquerda

Encruzilhada do capital

Financial Times: a extrema-esquerda está certa

Como nos anos 1930, algum tipo de ruptura é inevitável e se não for para a esquerda, pode ser na direção do fascismo ou do fundamentalismo

por Antonio Luiz M. C. Costa — 26/11/2014, CartaCapital

Quando um editor e colunista de primeira linha de um jornal financeiro mundialmente respeitado dá razão à extrema-esquerda, é hora de parar, ler e pensar. Referimo-nos a Wolfgang Münchau, editor associado do Financial Times, no qual mantém uma coluna semanal sobre a economia europeia. O título desta, na edição do domingo, 23 de novembro foi: “a esquerda radical está certa sobre a dívida europeia”.

Refere-se, em especial, ao partido espanhol Podemos, ao grego Syriza e ao alemão Die Linke (“A Esquerda”), as duas primeiras formações novas criadas a partir de núcleos de origem no trotskismo e no movimento “antiglobalização” e o terceiro um descendente direto do Partido Comunista da antiga Alemanha Oriental. E explica: o consenso internacional dos analistas econômicos, não necessariamente de esquerda, é que a Zona do Euro precisa de reestruturação da dívida e investimentos no setor público, mas partidos como esses são os únicos nos quais se pode votar para defender esse programa. Social-democratas e socialistas, uma vez no governo, aceitaram a agenda conservadora de Angela Merkel em todos os seus pontos essenciais.

A coluna analisa com mais detalhe o Podemos, o mais jovem desses partidos e “o que chega mais perto de oferecer um enfoque consistente para uma política econômica pós-crise”. O programa exposto pelo economista Nacho Álvarez, um dos membros da cúpula do partido, baseia-se em renegociação das taxas de juros, períodos de graça, reescalonamento e anulação parcial da dívida, à maneira de alguns países sul-americanos. Ao contrário do “Movimento 5 Estrelas italiano”, cujo objetivo declarado é tirar o país do euro, o Podemos “não é a favor de sair do euro, nem de fazer mais sacrifícios por ele”.

Para Münchau, é uma posição equilibrada, por mais que se queira tachá-la de bolivariana. “A tragédia da Zona do Euro é o senso de resignação com que os partidos do centro-esquerda e centro-direita estão deixando a Europa deslizar para o equivalente econômico de um inverno nuclear. É uma tragédia particular que partidos da ultra-esquerda sejam os únicos a apoiar políticas sensatas como a reestruturação da dívida”.

No atual estado de coisas, o absurdo está em pensar que a dívida é sustentável e o problema se resolverá por si só, como se fosse possível ignorar que o continente caminha para uma longa estagnação que, mais cedo ou mais tarde, tornará impossível cumprir esses compromissos financeiros e pode levar à desintegração política e econômica.

A começar dos anos 1980, se não desde o maio de 1968, tornou-se uma obsessão por parte dos agentes do poder financeiro e político não permitir que movimentos políticos e sociais proponham alternativas reais sem serem ridicularizados. Qualquer tentativa de mudar o mundo deve ser percebida como fantasia ociosa. TINA, “There is no alternative”, era o lema favorito de Margaret Thatcher e desde então o consenso dominante da mídia e da política não fazem mais do que repeti-lo em diferentes formulações.

Acontece que o rumo ao qual conduz o pensamento único no qual se embutiu a ideia de que os interesses do sistema financeiro são supremos e sagrados começa a se tornar visivelmente inviável. É evidentemente insustentável a longo prazo por razões ecológicas, mas antes disso cai na pura impossibilidade de contábil e política de pagar as dívidas públicas e privadas e poupar as instituições financeiras das consequências de seus próprios erros, enquanto se mantém uma grande parte da população desempregada e ameaçada de perder suas moradias e os serviços sociais dos quais depende para sobreviver com dignidade. Como nos anos 1930, algum tipo de ruptura é inevitável e se não for para a esquerda, pode ser na direção do fascismo ou do fundamentalismo.

Fonte: VIOMUNDO

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