quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Status Quo Desmoronando

O que é o coxinhamento?

É quando o status quo se desmorona
publicado 23/12/2015
frase do chico
Imagem sugerida por GeoPolítico Blog
Do amigo navegante Behatzaile DEA:
Tristeza - é o que sinto ao ver isso. Não é preciso qualificar os agressores pois as imagens já os desqualificam por si.

Mas, as vezes, esforço-me herculeamente pra compreender a mente direcionada a essa dita direita: o máximo que consegui, por associações, quiçá, é que em determinada época da vida esses seres foram privados, ou desestimulados, do senso crítico, auto-crítica.

Então, se acostumaram a ser guiados (conserva-se a segurança) pelos professores, pais, midia, sociedade em geral.

O ódio que vomitam talvez seja reação do medo do status quo desmoronando ou da desconstrução repentina daquilo que acreditavam ser verdade.

Embora eu tente achar explicação, confesso que ainda é um mistério esse fenômeno alcunhado "coxinhamento".

Fonte: CONVERSA AFIADA
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No Rio, jovem diz que Chico Buarque é “um merda”; Folha e Estadão reproduzem vídeo sem xingamento e “culpam” a vítima


publicado em 22 de dezembro de 2015 às 18:16
Da Redação


Restaurante Sushi Leblon, Rio de Janeiro. Chico Buarque estava acompanhado por Eric Nepomuceno, Miguel Faria Jr. e Cacá Diegues. Na saída do jantar, foi abordado por um grupo de jovens.
Dentre eles estavam o rapper Tulio Dek e, segundo a colunista Heloisa Tolipan, Alvarinho, filho do empresário paulista Álvaro Garnero. Um terceiro jovem se identificou no vídeo como Guilherme Mota.
Tulio e Alvarinho tem em comum a amizade com o jogador Ronaldo, que chegou a participar da gravação de um videoclipe do rapper.
Alvarinho causou polêmica ao aparecer em um vídeo beijando e mordendo o pescoço de um Ronaldo bêbado.

Durante o bate boca, Chico Buarque foi chamado de “merda” por um dos playboys.
A TV Folha reproduziu vídeo do Glamurama — que primeiro noticiou o acontecido — que não inclui o xingamento a Chico Buarque.
O mesmo fez o Estadão.
Os jornais paulistas não mencionaram a ofensa, mas apenas o questionamento às convicções políticas de Chico Buarque. O Estadão enfatizou que Chico “bateu boca” e a Folha, que foi “questionado”. Uma forma descarada de culpar a vítima.
No Facebook, fãs de Chico repreenderam o comportamento do rapper.

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Comentário em VIOMUNDO:

    FrancoAtirador

    23/12/2015 - 11:19
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    Está havendo um Ataque Sistemático à Cultura Nacional.
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    É a Ofensiva dos Abutres dos Mercados Transnacionais.
    Em Nome do Extermínio da Esquerda Sul-Americana,
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    os UltraLiberais Fascistas estão adulterando a História.
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    E os Patinhos da FEBRABAN caíram no Conto do Vigário.

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    FrancoAtirador
    23/12/2015 - 12:34
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    Há Décadas, estamos testemunhando tristemente a Desconstrução
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    dos Valores Simbólicos Históricos Humanos e Patrimoniais do BraSil.
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    Há 20 Anos, FHC falava em Destruir todo o Legado de Getúlio Vargas.
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    Os Processos Midiáticos do Mensalão e do Petrolão são parte disso.
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    Dentro em breve, os Alvos serão a CLT e o Artigo 7º da Constituição.
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    O Objetivo Final é a Destruição do Trabalhismo na América Latina.

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    FrancoAtirador
    23/12/2015 - 12:48
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    O Aculturamento Promovido mundialmente pelos Anglo-Germano-Saxões
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    ocorre por 4 Formas Fundamentais que caracterizam a Dominação Colonial:
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    1) Pela Moeda.
    2) Pela Língua.
    3) Pela Religião.
    4) Pelos Meios de Comunicação.
    .Assim foi que o Império Romano se prolongou pelos Milênios da Era Cristã.



    Fonte: VIOMUNDO
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    As identidades dos “playboys” que atacaram Chico Buarque

    “Você é um merda”, “petista ladrão”, foram algumas das frases direcionadas a Chico Buarque; Identidade dos jovens foi revelada e amigos que presenciaram as provocações, artistas, políticos e o próprio compositor também se pronunciaram sobre o incidente

    O primeiro instante de celebridade do neto foi fotografar-se aos beijos com o ex-jogador Ronaldo.
    23/12/2015
    Do Pragmatismo Político
    Chico Buarque foi abordado por um grupo de jovens na noite da última segunda-feira no Leblon, quando saía de um restaurante em que acabara de jantar com amigos. Depois da confusão, um dos agressores, o rapper Túlio Dek, ‘conhecido’ na mídia apenas por ser o ex-namorado da atriz Cleo Pires, afirmou em entrevista ao Estadãoque o ícone da MPB “é um ídolo” para ele.
    “Chico é um ídolo para mim. Só não entendo como um dos maiores ícones do Brasil continua apoiando cegamente o PT. Minha indignação foi com o cidadão e não com o artista”, disse.
    Além de Dek, outro jovem que hostilizou Chico foi Álvaro Garnero Filho (mais conhecido comoAlvarinho), filho do empresário e apresentador paulista Álvaro Garnero. “Petista, vá morar em Paris. Ladrão. Vá morar em Cuba. O PT é bandido”, diziam os jovens, que estavam exaltados e procuraram criticar o ativismo de Chico a favor do PT, algo que data dos tempos de fundação do partido.
    Recentemente, Alvarinho causou controvérsia com um vídeo em que aparecia alcoolizado acariciando Ronaldo Fenômeno, que o chamava de namorado. O pai saiu em sua “defesa” quando o rapaz foi “xingado” de gay.
    Mário Garnero, pai de Álvaro, portanto avô de Alvarinho, esteve no centro do “escândalo Brasilinvest”, banco de investimentos que fechou em 1985 porque mais da metade de seus empréstimos fora contraída por empresas “fantasmas”.
    Garnero foi indiciado pela Polícia Federal por estelionato, formação de quadrilha e operações fraudulentas no mercado financeiro. Em 1997, teve a prisão preventiva pedida pela Procuradoria Geral da República.

    Apoio

    “Chico foi um santo, um cavalheiro. Os meninos começaram a hostilizar, do outro lado da calçada. Chico atravessou e foi lá falar com eles. Esta cena de repressão nazista é um exemplo do que está acontecendo no Brasil: a absoluta intolerância. As discussões políticas estão indialogáveis. A disputa política se transformou em duelo. Eles não queriam argumentar, só xingar”, comentou na tarde desta terça-feira o cineasta Cacá Diegues, que integrava o grupo de Buarque no restaurante.
    Além de Cacá, o grupo de Chico contava com o cantor, compositor e arranjador Edu Lobo, os cineastas Miguel Faria Jr. e Ruy Solberg, e o jornalista e escritor Eric Nepomuceno.
    “Você é um merda, quero ouvir da sua boca: quem apoia o PT o que é?”, perguntou um dos provocadores. “É petista”, respondeu o compositor. “É um merda”, interrompeu o rapaz. Em determinado momento, o grupo ironizou o fato de Chico Buarque ter um apartamento em Paris. “Para quem mora em Paris é fácil”, disse um deles. “Você mora em Paris?”, retrucou Chico. Mantendo o tom de voz baixo, mesmo diante da exaltação dos jovens, Chico Buarque disse achar que “o PSDB é bandido” para rebater o argumento de um dos provocadores, que garantiu que “o PT é bandido”.
    Relembrando o episódio na terça-feira, Eric Nepomuceno lamentou que uma noite divertida com velhos amigos tenha sido encerrada com aquela discussão. “É muito impressionante a fúria agressiva dessa direita que saiu do armário embutido”, disse Eric nesta terça. “Estávamos numa ótima, de repente vieram os caras, muito agressivos. Eu estava mais irritado que o Chico, mas depois nós todos demos risada”, contou o escritor.
    Segundo Eric, não foi o primeiro episódio de provocação, embora tenha sido o mais ostensivo. “Uma outra vez, o cara na mesa ao lado pegou o celular e falou com alguém ‘estou em um restaurante caríssimo de Ipanema onde os comunistas adoram vir'”, lembrou.
    Ironicamente, Chico Buarque não se pronunciou com palavras sobre a polêmica, preferindo apenas postar em sua página no Facebook uma de suas músicas:
    Ao tomarem conhecimento das agressões sofridas pelo compositor, vários parlamentares da base aliado do governo da presidente Dilma Rousseff se pronunciaram em solidariedade a Chico Buarque. Outro a falar sobre o assunto foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que declarou apoio contra ‘analfabetos políticos’.
    Ao comentar o episódio, o jornalista Kiko Nogueira, do DCM, prevê um cenário de ódio interminável. “Esses moleques inúteis e mal nascidos perderam a modéstia, a educação e a civilidade. Até prova em contrário, qualquer um tem o direito de acreditar no que quiser. Não para eles. Se pudesse, esse pessoal construiria muros separando gente de “bem” e o resto. O Rio de Janeiro que Chico ama talvez não exista mais. Acabou o sossego. Desta vez, o encontro com a milícia do ódio terminou relativamente bem. Da próxima, quem sabe o que pode acontecer?”
    *Com informações de Brasil Post (Thiago Araújo), Estadão e DCM.
    Fonte: BRASIL DE FATO
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    Tempos difíceis e obscuros esses anos, no Brasil e no mundo.

    O Brasil vivencia um coxinhamento tardio, considerando que esse tipo de comportamento violento, fascista, já existe há algum tempo nos EUA - difundido principalmente pela ala radical do Partido Republicano - e na Europa, e sempre com o apoio da maioria da mídia corporativa.

    A chegada ao Brasil se deu  nos últimos dois anos, logo após as manifestações e protestos de 2013.

    A partir de então, os chamados coxinhas  saíram dos armários e assumiram suas convicções fascistas, a bem da verdade, teses proclamadas e repetidas diariamente pela velha mídia brasileira.

    É revelador a pergunta de Chico ao coxinha se o mesmo era leitor de Veja.

    No entanto, o artigo acima de CONVERSA AFIADA, de um leitor do Blog, faz uma análise  sucinta e ao mesmo tempo profunda desse novo e talvez já decadente tipo  de comportamento.

     "O ódio que vomitam talvez seja reação do medo do status quo desmoronando ou da desconstrução repentina daquilo que acreditavam ser verdade "

    O trecho acima coloca a questão de um medo inconsciente, que se manifesta em forma de violência, sobre algo em vias de desmoronar.

    Isso de fato acontece, não apenas no Brasil como em todo mundo, o que de certa forma  reflete o momento atual da crise civilizatória.

    Como tentativa de preservar o status quo , ou algo que acreditavam  que seria  bem sucedido,  os ditos  coxinhas, com o apoio da mídia corporativa, não medem esforços para agredir, xingar, omitir, manipular, editar ou  mesmo inventar  fatos, fotos e flashes sobre situações ou em momentos em que estejam de alguma forma envolvidos.

    Também são reveladoras as manchetes de Folha de SP e Estado de SP sobre o episódio envolvendo o artista.

    Esse tipo de movimento fascista, que repito, no Brasil chegou de forma tardia, não pode e não terá futuro, no entanto poderá perdurar espalhando violência  ainda por algum tempo, talvez alguns anos, para então desaparecer dando lugar a um novo pacto civilizatório.

    Certamente amanhã há de ser outro dia e teremos bom tempo.

    Bom Tempo
    Composição: Chico Buarque

    Um marinheiro me contou
    Que a boa brisa lhe soprou
    Que vem aí bom tempo
    O pescador me confirmou
    Que o passarinho lhe cantou
    Que vem aí bom tempo

    Do duro toda semana
    Senão pergunte à Joana
    Que não me deixa mentir
    Mas, finalmente é domingo
    Naturalmente, me vingo
    Eu vou me espalhar por aí

    No compasso do samba
    Eu disfarço o cansaço
    Joana debaixo do braço
    Carregadinha de amor
    Vou que vou
    Pela estrada que dá numa praia dourada
    Que dá num tal de fazer nada
    Como a natureza mandou
    Vou
    Satisfeito, a alegria batendo no peito
    O radinho contando direito
    A vitória do meu tricolor
    Vou que vou
    Lá no alto
    O sol quente me leva num salto
    Pro lado contrário do asfalto
    Pro lado contrário da dor

    Um marinheiro me contou
    Que a boa brisa lhe soprou
    Que vem aí bom tempo
    Um pescador me confirmou
    Que um passarinho lhe cantou
    Que vem aí bom tempo
    Ando cansado da lida
    Preocupada, corrida, surrada, batida
    Dos dias meus
    Mas uma vez na vida
    Eu vou viver a vida
    Que eu pedi a Deus

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