sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Vitória dos Estudantes

Alckmin recua. "Picolé de chuchu" derreteu!
Por Altamiro Borges
Em tom funebre, a mídia chapa-branca registrou no início da tarde desta sexta-feira (4): os jovens que ocuparam mais de 200 escolas públicas em São Paulo derrotaram o truculento governador tucano. A brutalidade da tropa de choque da PM, com suas bombas de gás e cassetetes, não conseguiu intimidar os aguerridos alunos. A cumplicidade da imprensa venal, que fez de tudo para ocultar e criminalizar a heróica mobilização, não inibiu o apoio da sociedade. O "picolé de chuchu", tão blindado pela mídia, derreteu. A sua popularidade despencou. Os jovens demonstraram que o melhor caminho é a luta!
Conforme registro do site UOL, da famiglia Frias - que também edita a Folha tucana -, "o governador Geraldo Alckmin (PSDB) oficializou em coletiva de imprensa a suspensão da reorganização escolar na tarde desta sexta-feira. 'Recebi e respeito a mensagem dos estudantes e seus familiares em relação à reorganização. Por isso decidimos adiar a reorganização e rediscuti-la escola por escola', disse". Já o site do Estadão, pertencente à decadente famiglia Mesquita, relatou o "recuo" do governo tucano e registrou: "Estudantes que participaram de manifestação nesta sexta-feira comemoraram, aos prantos, a notícia na Praça da República, região central da capital paulista".
De fato, o momento é de comemoração dos jovens estudantes. Mas é bom não confiar nas palavras de "respeito" do governador paulista. O tucanato já deu várias provas de que é adepto da pura violência contra os movimentos sociais - que o digam os moradores expulsos do Pinheirinho, em São José dos Campos, os professores em greve da rede estadual ou os metroviários demitidos. Geraldo Alckmin só recuou porque as ocupações cresciam e a sua popularidade derretia. Pesquisa do Datafolha, divulgada nesta sexta-feira, apontou que apenas 28% dos paulistas consideram seu governo ótimo ou bom - em outubro do ano passado, o índice era de 48%. Já 30% dos entrevistados classificaram como ruim ou péssimo a sua truculenta e desastrada gestão. É o pior índice dos últimos tempos.
Fonte: Blog do Miro
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reforme seu governo sp       

Não foi uma turma de garotos que derrotou Alckmin. Foi sua própria estupidez

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Com todo o respeito pela garotada das escolas públicas de São Paulo, que foi valente e bem mais madura que muito marmanjo que se deixa levar pela histeria, não foram eles que derrotaram o plano de Geraldo Alckmin de fechar escolas públicas.

"Vamos adiar a reorganização e dialogar escola por escola", diz Alckmin
Quem derrotou foi a reprovação do povo de São Paulo à brutalidade com que seu movimento legítimo foi tratado pelo Governado Geraldo Alckmin, brutalidade repetida hoje na “chuva de bombas” que se derramou nas ruas paulistanas.
Quem derrotou foi o medo – medo, e não escrúpulo – do governador ao ver que estava se tornando inevitável que ocorresse uma tragédia que o marcasse, sem volta, com o estigma de assassino de jovens.

Quem derrotou Geraldo Alckmin foi, sobretudo, Geraldo Alckmin, que se comportou como um arrogante, um tirano, um autoritário que acha que questões educacionais são um caso de polícia.
Quem derrotou o “invencível” governador tucano foi, reconheça-se também, a serenidade com que a gurizada agiu, sem deixar que meia-dúzia de babacas pusesse a perder a simpatia da população.
Por isso, neste instante em que os garotos e garotas das escolas públicas paulistas venceram pacificamente a guerra que se lhes quir mover, nós, os mais velhos, só temos uma coisa a dizer.
Obrigado por  vocês nos fazerem manter – e recuperar, se a andávamos perdendo – a fé em que o mundo pode ser e será melhor.


Nós os vimos sofrer o que não queríamos ver  sofrerem nossos filhos.
E, agora, quando serenamente vencem, sentimos vontade de abraçar cada um de vocês como desejamos abraçar os nossos filhos.
Rovena Rosa / Agência Brasil

Fonte: TIJOLAÇO
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A tática dos estudantes para tentar driblar a violência da PM de Alckmin. Por Mauro Donato

Postado em 04 dez 2015
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“Quero fazer amor com você”

Diante da rigidez de Alckmin, a flexibilidade dos estudantes. O desdobramento das ocupações das escolas se dá em ocupações de ruas e avenidas concretizando o grito de “se a escola fechar, a cidade vai parar.”
Os estudantes dão a cara a tapa. Não têm medo. Sabem que irão apanhar, mas a causa é maior. Como num flash mob decidem rapidamente quais ruas serão interditadas e surgem de surpresa, carregando cadeiras e faixas. Em poucos minutos interrompem o trânsito das principais vias de São Paulo. E tome porrada e bomba.
Na manifestação acompanhada pelo DCM na tarde desta quinta-feira  (3), não teve tiro. Mas não faltou a ameaçadora escopeta apontada para os adolescentes. Uma mãe se desesperou ao ver a arma ‘não letal’ apontada para os jovens e foi tirar satisfação com o comandante. “Esse é seu trabalho? Vai bater em criança, você não tem vergonha não?” Levou um grotesco empurrão com um escudo. Uma chuva de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral é lançada. Ao menos três pessoas foram feridas por estilhaços.
Impedida pela Justiça de colocar em prática as reintegrações de posse das escolas ocupadas, a Polícia Militar tem se esbaldado com os protestos dos alunos realizados do lado de fora. Nas ruas, demonstra toda sua sanha. Quebra a cadeira na cabeça de aluno, enfia murro na cara como se em briga de rua, da golpes de cacetete nas pernas de meninas, prende adolescentes como se fossem bandidos.
Está na hora da revisão: vamos repetir? Estudantes. Adolescentes. Alunos.
Ao final do protesto de ontem, 14 deles foram detidos. Já são mais de 30 no total e muitos feridos. O que está possibilitando essa barbaridade?
Já noticiamos aqui no DCM que jornalistas da grande mídia foram instruídos a não abordar o assunto de outra forma que não seja favoravelmente ao plano de reorganização do ensino proposto pelo governo. E isso é mais facilmente percebido nas ruas do que vendo os telejornais. Com essa cobertura, a polícia recebeu um cheque em branco. Poucas vezes em manifestações vi tantas expressões raivosas e reações desmedidas de policiais. Tudo bem, exagero, já vi muito piores afinal estamos falando da PM, mas quando se trata de repressão a adolescentes não há como não se revoltar.
Pela manhã, o estudante Elissandro Dias Siqueira ficou pendurado como em um pau-de-arara do Doi-Codi. Enquanto era carregado, suas calças caíram e ele assim foi mantido, humilhado em plena rua. Se fosse seu filho, o que você faria?
O Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), classificou ontem como “verdadeiro atentado” contra os direitos de crianças e adolescentes essas medidas de repressão adotadas depois do chefe de gabinete da Secretaria de Educação declarar guerra. E como em guerra vale tudo, há ainda uma outra covardia sendo praticada nas prisões realizadas. Dada a participação de menores nos protestos, quando um manifestante detido é maior de idade está sendo acudado de aliciamento de menores. Isso é um golpe baixo repugnante.
O governo Alckmin diz estar aberto ao diálogo, mas publica o decreto assim mesmo. Diz estar aberto ao diálogo, mas joga a PM em cima. Diz estar aberto ao diálogo, mas pratica coação na imprensa.
Como na realidade não ouvem ninguém, secretaria de segurança e governador afirmam que não irão tolerar o fechamento de ruas uma vez que impede o ‘sagrado’ direito de ir e vir (sempre tirado da manga e pelo visto mais importante que o direito à educação). Mas o curioso é que na noite anterior, 30 pessoas pararam a avenida Paulista para ‘comemorar’ a bertura do processo de impeachment de Dilma.
A polícia não chegou batendo e lançando bombas por que? Quando a causa é simpática ao governador daí tudo bem? Então não é uma questão técnica ou legal, há um fundo político nas ações determinadas por ele. Não é ele quem diz o tempo todo que o movimento dos alunos não é legítimo pois é político?
E até onde vai isso? Simples. Com a pesquisa Datafolha divulgada hoje sinalizando a popularidade de Alckmin em queda livre, é certo que ele irá recuar. E mais uma vez isso nada tem a ver com uma preocupação com a educação ou respeito ao direito de manifestação. Terá sido simplesmente para salvar a própria pele.

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Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO 
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Governo Alckmin promove atentado contra crianças e adolescentes

publicado em 04 de dezembro de 2015 às 10:05
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Fotos: O Mal Educado e Agência Brasil
Governo de São Paulo promove verdadeiro atentado contra os direitos humanos de crianças e adolescentes
Nota do Movimento Nacional de Direitos Humanos
O Movimento Nacional de Direitos Humanos, maior rede nacional de entidades de defesa dos direitos humanos, formada por mais de 300 entidades filiadas no Brasil, sendo mais de 50 delas no estado de São Paulo, vem a público manifestar sua indignação e repúdio diante na escalada de violência e de violações de Direitos Humanos promovidas pelo Governo do Estado de São Paulo contra crianças e adolescentes – estudantes da rede pública de educação, que legitimamente exigem serem ouvidos pelo governo diante de uma suposta proposta de “reorganização educacional”, que, na verdade, tem como pano de fundo o fechamento de escolas, a superlotação de salas de aulas e os cortes nos orçamentos da educação, exatamente num momento em que o País e seus governos federal, estaduais e municipais deveriam planejar o aumento de ações, programas e investimentos sociais e educacionais, diante das discussões sobre a criminalização da infância e juventude e das estatísticas que demonstram o aumento ultrajante e epidêmico das mortes de jovens excluídos.
A brutalidade das ações estatais contra os estudantes se acentuou após a divulgação, no último final de semana, de afirmações do chefe de Gabinete da Secretaria de Educação, Sr. Fernando Padula, na qual ficou evidente que seria colocada em pratica uma verdadeira “guerra” contra os estudantes e seus apoiadores, incluindo membros de movimentos sociais e, também, os pais que acompanham seus filhos em ocupações de escolas e manifestações.
Apesar das promessas do governador do estado, Geraldo Alckmin, e do secretário de estado da educação, Herman Voorwald, de que a polícia não atuaria contra os estudantes nas mais de 200 escolas ocupadas, principalmente após uma decisão unânime da 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, no dia 23 de novembro, que considerou “legítimas” as manifestações e os protestos estudantis, desautorizando qualquer desocupação forçada das escolas, principalmente com a utilização de força policial.
Porém, na prática, policiais, principalmente militares, geralmente fardados, mas também alguns a “paisana”, promovem diariamente “abusos de autoridade”, “constrangimentos”, “torturas físicas e psicológicas”, “ameaças”, “maus tratos”, “intimidações”, “lesões corporais” , “detenções arbitrárias” e “ataques com tiros de balas de borracha e gás lacrimogêneo” nas escolas e nas manifestações pacíficas dos estudantes, entre tantas ações ilegais que fazem parte do “modus operandi” da polícia paulista.
O MNDH apela para que entidades sociais e de direitos humanos atuem em apoio e defesa dos estudantes das escolas ocupadas. Também solicita que todos os ativistas comprometidos com a promoção de direitos se voluntariem para a defesa dos jovens que lutam por uma educação pública de qualidade em São Paulo.
O MNDH ainda exorta para que órgãos como Conselhos Tutelares, Defensorias Públicas, Comissões da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), promotorias de direitos humanos e da infância e juventude, Ouvidoria de Polícia, entre outras, cumpram suas funções públicas visando coibir e punir os abusos praticados por agentes do estado, como por dirigentes da educação, policiais e pelo próprio Governador do Estado, que tem ordenado ações violentas contra os jovens estudantes.
O MNDH também solicita que sejam encaminhados relatos de casos de violências e abusos praticados por agentes do estado contra as crianças e adolescentes que se manifestam, visando a elaboração de um informe a ser encaminhado para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), conforme uma petição já recebida pela referida instituição, que trata da criminalização de crianças e adolescentes no Brasil.
Ressaltamos que todas as violações praticadas pelo Governo de São Paulo contra os jovens estudantes que exercem, de forma organizada e pacífica, os direitos de participação, liberdade, manifestação, protagonismo, reunião, entre outros, previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e na legislação internacional de proteção dos direitos humanos, serão denunciadas, repudiadas, sendo também exigidas as devidas responsabilizações dos agentes violadores.
O MNDH reafirma seu compromisso com as crianças e adolescentes que promovem o mais importante e legítimo movimento em defesa do direito humano à educação da história contemporânea do Brasil.
COORDENAÇÃO NACIONAL DO MNDH
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO MNDH- SP

Fonte: VIOMUNDO

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