sábado, 19 de dezembro de 2015

Delinquente e Líder de uma Quadrilha de Criminosos

Janot chama Cunha de “delinquente” e líder de “grupo criminoso”. 

STF, só depois do Carnaval

todoscunha
O Estadão publica hoje trechos da representação de Rodrigo Janot contra Eduardo Cunha que fazem a gente ficar pasmo sobre como o Supremo Tribunal Federal resolveu examinar apenas depois da volta das férias de janeiro (e talvez depois do Carnaval) um documento onde o presidente da Câmara dos Deputados é chamado pelo chefe da Procuradoria Geral da República de “delinquente” e chefe de um “grupo criminoso”.

“Os fatos indicam que existe um grupo de parlamentares, liderados por EDUARDO CUNHA, que vem se valendo dos respectivos mandatos e prerrogativas, tais como poder de requisição e convocação, a fim de pressionar e intimidar terceiros, empresários ou qualquer pessoa que possa contrariar os interesses do grupo criminoso do qual EDUARDO CUNHA faz parte.”

Janot relaciona nominalmente alguns, que participaram da extorsão de Cunha ao Grupo Schahin: Solange Almeida, Nelson Bornier, Alexandre Santos, João Magalhães, todos do PMDB, e Carlos William, do PTC.

Ou seja, uma quadrilha.

Que seguirá livre e atuante por mais quase dois meses, pressionando, coagindo, comprando, chantageando e, sobretudo, preparando a tentativa de derrubada para Presidente da República.

Compreende-se que o Ministro Teori Zavaski possa ter cuidados e prudência. Mas é estranho que tenha permitido, por menos que isso, que se enfiasse na cadeia qualquer um citado na Operação Lava Jato e que, quando se trata das imundícies de Cunha se dê ao luxo de protelar pelos rotineiros prazos do recesso uma acusação de tamanha gravidade, onde se relata que a Comissão de – atentem para o nome – Fiscalização e Controle da Câmara se tenha transformado numa gazua dele e de um grupo de deputados.

Em qualquer país do mundo isto estaria sendo um escândalo de proporções descomunais e o parlamento pararia de imediato o andamento de qualquer ato praticado pelo acusado de crimes tão graves. E é exatamente o caso do processo de impeachment, decisão pessoal e de inteira responsabilidade de Eduardo Cunha.

Se os Ministros do STF acham que com a derrota que impuseram a Cunha no rito do impeachment acabaram com sua liberdade de ação, deveriam lembrar daquele filme chamado “O dinheiro nunca dorme”. E eu acrescento, nem brinca, inclusive no Carnaval.


Fonte: TIJOLAÇO

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