terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Joelma, a vice de Temer

Carta do vice-presidente à Dilma é avaliada por blogueiros como ato “vaidoso” e “pró-golpe”




Assunto em destaque na mídia é analisado como uma postura pró-golpe por parte do peemdebista Michel Temer.
08/12/2015
Da Redação
Temer e Dilma na posse presidencial | Foto: Marcelo Camargo/ABr
Em carta direcionada à presidenta Dilma Rousseff (PT), o vice-presidente Michel Temer (PMDB) apresenta críticas ao governo e afirma: “Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas”. O vice disse ainda que sempre foi de seu conhecimento a “absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB”.
O texto foi escrito por Temer após a presidenta informar, durante entrevista coletiva à imprensa, na manhã da segunda-feira (7), que o procuraria para conversar, conforme informou a assessoria da Vice-Presidência. O encontro entre ambos ainda não aconteceu.
No Twitter, a assessoria do vice disse que a carta era em “caráter pessoal” e que a sua divulgação surpreendeu Temer. Após o caso, Dilma afirmou que não vê motivos para desconfiar do vice nem “um milímetro”
A situação foi analisada por alguns blogueiros como uma atitude “vaidosa” e “magoada” por parte do vice. Renato Rovai, da Revista Fórum, afirma que esta “é uma peça para a história e revela o nível de mesquinharia a que estamos submetidos". O blogueiro ainda sentencia que “esta carta destrói Temer politicamente. Sua biografia está marcada daqui para diante como a de um político vaidoso, egoísta e de certa forma sem limites. Dilma pode cair, mas Temer não sairá maior deste processo. Ele caiu hoje.”
No blog Viomundo, de Luiz Carlos Azenha, a carta é publicada sob o título: “Temer adere por escrito ao golpe; explicado movimento de Cunha na indicação da comissão de impeachment; programa econômico entrega pré-sal para financiar transição”.
Fernando Brito, do Tijolaço, diz que “é bom o vice-presidente Michel Temer pensar bem antes de entrar na onda de um impeachment com base em acusações sem provas. Porque ele estaria admitindo que se depusesse uma governante que não tem contra si, sequer, alguma acusação de desvio de dinheiro público. E ele, por experiência própria, deveria saber o quanto é grave ser acusado. E, sobretudo, quando a pessoa pode se dizer inocente. Afinal, já experimentou isso, e não faz muito tempo".
No texto em seu blog, Brito traz uma matéria da Folha de S. Paulo de 2011 em que foi publicado que “”o vice-presidente Michel Temer é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal sob a suspeita de participar de um esquema de cobrança de propina de empresas detentoras de contratos no porto de Santos (SP)".


Fonte: BRASIL DE FATO
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A DEMOCRACIA NA CADEIA

8 de dezembro de 2015Segunda Opiniãoredacao

Quando as instituições falham, o caráter prevalece. Há quem nunca fraudou a lei por falta de oportunidade e há os que resistiram apesar dos convites das circunstâncias. Em crise, o caráter de cada um é desnudado. De vários políticos já conhecemos o material de que são feitos, uns de primeira, outros de segunda qualidade. Não há coletividade humana que escape ao vírus da safadeza. A esperança é que não se propague.

Para mim, o pedido de impedimento apresentado por conspiradores paulistas é absurdo. Prova-o a discussão dos beneficiários e associados: qual a melhor data para dar andamento? as ruas acompanharão os conjurados? Como reagirão os deputados do PMDB a uma defecção do vice-presidente? Qual o melhor acordo entre os pré-candidatos tucanos e os conspiradores do PMDB? Não há apresentação de evidências de que a presidente Dilma Rousseff tenha cometido crime de responsabilidade, única base constitucional legítima para impedi-la. Com todas as letras, dizem não ser necessário.

Se não é necessária a comprovação de crime, convém à oposição irresponsável preparar-se para o que acontecer fora do Congresso. Antes de ter início o processo, por exemplo, ou o Vice-presidente Michel Temer declara peremptoriamente que não vê razões substantivas para o impedimento ou não ficará como Vice-Presidente para assistir o final e se beneficiar dele. O destino do País não depende somente de tratativas em palacetes paulistanos, entre as quais figuraram com certeza os termos da missiva bombástica selando o acordo paulista contra a democracia. A carta de rompimento que o Vice enviou a Dilma Rousseff, repudiando antecipadamente qualquer resposta amistosa da destinatária, é uma justificativa para o oportunismo de manter-se à margem, pronto para “reunificar o País”. Duvido. O que há de reunificar o País é o respeito de boa fé a suas leis fundamentais. E estas são ofendidas quando o signatário prefere se declarar, preferencialmente, Presidente do PMDB. Ou o Vice renuncia ao mandato ou será despejado pelas ruas, que fariam bem acampando nos portões de sua residência. Pacificamente, mas com justificada razão para impedi-lo de governar, a saber: por quebra do compromisso constitucional de cumprir o mandato de acordo com as leis. E as leis condenam conspiradores.

Ninguém deve obediência a governos ilegítimos a não ser por coação explícita. Precisa ficar claro aos conspiradores que não bastará uma vitória no Congresso; vãoser obrigados a encarcerar muita gente. A promessa é de um espetáculo de confissão de caráter: quem se candidata a carcereiro e quem se dispõe a ser encarcerado. Estou para ver quem se apresenta como condutor da democracia à cadeia.


Fonte: SEGUNDA OPINIÃO
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De Leonel Brizola para Temer: “a política ama a traição e abomina o traidor





O vice-presidente Michel Temer conseguiu, pela primeira vez, tornar-se um assunto nacional

Mais, uma unanimidade nacional.

Virou deboche nas redes sociais e está levando “lições de moral” até de Leonardo Picciani, que perto dele é um guri na política.

A ambição, sempre contida em sua expressão fria, o engoliu.

E foi-lhe impiedosa.

Revelou-se, abaixo da máscara “institucional” o reles cúmplice não apenas do golpismo, mas de um golpismo que progride apenas porque pode salvar um marginal como Eduardo Cunha das consequências das suas flagradas falcatruas.

Todo golpe é um crime contra a democracia.

O que está em curso, porém, não é apenas uma ofensa à Constituição.

É, por ter como seu componente e combustível a “salvação” de Eduardo Cunha, um atentado ao Código Penal.

É ao ladrão vulgar Cunha que a fome de poder de Temer o faz comer no prato.

Resta saber se o fez por baixeza própria ou por ordem do moribundo presidente da Câmara, de quem se revela um agente político.

Toda a sua pose, toda a sua empáfia, todo a sua auto-atribuída grandeza estão assim: viraram escárnio público.

Dos pagos celestiais onde se encontre, Leonel Brizola está repetindo a sua frase: “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.


Fonte: TIJOLAÇO

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Depois da carta, Temer deixou de ser vice: é primeiro no trending topics

Bernardo Felsenfeld
 
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Se o impeachment for derrotado, como deve acontecer, uma chapa já vai ganhando força para as eleições presidenciais de 2018.

Temer e Joelma, a traída por Chimbinha.

A carta de Temer se transformou no assunto da internete.

Por  um lado, tola e infantil, por outro, oportunista e incendiária.

O tempo definirá o que foi aquilo.

A vaidade é a motivação principal da maioria das pessoas que  pleiteiam cargos públicos, Temer é apenas mais um vaidoso.

Temer, hoje, é o nome da internete, em nome de todos os tolos.

In omnium ore stultorum nomine .

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