sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Por onde anda a Verdadeira Democracia ?

Porras loucas da oposição têm 99 votos na Câmara para o impítim

Requião
Fonte: CONVERSA AFIADA

Eduardo Paes: Impeachment é autofagia política e tentativa de golpe 

Fonte: JORNAL DO BRASIL

Ilustrada colonista, impeachment, impítim, nada disso é trend topics...

Estudante que adora o Alckmin
Fonte: CONVERSA AFIADA

Sem-terra e sem-teto se posicionam contra impeachment e pedem cassação de Cunha

Entidades classificam decisão de Eduardo Cunha, de aceitar o pedido de impeachment, como chantagem e como uma forma de garantir seus interesses pessoais.
Fonte: BRASIL DE FATO

Eduardo Cunha é uma ameaça à ordem democrática

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 Fonte: TIJOLAÇO

Mercado prefere que haja impeachment de Dilma, diz FHC 

Fonte: JORNAL DO BRASIl

Leonardo Boff: um eticamente desqualificado manda a julgamento uma mulher íntegra e ética

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Fonte: TIJOLAÇO

O impeachment e a antipolítica

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A aceitação do pedido de impeachment pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ocorre em um momento em que poucas vezes a classe política brasileira esteve tão desacreditada, e tão, também – intencionalmente - vilipendiada junto à opinião pública.

No início do ano, logo depois das eleições, pesquisa do Datafolha indicava que 71% dos entrevistados não tinham preferência por nenhum partido político.

Em julho, pesquisa do Ibope mostrava que o Congresso Nacional ocupava a penúltima posição entre 18 instituições pesquisadas, incluídas a Igreja e o Exército, com a confiança de apenas 17% da população, enquanto, diuturnamente, os mesmos internautas que atacam o PT o faziam – e continuam fazendo - com a classe política, contrapondo a deputados, senadores, vereadores, prefeitos, ministros, considerados, pela bandeira da antipolítica, corruptos, bandidos e desonestos, um altíssimo índice de confiança – empurrado pela própria atitude da mídia – em policiais, procuradores e juízes, como se entre os magistrados, no Ministério Público e nas forças de segurança, só houvesse profissionais impolutos e ilibados, e para o exercício da atividade política fosse característica primordial e imprescindível a condição de mentiroso, ladrão, pilantra e mau-caráter.

É perigoso e ingênuo acreditar que esse seja apenas um retrato do momento, que possa ser corrigido somente com a troca da correlação de forças, e que não haja nada mais no horizonte, além do embate entre diferentes partidos e grupos políticos e os aviões de carreira.

Iludem-se os políticos de centro e de oposição, os oportunistas e os indiferentes, se acreditam que, entregando a cabeça de Dilma Roussef, terão as suas poupadas, e elas continuarão sobre os ombros, para se abaixar à passagem da faixa presidencial.
Pelo contrário, Dilma pode, paradoxalmente, ser o dique – ou o alvo – que ainda atrai para si as balas e contêm o tsunami.

A criminalização da atividade política, insuflada contra o PT pela oposição, secundada por uma mídia seletiva e comprometida, quebrou, quase que definitivamente, o equilíbrio de poderes em que se baseia o sistema republicano tradicional, substituindo a negociação, anteriormente exercida como base do Presidencialismo de Coalizão, pela atuação de forças externas, de caráter não nominalmente, mas profundamente político, criando uma espécie de Frankenstein descontrolado, que coloca, de fato, parcela da burocracia do Estado, acima e além daqueles que detêm o voto da população.

O “acoelhamento” do Senado, recusando a prerrogativa de julgar um de seus pares, mesmo que para sua posterior entrega à prisão – abrindo mão de tentar, ao menos, mostrar firmeza, autonomia e determinação ética para a opinião pública - é o retrato da rendição do Poder Legislativo à máquina repressora de parte da justiça, e abriu a possibilidade para que qualquer homem público seja acusado, em seqüência, de qualquer coisa, a qualquer momento, bastando cair em uma esparrela, por um bilhetinho qualquer – subitamente elevado pela imprensa à condição de “documento” - a acusação de um desafeto ou de um delator “premiado” disposto a qualquer atitude para salvar a própria pele, ou uma frase passível de interpretação dúbia ou subjetiva pinçada em seu e-mail ou em uma conversação telefônica.

Que os incautos não se iludam.

Não haverá tergiversação ou acordo com aqueles que estiverem, na base do governo, ou na oposição, alimentando a ilusão de pensar que irão substituir a Presidente da República em caso de impeachment, ou mesmo de sucedê-la, eventualmente, tranqüilo e normalmente, por meio do voto.

Qualquer liderança que representar ameaça para o projeto de poder em curso – que, mais uma vez, não se iludam os incautos, parece não se tratar de outra coisa – poderá vir a ser eventualmente envolvida na maré de acusações e afastada da vida pública, com as suas cabeças rolando, uma por uma.

A única esperança de retorno a uma situação de normalidade mínima está, no curto prazo, na interrupção negociada, inteligente e equilibrada, do processo de strip-tease, de MMA mútuo, público e suicida dos diferentes partidos e lideranças aos olhos da opinião pública.

E no fim da busca de soluções extemporâneas para a disputa do poder – qualquer singularidade só pode beneficiar forças externas ao ambiente político – com um retorno ao calendário e aos ritos de praxe, o que implica na defesa institucional e organizada, por parte da classe política, de sua imagem frente à opinião pública, seguida de uma disputa programática e civilizada nas próximas eleições, que serão realizadas em menos de um ano.

Isso não bastará, naturalmente, para terminar com o processo de desgaste intencional da atividade pública que está se aprofundando, com enorme e deletério sucesso, e que pretende, entre outras coisas, substituir os “políticos” clássicos, hoje abertamente reputados como “sujos”, por impolutos e heroicos justiceiros messiânicos, que gozam de poder para, se quiserem, tentar governar indiretamente o país por meio de pressões e prisões, ou para fazer uma súbita e “surpreendente” irrupção no universo político.

Mas, pelo menos, poderá levar a atual geração de homens públicos – em última instância herdeira da representação popular por meio do voto – a fazer frente, unida, cerrando fileiras, independente de sua orientação política, a pressões externas, senão em defesa de si mesma, ao menos do Parlamento, como um poder independente, e da própria Democracia, no lugar de se arriscar a sair da vida pública e a entrar na história, um por um, submissos e humilhados, com as mãos nas costas, e a sua biografia arrastada na lama.

Essa reação não impedirá que, embalados pela mídia e as campanhas iniciadas pela própria oposição, personagens oriundos das operações em curso venham a se sentir tentados a participar, também, diretamente, do processo político, transformando-se eventualmente em candidatos, nos próximos pleitos.

Como o Aedes Aegypti, a mosca azul pode picar qualquer um, e o seu vírus é mais poderoso que o da dengue ou que o da chikungunya.

Como um procurador fez questão de lembrar, há poucos dias, há operações que estão em curso – que eram vistas inicialmente como uma forma de tirar o PT do poder - que deverão durar pelo menos pelos próximos 10 anos.

Isso as transforma, como um touro trancado em uma loja de louças - em um elemento novo, incontrolável e permanente – que deverá ter seus efeitos analisados, avaliados e eventualmente corrigidos e limitados, por quem de direito na Praça dos Três Poderes – no contexto do processo econômico, social e político brasileiro.
Fonte: Blog do Miro 
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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, deputado eleito pelo povo, resolve tomar uma medida baseado em chantagens, vingança  e motivações pessoais.

Um representante de uma parcela da população, que faz da política, de seu cargo, dos votos que recebeu, um balcão de negócios pessoais e também  sua trincheira privilegiada para disputas pessoais.

Para isso , vale, pois assim pensa o parlamentar,  mandar a julgamento a presidenta da república, e, ao fazê-lo, promove um clima de instabilidade no país.

Instabilidade, projetos pessoais e vinganças que não estavam nos votos que recebeu, certamente. 
  
Chamam isso de política. 

No embalo do vingativo inconsequente, políticos de partidos de oposição, eleitos pelo povo , colocam em prática projetos oportunistas , inconsequentes,  que ignoram o desejo da maioria da população expresso nas urnas.

Chamam isso de política.  

Reagindo a porrralouquice dos inconsequentes, o partido do governo, o PT, entra com uma representação do Supremo Tribunal Federal questionando a decisão do presidente da Câmara dos Deputados,  Eduardo Cunha,  que trabalha no congresso nacional, uma ilha de interesses  particulares na região central do Brasil, país onde vivem as pessoas que elegeram os insulares.

O PT, ao tomar conhecimento que a representação contra a porralouquice do insular Eduardo Cunha seria julgada pelo insular ministro do STF Gilmar  Mendes , resolve retirar a representação pois o ministro do STF, tem lado, ideologia e amigos que apoiam o impedimento da presidenta da república, logo não acataria a representação do PT.

Chamam isso de justiça

O Supremo Tribunal Federal, instância última de julgamentos, logo uma Casa em que se espera, ou se imagina, retidão e equilíbrio nos julgamentos, é declarada abertamente como uma das ilhas do arquipélago de interesses e motivações pessoais , na região central do país, onde decisões são tomadas e que irão influenciar a vida dos reles mortais que vivem nas  terras do Brasil, um grupo de quase 200 milhões de pessoas reais  que dependem das decisões dos insulares.
  
Se tudo isso não bastasse para escancarar a distância que existe entre os interesses das pessoas reais e os interesses dos inquilinos do arquipélago , um ex-presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, o FHC, vem a público, com o auxílio sempre presente e disponível dos meios de comunicação da grande mídia, dizer que o Mercado apoia a destituição da presidenta da república.

O Mercado, esse ente extra corpóreo que as vezes em um só dia fica ansioso, inquieto, nervoso, alegre, preocupado, feliz, triste,  deprimido, eufórico , e, quando se manifesta, somente para algumas almas privilegiadas , gera uma grande expectativa quanto  as suas opiniões.

Por outro lado, o Mercado não vota - pelo menos diretamente comparecendo em uma urna eletrônica - não aparece em público, mas, ao longo das últimas décadas tornou-se  proprietário do arquipélago da região central do Brasil, daí, a relevância que suas declarações tem entre os insulares, seus inquilinos.

Chamam isso de democracia. 

Assim, políticos, partidos políticos, magistrados e o Mercado, o poder sem rosto,  definem os rumos de um grupo de 200 milhões de pessoas, pessoas que votaram, mas não escolheram , em função de suas decisões, esses políticos, esses partidos, esses magistrados e, sequer conversaram com o poder sem rosto.

Na sequência das decisões tomadas no arquipélago, os oportunistas e parcela do judiciário, tem o amplo e irrestrito apoio de toda a grande mídia para que seus projetos pessoais tenham êxito.

Assim , ontem, hoje, e nos próximos dias, a narrativa e a linguagem dos meios de comunicação dominantes e hegemônicos  dirá aos reles mortais, esse grupo de 200 milhões de pessoas, que a destituição da presidenta da república é algo necessário e, para tanto, grupos de afinidades  ao discurso midiático devem se organizar para sair às ruas e com isso sensibilizar a maioria  da população  em benefício da democracia.

Para os meios de comunicação da grande mídia ,democracia é aquilo  que o proprietário do arquipélago define, e seus inquilinos seguem, assim como fez FHC.

Chamam isso de imprensa livre e democrática.   
 
 
 

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