sábado, 12 de dezembro de 2015

O Acordo

COP-21 apresenta proposta final para acordo climático


O texto final para selar o Acordo de Paris na COP21 (conferência do clima da ONU), estabelece como teto de aquecimento bem menos de 2°C, na direção a 1,5°C. O documento indica que US$ 100 bilhões (R$ 378 bilhões) por ano é o piso da ajuda dos países ricos aos mais pobres até 2025 e determina ainda balanço global das metas nacionais a cada cinco anos.

O documento foi apresentado neste sábado (12) pelo presidente da COP, o chanceler francês, Laurent Fabius, e ainda depende da adoção consensual dos delegados de 195 países presentes ao encontro.

A expectativa dos líderes é que o acordo, o primeiro sobre clima desde o Protocolo de Kyoto (1997), seja aprovado, pondo fim às intensas negociações que tomaram conta da cúpula desde o dia 30 de novembro.

Com sua aprovação, o mundo ganhará pela primeira vez um compromisso de todos os países e não só dos mais desenvolvidos com a redução de emissões de carbono para combater o aquecimento global. O acordo valerá a partir de 2020.


Manifestantes vão às ruas de Paris mostrar 

desacordo com COP-21

Após o término das reuniões da cúpula do clima de Paris (COP-21), este sábado (12) amanheceu marcado por manifestações contrárias ao acordo firmado pelos líderes das nações envolvidas no encontro. Os atos foram convocados por ONGs que consideram os termos da decisão insuficientes para combater o aquecimento climático.

A principal manifestação foi convocada junto ao Arco do Triunfo, em Paris. Manifestantes traçaram uma linha vermelha no local para simbolizar limites que não devem ser superados e a fronteira entre as vítimas do aquecimento global e seus causadores.

Autoridades parisienses afirmaram que manifestações estão proibidas na capital, dado o estado de emergência, e reconheceram que apenas três delas seriam toleradas. Cerca de 2 mil agentes serão mobilizados para evitar atos violentos, como aqueles que marcaram a abertura da COP 21.

 
Fonte: JORNAL DO BRASIL
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COP 21: Dilma venceu

Blábláblá, chora no ombro da Urubóloga
publicado 12/12/2015
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Bláblá e Urubóloga

No Globo:

Acordo da Cúpula de Paris determina verba anual para países pobres

Texto final, apresentado este sábado, diz que nações ricas repassarão US$ 100 bilhões

LE BOURGET, França — Depois de duas semanas de uma maratona de negociações — grande parte delas feita madrugada adentro —, a Conferência do Clima de Paris (COP-21) concluiu, no início da manhã deste sábado, dia 12, um acordo global. O texto estabelece que a soma de US$ 100 bilhões por ano deve ser o mínimo repasse feito por países ricos a nações pobres, a partir de 2020, para impedir que a temperatura do planeta se eleve acima de 1,5 grau Celsius. Em moeda brasileira, esse montante equivale a cerca de R$ 385 bilhões.

O documento começou a ser apresentado às 12h na hora local (9h de Brasília), pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon; pelo presidente da França, François Hollande; e o presidente da reunião e ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.

Segundo Fabius, o acordo "salva" o Caribe e garante o repasse de verbas para a África combater a mudança do clima.

— Tenho a convicção de que chegamos a um acordo ambicioso e equilibrado — afirmou, durante a apresentação do texto, Laurent Fabius. — Se adotado, esse texto marcará um ponto de virada histórico. Esse acordo do clima é fundamental para a paz mundial.

A previsão é de que o acordo seja ratificado e oficialmente adotado pelos 195 membros na tarde deste sábado. Por congregar tantas nações, como nunca foi alcançado nas cúpulas do clima anteriores, este acordo é considerado histórico.

Durante a apresentação do documento, o secretário-geral da ONU conclamou os negociadores a aprovarem o texto final.

— Vamos terminar o serviço. Bilhões de pessoas dependem de sabedoria de vocês — pontuou Ban Ki-moon. — As soluções para a mudança do clima estão à mesa, estão à nossa disposição agora.

No entanto, cientistas, ambientalistas e ativistas reclamam que o documento não contém metas e prazos para o planeta alcançar um aumento de temperatura de, no máximo, 1,5 grau Celsius.
(...)
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Será que alguém em sã consciência acreditaria que a reunião da COP - 21 iria propor a mudança do sistema de valores que atualmente determina a economia global ?

Talvez, somente os midiotizados, porém os midiotizados, por assim serem, não são pessoas que desfrutam da plenitude do processo cognitivo.

Tanto é verdade que a questão principal, que acabou por empurrar um acordo para o dia de hoje girava em torno sobre como e quem pagaria , ou melhor , financiaria o processo para se conter o aumento da temperatura.

E essas medidas, derivadas do acordo firmado,  passam a valer a partir de 2020, ou seja, até lá , pode-se mudar , para pior, o que já não se sustenta mais.
A esse respeito , vale a leitura do texto abaixo - um excerto da contra capa do excelente livro, As Conexões Ocultas, de Fritoj Capra, lançado em 2002.

As últimas descobertas científicas mostram que todas as formas de vida - desde as células mais primitivas até as sociedades humanas, suas empresas e estados  nacionais, até mesmo sua economia global - organizam-se segundo o mesmo padrão e os mesmos princípios básicos: o padrão em rede.

Em As Conexões Ocultas, Fritjof Capra desenvolve uma compreensão sistêmica e unificada que integra as dimensões biológica, cognitiva e social da vida e demonstra claramente que a vida, em todos os seus níveis, é inextricavelmente interligada por redes complexas.


No decorrer deste novo século, dois fenômenos específicos  terão um efeito decisivo sobre o futuro da humanidade. Ambos se desenvolvem em rede e ambos estão ligados a uma tecnologia radicalmente nova.


O primeiro é ascensão do capitalismo global, composto de redes eletrônicas de fluxos  de finanças e de informação; o outro é a criação de comunidades sustentáveis baseadas na alfabetização ecológica e na prática do projeto ecológico, compostas de redes ecológicas de fluxos de energia e matéria. 

A meta da economia global é a de elevar ao máximo a riqueza e o poder de suas elites; a do projeto ecológico, a de elevar ao máximo a sustentabilidade da teia da vida.


Atualmente, esses dois movimentos  encontram-se em rota de colisão; ao passo que cada um dos elementos  de um sistema vivo contribui para a sustentabilidade do todo, o capitalismo global baseia-se no princípio  de que ganhar dinheiro deve ter precedência sobre todos os outros valores.


Com isso , criam-se grandes exércitos de excluídos e gera-se um ambiente econômico, social e cultural que não apoia a vida, mas a degrada, tanto no sentido social  quanto no sentido ecológico.

O grande desafio que se apresenta no século XXI é o de promover a mudança  do sistema de valores que atualmente determina a economia global e chegar-se a um sistema  compatível com as exigências  da dignidade humana e da sustentabilidade ecológica.

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