segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Povo Sem Medo. Velha Mídia Com Medo

Frente Povo sem Medo reúne 60 mil em protesto na Avenida Paulista contra Cunha e ajuste fiscal. Jornais dão 600!

publicado em 08 de novembro de 2015 às 20:57
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Antes do início de caminhada, as duas faixas da Avenida Paulista, diante do Masp, foram tomadas por manifestantes que, depois, seguiram até o Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Fotos: Jornalistas Livres. Organizadores estimaram em 60 mil os presentes ao ato que terminou no Monumento às Bandeiras; jornais falam em 600. Foto: Roberto Parizotti/CUT

SEM RETROCESSO
Frente Povo sem Medo faz manifestações contra Cunha e o ajuste
Alvo dos protesto é o presidente da Câmara. “Ele sozinho não teria força, mas ele representa o ataque a toda perspectiva civilizatória, aos direitos das mulheres e dos trabalhadores”, diz sindicalista
por Redação RBA publicado 08/11/2015 17:25, última modificação 08/11/2015 19:16

São Paulo – Diversas manifestações organizadas pela Frente Povo Sem Medo ocorreram neste domingo (8) em várias cidades do país. A frente reúne cerca de 30 organizações sociais e populares. Os manifestantes criticam o ajuste fiscal, falam em “fora Levy” e prometem reação caso programas sociais como o Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida sofram ameaças de cortes durante a definição do orçamento para 2016.
As entidades argumentam que as conquistas sociais e os direitos alcançados nos últimos não podem retroceder e que o caminho para que o país enfrente a crise econômica é o estímulo ao crescimento. Os movimentos críticos à política econômica, rechaçam, porém as tentativas de golpe para interromper o mandato da presidenta Dilma Rousseff. “Contra a direita e por mais direitos” é um dos motes da frente.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, valorizou a criação da frente: “A Frente Povo Sem Medo é da CUT também. Estamos juntos do povo sem medo de lutar. Somos contra essa política econômica e queremos que Dilma governe para quem votou nela. Fora, Levy. Queremos uma política econômica desenvolvimentista”, discursou.
Cunha protesto 2  Roberto Parizotti - CUT
Vagner Freitas, da CUT: queremos que Dilma governe para quem votou nela. Foto: Roberto Parizotti/CUT

O principal alvo dos protestos, entretanto, é o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com fortes evidências de ter praticado sonegação fiscal e evasão de divisas para contas na Suíça. Um dos “campeões” de votos no Rio de Janeiro, Cunha é tido com grande arrecadador de recursos empresariais para campanhas eleitorais – prática tida pela entidades como origem da corrupção política brasileira. Faixas e cartazes associando o deputado a corrupção e a projetos que representam retrocessos para direitos individuais e sociais – como o mais recente, que dificulta a assistência a mulheres vítimas de estupro – dominam os atos que pipocam pelo país afora.
Pela manhã, o protesto ocorreu em Brasília, com caminhada pela Esplanada dos Ministérios. Em Uberlândia e Belo Horizonte, manifestantes lembraram, além de Cunha, da tragédia de Mariana. Alguns criticavam o governo de Fernando Pimentel (PT) por omissão. No Rio de Janeiro, dezenas de pessoas marcaram presença diante do condomínio onde mora Eduardo Cunha. Em São Paulo, o público se concentrou em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, e caminhou em direção ao Parque do Ibirapuera.
“Eduardo Cunha é um bandido engravatado. Nossos companheiros vão ficar acampados em Brasília até que ele caia. É uma vergonha o Cunha ainda não estar preso”, disse o líder do MTST Guilherme Boulos.
Eduardo Cunha é a principal motivação dos protestos, segundo a professora e secretária de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT, Janeslei Aparecida Albuquerque, pelo que a liderança do parlamentar representa de negativo para a política nacional. “O mote central é o ‘fora Cunha’ pelo que ele representa de escárnio à sociedade brasileira. O ataque a toda perspectiva civilizatória, ao direito das mulheres e ao direito do trabalhador”, diz.
Janeslei ressalta que o poder que Cunha representa hoje é maior do que o próprio parlamentar. “Ele sozinho não teria força, mas ele representa um grupo de deputados e grupos econômicos que têm propostas como redução da maioridade penal, revisão do Estatuto do Desarmamento. Estão propondo que a prática da violência seja legitimada e que as pessoas que são vítimas de violência, como as mulheres que são estupradas, sejam tratadas com suspeição, e que as crianças têm que ir para a cadeia, que políticas para a infância se resumem à prisão.”
Entre as entidades representadas na manifestação estão Juventude, Socialismo e Liberdade (Jsol), Rede Emancipa, Esquerda Marxista, MTST, UNE, UBES, CTB, União Brasileira de Mulheres, Unegro, Fora do Eixo, Movimento de Vilas, Bairros e Favelas (MLB), Intersindical, CUT, Juntos!, Círculo Palmarino, Brigadas Populares, Bloco de Resistência Socialista.

Fonte: VIOMUNDO
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De 600 para 60 000 a diferença é muito grande.

Uma diferença que revela a distância da velha mídia em relação a realidade dos fatos.

Talvez, e é bem provável, o número de manifestantes tenha sido inferior a 60 mil , mas daí dividir por 100 o número apresentado pelos manifestantes parece um pouco, ou muito, exagero.

Como a manifestação não tem a simpatia da velha mídia , logo não tem cobertura em tempo real e também o ato é minimizado.

De fato, apesar de uma imprensa que afunda cada dia mais na irrelevância de suas notícias, a relevância fica por conta do manifestação da Frente Povo Sem Medo, não apenas em São Paulo, como em todo o Brasil.

Significa que cada vez mais o povo, de fato e diverso, vem virando a chave das iniciativas golpistas que reuniram milhares de pessoas  nas ruas de São Paulo. 

Pessoas , em sua maioria , de uma classe média e rica, alienada e  fascista, que atendeu o chamado da velha mídia em protestos contra a corrupção, mas que  não se mostra indignada com os crimes de corrupção cometidos pelo presidente do Congresso Nacional, o anacrônico Eduardo Cunha.

Não estranha que a parcela da polução elitista que atendeu o chamado da velha mídia seja seletiva no tratamento de delitos, uma vez que afloram, em grande número, casos  de corrupção e malfeitos com o dinheiro público praticados pelos políticos oposicionistas que sempre estiveram apoiando protestos contra o governo.

O último caso, ou melhor, o caso mais recente já que certamente outros virão, é o caso do candidato derrotado  Aécio Neves e sua farra de caronas em aeronaves do governo das Minas Gerais para funcionários da Rede Globo. 

A mesma Rede Globo que se mostra tão indignada com a corrupção.

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