quarta-feira, 11 de novembro de 2015

COP - 21. Energias Limpas. Um Outro Mundo É possível

Aumento do nível do mar coloca meio bilhão de pessoas em risco
O Rio de Janeiro tem 2,4 milhões em áreas de risco (0,24 por cento da população da grande área urbana) em um cenário de aquecimento global de 4 ° C, número que cai para 1,3 milhão no caso de 2 ° C de aquecimento. Foto: Shutterstock
O Rio de Janeiro tem 2,4 milhões em áreas de risco (0,24 por cento da população da grande área urbana) em um cenário de aquecimento global de 4 ° C, número que cai para 1,3 milhão no caso de 2 ° C de aquecimento. Foto: Shutterstock
O Brasil tem 16 milhões de habitantes em áreas ameaçadas pela elevação do nível do mar causada pelo aquecimento global de 4 ° C. Se conseguirmos reduzir essa média para 2 ° C, o número de pessoas ameaçadas cai para 9 milhões.

Se prosseguirmos com os atuais níveis de emissão de carbono na atmosfera, teremos um aquecimento médio global de 4 ° C que tem potencial para elevar o nível do mar o suficiente para submergir terras que atualmente são o lar de 470 a 760 milhões de pessoas. Essas são as conclusões de um relatório e mapas interativos publicados nesta segunda-feira (9) pela Climate Central, o qual também aponta que a tendência de ascensão não poderá ser interrompida e se desdobrará ao longo dos séculos. O relatório mostra ainda que cortes agressivos nas emissões de carbono, resultando em 2 ° C de aquecimento, poderiam reduzir o número de pessoas atingidas para 130 milhões. A divulgação desse estudo coincide com o encontro de ministros de mais de 80 países em Paris para encontrar mais pontos em comum antes das negociações climáticas globais que ocorrerão em dezembro.

O relatório da Climate Central tem por base um documento focado nos EUA que foi publicado no mês passado Proceedings of the National Academy of Sciences of the U.S.A, de autoria dos cientistas da Climate Central Benjamin Strauss e Scott Kulp, e Anders Levermann do Potsdam Institute for Climate Impact Research. Para avaliar as implicações para todas as nações e cidades costeiras, a nova pesquisa utiliza relações entre o aquecimento causado pelas emissões de carbono, o nível de elevação no mar que essas emissões causam no longo prazo, e dados globais da população.

O relatório aponta que a China é a nação em maior risco, com 145 milhões de pessoas vivendo em áreas ameaçadas pela elevação dos mares se os níveis de emissões não forem reduzidos. Esse é também o país que tem mais a ganhar com a limitação do aquecimento global a 2° C, o que limitaria o número de pessoas afetadas a 64 milhões. Há outras 12 outras nações que têm, cada uma, mais de 10 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco. Esse ranking é liderado por Índia, Bangladesh, Vietnã e Indonésia. Alcançar a meta de 2 ° C reduziria a exposição de mais de 10 milhões em cada um destes países, além de beneficiar a maioria dos outros países desse grupo de alto risco, o qual inclui Japão, EUA, Filipinas, Egito e Brasil.

O Brasil tem 16 milhões de habitantes em áreas ameaçadas pela elevação do nível do mar causada pelo aquecimento global de 4 ° C. Se conseguirmos reduzir essa média para 2 ° C, o número de pessoas ameaçadas cai para 9 milhões. O aumento do nível do mar que causará tais ameaças irá provavelmente e desdobrar ao longo de centenas de anos, mas as emissões de carbono responsáveis por isso são as que acontecerem neste século – e que podem levar a um caminho ou outro.

“Os riscos globais das mudanças climáticas são claros quando falamos do aumento do nível do mar”, disse Strauss, PhD, vice-presidente de Impactos Climáticos no Climate Central e principal autor do relatório. “O resultado das negociações climáticas em Paris pode nos levar à perda de inúmeras grandes cidades e monumentos costeiros em todo o mundo, à migração sem fim e à desestabilização, ou pode nos direcionar para uma maior preservação de nossa herança global e para um futuro mais estável “.

Levermann, co-presidente de Research Domain Sustainable Solutions do Instituto Potsdam Institute for Climate Impact Research da Alemanha, acrescentou, “Não há porque temer a elevação do nível dos oceanos porque ela é lenta, mas é algo com o qual temos que nos preocupar porque ela leva à ocupação da terra pelo mar, incluindo as cidades nas quais estamos construindo nossa futura herança.”

Megacidades globais com as 10 maiores populações em risco incluem Xangai, Hong Kong, Calcutá, Mumbai, Daca, Jacarta e Hanoi. O Rio de Janeiro tem 2,4 milhões em áreas de risco (0,24 por cento da população da grande área urbana) em um cenário de aquecimento global de 4 ° C, número que cai para 1,3 milhão no caso de 2 ° C de aquecimento. Projeções medianas da elevação do nível do mar desencadeadas pelo aquecimento global são 9,3 metros para 4 ° C e 4,9 metros para 2 ° C.

Em conjunto com o relatório, a Climate Central criou um mapa global interativo e incorporável chamado Escolhas Climáticas, ou Climate Choices.

Os usuários podem digitar o nome de qualquer cidade costeira ou código postal em todo o mundo e comparar as potenciais consequências de diferentes cenários de aquecimento ou de emissões em uma base local.

Fonte: ENVOLVERDE
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Réchauffement climatique.

Les villes côtières finiront-elles sous l'eau ?

Jeudi, 12 Novembre, 2015
Humanite.fr

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La ville de Shanghai pourrait être particulièrement impactée par un
réchauffement planétaire de +4°C.
Photo : AFP

Quelles conséquences dans les prochaines décennies pour les populations qui habitent des villes côtières comme Londres, Melbourne, Washington... si la température du globe augmentait de 2 ou 4 degrés ? Des scientifiques américains de l'institut de recherche Climate Central ont simulé en vidéos l'impact du réchauffement climatique sur le niveau de la mer pour les centaines de millions d'habitants de ces villes.

Shanghai, Bombay, ou Hong Kong: sous l'effet du dérèglement climatique, de grandes villes sont vouées, à long terme, à partiellement disparaître sous les eaux, même si le monde parvient à limiter le réchauffement planétaire à 2°C, soulignent des chercheurs américains de l'institut de recherche Climate dans un rapport publié dimanche 8 novembre.

A + 2°C, le niveau des mers continuera à s'élever, pour couvrir des territoires aujourd'hui peuplés de 280 millions de personnes, pointe l'étude, publiée à trois semaines de la conférence sur le climat de Paris. Mais à +4°C, le phénomène concernerait plus de 600 millions d'habitants. "Un réchauffement de +2°C représente une menace pour l'existence à long terme de nombreuses grandes villes et régions côtières", souligne Ben Strauss, un des auteurs. Mais les mesures prises pour réduire rapidement et drastiquement les émissions de gaz à effet de serre, qui dérèglent le climat et persistent dans l'atmosphère, feront malgré tout une différence: "nous avons encore devant nous un vaste éventail de choix", ajoute le chercheur.

Deux cents ans (ce qui est peu probable) ou 2000, il est difficile d'estimer la vitesse à laquelle la mer va monter, souligne l'étude. En tout cas, si les émissions continuent sur leur lancée, entraînant un réchauffement de +4°C, le niveau des océans gagnera 8,9 m (chiffre médian), avance le rapport. Avec un réchauffement à +3°C, qui est la trajectoire tracée par les promesses actuelles des Etats pour freiner les émissions, les mers monteraient de 6,4 m, couvrant des zones de plus de 400 millions d'habitants aujourd'hui. A +2°C, la mer gagne 4,7 m (3 à 6,3 m), et on passe à environ deux fois moins de personnes affectées. A +1,5°C maximum, objectif réclamé par les pays les plus vulnérables comme les petits Etats insulaires, l'élévation reste à 2,9 m et encore moitié moins de population concernée (137 millions).

L'Asie en première ligne

En terme de population, la Chine serait en première ligne: à +4°C, la montée des eaux concernerait un territoire aujourd'hui peuplé de 145 millions de personnes, un chiffre divisé par deux à +2°C, selon cette étude, qui ne tient compte ni de l'évolution démographique ni de la construction d'infrastructures comme des digues.

Parmi les autres pays particulièrement affectés: Inde, Bangladesh, Vietnam, Indonésie, Japon, Etats-Unis, Philippines, Egypte, Brésil, Thaïlande, Birmanie, Pays-Bas... Parmi les villes principales, Hong Kong, Calcutta, Dacca, Jakarta, Shanghai, Bombay, Hanoi, Rio, Buenos Aires, New York ou Tokyo.

Un premier diagnostic sur les Etats-Unis, paru en octobre dans les Comptes-rendus de la revue Académie américaine des sciences, promettait l'engloutissement de Miami et la Nouvelle-Orléans. Les projections prennent en compte la dilatation de l'océan quand il se réchauffe, la fonte des glaciers mais aussi la dégradation des calottes du Groenland et de l'Antarctique, irréversible au-delà d'un certain seuil. D'une région à l'autre, cette élévation ne sera pas égale : «Dans la plupart des cas, elle peut se traduire en centimètres par siècle, mais les deltas et les zones urbaines» sont plus vulnérables, notamment parce qu'ils sont moins protégés par les sédiments. L'étude se base notamment sur des données satellitaires sur les niveaux océaniques.

Fonte: L'HUMANITÉ
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