sábado, 10 de outubro de 2015

Frente Povo Sem Medo


Nasce a frente Povo Sem Medo



Por Renato Bazan, no site da CTB:

A noite desta quinta-feira (8) foi marcada pelo encontro de 27 diferentes movimentos sociais e sindicais em São Paulo, que em solenidade lançaram oficialmente a frente Povo Sem Medo. Idealizada pelo coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, a iniciativa se apresentou como uma reação independente à ascensão do conservadorismo e à retirada de direitos que vêm acontecendo desde 2014.

Depois de uma homenagem aos 48 anos da morte de Che Guevara, assassinado pelo governo boliviano em 1967, o coletivo compôs uma mesa que contou, para além da presença de dezenas de líderes civis, com a subscrição de mais de uma centena de intelectuais e artistas brasileiros, entre eles Gregório Duvivier, Frei Betto, Juca Kfouri, Leonardo Sakamoto, Laerte e Tico Santa Cruz.

A CTB esteve presente na cerimônia, representada pelo presidente Adilson Araújo, que fez seu discurso em torno da necessidade de defender a ordem democrática. “Nesse momento de crise, o espectro do autoritarismo começa a rondar o nosso continente. É sob o olhar de Che Guevara que nós precisamos ter a sapiência de enxergar a guinada que esta sendo armada na Venezuela, na Argentina, no Chile, no Equador, e sobretudo no Brasil. Eu diria que um povo sem medo é aquele que sabe enxergar o valor da democracia, que faz o que for preciso em nome da própria soberania!”, exclamou Araújo, sob aplausos dos presentes.

Boulos, por outro lado, dedicou boa parte de sua fala para criticar a direção que o governo federal tem adotado na sua política econômica. "Esse ajuste fiscal imposto pelo ministro Levy e aceito pela presidente Dilma Rousseff coloca na costa dos trabalhadores e dos pobres a conta dessa crise, que foi criada pelos ricos", acusou. "Os cortes nos investimentos sociais e nos direitos dos trabalhadores, na educação pública, a suspensão dos concursos, tudo isso é parte da chamada 'Agenda Brasil'. Enquanto isso, cresce a riqueza dos 1% mais ricos, e seus patrimônios seguem sem nenhuma taxação. Somos nós que estamos pagando a conta!", concluiu. A presidente da UNE, Carina Vitral, fez críticas no mesmo sentido.

Todos os líderes disseram ver na criação do coletivo Povo Sem Medo uma ferramenta de diálogo e articulação das diferentes vertentes da sociedade civil organizada, que precisa estar de prontidão para denunciar e enfrentar as investidas reacionárias.

Ao final, ficou definido que a primeira mobilização de rua coletivo será realizada no dia 8 de novembro. Os detalhes da mobilização serão disponibilizados, conforme forem definidos, na página da Frente Povo Sem Medo e no perfil do MTST - Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

Fonte: Blog do Miro

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"O impeachment é uma saída à direita", afirma Guilherme Boulos em lançamento de nova frente
9 outubro, 2015 - 16:23 — Vivian Fernandes

Além do MTST, a frente Povo Sem Medo conta com diversos movimentos, entre eles a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).09/10/2015

Por Bruno Pavan,

De São Paulo (SP)


Lançamento da Frente Povo Sem Medo | Foto: Roberto Parizotti/CUT

Movimentos populares lançaram nesta quinta-feira (8) a Frente Povo Sem Medo. Encabeçada pelo Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a articulação será mais uma voz contra a política de austeridade fiscal do governo federal.
“É possível tomar uma posição que enfrente a política de austeridade, que mantenha a independência defendendo a classe trabalhadora, ao mesmo tempo que ataque a ofensiva conservadora do país", afirmou o dirigente do MTST, Guilherme Boulos.

A frente conta com a presença de diversos movimentos, entre eles a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), que também estão na Frente Brasil Popular.

"A diferença entra as duas frentes é que a Povo Sem Medo é composta exclusivamente por movimentos sociais, enquanto a Brasil Popular tem uma composição mais heterogênea com partidos e personalidades", explica Boulos.

Após o lançamento, a Frente Povo Sem Medo fará sua primeira manifestação de rua no dia 8 de novembro, em diversas capitais do país.

Crítica ao impeachment
 A ex-candidata à Presidência pelo PSOL, Luciana Genro, marcou presença no encontro e também fez críticas à política econômica do governo. Além disso, ela opinou sobre como o processo de tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) vem sendo conduzido.

“O presidente da Câmara, com suas contas na Suíça, e o ministro do TCU [Tribunal de Contas da União], com o nome envolvido na Operação Zelotes, não têm o direito de pregar contra a corrupção desse governo. A direita quer o impeachment para que eles próprios apliquem os mesmos ajustes nas costas do povo”, afirmou.

Após o julgamento do TCU, que recusou as contas do governo Dilma do ano de 2014, por conta das chamadas "pedaladas fiscais", analistas apontam que se abriu o caminho para o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que agora irá passar por análise da Câmara e do Senado.

Fonte: BRASIL DE FATO

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