‘Estado Islâmico se tornou mais forte graças à política hipócrita de certos países’
Segundo
as suas avaliações, o projeto de Estado Islâmico tem raízes na
Primavera Árabe e “se fortaleceu devido à política hipócrita de certas
potências globais e regionais” que assim tentaram atingir os seus
próprios objetivos estratégicos na Ásia e África”.
Bortnikov
declarou que o Estado Islâmico, a Frente al-Nusra e outros grupos
terroristas conseguiram tornar popular uma ideologia extremista e atrair
os jovens.
Certas potências mundiais levaram o mundo à beira de um conflito religioso e de civilização global ao usarem o projeto de grupo terrorista Estado Islâmico disse na quarta-feira (28) o chefe do Serviço Federal de Segurança russo (FSB), Aleksandr Bortnikov.
“Em resultado, estes países levaram o mundo à
beira de um conflito religioso e de civilização que ameaça causar
consequências destruidoras”, disse Bortnikov na abertura da 39ª reunião
do conselho de dirigentes de serviço de segurança e serviços secretos
dos estados-membros da Comunidade dos Estados Independentes.
O chefe do FSB disse que o Estado Islâmico conseguiu alterar a
situação política e interconfessional no Oriente Médio e na África do
Norte.
“O Estado Islâmico e as forças que estão por
detrás dele conseguiram mudar significativamente a situação política e
interconfessional no Oriente Médio e na África do Norte. Usando
tecnologias de propaganda modernas, inspiraram em vastas camadas
muçulmanas uma desconfiança nas instituições estatais e deformaram os
valores tradicionais do Islã”, afirmou.
“Para preparar os novos integrantes foi criada
uma rede muito ampla de campos de treinamento na Síria, no Iraque e nos
países contíguos. Além disso, há um leque de líderes de grupos
terroristas e extremistas regionais atuando em África, Europa e Sudeste
Asiático que fizeram juramento de lealdade ao Estado Islâmico“.
Bortnikov destacou ainda que de cerca de uma dezena de grupos armados
que fazem parte do Estado Islâmico são compostos por militantes de
origem russa, ucraniana, georgiana ou são oriundos da Ásia Central.
“Aproximadamente uma dezena de grupos armados
são compostos por cidadãos da Rússia, Ucrânia, Geórgia e países da
região de Ásia Central”, afirmou. “Segundo as nossas avaliações, agora
pela parte de grupos terroristas combatem oriundos de mais de 100
países. A parte de tais mercenários atinge 40%”, sublinhou Bortnikov.
Na opinião do chefe do FSB, o facto de que muitos militantes afegãos
passaram para o grupo terrorista Estado Islâmico resultou em uma ameaça
crescente da sua intrusão nos países da Ásia Central.
“A escalada de violência no Afeganistão gera
preocupações. Agora perto da fronteira setentrional deste país se
localizam muitos grupos armados que fazem parte do Talibã. Uma parte
deles se juntou ao Estado Islâmico, o que levou a uma ameaça crescente
que pode a qualquer momento irromper na Ásia Central”, disse Bortnikov.
Bortnikov
confirmou que já há incidentes nas fronteiras dos parceiros regionais
da Rússia na Ásia Central. Outra ameaça para a segurança da região são
os jihadistas que retornam aos seus países de zonas de conflito no
Oriente Médio e da zona entre o Afeganistão e Paquistão. Por isso, o
chefe do FSB apelou os países da Ásia Central para reforçarem a
segurança das suas fronteiras.
Fonte: DIÁRIO DA RÚSSIA
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