quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Frentes pela democracia


A Frente Brasil Popular (FBP) é o presente e o futuro



FBP

A tentativa de fazer o impeachment e novamente tornar o Brasil uma república de bananas provavelmente vai fracassar, porque felizmente o Brasil já não é uma república de bananas. Assim, as forças políticas que apoiarem o impeachment vão ficar, aos olhos da opinião pública, como símbolos do Brasil república de bananas. Do lado do progressismo, com o fim do financiamento de campanha por pessoas jurídicas, somente povo na rua e nas redes e doações financeiras de pessoas físicas (em geral de valor mais baixo) vão ganhar eleições. Portanto, só tem sentido uma estrutura política progressista com grande participação popular, como a Frente Brasil Popular (FBP), da qual o PT fará parte.
A história e as instituições democráticas do Brasil separarão o que foram acusações falsas contra o PT, como a farsa do “mensalão”, e o que foram erros políticos reais do partido, sendo que o principal foi, a partir especialmente do ano 2000, passar a financiar suas campanhas basicamente com doações de pessoas jurídicas. Com o julgamento do STF sobre o assunto a ser completado, e a não-constitucionalização das doações de pessoas jurídicas nas mudanças eleitorais feitas recentemente pelo parlamento brasileiro, termina a era das campanhas eleitorais bancadas por pessoas jurídicas. Assim, a Frente Brasil Popular (FBP), por mais que por enquanto não tenha finalidade eleitoral, vai ser confrontada pela realidade de que o Brasil, como país democrático, tem eleições e é assim que se chega ao poder no Estado. O desafio agora é construir bases firmes de democracia interna na FBP, garantindo um voto por pessoa e decisões tomadas por maioria. Quem sabe a FBP, se um dia tiver finalidade eleitoral, não possa organizar prévias abertas em que tod@s @s brasileir@s, independente de filiação, possam votar e escolher seus/suas candidat@s à presidência, governos de Estado e prefeituras?
No espectro político conservador, se o impeachment de Dilma fracassar, a perspectiva de vitória presidencial de Lula em 2018 e posteriormente de Fernando Haddad abrirá um período de desespero reorganizador, no qual tende a ser formada uma nova estrutura política conservadora, que venha a englobar o PSDB, sem que no entanto este necessariamente termine, a exemplo do que ocorrerá no progressismo. Mas o verniz progressista que o PSDB teve desde sua fundação já é fino demais, a ponto de ser contraproducente. Assim, o conservadorismo cada vez mais vai assumir o que é de fato, como estamos vendo claramente durante este ano de 2015. Somente para citar um exemplo de onde isto deve chegar, pode-se recordar que os partidos conservadores do Reino Unido, do Canadá e da Austrália se chamam…”Partido Conservador”.
Claro que tudo isto depende de que o impeachment fracasse. Se o impeachment ocorrer, o Brasil retrocederá décadas em seu desenvolvimento político, assim como ocorreu no golpe de 1964. Junto irá a América Latina e os países africanos inspirados pela democratização e o desenvolvimento do Brasil e da América Latina. Os BRICS sofrerão um abalo quase irrecuperável, com graves consequências para o mundo, inclusive a possibilidade de multiplicação de guerras regionais europeias como a do leste da Ucrânia. Cabe a cada um fazer sua parte neste momento. Uma leitura histórica da política brasileira indica que precisamos da Frente Brasil Popular (FBP) para renovar o progressismo brasileiro. Com democracia, rumo ao futuro! Clique aqui para se tornar um colaborador financeiro do culturapolitica.info.

Fonte: CULTURA POLÍTICA
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A urgência da Frente Brasil Popular

Onde estiver um militante do movimento social, onde estiver um democrata, um progressista, o espírito da Frente espera estar presente.


Roberto Amaral
                                                                                                       
Lidyane Ponciano
A Frente Brasil Popular, recém lançada em Belo Horizonte (5 de setembro), é a resposta das forças populares às articulações de direita que, derrotadas nas eleições de 2014, intentam depor a presidente Dilma Rousseff mediante o artifício de um impeachment sem base fática, sem arrimo jurídico, apoiado tão simplesmente no ódio dos derrotados sem consolo. Mas, para além de destituir a presidente, o projeto da direita visa ao retrocesso social. Seu instrumento é a tentativa de isolar a presidente e imobilizar o governo.

Coube à direita colocar na liça o ódio de classe. Cabe-nos responder ao desafio.

A Frente Brasil Popular é ampla, no sentido de que, não sendo estreita (esquerdista), está aberta a todas as forças que aderirem aos compromissos de seu Manifesto, e dois são os objetivos fundamentais: (1) barrar o golpismo e (2) fazer frente à onda conservadora que pervade a sociedade brasleira, açulando os instintos políticos mais primitivos, como a intolerância, o autoritarismo, o sectarismo. A Frente é nacional não apenas no sentido de que se expande por todo o nosso território, mas porque está preocupada com as questões nacionais, a começar pela nossa soberania, pela defesa da economia nacional, de nossas riquezes e de nosso patrimônio, ameaçado, de que serve de exemplo o projeto do grande capital de desnacionalizar e privatizar o pré-sal. A Frente é popular porque não resulta de uma engenharia de cúpula, nascida como exigência dos movimentos sociais que a criaram, que a animam e que a sustentarão. A Frente é politica – pois seus objetivos são políticos – mas não é partidária, nem hegemonizada por partidos; também não é antipartidária, pois está aberta aos partidos progessistas que dela desejem participar. Política, a Frente não é eleitoral. Não olha para os pleitos de 2016 e 2018, mas não descura de sua importância. A Frente é estratégica, mira o médio e o longo prazos, se candidata à defesa das teses progressistas e ao enfretamento do conservadorismo, mas reconhece a necessidade de atividades táticas, como, no imediato, a defesa do mandato da presidente Dilma. A Frente é democrática, pois tem no diálogo e na construção de consensos seu método de atuação, mas não tem a veleidade de ser única: não pleiteia o monopólio do movimento social; antes, espera estimular o maior número possível de iniciativas populares em defesa da demoracia, dos interesses dos assalariados e do avanço social.

Onde estiver um militante do movimento social, onde estiver um democrata, um progressista, o espírito da Frente espera estar presente.

A Frente, ao mirar o futuro, terá de, para o bem do país que queremos construir, de sobreviver às contingências de hoje, e para tal precisará de estabelecer prioridades. E, nas codições atuais, sua prioridade é a preservação do mandato da presidente Dilma, não como fim, mas como ponto essencial da resistência democrática, pois, alcançado o impeachment, por qualquer das muitas formas que os juristas de plantão sabem engendrar, estará aberta a porteira para a derrocada das conquistas sociais e econômicas dos últimos anos, estará aberto o caminho para a construção de uma sociedade autoritária. Será a vitório do retrocesso político e do neoliberalismo arcaico. Se não for detida, agora, a onda conservadora transformer-se-á em verdadeiro tsunami que a todos devorará, e muitos serão os anos necessários para a reconstrução de um projeto de avanços sociais fincado na emergência das massas. Pois a questão fulcral é mesmo essa: a direita de hoje como a direita em 1954 e em 1964 reage à emergência as massas, emergência sempre intolerável para nossas elites rentistas. Seu ponto de ataque é o mandato da presidente, o alvo simbólico, a primeira fortaleza a ser atacada, mas não a última: na sequência, como sempre, serão devoradas as franquias democráticas, restringidos os direitos dos trabalhadores, relevada a segundo plano a soberania nacional. O impeachment, uma vez alcançado – com o lamentável concurso de pessoas honradas como Hélio Bicudo que, não sabendo envelhecer, dá as mãos antes limpas para o abraço com Bolsonaro e Caiado – será o sinal para a destruição dos partidos de esquerda, a começar pelo PT, a destruição dos quadros-ícones da esquerda, a começar pela imagem de Lula. Iluda-se quem quiser e quem quiser que aposte no ‘quanto pior melhor’. É o mais curto caminho para o suicídio político.
 
Fonte: CARTA MAIOR
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Forum 21 faz reunião no Rio de Janeiro, dia 25


2014 se despede
Recebi esse importante comunicado por email.

Lançamento do Fórum 21 no Rio abre novas perspectivas à esquerda

Será lançado no próximo dia 25 de setembro, sexta-feira, no Rio de Janeiro, mais um capítulo do Fórum 21, Ideias para o Avanço Social. Será no auditório do Sindipetro-RJ, às 18h30.
"O objetivo do Fórum é funcionar como uma ‘usina de ideias’, apartidária e de caráter nacional, para qualificar o debate da esquerda” – sintetiza Joaquim Palhares, editor de Carta Maior e um de seus mais aguerridos organizadores.
Criado em dezembro, em São Paulo, logo depois do segundo turno das eleições presidenciais, o Fórum já está atuante em Porto Alegre e, no dia 8 de setembro, foi instalado em Brasília. No Rio, o local escolhido para o lançamento foi o auditório do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), na Avenida Passos, 34, às 18h30.
Militantes e ativistas de todas as áreas, acadêmicos, pensadores, estudantes, sindicalistas: todos estão sendo chamados a dar a sua contribuição. A gravidade do momento exige de cada um de nós, compromisso. A convocatória do Fórum 21 (leia abaixo, na íntegra), faz esse chamado às forças de esquerda:
“Muitos dos que estarão presentes na próxima plenária, enfrentamos uma ditadura violenta. E vencemos. O que temos pela frente agora é tão sério quanto isso, mas é a nossa tarefa” - desafia Palhares.
Anote e, mais importante, participe: 25 de setembro, sexta-feira, às 18h30, no auditório do Sindipetro-RJ, na Avenida Passos, 34, próximo à Praça Tiradentes.

CONVOCATÓRIA PARA O FÓRUM 21
É dispensável qualificar a gravidade do momento histórico brasileiro. Mas é imperioso acionar energias e convicções para romper a prostração que guarda relação de causa e efeito com a crise que nos consome.
Desde dezembro de 2014, dezenas de reuniões foram realizadas em residências, sindicatos e entidades da sociedade civil, na tentativa de encontrar saídas para a encruzilhada que capturou o país.
Entre elas, as iniciativas do Fórum21, que avançaram além da mera constatação dos impasses.
Mas que, a exemplo das demais, carecem ainda de interação, organicidade, calendário e recursos para assumir o protagonismo de uma frente progressista que todos sabemos ser necessário.
Mesmo nos piores momentos da vida brasileira, sob a repressão de um aparato ditatorial impiedoso e da censura mais esférica à opinião democrática e progressista, conseguimos reunir as reservas morais e intelectuais da nação para reagir.
Felizmente, não vivemos hoje sob uma ditadura das armas. Mas enfrentamos um compacto sistema de asfixia ideológica e financeira talvez inédito na história nacional. Ele sonega à sociedade o debate desassombrado do passo seguinte do nosso desenvolvimento, em meio a um recrudescimento da crise mundial; interdita projetos alternativos ao receituário conservador e desqualifica a política, portanto a democracia, como verdadeiro locus de um futuro hoje capturado pela usurpação dos mercados.
A nossa primeira resposta deve ser mais democracia. Inclui-se nesse mutirão de engajamento reavivar o Fórum21. Essa é uma tarefa que todos podemos e devemos assumir. Nos últimos dias reunimos com vários companheiros, dispersos em grupos de debates durante os últimos meses.
Com essa adesão ganhamos nova musculatura intelectual e organizativa para enfrentar os dias difíceis que estamos vivendo e os que estão por vir. Convido-os para uma ampla e aguerrida plenária do Fórum 21, à altura da gravidade que a crise brasileira e mundial cobra da consciência progressista e democrática nesse momento.
Encerramos lembrando que muitos dos que estarão presentes na próxima plenária enfrentamos uma ditadura violenta. E vencemos. O que temos pela frente agora é tão sério quanto isso, mas é a nossa tarefa.
“Um espaço de convergência e de debates, em rede, horizontal”
Em Brasília, o Fórum 21 foi lançado com a participação de cerca de 40 intelectuais, militantes políticos e representantes de movimentos sociais e de entidades da sociedade civil. participaram, na noite de 8 de setembro, da criação do capítulo Brasília do Fórum 21, definido pelos seus idealizadores como “um espaço de convergência e de debates em rede, horizontal, empenhado na conformação de sínteses programáticas que contribuam para a renovação do pensamento de esquerda no Brasil”.
Criado em São Paulo, em dezembro passado, o Fórum 21 surgiu na esteira das reuniões realizadas país afora, logo após o 2º turno das eleições presidenciais, com o objetivo de fazer frente ao avanço da onda conservadora e debater novas propostas para o país. Já está em pleno funcionamento também em Porto Alegre. O próximo passo é o capítulo dom Rio de Janeiro.
“O objetivo do Fórum é funcionar como uma ‘usina de ideias’, apartidária e de caráter nacional, para qualificar o debate da esquerda. Todos nós estamos carentes de um espaço para fazer o debate de propostas para o país e, em um fórum como este, cabem todas as propostas, todas as ideias ”, explicou o diretor-presidente da Carta Maior, Joaquim Palhares, membro do grupo executivo do Fórum 21, que coordenou a reunião em Brasília.
Segundo ele, o Brasil passa por um momento histórico grave e, por isso, é imprescindível que as forças sociais progressistas se unam em busca de alternativas. “Enfrentamos um compacto sistema de asfixia ideológica e financeira talvez inédito na história nacional. Ele sonega à sociedade o debate desassombrado do passo seguinte do nosso desenvolvimento, em meio a um recrudescimento da crise mundial; interdita projetos alternativos ao receituário conservador e desqualifica a política, portanto a democracia, como verdadeiro locus de um futuro hoje capturado pela usurpação dos mercados”, disse Palhares, citando o texto-convocatória para o evento.
Indagado como as diferentes correntes das diferentes esquerdas fariam para debaterem juntas, a despeito de todas as divergências, foi categórico ao conclamar os presentes a adotarem o aprofundamento da democracia como arma para vencer o conservadorismo e o discurso de ódio. “Não podemos perder a tolerância. Caso contrário, vamos virar esses caras de direita que estão nas ruas. E nós somos melhores que eles. Temos que aprender a conviver e a respeitar as divergências”, propôs.
Fonte: Carta Maior e Agência Petroleira de Notícias

Fonte: O CAFEZINHO
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