sábado, 1 de agosto de 2015

Direita terrorista ataca a democracia brasileira

Polícia Federal vai investigar explosão de bomba no Instituto Lula

Polícia Federal vai investigar explosão de bomba no Instituto Lula

Fonte: JORNAL DO BRASIL
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Certo que foi uma bomba caseira, artesanal.

Porém, foi uma bomba, um artefato explosivo, que pelas imagens acima teve um relativo poder de destruição que caso atingisse alguma pessoa poderia levar a morte, assim como o sinalizador lançado por torcedor do Corinthians em jogo na Bolívia, ou mesmo outro sinalizador lançado em manifestação no centro do Rio de Janeiro, que mataram, respectivamente, um garoto boliviano e um cinegrafista de TV Bandeirantes.

No caso boliviano, o sinalizador foi lançado sem um alvo definido, apenas como parte de "incentivo e festejos" ao time do torcedor. 
Escolheu um garoto e tirou-lhe a vida.

No caso do sinalizador na manifestação no centro do Rio de Janeiro, o objetivo era o enfrentamento com as forças de segurança em função dos protestos que por ali aconteciam.
Escolheu o cinegrafista, e tirou-lhe a vida.

Já a bomba caseira lançada contra a sede do Instituto Lula tinha um alvo bem definido, um endereço, uma motivação política, tendo em vista a figura relevante do ex-presidente Lula e o momento de tensão política do país.

No entanto, para a velha mídia foi "apenas" uma bomba caseira e, assim sendo, algo sem muita relevância, que não merece muito destaque,  nem mesmo algum destaque, apenas uma notícia, e fim.

Uma bomba caseira que pode causar destruição, assim como as buchas caseiras  de balões,  que provocam incêndios quando caem na mata, na rede elétrica, nas casas e que tem um grande destaque nos meios de comunicação.

Assim como teve grande destaque a morte acidental do cinegrafista da TV Bandeirantes, que , ainda hoje, a emissora faz questão de lembrar.
 
Bombas e explosivos são bombas e explosivos, e independente de serem de fabricação caseira ou não, tem grande potencial para causar transtornos, destruição e morte.

As imagens no Instituto Lula  são imagens reais, não apenas retórica.

Isto dito, a discussão sobre a fabricação da bomba, caseira, artesanal ou profissional se esgota.

Bombas são explosivos, e fim
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Entra em cena, ou deveria entrar em cena na velha mídia, uma profunda discussão sobre as organizações e pessoas envolvidas em um atentado político, com conotações claras de intimidação e ainda com requintes terroristas, colocando em risco o processo democrático.

Em um passado que começa a ficar distante, lá pelo início dos anos da década de 1980, o país vivenciou uma onda de ataques com bombas contra organizações e eventos artísticos.
 
Sede da Ordem dos Advogados do Brasil, bancas de jornais e o caso do Rio Centro,  todos no Rio de Janeiro, foram  alvos, por meses, de ataques com bombas, praticados por grupos de extrema direita contrários ao processo de redemocratização que se iniciava no país, ainda sob o regime de exceção militar.

Atualmente, em um outro momento da história política do país, a jovem democracia brasileira se sustenta por três décadas, com eleições livres e democráticas e alternância do poder definida pela população.

A ditadura militar não mais existe, as eleições são livres, a normalidade democrática se faz presente, no entanto, a ditadura financeira que sequestrou a democracia nas últimas duas décadas dita as regras do jogo e, no caso brasileiro, não suporta  as sucessivas vitórias do Partido dos Trabalhadores ,  a ponto de radicalizar suas ações até mesmo em detrimento da democracia percebida pela população brasileira.

A velha mídia brasileira e as oposições derrotadas na ultima eleição presidencial, eleições livres e democráticas, tem grande responsabilidade pelo clima de radicalização que existe no país, uma vez que, principalmente a velha mídia, atua com porta-voz da radicalização crescente contra o governo e sua agenda popular e democrática.

Neste ano outras bombas foram lançadas contra instalações do PT, assim como membros do governo tem sido hostilizados com frequência em locais públicos.

Assim sendo, caminha para solidificação no país um clima de enfrentamento com violência, passando por cima da ordem democrática e da constituição.

A história se repete, já que sempre que se avança no processo democrático, os radicais  de direita voltam a cena para tentar impedir o curso evolutivo.
 

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