sábado, 29 de agosto de 2015

Globo cachorrada

Merval viu “buraquinho” e Noblat sugeriu “armação” no ataque a bomba contra Instituto Lula; no caso de boneco de plástico, O Globo fala em “atentado” e “emboscada”

publicado em 29 de agosto de 2015 às 00:10
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Da Redação
Um novo capítulo do surrealismo jornalístico brasileiro foi escrito hoje pelo jornal O Globo.
O Globo é aquele jornal em que o colunista Ricardo Noblat escreveu que a bomba atirada contra o Instituto Lula foi mesmo um atentado político, mas — e um MAS gigantesco, introduzido no título — “se não foi armação“.
O Globo é aquele jornal em que o colunista Merval Pereira fez pouco caso da bomba atirada contra o Instituto Lula com as seguintes frases:

PROVOCAÇÃO
Por mais que os petistas e seus apaniguados nas redes sociais queiram transformar em grave ato terrorista a bomba caseira que atingiu a sede do Instituto Lula em São Paulo, é preciso ter cautela para caracterizá-lo dessa maneira. O filme da explosão, feito por uma câmera de segurança, é impactante. Mas quando se vê o resultado do “atentado”, a sensação é de que o teor explosivo do artefato era mínimo.
O buraquinho na porta de metal da garagem do prédio é tão ridículo que, se não soubéssemos que foi provocado por uma bomba, poderíamos achar que um motorista desastrado causou a mossa ao realizar uma manobra de marcha à ré.

Já no caso de um boneco de plástico inflável:
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Fonte: VIOMUNDO
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A importância simbólica do gesto de Manu ao ‘matar’ o Lula inflado. Por Paulo Nogueira

Postado em 29 ago 2015
Plácida em pleno fragor
Plácida em pleno fragor
Que você faz diante de um boneco que para você simboliza o que há de pior – preconceito, ignorância, vulgaridade, calúnia e achincalhe?
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A líder estudantil Manu Thomazielli descobriu uma resposta simples e eficaz: fura.
Manu, com a ousadia típica da juventude e de quem tem convicções, aplicou assim, com um furo, um contragolpe extraordinário nos extremistas de direita que estavam usando o boneco de Lula presidiário como um símbolo de sua campanha insolente contra a democracia.
Manu, que milita na União da Juventude Socialista, a UJS, virou instantaneamente, na tarde de sexta, uma vagaba comunista para os direitistas e uma heroína para os progressistas.
Isso ficou patente em sua conta no Facebook.
A Folha publicou seu nome, e os revoltados descobriram sua página no Facebook.
Manu sofreu um linchamento virtual. Os insultos mostram, acima de tudo, a mente tumultuada dos militantes arquiconservadores.
O local escolhido pelos fanáticos foram os comentários sob a foto de perfil que Manu postou depois de furar o boneco. Nela, está abraçada a Lula.
Demorou algum tempo para que simpatizantes da causa de Manu fossem em seu socorro no Facebook.
Mas eles chegaram, e a polarização que domina hoje o país se reproduziu, em escala reduzida, na página de Manu.
A mensagem mais expressiva pró-Manu veio de uma amiga sua de UJS.
Ela avisou: “E se encherem o boneco a gente fura de novo.”
Eis aí a força maior do gesto de Manu. Ela deixou clara a vulnerabilidade do Pixuleco, uma fragilidade tão grande quanto seu tamanho.
Um furo e a festa acaba.
Tudo indica, por isso, que o Pixuleco morreu ontem.
Era uma vez
Era uma vez
Sobrou a zoeira típica da internet. O Sensacionalista anunciou que com a morte do boneco assume o Aécio de Papelão.
Um outro meme afirmou o seguinte. “Boneco inflado de Lula: 12 mil reais. Ver as minas da UJS acabar com a palhaçada: não tem preço.”
Entre as histórias, a maior delas ainda não confirmadas, em torno do episódio, uma é o retrato dos manifestantes.
O que contam é que os donos do boneco foram prestar queixa na polícia contra Manu por destruição de bem privado.
Um policial teria pedido a nota fiscal para formalizar a queixa. Mas cadê a nota fiscal?
Sonegação é um dos piores tipos de corrupção, mas isso parece ser um detalhe para os radicais da direita.
Para os progressistas, o gesto de Manu tem um forte significado simbólico. Finalmente alguém deu uma resposta, e que resposta, aos conservadores.
Manu deixou claro que não há motivo para os militantes progressistas ficarem de braços cruzados diante da escalada da extrema direita.
Sozinha, ela colocou de joelhos dezenas, centenas de fanáticos.
Duas fotografias contam tudo sobre a história.
Numa delas, está o boneco miseravelmente esvaziado.
Na outra, protegida por policiais da fúria dos revoltados, Manu aparece sorrindo, plácida, tranquila no meio do fragor que provocou.
Seu sorriso é de quem cumpriu uma missão, e muito bem.
Era como se ela dissesse aos que vociferavam xingamentos, como o grande general romano Mário diante de um bárbaro que o desafiara para um duelo: “Estão com raiva? Se matem. Eu estou muito bem.”

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Boneco de Lula é rasgado em São Paulo


Por Altamiro Borges

Em reportagem postada no final da tarde desta sexta-feira (28), o site da Folha informa que o “boneco inflável de Lula é rasgado e gera confusão no centro de São Paulo”. Apelidado de “Pixuleko”, ele exibe o ex-presidente com roupas de presidiário, custou R$ 12 mil e ganhou os holofotes da mídia tucana na marcha golpista de 16 de agosto em Brasília. A provocação barata (ou melhor, cara!) agora terá que ser remendada. Será que os grupelhos fascistas que encomendaram o boneco a uma empresa de Alagoas pedirão a fabricação de outros dois: um do lobista Eduardo Cunha, "herói dos coxinhas", já denunciado na midiática Operação Lava-Jato; e outro do cambaleante Aécio Neves, acusado de receber propina de Furnas?

Segundo a matéria da Folha, assinada por Bruno Fávero e Cátia Seabra, “apoiadores e opositores do governo Dilma se envolveram em confusão nesta sexta-feira (26) depois que um boneco inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário foi rasgado no viaduto do Chá, na frente da Prefeitura de São Paulo... A confusão começou depois que um homem que passava pelo local tentou danificar o equipamento usado para inflá-lo. O homem foi contido pela Guarda Civil Metropolitana. Em seguida, foi hostilizado pelos manifestantes, que tentaram agredi-lo e interromperam o trânsito no viaduto por alguns minutos. ‘Eu não sou obrigado a ver isso aí. Fosse um boneco de 5 cm do Alckmin, alguém dava um tiro em dois segundos’, afirmou o rapaz, que não quis se identificar”.

Ainda de acordo com o jornal, “nesse momento, simpatizantes do governo que foram atraídos pela movimentação começaram a trocar ofensas com o primeiro grupo de manifestantes e gritar em apoio à presidente Dilma Rousseff e a Lula. Na confusão, alguém fez um rasgo no boneco, aparentemente com uma faca. A Guarda Civil então deteve a estudante de direito Emmanuelle Thomazielo, 21, apontada pelas lideranças da manifestação como responsável pelo rasgo, e levou-a para uma delegacia próxima. Segundo os guardas, o objetivo era protegê-la dos manifestantes. Enquanto Thomazielo entrava no carro da Guarda, manifestantes tentavam agredi-la e gritavam ‘vai perder sua teta’”.

Em contato telefônico com os repórteres da Folha, a jovem estudante negou ter furado o boneco. “Estava no meio da confusão e me pegaram". Após o confronto, o boneco foi desinflado pela empresa contratada. Ricardo Honorato, coordenador do Movimento Brasil – uma organização de extrema-direita que é financiada por empresários alagoanos –, afirmou que o “Pixuleko" passará por novo check-up e não interromperá seu tour por outras cidades. “Não é isso que vai nos impedir de ele viajar por todo o país, mesmo que a cada aparição ele tenha de ser consertado", disse.
O delegado do 3º DP pediu a retenção do boneco para perícia, mas os donos disseram que ele está a caminho de Maceió, onde será consertado. "Querem prender o 'Pixuleko' e deixar o Lula solto? Puta sacanagem" reclamou Marcello Reis, líder do grupelho fascista “Revoltados Online”.
Fonte: Blog do Miro
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Gerson Carneiro: 

É denúncia. É informação. É fantástico.

publicado em 29 de agosto de 2015 às 14:23
friboi

Fonte: VIOMUNDO
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Bonecos infláveis, ao que parece, provocam as mais diferentes reações no inconsciente das pessoas.

Repletos de simbolismos, podem despertar amor  e ódio.

O tal boneco Pixuleco, que sugere Lula como um presidiário, é o centro de uma disputa entre simpatizantes do governo e membros das oposições.

Em sua caminhada inflada desde o dia  16 deste mês, Pixuleco foi esvaziado ontem por um objeto cortante, assim como todos, ou quase todos, os movimentos antidemocráticos e golpistas  de impeachment perderam força e gás, nos últimos dias.

Sem ar, Pixuleco e as oposições sucumbiram.

Em um passado recente, o boneco inflável Misha, símbolo dos jogos olímpicos de moscou em 1980, encantou o mundo  na festa de encerramento dos jogos, ao sair flutuando do estádio.
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 o ursinho Misha
Já no ano passado, ou em 2013, o Fuleco, símbolo da Copa do Mundo de Futebol  em 2014 aqui no Brasil, em eventos de promoção do espetáculo, foi agredido e destruído por pessoas nas ruas de cidades brasileiras.
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Fuleco

O boneco da vez é o Pixuleco que mereceu os comentários acima do pessoal de globo.

Dizer que o boneco sofreu emboscada e atentado, e que ainda passará por perícia policial, faz parte de um jornalismo que perdeu o rumo,o tom, o dom e o bom senso.

É querer transformar o Pixuleco em vítima, pessoa real, ou ainda, tentar manter a frágil chama de ataque a democracia como os movimentos golpistas de  impeachment.

Recentemente, enquanto caminhava pelas ruas da cidade maravilha, no bairro do Estácio, avistei um cachorro furioso em um posto de gasolina, latindo sem parar e em posição de ataque contra um boneco biruta inflável  que fazia promoção de preço de gasolina.
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biruta inflável
Cachorros e homens são sensíveis a bonecos infláveis, e esta não foi a primeira vez  que  algum humano atacou um boneco inflável.

Hoje, sabemos que humanos também atacam bonecos e que a velha mídia, diante dos bonecos, produz um jornalismo semelhante a compreensão de um cachorro diante de uma biruta supostamente ameaçadora.

Um comentário:

  1. Igual ver trouxa que levou uma cassetada na boca, por causa de um pão de mortadela, não tem preço

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