segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O texto barbantinho cheiroso de Merval



Merval e o ovo da serpente

2 de agosto de 2015 | 12:19 Autor: Miguel do Rosário
ScreenHunter_6053 Aug. 02 12.14
Trecho de coluna de Merval de hoje nos faz lembrar o terrível filme de Ingmar Bergan, O Ovo da Serpente, sobre os primeiros sinais de nazismo na sociedade alemã.
PROVOCAÇÃO
Por mais que os petistas e seus apaniguados nas redes sociais queiram transformar em grave ato terrorista a bomba caseira que atingiu a sede do Instituto Lula em São Paulo, é preciso ter cautela para caracterizá-lo dessa maneira. O filme da explosão, feito por uma câmera de segurança, é impactante. Mas quando se vê o resultado do “atentado”, a sensação é de que o teor explosivo do artefato era mínimo.
O buraquinho na porta de metal da garagem do prédio é tão ridículo que, se não soubéssemos que foi provocado por uma bomba, poderíamos achar que um motorista desastrado causou a mossa ao realizar uma manobra de marcha à ré.
Como é que é?
“Petistas e seus apaniguados nas redes sociais”?
“Buraquinho”?
O PT foi o partido mais votado nas últimas quatro eleições presidenciais. A presidenta da República, do PT, ganhou o último pleito com 54 milhões de votos.
O PT é o partido com mais deputados na Câmara Federal, o segundo com mais senadores. Ainda é o partido preferido do povo brasileiro, nas pesquisas por preferência partidária, apesar da campanha devastadora na imprensa contra ele.
O tratamento abertamente hostil do colunista político não apenas à direção do PT, mas à sua militância, ao chamar os simpatizantes do partido de “apaniguados”, um termo cujo significado contemporâneo é extremamente negativo, mostra que a origem do atentado ao instituto Lula está mesmo na mídia.
Tentar minimizar um atentado terrorista, dizendo que o estrago causado foi um “buraquinho”, demonstra uma irresponsabilidade imperdoável para um representante da grande imprensa.
Sobretudo para um profissional de uma empresa que bebe sua força de uma concessão pública.
Uma concessão obtida na ditadura, após a mesma empresa ter sido um dos principais articuladores do golpe que levou os militares ao poder.
Uma concessão pública que recebeu muito dinheiro do império americano para ser, entre nós, uma garra do Tio Sam encravada bem no meio do nosso sistema nacional de comunicação.
O tiro na cabeça de Kennedy também foi apenas um “buraquinho” a despedaçar-lhe o cérebro, Merval?
O tiro que matou Abraham Lincoln também foi somente um buraquinho, Merval?
Em 28 de junho de 1914, um jovem bósnio assassinou o príncipe Francisco Fernando, herdeiro do império austro-húngaro, com tiros de pistola.
A bala que atingiu a jugular do príncipe foi apenas um “buraquinho”, mas também o estopim de duas guerras mundiais que matariam centenas de milhões de seres humanos e destruiria trilhões e trilhões de dólares de infra-estrutura, moldando o mundo como é hoje, com todas as suas injustiças.
O termo buraquinho me pareceria melhor empregado para descrever a substância cerebral de alguns colunistas…
Fonte: TIJOLAÇO
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Merval, a bomba e a bolinha de papel

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

De uma coisa Merval Pereira, apaniguado dos Marinhos, não pode ser acusado: coerência.

No infame episódio do Atentado da Bolinha de Papel, ele publicou imediatamente um artigo em que chamava a atenção para a gravidade do episódio.

A bolinha de papel, no texto de Merval, era um “artefato”.

Isso foi na campanha de 2010. Serra, no desespero por estar atrás nas pesquisas, levou uma bolinha de papel na cabeça e tentou transformar o episódio num atentado.

A mídia amiga ajudou-o na farsa, e Merval deu sua contribuição milionária.

Vejamos agora como Merval enxerga o atentado contra o Instituto Lula.

Não é nada, é claro.

“O buraquinho na porta de metal da garagem do prédio é tão ridículo que, se não soubéssemos que foi provocado por uma bomba, poderíamos achar que um motorista desastrado causou a mossa ao realizar uma manobra de marcha à ré.”

É um trecho do artigo deste domingo de Merval no Globo.

Viralizou, na internet, como símbolo de um tipo de jornalismo vergonhoso, patronal e canalha.

A indignação com Merval não se restringe a petistas. Qualquer pessoa com algum discernimento – me incluo aí – tem vontade de vomitar lendo Merval, ainda mais se confrontar a bolinha de papel de 2010 com a bomba de 2015.

Que marcas o “artefato” deixou em Serra? Chegou a ser engraçado ver Serra, depois de alguns minutos andando normalmente em seguida ao “atentado”, simular dor e levar mãos à cabeça.

A simulação veio depois de um telefonema. A hipótese mais provável é que a turma de marketing de Serra recomendou-lhe a farsa.

A mídia amplificaria o episódio e, se colasse, colou.

Merval fez sua parte. A TV Globo também. Um perito amigo chegou a ser convocado pela Globo para comprovar que era um “artefato”.

E sejamos justos. Se era um “buraquinho” na porta do instituto, na cabeça de Serra não era rigorosamente nada.

Não havia marca nenhuma. E em alguém desprovido de cabelos como Serra, não é preciso muita coisa para deixar alguma impressão.

A opinião de Merval não seria um grande problema não fossem duas coisas.

Primeiro, ela reflete a opinião dos Marinhos. Você quer saber o que os Marinhos pensam a respeito de qualquer assunto? É só ler Merval.

Participei por dois anos e meio do Conselho Editorial da Globo, e nas reuniões semanais me impressionava ver Merval e Ali Kamel duelarem pelo posto de quem concordava mais como João Roberto Marinho.

Segundo, a voz de Merval se espalha por diversas mídias, beneficiada pela falta de uma legislação que regule a imprensa e impeça monopólio, concentração e concorrência desleal.

Merval – e os Marinhos através dele – tem à disposição jornal, rádio, tevê aberta, tevê fechada e internet.

Merval espalhou por todas essas mídias suas considerações sobre a gravidade do “artefato” contra Serra.

E agora ele faz o mesmo para reduzir a nada o artefato de verdade.

A internet vai acabar com a Globo como a conhecemos, felizmente. Já está acabando, aliás, como se vê nos índices de audiência da tevê.

Mas o ritmo do declínio certamente será mais rápido por causa da conduta repulsiva da Globo, tão bem representada por Merval agora, em 2010 – e sempre.

Fonte: BLOG do MIRO
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E a velha mídia, como era de se esperar, ignorou solenemente a bomba , o que também não deixa de ser uma bomba, mais uma bomba contra a democracia.

O texto de Merval, em defesa explícita da não -bomba, mesmo diante dos fatos, explode na contramão do avanço da democracia do país.

A histórica bolinha de papel disparada por militantes do PT, que em 2010 atingiu a parte vazia do corpo do então candidato José Serra, mereceu de Merval um arsenal de repúdio por se tratar, segundo o jornalista imortal e coisa e tal, de um artefato de alto poder destruição que configurava um ataque sem precedentes a democracia e a liberdade de expressão.

O candidato atingido foi removido para um hospital, onde passou por exames de um perito, que, felizmente, constatou que a parte vazia do corpo do candidato José Serra mantinha-se preservada e intacta.

Passados cinco anos do histórico atentado, Merval e coisa e tal volta a cena, agora em mais um atentado , real, destrutivo, em que o artefato, de fato, produziu estragos em alvo bem definido.

No entanto, a indignação e o respeito aos princípios democráticos não se fizeram presente por parte do jornalista.

A vítima foi o Instituto Lula, adversário, ou melhor, inimigo político e mortal de Merval, coisa e tal, da velha mídia.

Como inimigo de Lula, o ataque com bomba ao Instituo Lula passa, pelo jornalismo de Merval, da velha mídia e de coisa e tal, a ser um exagero , apenas uma bombinha, talvez de São João, em tempos de festas , comemoração, exaltação.

Nas festas do período, o texto de Merval, e coisa e tal, tem o conteúdo de um barbantinho cheiroso disparado pela velha mídia em toda a sociedade.

Não é novidade que Merval e coisa e tal, globo e toda a velha mídia façam um jornalismo de ataques diários aos governos populares e democráticos do PT.

Não é novidade que a velha mídia não aceitou e não aceita o ciclo vitorioso dos governos do PT.

Não é novidade que a velha mídia mente , manipula e omite informações relativas ao país, tudo por conta de seu protagonismo político contrário ao PT, aos trabalhadores, ao povo.

Não é novidade que a velha mídia, a globo de Merval e coisa e tal, apoiou o golpe militar de 1964 e ainda apoiou a sangrenta ditadura que durou 21 anos.

Logo, omitir um atentado com bomba contra o Instituto Lula , também não é novidade no jornalismo da velha mídia.

A novidade é a maneira direta, escancarada, violenta, em negar o atentado.

Tal comportamento de Merval, coisa e tal e a velha mídia, revela que a velha mídia e oposições tem respaldo para agir dessa forma, e mais, estão dispostos a tudo para promover um golpe de estado que afaste a presidenta Dilma e , se o golpe não for possível, também tem o respaldo para criar um clima de confronto permanente no país, tal como acontece na Venezuela, recentemente visitada pelo patético Aécio Neves.

O texto barbantinho cheiroso de Merval coisa e tal, diz muito, mais do que a simples negação de um atentado explícito contra a democracia brasileira.

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