quarta-feira, 1 de julho de 2015

Ou vende galinha ou faz jornalismo

Lembram da “ferrovia sem grão” da Folha? Olhem que mico pagaram…

1 de julho de 2015 | 12:53 Autor: Fernando Bri
trigomilho
Segundo a agência EFE, reproduzida pelo G1, “o Brasil assumirá a liderança das exportações mundiais do setor agrícola em 2024, consolidando assim os avanços que o setor registrou no país nos últimos anos, afirmaram nesta quarta-feira a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento da Europa (OCDE) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). A continuação do crescimento da safra até 2024 será baseada na melhora da produtividade e da expansão das lavouras, destacaram as duas entidades em um capítulo dedicado ao Brasil no relatório anual de Perspectivas Agrícolas.”

Mas a renda do país com esta produção vai se manter estável ou até cair, segundo as mesmas previsões.

Uma das razões é boa: o aumento do consumo interno, o que representa melhores padrões alimentares para o brasileiro.

A outra, ruim: os baixos preços das commodities agrícolas no mercado mundial, um fenômeno histórico de dominação colonial, que sempre consistiu em comprar barato da colônia, enquanto a metrópole vendia caro seus manufaturados.

Curiosamente, porém, neste caso o país mais tecnologicamente desenvolvido do mundo, os EUA, tem interesses e “desinteresses” que nos podem afetar.

Porque os EUA vão perder justamente para nós a posição de maior produtor agrícola mundial.

Mas, ao contrário do que acontece conosco, eles não se desesperam por déficits comerciais, porque produzem o verde mais lucrativo do mundo, o dólar.

Como é o padrão de riqueza mundial e, calcula-se, dois terços da moeda emitida por lá circulam ou estão entesourados no exterior – e, portanto, não contam como expansão monetária – podem cobri-lo com emissões e endividamento que se torna mera contabilidade.

Exatamente como acontece com o petróleo, forçam o rebaixamento dos preços internacionais dos preços agrícolas.

Como faziam com o petróleo até os anos 70, quando a Opep pôs fim – parcial – à festa.

É fácil falar que os produtos agrícolas têm “baixo valor agregado”, deixando de considerar o que consomem de terra, água, sol (energia) e meio-ambiente. Se eles não abrem mão de dar subsídios à agricultura (cerca de US$ 13 bilhões) é porque sabem, há muito tempo, que comida é tão estratégica quanto energia e exércitos.

Aqui, uma elite burra e botocuda não entende porque o país deve investir em infraestrutura para a produção agrícola, que demanda insumos cada vez mais raros e caros como os que se listou antes e que, embora subam e desçam ao sabor de crises internacionais, têm uma tendência histórica de alta.

Como a baboseira da Folha contra o “faraônico” projeto de escoamento de grãos do Brasil Central.

E isso porque não se fez, até hoje, em nome das carências alimentares do planeta, uma “Opec”, Organização dos Países Exportadores de Comida.


Fonte: TIJOLAÇO

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Por pior que seja a crise, a tragédia, o caos, as pessoas não deixarão de comer e de beber água.

Em pouco menos de uma década, o Brasil será o maior exportador de alimentos e o país com a maior reserva de água doce do planeta.

Tudo isso, e não é pouco, não foi suficiente para a velha mídia entender que os projetos e obras de infraestrutura em curso no país são de extrema importância, incluindo aí o projeto de escoamento de grãos do Brasil Central.

Não foram poucos os veículos de mídia , aliás, foram quase todos, que gritaram e latiram por dias e noites contra os projetos de infraestrutura recentemente lançados pelo governo democrático e popular do PT.

Destaque negativo , obviamente, para a Folha de SP e para os colunistas imortais e suínos de Globo que deitaram falação raivosa contra o avanço das obras e projetos de infraestrutura do país.

Megalômano, faraônico, delírio, impossível de se realizar, foram palavras e expressões corriqueiras que o brasileiro tomou conhecimento, sem no entanto se deixar levar pela energia da crise hidrófoba que embalava tais conteúdos.

A baboseira midiática maior ficou por conta do jornal Folha de SP - sem que os demais veículos não tivessem produzidos asneiras de grande impacto - que noticiou o projeto de uma ferrovia sem grão.

Por outro lado, em se tratando de grão Folha tem grande intimidade e, de uma vez por todas, para evitar novos micos, deve se decidir se vende galinha ou produz notícia.

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