terça-feira, 14 de julho de 2015

Incesto e roubalheira. Bem amigos

Nem Tancredo, nem FHC: quem faz a cabeça de Aécio é Lobão. Por Kiko Nogueira

Eles
Eles

Nem FHC e nem tampouco o avô Tancredo. Quem faz a cabeça de Aécio Neves, hoje, é o ex-cantor Lobão.

Em sua cavalgada rumo ao pôr do sol do impechment, Aécio tem se comportado com a mesma desenvoltura do antigo roqueiro, adotando, inclusive e especialmente, seu estilo maníaco.

Desde a derrota na campanha presidencial, o ex-senador se destacou não pela originalidade ou contundência das opiniões, mas pelo golpismo tresloucado que lhe confere ares francamente napoleônicos (no sentido clínico).

Organizou uma viagem de fancaria à Venezuela com os colegas, uma farsa desde o primeiro momento com a suposta proibição da comitiva. Bateu boca com Renan Calheiros.

Na semana passada, referiu-se a si próprio em entrevistas como “presidente da República” e declarou que o PSDB era o “maior partido de oposição ao Brasil”.

Como Lobão, ele se julga acima do bem e do mal, alguém que não deve desculpas jamais.

A responsabilidade pelas bobagens é sempre exteriorizada.

Ambos se tornaram auto paródias.

Lobão acha normal interpretar versões adulteradas porcamente das próprias canções em shows com meia casa, se tanto, para agradar gente que não está interessada em ouvir música.

Sua turnê, diz ele, “é um sucesso”.

Os dois ficaram reféns de um público canalha.

Falam para os revoltados on line e off line de sempre, que esperam deles um comportamento à altura — que eles entregam de bom grado.

“Golpista é esse governo”, diz Aécio.

Lobão, por sua vez, afirma que “é um espanto” afirmar que ele faz um espetáculo “panfletário”.

Antes, sua apresentação é “engraçada”.

“Não falo o tempo todo sobre o PT, Dilma Rousseff e o caralho a quatro”, garante.

É tudo fofoca.

“Eu sou um artista e exijo respeito por parte da imprensa”.

Quanto mais eles falam, quanto mais eles aparecem falando, seja na TV ou na internet, mais fazem outros paranóicos parecerem razoáveis por comparação.

Há quem veja método nessa loucura.

Método onde?

Se Aécio fugiu de Lobão num protesto, o encontro das águas dos dois se deu agora esplendorosamente, numa mesma esfera mental.

 Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
_______________________________________________________

Aécio e o rombo na saúde em MG

Por Rafaella Dotta, no jornal Brasil de Fato-MG:

Aécio Neves, presidente do PSDB, senador e ex-governador de Minas Gerais, volta a ter o nome envolvido em um dos maiores casos de desvio de verba do Brasil. A investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal (MPF), em 25 de junho, e envolve R$ 14 bilhões desviados do SUS de Minas Gerais. Além do extravio de recurso, questiona-se para onde o dinheiro foi.

A fraude aconteceu nas planilhas de gastos dos mandatos de Aécio no governo de Minas e de seu sucessor, Antonio Anastasia, também do PSDB. A ação mostra que os exgovernadores não cumpriram a Emenda Constitucional 29, que obriga o investimento no SUS de pelo menos 12% do PIB estadual. Para não serem descobertos, as contas estariam sendo “maquiadas”.

De 2003 a 2011, foram incluídos nas planilhas de saúde inúmeros gastos não relacionados ao SUS. Em 2004, por exemplo, aparecem R$ 530 mil em locação de veículos e R$ 1 milhão em serviços de fiscalização ambiental, segundo relatório da Comissão de Acompanhamento da Execução Orçamentária do Estado (CAEO). Ao todo, foram desvia dos R$ 14 bilhões do serviço de saúde pública de Mi nas Gerais, apura a investigação. Em alguns anos o valor investido na área não chegou à metade do obrigatório.

Esse dinheiro foi repassado, em sua maioria, a serviços de saneamento básico da Copasa, para fundos de aposentado rias, pensões e institutos de clientela fechada.

PSDB responde

A nota do partido, divulgada no mesmo dia da ação, sustenta que o tema é assunto “amplamente divulgado e esclarecido” e que os governos Aécio Neves e Anastasia realizaram o mesmo procedimento em outros estados. Afirma ainda que os investimentos feitos entre 2003 e 2010 foram aprovados pelo Tribu nal de Contas do Estado e pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Processo pede reparações

Os autores da ação do MPF, os procuradores Edmundo Antônio Dias, Helder Magno da Silva e Silmara Cristina Goulart, pedem que o governo estadual invista os R$ 14 bilhões na saúde, ainda que seja através de parcelamentos. Caso isso não aconteça, sugerem que o governo federal retenha os repasses para Minas Gerais. Os procuradores também corroboram outra investigação, elaborada em 2010, em que se afirma improbidade administrativa por parte de Aécio Neves. A ação aguarda agora a intimação das partes pela Justiça federal

Ação já alertava para “sumiço” de 3,5 bilhões

O caso de desvio mais importante é o da Companhia de Abastecimento. Consta que o governo estadual fazia repasses para o serviço de saneamento básico da empresa. Porém, este é um ser- viço tarifado, pago pelos consumidores, e a Copasa estaria recebendo duplamente: do governo e dos consumidores. A incoerência apareceu pela primeira vez em ação feita pela promotora do Ministério Público Estadual, Josely Ramos Pontes, em 2010.

A prestação de contas do estado mostrava um repasse de R$ 3,5 bilhões para a Copasa, mas a empresa nega- va ter recebido qualquer quantia. “Recebi as contestações do estado e da Copasa dizendo que nunca o estado transferiu re- curso para a empresa”, declarou a promotora.

Investigação interrompida

Em 2013, os réus Aécio Neves e Maria da Conceição Barros, ex-coordenadora-geral do estado, pediram anulação da ação de Josely.

Em resposta, os desembargadores do Tribunal de Justiça de MG decidiram unanimemente pela manutenção do processo.

Em fevereiro de 2014, porém, o juiz Adriano de Mesquita Carneiro arquivou o processo, sem julgá-lo. Afirmou que apenas o procurador-geral de Justiça, Carlos Bittencourt, indicado por Anastasia, poderia abrir investigação contra um ex-governador. Hoje, a verba possivelmente desviada para a Copasa soma R$ 8,5 bilhões, em valores reajustados, segundo análise do Ministério Público Federal

Fonte: Blog do Miro

Nenhum comentário:

Postar um comentário