quarta-feira, 22 de julho de 2015

Proposta de Redução da Maioridade Penal chega ao Útero

Relator da redução da maioridade penal sugere aborto de bebês com “tendências à criminalidade” no futuro


“Um dia, chegaremos a um estágio em que será possível determinar se um bebê, ainda no útero, tem tendências à criminalidade, e se sim, a mãe não terá permissão para dar à luz”, disse Laerte Bessa (PR-DF) a jornal inglês.
21/07/2015
Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados









“Um dia, chegaremos a um estágio em que será possível determinar se um bebê, ainda no útero, tem tendências à criminalidade, e se sim, a mãe não terá permissão para dar à luz”. Essa afirmação foi feita pelo deputado federal Laerte Bessa (PR-DF) em matéria publicada pelo jornal inglês The Guardian no dia 29 de junho. O parlamentar é relator da PEC 171/93, que reduz a maioridade penal.
Na mesma reportagem, Bessa deixou bem evidentes suas pretensões de não se contentar com a redução de 18 para 16 anos em casos de crimes hediondos (estupro, sequestro, latrocínio, homicídio qualificado e outros), homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte, como ocorreu no último dia 2. “Em vinte anos, reduziremos para 14, depois para 12″, disse. Para ele, a proposta, aprovada em primeiro turno na Câmara após manobra do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “é uma boa lei que acabará com o senso de impunidade em nosso país.”
O texto do The Guardian destaca falas do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o “terrível” sistema prisional brasileiro e ressalta que nossa população carcerária é a quarta do mundo, perdendo apenas para os EUA, China e Rússia. Também sublinha que a elevação do nível de encarceramento tem a ver com o aumento de prisões por tráfico de drogas, exemplificando com o caso do homem enquadrado como traficante por portar 0,02g de maconha.
Fonte: BRASIL DE FATO
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O deputado do PR, Laerte Bessa, lança teses sobre um possível determinismo genético criminoso.
Assim como na novela Os Dez Mandamentos da TV Record, em que o Faraó Setti por volta de 1300 a.C. ,determina que todos os bebês hebreus do sexo masculino devem ser jogados no Rio Nilo , e consequentemente devorados pelos crocodilos, Bessa, ao  se referir ao futuro, viaja à um passado longínquo, e ainda propõe que uma vez confirmado tal determinismo criminoso no feto, as mulheres seriam proibidas de dar a luz, e , assim sendo, o procedimento de aborto seria não apenas  tolerado como necessário para prevenir o aumento da criminalidade.

Setti ordenou a matança de bebês hebreus masculinos para evitar o crescimento da população de homens, seus escravos, e assim evitar uma possível rebelião contra seu reinado.

Bessa, não muito diferente, quer acabar com a criminalidade na possibilidade de vir a acontecer e, como isso descamba para teses que podem sugerir eugenia.
Bessa não foi o primeiro  a propor tal barbaridade. Recentemente, nesta década, o Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro afirmou que a criminalidade já vem do útero.
Em breve, pelo tipo de afirmações e propostas desse Parlamento retrógrado e assustador, novas teses sobre combate a criminalidade deverão surgir, como até mesmo análises do esperma masculino para indicar se existe a possibilidade de geração de um criminoso. Caso positivo, os homens com tal tendência  serão castrados.


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