quarta-feira, 8 de julho de 2015

O Brasil não é zona sul




quarta-feira, 8 de julho de 2015


O ato falho espetacular de Aécio

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Freud já dizia que os atos falhos (um nome trocado, uma palavra fora do lugar…) são uma das formas mais eficientes para se buscar o que anda no inconsciente de cada um de nós.

Aécio Neves deu uma demonstração clara de que o velho Freud é, tantas vezes, mais importante para se compreender o mundo do que Marx e Weber.

Vejam só o que disse o candidato derrotado na última eleição presidencial, durante entrevista a uma rádio do Rio Grande do Sul:

“O que nós dissemos na convenção que me reelegeu, neste domingo, presidente da República, é que o PSDB é um partido pronto para qualquer que seja a saída.”

Haha… Esse Aécio morre sempre pela boca. Em 2014, chegou ao segundo turno com a eleição na mão. Mas aí falou demais: chamou Dilma de “leviana”, mostrou ao eleitor sua arrogância de garoto que jamais arrumou a própria cama; e seus eleitores no Sul e em São Paulo também falaram que Dilma tinha apoio de “nordestinos vagabundos”, de “pobres e ignorantes”.

Isso tudo mexeu com os brios do povo nordestino, dos trabalhadores e mesmo de quem estava ressabiado com o PT.

Aécio morreu pela boca em 2014. A cena dele e dos amigos (entre eles, Luciano Huck), naquele domingo de segundo turno, na hora em que a TV mostrou que Dilma iria ganhar a eleição, indica um rapaz que acredita merecer a presidência por direito divino. “Como assim, não ganhamos?”

Não, Aécio! Você não ganhou, e nem tampouco foi reeleito “presidente da República” – como deixou escapar de maneira espetacular na entrevista para a rádio do Sul, nesse início de julho.

Aliás, é importante observar que Dilma (por escolhas erradas no início do segundo mandato) tem hoje apenas 10% de ótimo/bom. O grande líder da oposição deveria então estar tinindo, pronto pra ganhar qualquer pleito que se fizesse hoje no país. Certo?

Não! Aécio aparece com 35% dos votos num Datafolha recente. Ou seja, a base lulista está arredia com Dilma, mas não se bandeou pros lados do garotão que vive no Leblon e é senador por Minas.

O neto de Tancredo acha que ganhou a presidência. Deixou escapar isso no ato falho revelador. Por isso, é preciso dizer em alto e bom som: você brinca com a democracia, Aécio!

Você adoça a boca de golpistas, Aécio, porque no inconsciente acha que merecia estar lá, na cadeira de Dilma. Só que o povo brasileiro não concorda com isso.

Você morreu pela boca em 2014, Aécio! E morrerá de novo…

Abra bem os ouvidos e escute: você não foi eleito presidente!

E não meta o nariz onde não foi chamado.

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Do Portal Terra

Nesta terça-feira (7), o senador Aécio Neves deu a sua primeira entrevista após ser reeleito presidente nacional do PSDB. Em conversa de mais de 20 minutos com o programa Timeline , da Rádio Gaúcha, o tucano direcionou suas críticas às afirmações de Dilma Rousseff (PT) feitas ao jornal Folha de S. Paulo, que foram publicadas também nesta terça. Entre uma forte declaração e outra, ele se confundiu e afirmou que “foi reeleito presidente da República” na convenção de seu partido no último domingo (5) .

“O que nós dissemos na convenção que me reelegeu, neste domingo, presidente da República, é que o PSDB é um partido pronto para qualquer que seja a saída. Inclusiva a permanência da presidente. O fato concreto é que ela perdeu as condições políticas de conduzir o Brasil à uma saída rápida para essa crise”, disse.

Alertado pelos apresentadores do programa, que se divertiram com o erro, Aécio se corrigiu e desconversou sobre uma possível candidatura à presidência em 2018. “Não, presidente do PSDB! Estamos longe de 2018. E o partido tem quadros muito qualificados. Temos o governador de São Paulo (Geraldo Alckmin), o senador José Serra. Temos que ter a responsabilidade de não antecipar cenários. Nem sabemos se a eleição será mesmo em 2018″, afirmou.

Sobre a entrevista cedida por Dilma à Folha, o senador declarou ter a sensação de que a presidente está “acoada” [sic do Escrevinhador - errou Aécio, ou errou o Terra?] sem conseguir enfrentar “a gravidade da situação econômica e política do País”.

“Chega a ser patética. Na verdade, ela busca se sustentar na sua trajetória política (e reconheço a trajetória da presidente, nós todos a respeitamos), mas não enfrenta com clareza os reais problemas que estão à sua frente. Essas questões que se colocam hoje, como a fragilização crescente de seu governo, a perda de iniciativa no Congresso, as denúncias de corrupção que não cessam e os problemas fiscais discutidos pelo Tribunal de Contas, mostram que a sensação de vácuo de poder não é obra da oposição, como ela quer fazer crer. Essa é mais uma oportunidade perdida para ela assumir sua responsabilidade. Ela zomba da inteligência dos brasileiros”.

Fonte: Blog do Miro
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Aécio perdeu o tom, o dom, o rumo e o prumo.

Perdeu, mais uma vez, já que sempre que não aceita a derrota , perde, mais um pouco, do pouco  que um dia pensou que tinha.

Com o governo com baixa popularidade, segundo as pesquisas de opinião, Aécio pensa que o caminho é a negação do caminho da democracia.

Aécio, como muitos outros políticos , jornalistas e talvez você, caro leitor, não sabe que pesquisa de opinião sobre popularidade de um presidente recém eleito, sempre, ou quase sempre, terá do eleitor uma certa cobrança por ter dado seu voto para o vencedor. 
O brasileiro pensa que como ajudou a eleger o presidente, talvez um favor em que não vê ressarcimento direto, tem o direito de rejeitá-lo, ao menos em pesquisa de opinião.  
Algo como criticar uma pessoa ao extremo para depois dar um prêmio.
Para o brasileiro sempre deve existir algum tipo de compensação, e o justo , o correto, o retilíneo, é sempre lembrado  e enaltecido em rodas de conversas e debates.

Todos , ou pelo menos a maioria das pessoas vê a doação de órgãos como algo essencial, no entanto, é bem provável que o caro leitor não conheça uma pessoa sequer que tenha assumido, em vida, que doará seus órgãos. 
No entanto, quando questionado, o brasileiro é perfeito e se sente importante diante de um microfone, câmeras ou questionamento político em pesquisas de opinião.

Esse comportamento as vezes contraditório, dissimulado se faz presente no dia a dia das pessoas.

Assim sendo, como elegeu Dilma e o PT em outubro último, o brasileiro irá cobrar e exigir o impossível do governo e, como o governo não terá condições de atender será "rejeitado", criticado, principalmente por seus eleitores, que fizeram o "favor" de votar na presidenta.

Com a campanha da velha mídia e das oposições contra o governo, a"rejeição" aumenta e, oportunistas de plantão, inocentes de raízes, cambaleantes da inteligência, fissurados no cognitivo acreditam que podem  retirar um presidente democraticamente eleito.

O Brasil não é zona sul, Aécio, diz a letra da música de um mineiro , Milton Nascimento.

Conhecer o Brasil, deveria ser o primeiro passo para qualquer pessoa que deseja entrar na vida política.

Esperteza não é sinônimo de inteligência e oportunismo nem sempre significa maturidade.

Enquanto isso, o Brasil que não conhece o Brasil, vê a imprensa mundial, em diferentes matizes ideológicas, afirmar que existe uma tentativa de golpe de estado contra um governo democraticamente eleito.

Os inocentes do Leblon não sabem sobre a imprensa estrangeira.

Se tamanhas bobagens  político- midiáticas -oposicionistas em prol de um golpe de estado não fossem suficientes para envergonhar o país, a velha mídia consegue chegar em locais jamais imaginados, quando associa crise grega com Lula e o PT. 

O ridículo explode em comentários de jornalistas e colunistas.

Já o eterno candidato, José Serra, que assim como seus correligionários não conhece o  Brasil, pensa que o povo brasileiro é bobo.

O Brasil não é para principiantes.

A propósito, caro leitor justo e reto, qual teria sido a última vez que o caro leitor doou sangue, algo justo e indispensável em sua opinião ?




DO ‘GRANMA’ À ‘FOX’, ‘IMPEACHMENT’ É 

TRATADO COMO ‘TENTATIVA DE GOLPE’


Reportagem no jornal oficial de Cuba sobre 'tentativa de golpe' contra Dilma Rousseff
Reportagem no jornal oficial de Cuba sobre ‘tentativa de golpe’ contra Dilma Rousseff
A imprensa internacional vem acompanhando de perto os discursos relacionados à baixa popularidade do governo de Dilma Rousseff e a reemergente tese de que pode haver impeachment da presidente. Desde o início do ano, são recorrentes as reportagens que falam sobre a fragilidade da política brasileira em meio à crise econômica que atinge o país.
A visão externa, entretanto, costuma ser crítica à proposta de antecipar o fim do mandato de Dilma. Este blog Brasilianismo já argumentou em mais de uma ocasião que, independentemente de simpatizar ou não com o governo, em termos de imagem internacional, a estabilidade institucional da política brasileira é um marco que ajudou a fazer com que o Brasil fosse visto no resto do mundo como um país sério e confiável. O mundo inteiro desconfia de repúblicas instáveis e em que as “regras do jogo” são alteradas com frequência e presidentes são trocados fora das regras eleitorais – mesmo se fosse considerado o impeachment como um processo institucional e legal.
Na samana passada, o colunista do ‘Financial Times’ Joe Leahy voltou a dar destaque ao risco de impeachment e à vulnerabilidade do governo. Mas mesmo ele, que escreve para um dos jornais mais críticos à política econômica do governo Dilma desde antes da eleição do ano passado, coloca ressalvas ao atual clima de crise e diz que a impopularidade de Dilma “não parece inteiramente merecida”.

Texto publicado no site da 'Fox' chama impeachment de golpe
Texto publicado no site da ‘Fox’ chama impeachment de golpe

Nesta semana, uma nova demonstração de que a ideia de impeachment não é bem vista internacionalmente ganhou as páginas de veículos tão díspares quanto o jornal oficial de Cuba, “Granma”, e a rede de comunicação mais conservadora da política dos EUA, “Fox”. Os dois ecoaram um recente manifesto que denuncia o discurso sobre impeachment como “tentativa golpista”.
“Uma constelação de organizações brasileiras divulgou uma declaração denunciando o que descrevem como uma tentativa da direita de derrubar a presidente Dilma Rousseff”, diz o site da “Fox”, considerada a “porta-voz” da direita norte-americana, com informações de agências de notícias internacionais.
“O descontentamento com o resultado das eleições de 2014 e com as decisões dos governantes têm todo o direito de fazer oposição e manifestar-se, mas não de incitar o ódio e a derrubada da presidente eleita nas urnas”, diz o comunista “Granma”, citando o manifesto.

Facebook do Lula tira um sarro do Sarnemberg

E ainda ganha dinheiro para dizer besteira na Globo, Globonews, Estadão, Globo, G1 e CBN.

Sarnemberg é aquele que, na companhia do Ataulpho (ver no ABC do C Af), previu que oFachin não seria ministro do Supremo.

É aquele que, sem a moldura da Globo, receberia cruzados como cachê de palestra.

Aí, ele resolveu culpar o Lula e a Dilma pela crise grega.

Quem procura acha…


https://pt-br.facebook.com/Lula

Carlos Alberto Sardenberg, analista
 (sic – PHA) de economia de Rede Globo, Globonews, Estado de S. Paulo, O Globo, G1 e CBN desenvolveu uma explicação original para a crise econômica da Grécia. Diferente de economistas de renome internacional, como Paul Krugman e Joseph Stiglitz (além de Piketty e Sachs – veja no post extraido do Tijolaço – PHA) , para ele a culpa da crise grega é de Lula e Dilma.

Ele leu no site do Instituto Lula os registros de um encontro do atual primeiro-ministro, Alex Tsipras, com o ex-presidente Lula em 2012, e concluiu que a situação no país europeu piorou graças ao “aconselhamento” do ex-presidente e da presidenta. Já Krugman e Stiglitz acham que Tsipras está no rumo certo.
(Piketty e Sachs, também – PHA)

A imagem é uma brincadeira, mas a análise de Sardenberg sobre a Grécia foi real. Será que ele não está exagerando?


Fonte: CONVERSA AFIADA

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