terça-feira, 16 de junho de 2015

Maraca 6.5

Palco de inúmeras glórias, Maracanã completa 65 anos nesta terça-feira, 16


Capitão tricolor, atacante Fred é o maior artilheiro do Novo Maracanã
Estádio mais famoso do mundo, sonho de dez entre dez jogadores, palco de duas finais de Copa do Mundo. Nenhuma descrição é mais perfeita para falar sobre o Maracanã do que a mais simples, porém mais significativa para toda a torcida tricolor: nossa casa. Nesta terça-feira, 16, o Maior do Mundo completa 65 anos desde a inauguração. O Fluminense Football Club não só parabeniza, como também agradece. Afinal de contas, quantas conquistas lá foram eternizadas em três cores que traduzem tradição?
Quis o destino que o Fluminense marcasse o primeiro gol da história do Maracanã mesmo sem estar em campo. O eterno Didi, defendendo a Seleção do Rio de Janeiro na derrota por 3 a 1 para a Seleção de São Paulo, em 16 de junho de 1950, marcou o gol que inaugurou as redes do Maior do Mundo. Na época, o Maestro era jogador do Tricolor, pelo qual brilhou intensamente e deu o pontapé inicial da história retumbante de glórias no estádio.

Primeiro título do Fluminense no Maracanã foi o Carioca de 1951
Já na década de 1950, a história do Fluminense no Maracanã começaria a ser escrita também com títulos. Em 1951, o primeiro título, o Carioca conquistado sobre o Bangu, com dois gols de Telê Santana, na final. Aquele time, comandado por Zezé Moreira, e que contava também com outros craques como o excepcional goleiro Castilho, Píndaro, Pinheiro, Bigode, Carlyle, Orlando Pingo de Ouro, além de Didi, foi campeão Mundial em 1952, na final disputada contra o Corinthians, em dois jogos. Vitória por 2 a 0 na primeira partida e empate em 2 a 2 na decisão. Uma conquista histórica e inesquecível.
Palco de inúmeros clássicos, um deles marca o recorde de presença. Como diria o profeta tricolor Nelson Rodrigues, Fla-Flu é Fla-Flu e basta. Na final do Carioca de 1963, no jogo que terminaria 0 a 0, 194.603 pessoas estiveram no Maracanã para acompanhar a partida, naquele que é o maior público em jogos entre dois clubes no mundo. Com o time que era treinado por Fleitas Solich e liderado por Castilho, Carlos Alberto Torres e Escurinho, a torcida tinha motivos de sobra para lotar a nossa casa.

Tricolor conquistou o Mundial de 1952, no Maracanã, na final contra o Corinthians
A década de 1970 não poderia ter começado melhor para o Fluminense. Foi no Maracanã, na disputa do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, que o Tricolor conquistou seu primeiro título nacional. No jogo que decretou o título, diante de 112.403 pagantes, o atacante Mickey foi o responsável por, de cabeça, fazer o Maior do Mundo explodir em três cores no gol que abriu o placar, contra o Atlético-MG. O empate por 1 a 1 foi suficiente para o título e iniciou a montagem do time que posteriormente ficaria conhecido como a “Máquina Tricolor”. “Pra frente, Máquina”, dizia uma faixa na arquibancada do estádio naquele dia. Premonição?
Grande símbolo daquele timaço na década de 1970, Rivellino não poderia ter estreado em outro estádio. Foi no Maracanã que o craque encantou a torcida tricolor logo na estreia, ao marcar três gols sobre o Corinthians, sua ex-equipe, em pleno sábado de Carnaval. “Vencer ou vencer” era o lema, e o Maior do Mundo foi palco de inúmeras comemorações dos tricolores, encantados com um dos maiores times da história do futebol mundial. Sem esquecer, é claro, no fantástico drible elástico sobre o volante Alcir, do Vasco, que terminou com a bola no fundo da rede. Nessa o Maracanã é quem agradece ao clube das Laranjeiras em uma merecida placa pelo lance.

Mickey fez o Maracanã explodir em três cores ao marcar, de cabeça, o gol do título brasileiro de 1970
A Máquina Tricolor acabou e veio a década de 1980. Para quem pensou que o Fluminense estava por baixo, mais uma vez o clube deu provas de sua capacidade de contrariar os fatos. Paulo Victor, Aldo, Ricardo Gomes, Branco, Romerito, Assis e Washington. A base da escalação que faz parte do imaginário de todos os tricolores comandada por Carbone e Carlos Alberto Parreira fez do Maracanã ainda mais a nossa casa. Campeonato Brasileiro de 1984, tricampeonato carioca em 1983, 1984 e 1985, clássicos inesquecíveis, inúmeras vitórias e glórias mil. Vence o Fluminense!
Na década seguinte, um ano que valeu por dez, diria a torcida tricolor. Um gol. Um título. Renato Gaúcho. De barriga. Contra o Flamengo. No Maracanã. O Carioca de 1995 é uma conquista que entrou não só para a história do Fluminense, como também do Maior do Mundo. A jogada executada com maestria por Ailton não poderia ter outro destino se não o fundo da rede da meta que fica do lado esquerdo das cabines de imprensa.

Rivellino iniciou a jogada com um elástico e marcou um dos gols mais bonitos da história do Maracanã
Dez anos depois, em 2005, o Maracanã presenciou um feito e tanto do Fluminense. Dessa vez o zagueiro Antônio Carlos, um herói para lá de improvável, foi quem, de nuca, desviou a bola para o gol e deu ao 30º título estadual da história tricolor. Uma virada que muitos duvidaram. Mas o Tricolor se acostumou a negar o impossível. E o Maior do Mundo sempre ajudou nesse sentido. Nos anos seguintes, finais inesquecíveis como a Copa do Brasil de 2007 – vencida, porém, fora de casa -, decisão da Libertadores de 2008 e um dos gols mais bonitos do estádio, como o marcado por Dodô na goleada por 6 a 0 sobre o Arsenal-ARG.
Veio a reforma visando à Copa do Mundo e o Maracanã ficou fechado. O Fluminense foi obrigado a mandar partidas no Engenhão, onde conquistou dois Campeonatos Brasileiros, em 2010 e 2012, além do Carioca de 2012. Na reabertura do Maior do Mundo, mais uma vez o Tricolor presente. Foi de Fred o tento que reinaugurou as redes mais famosas do mundo. Ele vestia a camisa da Seleção Brasileira, no amistoso contra a Inglaterra, em 2013, mas o capitão do Flu é hoje o maior goleador do Novo Maracanã.

A década de 1980 foi eternizada no Maracanã graças aos feitos do Carrasco Assis
Maior artilheiro da história do Fluminense, com 319 gols, Waldo comemorou 94 deles no Maracanã. Histórias envolvendo o Tricolor e o Maior do Mundo não faltam. Neste dia 16 de junho, é motivo também para comemorarmos.
Muitas dessas conquistas serão lembradas na Flu Fest, um evento feito para a torcida tricolor, dia 18 de julho, nas Laranjeiras. Confira a programação aqui.
Texto: Vitor Pimenta – Comunicação Institucional FFC
Fonte: FLUMINENSE FC
________________________________________________________________________

Nenhum comentário:

Postar um comentário