sábado, 27 de junho de 2015

Atenção, cuidado: jornalismo na velha mídia não existe

A mídia não é inocente

Por Alberto Dines em 23/06/2015 na edição 856
Comentário veiculado no programa de TV do Observatório da Imprensa, exibido em 16/6/2015

Atenção, cuidado: se alguém escrever, tuitar ou lhe disser que a mídia nada tem a ver com o megaescândalo da FIFA & CBF, não acredite. Além disso, é preciso colocar a fonte de quarentena, sob suspeição. Ela não é confiável.

Por mais surpreendentes que sejam as malfeitorias que tomam conta das manchetes há dias, uma evidência começa a consolidar-se: a mídia não é inocente. E quando mencionamos a mídia estamos nos referindo à mídia nacional e à mídia internacional. E quando constatamos que a mídia não é inocente temos a obrigação de estabelecer diferenças – ela poderia ter denunciado a conspiração e abortado o escândalo. Ou simplesmente deixou rolar porque sabia que seria uma das primeiras beneficiadas.

O protagonismo do famoso J. Hawilla não aconteceu por acaso. O ex-jornalista esportivo e agora poderoso marqueteiro, empresário e comunicador é o elo que amarra a mídia ao escândalo. Não há como fugir a isso. Ao batizar o seu grupo com a marca Traffic, inconscientemente caracterizou o objeto do seu negócio: tráfico de influência, fazer favores, cobrar pelos favores, aumentar a rede dos favorecidos e, sobretudo, garantir a impunidade de todos. O tráfico de influência é o garantidor da sobrevivência das máfias e a sociedade não pode conviver com o tráfico de influências nem com máfias.

Para acabar com um final feliz a história da FIFA só tem um desfecho possível: a imprensa colocar-se no banco dos réus. E o jornalista Walter de Mattos Jr, dono do Lance!, dá o exemplo.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Crime de sonegação não é notícia
Por Luís Humberto Rocha Carrijo, no siteOutras Palavras:

O escândalo do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais — Carf –, que pode superar 19 bilhões de reais, recebe uma cobertura muito acanhada da imprensa brasileira, apesar de sua magnitude e implicações de toda ordem. Dentro do ponto de vista jornalístico, não há nada que justifique um tratamento tão desinteressado e desatento por parte das redações. Ao contrário, os vultosos desvios de recursos da Receita, com a participação de personagens graúdos do PIB nacional (bancos e empresas, boa parte, grandes anunciantes), fundamentam os princípios do que é notícia, pelo menos em veículos que praticam jornalismo em sua mais ampla definição - corajoso e isento, dedicado a informar a população.

Inúmeros fatos novos, que merecem uma investigação jornalística profunda, recebem, ao contrário, coberturas episódicas. A imprensa ignora que há o risco de a investigação não chegar a um resultado efetivo. Em operações de caráter semelhante, essa fase já teria resultado em prisões preventivas, por exemplo. A mídia ignora também a inexplicável morosidade do Poder Judiciário, que não autoriza medidas invasivas, a fim de levantar provas contra a corrupção. Dentro dos critérios puramente jornalísticos e de interesse da sociedade, o que diferem os escândalos de corrupção envolvendo políticos, como a Operação Lava Jato, daqueles que atingem apenas empresas, como a Operação Zelotes?

A literatura de comunicação de massa é pródiga em episódios que mostram a imprensa interferindo até em resultados judiciais. Do outro lado da moeda, outros atores atuam com a intenção de esvaziar o “buzz” dos eventos. Há casos de a administração pública agir privando as redações de conteúdo sobre fatos, até levá-los ao esquecimento com a inanição de dados e novidades. No Brasil, é a ausência deliberada de notícias sobre certos temas, como sobre crimes tributários, que leva à inação da Justiça e à consequente impunidade dos envolvidos. Como não é incomodado pela imprensa, o Judiciário continua pouco comovido com o bilionário prejuízo causado por grandes empresas aos cofres públicos. A imprensa, com essa atitude, torna-se cúmplice e comete uma fraude contra sua audiência, tomando empresado a frase do proeminente jornalista Peter Oborne sobre a postura do Daily Telegraph em relação à cobertura noticiosa do Swissleaks.

Enquanto na Suécia os jornais colocam a ética até mesmo acima das leis, no Brasil seus pares usam seu poder seletivo para cobrir fatos conforme interesses políticos e financeiros. A imprensa brasileira, nesse sentido, continua primitiva e longe dos ideais do que seja uma mídia livre e imparcial. O grave é que os veículos passam ao público a percepção de que são fiscais da sociedade, preocupados com o bem-estar e a lisura. Um ato sofisticado de cinismo.

As redes sociais ainda estão longe de ter a força e a influência para mobilizar a sociedade em torno de assuntos áridos. A ação conjunta e contínua de veículos alternativos e blogs de contestação mostra-se, por enquanto, incapaz de provocar uma reação popular e em rede em condições de mudar o estado das coisas. A população reage na medida proporcional em que é vítima direta, aguda, constante, objetiva e simplificada da opressão e da carência. As pessoas, no Brasil, pobres de educação política e leitura, não conseguem fazer conexões tão distantes e complexas.Ou seja, se não está na grande imprensa, é como se não existisse.

Por também serem “invisíveis” para a imprensa, sofrem do descaso público as parcelas mais vulneráveis da sociedade, que saem às ruas em movimentos reivindicatórios por acesso aos bens sociais. Mas como as mobilizações se dão na periferia, longe dos olhos da classe média e da elite, elas são ignoradas pela imprensa, deixando o Estado em situação confortável para manter seu desprezo pelas camadas populares.

* Luís Humberto Rocha Carrijo é editor do Rapport Comunica

Fonte: Blog do Miro
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Lula mostrou o DARF. 

Quem falta mostrar?


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Dia 13 de junho de 2015. Do início do ano até o momento, a sonegação no Brasil chegou a 232 bilhões de reais.
Ou seja, com o valor de 5 meses e meio de sonegação, daríamos para cruzar o país com trens de alta velocidade, e construir ou expandir os sistemas de metrô de todas as capitais brasileiras.
A mídia iniciou nova cruzada contra Lula, porque ele recebeu, limpamente, transparentemente, abertamente, pagamento para as palestras que proferiu no exterior, dentre outras atividades típicas de ex-presidentes e seus institutos.
Lula recebeu pagamentos ligados a algum helicóptero lotado de cocaína?
Não.
Lula recebeu dinheiro público, como recebeu o Instituto FHC – R$ 6 milhões de verba pública para fazer um “acervo”?
Não.
Lula fez aeroporto em terras de sua família, como fez um ex-candidato a presidente da república?
Não.
Lula nomeou sua irmã para gerir as verbas de publicidade de seu governo, como fez o mesmo candidato citado anteriormente?
Não.
Lula encheu seu governo de parentes, como fez o mesmo candidato?
Não.
Neste momento, existem várias operações de grande porte da Polícia Federal investigando gigantescos esquemas de sonegação fiscal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Algumas dessas operações investigam empresas de mídia, como é o caso da RBS, a Globo gaúcha.
Apenas uma dessas operações, a Zelotes, investiga desvios que podem chegar a R$ 20 bilhões.
Ontem mesmo foi deflagrada, em São Paulo, uma operação em conjunta dos fiscos federal e municipal, contra 50 escolas privadas da cidade, e algumas faculdades, que não pagavam devidamente seus tributos.
Há uma crise ética no país, sim, e que começa por nossa elite e sua mídia, que sempre fizeram campanha contra o pagamento de impostos, a única fonte de renda do Estado para investir em infra-estrutura, saúde e educação.
É preciso reduzir gastos de alguns setores de Estado. Por exemplo, a farra das ajudas de custo do Judiciário. Por que a mídia não a denuncia? Porque a mídia quer o Judiciário como aliado de classe para ferrar o povo.
A mídia manipula o Judiciário, através de propinas públicas, como é o caso do Prêmio Faz Diferença, ou ameaças veladas e ultra-agressivas, como já assistimos diversas vezes: juízes que não comem na mão da mídia são vítimas de verdadeiras campanhas de difamação.
A CPI da Petrobrás chamou Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, para depor. Ele vai lá mostrar o que já mostrou faz tempo: o Darf de Lula.
Esperamos que os nobres congressistas, diante do exemplo de Lula, cobrem das grandes empresas a mesma transparência e a mesma probidade. Que sejam severos na cobrança dos impostos que pagam seus próprios salários, a verba de seus gabinetes e todos os serviços públicos que o Estado presta ou deveria prestar à população.
Tem uma emissora aí, por exemplo, flagrada roubando centenas de milhões do erário, através de uma “intrincada engenharia financeira” em paraísos fiscais, que até agora não mostrou o seu Darf.
O Brasil está precisando desse dinheiro para investir em sua infra-estrutura e em seus sistemas de saúde e educação.
Fonte: O CAFEZINHO
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Dias e o PiG: o povo não é bobo!
IBOPE comprova: para o PiG quanto pior melhor

De ‏@Tonilinhares_no twitter

Conversa Afiada reproduz artigo de Mauricio Dias, de CartaCapital:
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Maioria de seguidores da Rede Globo é fake

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O twitter audit está tirando a máscara de muito perfil corporativo. A Rede Globo, por exemplo, tem um total de quase 9 milhões de seguidores. Só que mais de 5 milhões são fakes.
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Fonte: O CAFEZINHO
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Nogueira: a Globo caminha para o cemitério

“O fracasso de Babilônia marca o fim da tevê como a conhecemos”
A partir de entrevista do diretor-geral da Globo, Carlos Henrique Schroder, à Folha, Paulo Nogueira, do DCM, escreveu:

O FRACASSO DE BABILÔNIA MARCA O FIM DA TEVÊ COMO A CONHECEMOS

A Globo vive num regime de autoilusão, como se pode verificar pela entrevista com o diretor-geral Carlos Schroder publicada pela Folha.

Perguntaram a Schroder sobre o fiasco da novela Babilônia, que dias atrás cravou 17 pontos no Ibope em São Paulo, um extraordinário recorde negativo na trajetória das novelas da Globo.

Schroder achou vários culpados.

O primeiro deles, naturalmente, é o povo brasileiro, “mais conservador” do que as pessoas imaginam.

Depois, ele citou uma novela da Record e outra do SBT.

Admitiu, ligeiramente, que alguma coisa na trama “não funcionou”.

Schroder só não tocou na maior razão do fracasso: o declínio veloz da televisão como mídia na Era Digital.

Rapidamente, a tevê como conhecemos caminha para o mesmo local reservado a jornais e revistas: o cemitério.

Considere o slogan do aplicativo de vídeos que a Reuters acaba de lançar: “A tevê de notícias para quem não vê tevê”.

O consumo de vídeos está cada vez menos na televisão e cada vez mais na internet.

No campo do entretenimento, sites como o Netflix e agora a Amazon oferecem uma fabulosa quantidade de séries, filmes e documentários.

Você vê quando quer, na hora que quer, o que quiser.

No campo das notícias, vídeos selecionados pelas comunidades são postados nas redes sociais, e ali consumidos – fora das emissoras tradicionais.

Uma parte expressiva dos vídeos que viralizam nas redes sociais é produzida pelos próprios internautas – ao flagrar cenas notáveis no dia a dia, como a surpresa que aguardou o dono de um automóvel que parou numa vaga de deficientes.

No esporte, você começa a ter a opção de assinar canais específicos para ver o que deseja – sem ter que comprar um pacote caro de tevê por assinatura.

Sabia-se faz tempo que a internet ia matar jornais e revistas. Mas não se imaginava que a tevê se transformaria tão celeremente na próxima vítima.

Uma pesquisa recente nos Estados Unidos mostrou que o número de pessoas que não se imaginam sem internet e celular cresceu vigorosamente nos últimos anos, na mesma medida em que decresceu o contingente dos que não podem viver sem tevê.

No Brasil, um levantamento deixou claro que televisão é hoje uma coisa para um público velho e com baixo nível de educação, exatamente o oposto daquilo que os anunciantes buscam.

A Globo, neste sentido, é a próxima Abril.

Caíram todas as circulações das revistas da Abril nos últimos anos. A única falsamente estável é a da Veja graças a manobras (custosas) que inflam artificialmente os números, e que os anunciantes fingem não ver.

Do mesmo modo, todas as audiências da Globo são uma sombra do que foram antes do surgimento e expansão da internet.

O Jornal Nacional luta para se manter na casa dos 20 pontos, marca que seria uma tragédia há dez anos.

O Fantástico já escorregou para baixo dos 20, e ninguém mais comenta o que ele deu ou deixou de dar.

Quando, no futuro, alguém for estudar a história da tevê convencional, Babilônia será citada provavelmente como um capítulo especial.

Babilônia, com sua miséria de Ibope, é o grande marco do fim da tevê como a conhecemos.

A culpa não é do povo, como quer a Globo, mas de uma coisa chamada vida, ou mercado, como você preferir.
Fonte: CONVERSA AFIADA
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