quinta-feira, 18 de junho de 2015

Coca Cancer

A Coca-Cola no Brasil possui nove vezes mais substância cancerígena

Bebida vendida no Brasil é a que possui maior concentração de substância possivelmente cancerígena. São nove vezes o limite estabelecido na Califórnia


Idec (via Outras Palavras)
reprodução
Brasil é o país que possui maior concentração de substância possivelmente cancerígena na Coca-Cola, nove vezes o limite estabelecido pelo governo da Califórnia (EUA)

A Coca-Cola comercializada no Brasil contém a maior concentração da substância 4-MI (4-metil-imidazol), presente no corante Caramelo IV, classificado como possivelmente cancerígeno. O resultado é de um teste do CSPI (Centro de Ciência no Interesse Público, em tradução livre), da capital norte-americana, Washington D.C. Eles avaliaram também a quantidade da substância nas latas de Coca-Cola vendidas no Canadá, Emirados Árabe, México, Reino Unido e nos Estados Unidos.

Um estudo feito pelo Programa Nacional de Toxicologia do Governo dos Estados Unidos já havia apontado efeitos carcinogênicos do 4-MI em ratos, e fez com que a Iarc (Agência Internacional para Pesquisa em Câncer), da OMS (Organização Mundial da Saúde), incluísse o 4-MI na lista de substâncias possivelmente cancerígenas.

Concentrações
O Idec fez um pesquisa sobre os refrigerantes e energéticos que possuem o corante Caramelo IV em sua fórmula. O levantamento verificou que a regulação brasileira sobre o tema é falha e que os fabricantes de refrigerantes e bebidas energéticas não estão dispostos a informar ao consumidor a quantidade da substância tóxica em seus produtos.

Diante dos estudos que apontam para o perigo desse aditivo, o Instituto questionou se as empresas parariam de utilizá-lo. Na ocasião, o Idec enviou cartas à diversas empresas e à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) questionando-os sobre a periculosidade do Caramelo IV e sua associação com o câncer.

De acordo com o CSPI, o refrigerante vendido no Brasil contém 263 mcg (microgramas) de 4-MI em 350 ml, cerca de 267mcg/355ml. Essa é uma concentração muito grande quando comparada com a segunda maior, vendida no Quênia, com 170 cmg/355ml. Confira os demais resultados na tabela abaixo:

A Coca-Cola do Brasil traz nove vezes o limite diário de 4-MI estabelecido pelo governo da Califórnia, que estipulou a necessidade de uma advertência nos alimentos que contiverem mais que 29 mcg da substância. Além dessa quantidade diária, o risco de câncer seria maior do que um caso em 100 mil pessoas.

Os limites atuais para a quantidade de Caramelo IV nos alimentos, estabelecidos pelo Jecfa (um comitê de especialistas em aditivos alimentares da FAO/OMS), são baseados em estudos da década de 1980. Além disso, aqueles estudos foram gerados pela International Technical Caramel Association. Com os estudos que agora vem à tona, espera-se que os limites e a legislação atuais, tanto internacional como nacional, sejam alterados.

Fonte: CARTA MAIOR
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No dia 1º de abril de 2013, o PAPIRO publicou a matéria abaixo sobre a Coca-Cola com o seguinte título:

O Refrigerante que dá barato.

Vale a pena a releitura.

O Refrigerante que dá barato


27 de setembro de 2012



Você sabe o que o refrigerante faz com seu corpo?

Além de possuir muitas substâncias artificiais em sua composição, o refrigerante contém valor nutricional quase nulo. As variações cola, em especial, contam com uma grande quantidade de fosfatos, que em excesso provocam o enfraquecimento dos ossos através da liberação do cálcio. Dessa forma, é facilitada a incidência de doenças ósseas, como a osteoporose. A bebida ainda é rica em açúcar, que além de prejudicar a boa forma, propicia o surgimento de cáries, principalmente nas crianças. Mesmo as versões diet, que não contêm glicose, expõem os dentes a ácidos capazes de estragar o esmalte.

E não se pode esquecer dos corantes, também perigosos. Vários deles possuem substâncias cancerígenas. O consumo de refrigerantes também faz com que as pessoas diminuam significativamente a ingestão de bebidas saudáveis como a água, o leite e os sucos naturais, perdendo nutrientes importantes.
Por causa das diversas substâncias químicas que entram em sua composição, os refrigerantes são prejudiciais à saúde se bebidos com freqüência. É o que diz Marilane Dionísio, coordenadora de nutrição do Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro. “Na composição dos refrigerantes, estão conservantes, acidulantes, antioxidantes, corantes, estabilizantes, umectantes, aromatizantes, entre outras substâncias não saudáveis se ingeridas com excesso”, explica.
Os refrigerantes ganham cada vez mais adeptos em todo o mundo, principalmente entre crianças e adolescentes, em que os níveis de obesidade deram um salto nos últimos tempos. Em média, cada brasileiro ingere 35 litros da bebida ao ano. Nos Brasil, o consumo cresceu mais de 450% nos últimos 50 anos.

Pesquisas recentes revelam que o refrigerante não dietético aumenta em 80% o risco de diabetes. De acordo com estes estudos, o risco de desenvolver a doença chega a quase dobrar nas pessoas que consomem este tipo de bebida pelo menos uma vez por dia. Os refrigerantes também aumentam os riscos de câncer no esôfago. “Eles incham o estômago e causam refluxo gástrico, o que está associado com o câncer de esôfago”, explica a Drª Marilane.
Os malefícios do consumo exagerado de refrigerantes não param por aí. A bebida agrava quadros de gastrite e flatulência (gases), além de aumentar os níveis de colesterol. É responsável também por uma maior incidência de cáries – dependendo da sensibilidade e predisposição de cada indivíduo – e erosão dental, processo caracterizado pela perda do tecido duro da superfície dos dentes.
Outra preocupação dos especialistas é que o consumo excessivo de refrigerantes tem deixado em segundo plano bebidas saudáveis como a água, sucos naturais, água de coco e leite. “Beber refrigerantes com freqüência só faz aumentar o consumo de calorias inúteis, que não acrescentam nenhum nutriente ao organismo. São as chamadas calorias vazias. Em média, um litro de refrigerante tem cerca de 400 calorias, que poderiam ser obtidas por meio de alimentos bem mais saudáveis”, diz a nutricionista.
No ano passado, a Associação Pro Teste analisou 24 marcas de refrigerantes e constatou que 7 delas contém benzeno, uma substância cancerígena! Além disso, foram encontrados corantes ruins para as crianças e altos níveis de açúcar, adoçante, sódio e conservantes.

Níveis de benzeno acima do aceitável foram vistos nas marcas Fanta Laranja Light e Sukita Zero. Amostras de Fanta Laranja e Sukita, normais, diet e light, tinham o corante amarelo crepúsculo, que pode causar hiperatividade em crianças.

Já o amarelo tartrazina, que pode causar alergias, foi encontrado em todas as versões do Grapette. A Pro Teste alertou que o ácido fosfórico dos refrigerante à base de cola reduz a absorção de cálcio, podendo causar osteoporose.

Veja o que acontece em seu corpo:

1. Após os primeiros 10 minutos

Uma latinha de refrigerante tem aproximadamente o equivalente a 10 colheres (chá) de açúcar (a Associação Americana de Cardiologia recomenda que esse consumo seja de 9 colheres diárias para os homens e 6 para as mulheres). Essa quantidade de doce, tomada de uma só vez, seria o suficiente para sobrecarregar seu corpo e deixá-lo enjoado, porém, o ácido fosfórico contido nessas fórmulas corta parte do sabor do açúcar e você, consequentemente, consegue engolir.

2. Após 20 minutos, aproximadamente

Há um pico de açúcar na sua corrente sanguínea e sua insulina – hormônio responsável pela redução da glicemia, a taxa de glicose no sangue, e que promove o ingresso de glicose nas células – vai às alturas.

Seu fígado responde a isso queimando qualquer açúcar disponível no organismo – e há muito disso nesse momento – e transforma boa parte em gordura.

3. Após os 40 minutos

Se seu refrigerante preferido tem cafeína, ela foi toda absorvida. Suas pupilas estarão mais dilatadas, sua pressão sanguínea mais alta e como resposta seu fígado libera mais açúcar no seu sangue. Os receptores de adenosina – agora ligados à cafeína – não “enxergam” a adenosina, um hormônio responsável pela diminuição do ritmo do corpo. Agora você não consegue relaxar e os vasos sanguíneos do seu cérebro estão comprimidos.

4. Após os 45 minutos iniciais

Seu corpo aumenta a produção da dopamina – um dos hormônios envolvidos na sensação de prazer. Fisiologicamente, o processo é muito similar ao que acontece com os usuários de heroína.

5. Após uma hora

O ácido fosfórico do refrigerante se liga ao cálcio, ao magnésio e ao zinco que estão no seu intestino. Isso, combinado com as altas doses de açúcar ou de adoçantes artificiais, aumenta a excreção do cálcio via urina.

6. Ao final da primeira hora, aproximadamente

A cafeína tem propriedades diuréticas. Nesse momento, se você for ao banheiro, seu corpo vai passar excretar junto com a urina, uma parte do cálcio, magnésio e zinco que deveria servir para manter seus ossos saudáveis, além de uma boa parte de eletrólitos – cargas elétricas que facilitariam diversas funções celulares, incluindo as ligações entre os neurônios – e água.

7. Finalmente, após mais de uma hora

Nesse momento você já foi ao banheiro e mandou embora todas aquelas substâncias do refrigerante, junto com diversos minerais, eletrólitos e água. O pico de glicose está em uma curva descendente e seu corpo quer mais (afinal, isso ativa os centros de prazer no cérebro). Você começa a ficar irritado. Alguém pode sugerir que é hora de fazer uma pausa e ir à lanchonete tomar um refrigerante. O ciclo, então, recomeça.

“É claro que o tempo de absorção e excreção dessas substâncias pode variar de pessoa para pessoa”, observa Marcela Kotait, nutricionista do Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (Ambulim – IPq/HC-FMUSP). Fatores como peso, altura e se houve consumo alimentar junto com o refrigerante – entre outros – podem influenciar nessa dinâmica
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Agora vamos falar sobre a fabricação: 

Composição do refrigerante

Os ingredientes que compõem a formulação do refrigerante têm finalidades específicas e devem se enquadrar nos padrões estabelecidos. São eles:

Água: Constitui cerca de 88% m/m do produto final. Ela precisa preencher certos requisitos para ser empregada na manufatura de refrigerante (Palha, 2005):

- Baixa alcalinidade: Carbonatos e bicarbonatos interagem com ácidos orgânicos, como ascórbico e cítrico, presentes na formulação, alterando o sabor do refrigerante, pois reduzem sua acidez e provocam perda de aroma;

- Sulfatos e cloretos: Auxiliam na definição do sabor, porém o excesso é prejudicial, pois o gosto ficará demasiado acentuado;

- Cloro e fenóis: O cloro dá um sabor característico de remédio e provoca reações de oxidação e despigmentação, alterando a cor original do refrigerante. Os fenóis transferem seu sabor típico, principalmente quando combinado com o cloro (clorofenóis);

- Metais: Ferro, cobre e manganês aceleram reações de oxidação, degradando o refrigerante;

- Padrões microbiológicos: É necessário um plano de higienização e controle criterioso na unidade industrial, que garantam à água todas as características desejadas: límpida, inodora e livre de microorganismos.

Açúcar: É o segundo ingrediente em quantidade (cerca de 11% m/m). Ele confere o sabor adocicado, “encorpa” o produto, juntamente com o acidulante, fixa e realça o paladar e fornece energia. A sacarose (dissacarídeo de fórmula C12H22O11 - glicose + frutose) é o açúcar comumente usado (açúcar cristal).

Concentrados: Conferem o sabor característico à bebida. São compostos por extratos, óleos essenciais e destilados de frutas e vegetais (Palha, 2005). Sabor é a experiência mista de sensações olfativas, gustativas e táteis percebidas durante a degustação (Goretti, 2005).

Acidulante: Regula a doçura do açúcar, realça o paladar e baixa o pH da bebida, inibindo a proliferação de microorganismos. Todos os refrigerantes possuem pH ácido (2,7 a 3,5 de acordo com a bebida). Na escolha do acidulante (Tabela 1), o fator mais importante é a capacidade de realçar o sabor em questão (Palha, 2005).

O ácido cítrico (INS1 330) é obtido a partir do microorganismo Aspergillus niger, que transforma diretamente a glicose em ácido cítrico. Os refrigerantes de limão já o contêm na sua composição normal.

O ácido fosfórico (INS 338) apresenta a maior acidez dentre todos aqueles utilizados em bebidas. É utilizado principalmente nos refrigerantes do tipo cola.

O ácido tartárico (INS 334) é usado nos refrigerantes de sabor uva por ser um dos seus componentes naturais.

Antioxidante: Previne a influência negativa do oxigênio na bebida. Aldeídos, ésteres e outros componentes do sabor são susceptíveis a oxidações pelo oxigênio do ar durante a estocagem. Luz solar e calor aceleram as oxidações. Por isso, os refrigerantes nunca devem ser expostos ao sol. Os ácidos ascórbico e isoascórbico (INS 300) são muito usados para essa finalidade. Quando o primeiro é utilizado não é com o objetivo de conferir vitamina C ao refrigerante, e sim servir unicamente como antioxidante.

Conservante: Os refrigerantes estão sujeitos à deterioração causada por leveduras, mofos e bactérias (microorganismos acidófilos ou ácido-tolerantes), provocando turvações e alterações no sabor e odor. O conservante (Tabela 2) visa inibir o desenvolvimento desses microorganismos (Palha, 2005).

O ácido benzoico (INS 211) atua praticamente contra todas as espécies de microorganismos. Sua ação máxima é em pH = 3. É barato e bem tolerado pelo organismo. Como esse ácido é pouco solúvel em água, é utilizado na forma de benzoato de sódio. O teor máximo permitido no Brasil é de 500 mg/100mL de refrigerante (expresso em ácido benzoico).

O ácido sórbico (INS 202) ocorre no fruto da Tramazeira (Sorbus aucuparia). É usado como sorbato de potássio e atua mais especificamente sobre bolores e leveduras. Sua ação máxima é em pH = 6. O teor máximo permitido é 30 mg/100mL (expresso em ácido sórbico livre).

Edulcorante: É uma substância (Tabela 3) que confere sabor doce às bebidas em lugar da sacarose. As bebidas de baixa caloria (diet) seguem os padrões de identidade e qualidade das bebidas correspondentes, com exceção do teor calórico.

Dióxido de carbono: A carbonatação dá “vida” ao produto, realça o paladar e a aparência da bebida. Sua ação refrescante está associada à solubilidade dos gases em líquidos, que diminui com o aumento da temperatura. Como o refrigerante é tomado gelado, sua temperatura aumenta do trajeto que vai da boca ao estômago. O aumento da temperatura e o meio ácido estomacal favorecem a eliminação do CO2, e a sensação de frescor resulta da expansão desse gás, que é um processo endotérmico (Palha, 2005).

Processo de fabricação

O processo de fabricação é feito sem qualquer contato manual e sob rigoroso controle de qualidade durante todas as etapas.

Elaboração do xarope simples: É o produto da dissolução do açúcar em água. A concentração varia entre 55 e 64% m/m (Rodrigues e cols., 2000). A dissolução do açúcar cristal em água quente reduz o risco de contaminação microbiana. O xarope é tratado com carvão ativado, que por adsorção remove compostos responsáveis por paladares e odores estranhos e reduz a cor desse xarope. Ele é armazenado em tanques esterilizados a vapor, e um filtro microbiológico evita a entrada de ar.

Elaboração do xarope composto: É o xarope simples acrescido dos outros componentes do refrigerante. Essa etapa é feita em tanques de aço inoxidável, equipados com agitador, de forma a garantir a perfeita homogeneização dos componentes e evitar a admissão de ar. A adição dos ingredientes deve ocorrer de forma lenta e cuidadosa e de acordo com a sequência estabelecida na formulação. O conservante é o primeiro componente a ser adicionado. Em caso de adição após o acidulante, forma-se uma floculação irreversível (o benzoato de sódio precipita). A adição do antioxidante ocorre minutos antes da adição do concentrado (Palha, 2005).

Concluídas as adições, mantémse o agitador ligado por 15 minutos. Ao final, retira-se uma amostra para as análises microbiológicas e físicoquímicas (como turbidez, acidez e dosagem de açúcar ou edulcorante). Somente após essas análises, o xarope pode ser liberado para o envasamento (Palha, 2005).

A preparação do xarope composto para bebidas do tipo diet ocorre em tanques específicos para tal. Elas possuem baixa susceptibilidade à contaminação por microorganismos por não conter açúcares.

Envasamento: Para as garrafas retornáveis, há uma inspeção prévia para que sejam retiradas aquelas que estejam trincadas, bicadas, lascadas, lixadas, quebradas ou com material de difícil remoção como tintas ou cimento. Após essa seleção, as garrafas são pré-lavadas com água. Elas depois são imersas em soda cáustica quente para retirada de impurezas e esterilização. Em seguida, passam pelo enxágue final com água. Uma nova inspeção e seleção são feitas nessa fase. No caso das embalagens descartáveis, não há necessidade da pré-lavagem.

A etapa final consiste no envio, por tubulações de aço inox, do xarope composto até a linha de envasamento (enchedora), na qual são adicionados água e CO2 em proporções adequadas a cada produto. O refrigerante é envasado em baixa temperatura (3 a 12 ºC) e sob pressão para assegurar uma elevada concentração de CO2 no produto (Palha, 2005). As linhas de CO2 têm um filtro microbiológico e são esterilizadas a vapor. Após o enchimento, a garrafa é imediatamente arrolhada e codificada com data de validade, hora e linha de envasamento. O lacre e o nível de enchimento das garrafas são inspecionados. O ar é uma contaminação nas bebidas carbonatadas. Ele deve ser eliminado ou mantido ao mínimo. Isso se consegue trabalhando com água desaerada e desclorada e mantendo o nível do líquido em níveis corretos na embalagem. Piso, paredes, superfícies externas dos equipamentos e esteiras devem ser periodicamente tratados com desinfetante ou água quente (Palha, 2005).

A Tabela 4 mostra as embalagens usadas para refrigerantes. No passado, a embalagem universal para bebidas, de um modo geral, era o vidro. Basta recordar o conceito da embalagem (casco) retornável, que era devolvida na aquisição de um novo refrigerante. Hoje predomina a embalagem plástica descartável, pois o plástico passou a ter competitividade frente ao vidro em termos de custo, além de ser mais leve, reduzindo o risco de acidentes em caso de queda.

Prazos de validade: Eles se diferenciam entre produtos e entre embalagens do mesmo produto (Tabela 5). Estes são determinados por meio de teste de estabilidade do produto quanto às análises físicoquímicas, microbiológicas e sensoriais (Puglia, 2005). As embalagens PET tendem a ter menor validade devido à sua maior porosidade frente ao vidro e ao alumínio, levando à perda de CO2 em menos tempo (a propriedade de os gases escaparem por pequenos orifícios se chama efusão).
O refrigerante é uma ferramenta versátil e de baixo custo para aulas práticas ou demonstrativas, facilitando o aprendizado de diversos conceitos, tais como solubilidade dos gases em água, interações químicas (dipolo permanente – dipolo induzido), pKa, pH e efeito da pressão e da temperatura no comportamento dos gases.

Referência:
1. ABIR - Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas. Histórico do setor.
2. CANTO, E.L. e PERUZZO, T.M. Química na abordagem do cotidiano, vol. 2 – Físico- Química. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2006.
3. GORETTI, M. Manual de treinamento – análise sensorial. São Paulo: AmBev, 2005.
4. MACEDO, H. Físico-Química I. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981.
5. PALHA, P.G. Tecnologia de refrigerantes. Rio de Janeiro: AmBev, 2005.
6. PUGLIA, J.E. Padrão de codificação da data de validade. São Paulo: AmBev, 2005.
7. ROSA, S.E.S.; COSENZA, J.P. e LEÃO, L.T.S. Panorama do setor de bebidas no Brasil.BNDES Setorial, v. 23, p. 101-149, 2006.
8. RODRIGUES, M.V.N.; RODRIGUES, R.A.F. e SERRA, G.E. Produção de xarope de açúcar invertido obtido por hidrólise heterogênea, através de planejamento experimental.Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 20, p. 103-109, 2000.
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Verniz interno de latas feito com bisfenol A reage com alimentos e cerveja



Estudo revela como substância usada no revestimento interno de enlatados aumenta a exposição de humanos a interferentes endócrinos
Pesquisadores da Holanda e Grã Bretanha descobriram que resíduos de bisfenol reagem com açúcares, proteínas e outras pequenas moléculas como, por exemplo, o etanol da cerveja. A pesquisa publicada no
Journal of Agricultural and Food Chemistry, de março de 2010, explica que essa reação do bisfenol dá origem à formação de novas moléculas que podem ser absorvidas pelo corpo e prejudicar o sistema endócrino.
O bisfenol encontrado nas latas é do tipo badge (abreviação para bisfenol A diglicidil éter). Assim como o bisfenol A, o badge também interfere no bom funcionamento do organismo. Estudos científicos já associaram o bisfenol A à doenças como o câncer de mama e de próstata, distúrbios no coração, obesidade e hiperatividade. Além disso, os pesquisadores também apontaram problemas para os fetos, afetados durante a gestação, e para crianças pequenas que podem ter suas funções endócrinas prejudicadas.
O novo estudo avaliou a reação do badge em dois tipos de alimentos enlatados, atum em óleo de girassol e purê de maçã, e em três tipos de cervejas. A descoberta revela como é crítico entender a extensão da migração de químicos de revestimento de embalagens alimentares para o conteúdo interno da lata e para compreender o que acontece com esses compostos ao interagirem com alimentos e bebidas.
“Este estudo é importante por causa das implicações para a segurança alimentar”, diz Evan Beach, cientista químico da Universidade de Yale. De acordo com Beach, a União Europeia baseia sua regulamentação no quanto o badge pode migrar para alimentos a partir de sua reação com a água. Mas só 26% das moléculas de badge que desapareceram da lata foram encontradas na água. “O que significa que o restante continuava nos alimentos e na cerveja, contaminando-os.”
Há dez anos a indústria japonesa retirou voluntariamente o BPA do revestimento interno de latas e com isso conseguiu reduzir em 50% a exposição dos consumidores ao bisfenol A. Canadá, Dinamarca, França e Costa Rica, além de cinco estados americanos, três cidades do estado de Nova York e a cidade de Chicago restringiram o uso de BPA em certos produtos infantis como mamadeiras e no revestimento interno de latas de leite infantil.
No Brasil, a Anvisa afirma que recentemente discutiu com os países membros do Mercosul o uso de aditivos em embalagens e equipamentos plásticos. “O limite estabelecido foi o de 0,6 miligramas do produto para cada quilo da embalagem. Dentro desse parâmetro, a substância não oferece risco para a saúde da população”, disse, em nota.
A utilização do bisfenol A para a fabricação de recipientes de plástico, como mamadeiras e copos para bebês, está sendo questionada pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com informações da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, divulgadas nesta segunda-feira, foi instaurado um Inquérito Civil Público para investigar os efeitos nocivos à saúde das pessoas expostas à substância. Segundo o MPF, o objetivo do inquérito é solicitar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informações sobre a regulamentação da utilização do bisfenol A, além de um levantamento de estudos sobre os aspectos que podem trazer danos à população.
Alternativas – Pesquisadores já identificaram vários substitutos para o BPA no revestimento interno de latas. Algumas empresas como Eden Foods, fabricante de produtos naturais e orgânicos já oferecem enlatados BPA-free. A General Mills, outra grande empresa americana do ramo de alimentos, começou a vender tomates em latas sem bisfenol. Também existem outras embalagens livres de BPA, como o vidro e alguns plásticos não tóxicos. Essas substituições mais seguras ajudariam a quebrar o ciclo de contaminação química e a enorme quantidade de problemas de saúde associadas à exposição crônica e diária ao BPA.
Textos originalmente publicados no Environmental Health News, Greenbiz.com e Sience Daily
Environmentalhealthnews.org
Sciencedaily.com
Greenbiz.com
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PROTESTE pediu fim de corante da Coca

27 junho 2012 


A Coca Cola do Brasil tem maior concentração de corante potencialmente cancerígeno. Há refrigerantes que já usam o Caramelo natural, mais seguro.


A Coca-Cola comercializada no Brasil contém a maior concentração do 4-metil-imidazol (4-MI), subproduto presente no corante Caramelo IV, classificado como possivelmente cancerígeno. A análise do Centro de Pesquisa CSPI (Center for Science in the Public Interest), de Washington, nos Estados Unidos incluiu também os refrigerantes vendidos no Canadá, Emirados Árabe, México, Reino Unido e nos Estados Unidos.
Em março último a PROTESTE Associação de Consumidores havia solicitado aos fabricantes e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a substituição do “Caramelo IV” por corantes mais seguros na formulação de refrigerantes, energéticos, sucos, cereais matinais e outros produtos alimentícios.
Usado para dar cor aos produtos, esse aditivo será retirado da fórmula da Coca-Cola e da Pepsi nos Estados Unidos após o estado da Califórnia por na lista de substâncias cancerígenas, componentes químicos presentes no corante caramelo. A alteração será feita para que os fabricantes não tenham de colocar um alerta de risco de câncer em suas embalagens.
De acordo com o Centro de Pesquisa CSPI, o refrigerante vendido no Brasil contém 263 mcg (microgramas) do corante cancerígeno em 350 ml. Essa concentração é muito maior em comparação com a Coca-Cola vendida no Quênia. A Coca-Cola do Brasil fornece nove vezes mais o limite diário de 4-MI estabelecido pelo governo da Califórnia que estipulou a quantidade máxima de 39 ml do refrigerante por dia.
O estudo que apontou os riscos do Caramelo IV à saúde das pessoas foi feito pelo Programa Nacional de Toxicologia do Governo dos Estados Unidos e fez com que a IARC (Agência Internacional para Pesquisa em Câncer) da OMS (Organização Mundial da Saúde) incluísse o 4-MI na lista de substâncias possivelmente cancerígenas.
De acordo com o Centro de Pesquisa CSPI, o refrigerante vendido no Brasil contém 263 mcg (microgramas) do corante cancerígeno em 350 ml, cerca de 267mcg/355ml. Essa concentração é muito maior em comparação com a Coca-Cola vendida no Quênia, que ficou na segunda posição, com 170 cmg/355ml.
A PROTESTE também pediu a atuação do Ministério Público Federal de Minas Gerais que já conseguiu anteriormente fechar um termo de ajustamento de conduta com os fabricantes de refrigerantes para tirar da fórmula o benzeno, outra substância potencialmente cancerígena.
No Brasil alguns produtos da Pepsi como a Pepsi tradicional e a Light utilizam o corante INS 150a, que é o caramelo natural, mais seguro. Isso demonstra que a troca na formulação para garantir a saúde do consumidor é possível. Mas a Pepsi Twist e a Pepsi Twist Light ainda têm o corante INS 150d.
Ao analisar a lista de ingredientes da rotulagem de alguns refrigerantes do mercado brasileiro a PROTESTE havia constatado que produtos da Coca-Cola e alguns da Pepsi apresentam o corante Caramelo IV na composição. Também encontrou no Guaraná das marcas Antártica, Kuat e Schin.
Veja o teor do subproduto do corante na Coca-Cola em nove países 

País4-MI em microgramas (mcg) em cada 355 ml
Brasil267
Canadá160
China56
Japão72
Quênia177
México147
Emirados Árabes Unidos155
Reino Unido145
Estados Unidos (Washington DC)144
Estados Unidos (Califórnia)4
Quanto a presença do benzeno nas bebidas foi detectada em 2009 pela PROTESTE ao realizar exames em 24 amostras de diferentes marcas. O Termo de Ajustamento de Conduta foi assinado em 2011, dois após o MPF instaurar inquérito civil público para apurar o caso. Para a Associação esta é uma vitória e garantia para a saúde da população brasileira. Só é uma pena o prazo de até cinco anos dado para a mudança.
A legislação brasileira, em especial o Código de Defesa do Consumidor, estabelece que os produtos colocados à venda no mercado não poderão trazer riscos à saúde ou à segurança dos consumidores, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a fornecer as informações necessárias e adequadas a respeito.
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O Barato Alimentício

O caro leitor, após ter lido os artigos acima, deve estar se sentindo assustado e também se perguntando como essas informações não são divulgadas pela grande imprensa, já que dizem respeito a saúde de todos nós e, mais ainda, falam daquilo que a maioria das pessoas consome diariamente como "alimentos".

Em todos os textos acima, fica claro que as substâncias utilizadas nos alimentos e também nas embalagens dos mesmos, leva as pessoas a estados de hiperatividade, dentre outras alterações não menos nocivas no organismo humano.

Sabe-se atualmente que por conta das tecnologias disponíveis nos equipamentos, as crianças, principalmente, vem apresentando estados de hiperatividade intercalados por outros estados de indolência.

O diagnóstico médico, em nenhum momento leva em consideração os novos hábitos que vem sendo adquiridos pelas pessoas assim como os "alimentos e bebidas" ingeridos diariamente, preferindo rotular novas doenças como a hiperatividade e uma espécie de desatenção, chegando, inclusive, a falar em autismo hiperativo. 

Claro que novos medicamentos e terapias são amplamente divulgadas  pela grande imprensa, sempre com a presença de "especialstas" e médicos midiáticos de grande desenvoltura diante das câmeras de tv, que alí se aprsentam para "orientar" as pessoas em como  tratar as novas "doenças".

Nada, ou muito pouco se fala sobre os venenos contidos nos alimentos e embalagens.

O texto que trata das alterações que acontecem no organismo humano após a ingestão de refrigerantes, mais precisamente a coca-cola, é assustador e criminoso. 

Estamos falando de produtos "alimentícios" vendidos livremente nos supermercados, de grande consumo e propaganda voltados  principalmente para crianças que produzem no organismo humano as mesmas reações de drogas ilícitas como heroína, cocaína e maconha.

Esses refrigerantes fazem o organismo aumentar a produção da substância dopamina, substância que produz a sensação de prazer, fazendo com que a pessoa deseje mais e mais o refrigerante. 

Não por acaso uma propaganda da coca-cola, existente em supermercados, bares e restaurantes diz o seguinte:
" beba sem parar".

A questão principal é que a dopamina é liberada no organismo humano de pessoas usuárias de drogas, como a heroína e a cocaína, principalmente, o que leva o usuário a querer mais e mais a droga.

A maioria dos usuários de drogas ilícitas, quando consultados sobre o que motiva a utilização das drogas, refere-se a sensação de prazer proporcionada pelas drogas. 

A coca-cola e outros refrigerantes não são drogas ilícitas e nem mesmo são considerados  como drogas, aliás , são considerados como  alimentos e bebidas.

A crueldade toda reside no fato de o refrigerante produzir no organismo os mesmos efeitos fisiológicos de drogas ilícitas inclusive variando, em pouco tempo, o estado de ânimo das pessoas , passando por uma hiperatividade inicialmente, uma depressão e por fim uma irritação que se caracteriza pela vontade de consumir mais que, nos usuários de droga é similar a uma crise  de abstinência.

Se não bastasse este lado monstruoso de alimentos e bebidas que são produzidos para viciar as pessoas, já sua ingestão altera o meio químico do cerébro devido a existência de substâncias químicas legais, mas que quando combinadas com outras substâncias da formulação e do organismo humano produzem o mesmo efeito de drogas , como a heroína , por exemplo, tem-se , ainda, o problema das embalagens que liberam substâncias que , dentre outras coisas, também contribuem para um estado de hiperatividade nas pessoas.

Cada vez mais fica claro que as principais doenças das pessoas  neste "mac mundo feliz" são proporcionadas por hábitos de consumo de alimentos e bebidas, sendo o mais grave nisto tudo, o silêncio de governos e da imprensa sobre os assuntos.


Há poucos dias, na edição do Fórum Social Mundial que aconteceu em Túnis , na Túnisia, foi apresentada uma proposta para criação de um Tribunal Internacional Penal para avaliar e julgar as Corporações em todo o mundo.


Se a proposta vingar, o que considero difícil, essas corporações que fabricam venenos travestidos de alimentos e matam milhares de pessoas anulamente , certamente seriam condenadas com o mesmo status dos monstros nazistas da segunda guerra mundial.

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