segunda-feira, 15 de junho de 2015

Muco reacionário

Vox Populi:

88% dos brasileiros não detestam o Partido dos Trabalhadores


Por Maria Frô junho 16, 2015 12:28      

Vox Populi: 88% dos brasileiros não detestam o Partido dos Trabalhadores

Tenho repetido de modo insistente em minhas palestras e nas minhas redes que o ódio que parece tomar conta de tudo não é tão grande como parece. As pessoas me olham incrédulas e eu mostro o mapa da redes publicado em 1 de maio pela Interagentes.

Quando o assunto é de fato sério e deve chamar a atenção dos brasileiros, como foi o caso da repressão abominável empreendida pela polícia do governador tucano Beto Richa, sob comando do deputa tucano Fernando Francischini que era então o Secretário de Segurança do estado do Paraná, os brasileiros racionais reagiram. O referido mapa nos mostra claramente que o ódio perdeu e perdeu feio. O ódio institucionalizado e pago das redes do governo de Richa, o ódio estimulado por colunistas da revista da Marginal, o ódio estimulado pela grande mídia, todos derrotados, falaram para si mesmos. Venceu e venceu bonito a solidariedade aos professores do Paraná, venceram as forças progressistas, confira: Curitiba: redes de solidariedade e indignação
Por isso me pareceu tão interessante a pesquisa do Vox Populi, ela confirma o que eu há havia observando há algum tempo.
Os petistas e as pessoas de bom senso que não aguentam mais ver tantas expressões de intolerância contra religiões não evangélicas, contra população LGBT, a favor da diminuição da maioridade penal e outros absurdos que assassinam diariamente nossa constituição devem relaxar?
O resultado da pesquisa Vox Populi deveria deixar o PT – o alvo preferido dos  estimuladores do ódio-, descansado?
De modo algum. O PT e todas as forças progressistas da sociedade brasileira precisam entender a importância de se posicionar e agir em todos os espaços sociais (online e offline) contra esta campanha de ódio. Ela é ruidosa especialmente nas redes digitais porque é bem paga e bem articulada. Ela já mostrou força de mobilização nas ruas em março e, muito embora tenha arrefecido, continua a minar dia a dia o Estado laico, as forças democráticas. Silenciar diante desta campanha não é uma escolha possível para os que defendem o Estado democrático. Ruas e redes continuam em disputa e é recomendável que os verdadeiramente democratas, humanistas (petistas ou não) saibam o tamanho de sua tarefa na pedagogia contra o ódio.
Fonte: MARIA FRÔ
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12% odeiam o PT.  Por isso o PSDB só perde

Coimbra mostra que a estratégia do ódio – leia-se FHC – não leva a nada.




O Conversa Afiada reproduz artigo de Marcos Coimbra, extraído da Carta Capital:


O tamanho do ódio



Pesquisa recente do Vox Populi aponta: o eleitorado que diz detestar o PT representa 12% do total. Não é pouco, mas menos do que muitos imaginam

por Marcos Coimbra

Nestes tempos em que a intolerância, o preconceito e o ódio se tornaram parte de nosso cotidiano político, é fácil se assustar. É mesmo tão grande quanto parece a onda autoritária em formação?

Quem se expõe aos meios de comunicação corre o risco de nada entender, pois só toma contato com o que pensa um lado. Será majoritária a parcela da opinião pública que se regozija ao ouvir os líderes conservadores e assistir aos comentaristas da televisão despejar seu ódio?

Recente pesquisa do Instituto Vox Populi permite responder a algumas dessas perguntas. E seus resultados ensejam otimismo: o ódio na política atinge um segmento menor do que se poderia imaginar. O Diabo talvez não seja tão feio como se pinta.

Em vez de perguntar a respeito de simpatias ou antipatias partidárias, na pesquisa foi pedido aos entrevistados que dissessem se “detestavam o PT”, “não gostavam do PT, mas sem detestá-lo”, “eram indiferentes ao partido”, “gostavam do PT, sem se sentir petistas” ou “sentiam-se petistas”.

Os resultados indicam: permanecem fundamentalmente inalteradas as proporções de “petistas” (em graus diversos), “antipetistas” (mais ou menos hostis ao partido) e “indiferentes” (os que não são uma coisa ou outra), cada qual com cerca de um terço do eleitorado. Vinte e cinco anos depois de o PT firmar-se nacionalmente e apesar de tudo o que aconteceu de lá para cá, pouca coisa mudou nesse aspecto.

Nessa análise, interessam-nos aqueles que “detestam o PT”. São 12% do total dos entrevistados. Esse contingente tem, claro, tamanho significativo. A existência de cerca de 10% do eleitorado que diz “detestar” um partido político não é pouco, mas é um número bem menor do que seria esperado se levarmos em conta a intensidade e a duração da campanha contra a legenda.

A contraparte dos 12% a detestar o PT são os quase 90% que não o detestam. Passada quase uma década de “denúncias” (o “mensalão” como pontapé inicial) e após três anos de bombardeio antipetista ininterrupto (do “julgamento do mensalão” a este momento), a vasta maioria da população não parece haver sido contagiada pelo ódio ao partido.

A pesquisa não perguntou há quanto tempo quem detesta o PT se sente assim. Mas é razoável supor que muitos são antipetistas de carteirinha. A proporção de entrevistados com aversão ao partido é maior entre indivíduos mais velhos, outro sinal de que é modesto o impacto na sociedade da militância antipetista da mídia.

Como seria de esperar, o ódio ao PT não se distribui de maneira homogênea. Em termos regionais, atinge o ápice no Sul (onde alcança 17%) e o mínimo no Nordeste (onde é de 8%). É maior nas capitais (no patamar de 17%) que no interior (4% em áreas rurais). É ligeiramente mais comum entre homens (14%) que mulheres (10%). Detestam a legenda 20% dos entrevistados com renda familiar maior que cinco salários mínimos, quase três vezes mais que entre quem ganha até dois salários. É a diferença mais dilatada apontada pela pesquisa, o que sugere que esse ódio tem um real componente de classe.

Na pesquisa, o recorte mais antipetista é formado pelo eleitorado de renda elevada das capitais do Sudeste. E o que menos odeia o PT é o dos eleitores de renda baixa de municípios menores do Nordeste. No primeiro, 21% dos entrevistados, em média, detestam o PT. No segundo, a proporção cai para 6%.

Não vamos de 0 a 100% em nenhuma parte. A sociologia, portanto, não explica tudo: não há lugares onde todos detestam o PT ou lugares onde todos são petistas, por mais determinantes que possam ser as condições socioeconômicas. Há um significativo componente propriamente político na explicação desses fenômenos.

O principal: mesmo no ambiente mais propício, o ódio ao PT é minoritário e contamina apenas um quinto da população. Daí se extraem duas consequências. Erra a oposição ao fincar sua bandeira na minoria visceralmente antipetista. Querer representá-la pode até ser legítimo, mas é burro, se o projeto for vencer eleições majoritárias.

Erra o petismo ao se amedrontar e supor ter de enfrentar a imaginária maioria do antipetismo radical. Só um desinformado ignora os problemas atuais da legenda. Mas superestimá-los é um equívoco igualmente grave.


Fonte: CONVERSA AFIADA
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Foi a quarta vitória seguida do PT.

A oposição não segurou a onda e vazou geral, por todos os poros.

A quase , quase, por pouco, mais quase mesmo, vitória das oposições ficou no quase, o que gerou uma montanha de lamentações, onde o 'se' reinou, por dias, meses, noites em claro, dias no escuro e muita, muita frustração que desembocou em uma onda de  ódio como forma de dizer, em alto e bom som, que reconhece a competência da lado vencedor.

Para aceitar a vitória do PT, a oposição e seu braço alucinado, a velha mídia, incitaram todo tipo de ódio na sociedade.

O resultado todos viram, e ainda veem, nas redes sociais e nas relações interpessoais.

No entanto, mesmo com toda onda, a população não alterou suas convicções como demonstra a pesquisa do VOX.

Algumas pessoas dirão, com base também em pesquisas, que a popularidade da presidenta desabou, que a popularidade de Lula não é mais a mesma, que o PT não tem mais o mesmo peso, e etc.

Pesquisas no calor de um surto psicótico não podem servir de parâmetro, já que a maioria das pessoas fica descompensada em suas funções psíquicas.
  
Hoje, com a turma de 12 % com focinheira ou assistindo Estrelas ou Zorra Total,  o que é a mesma coisa , a nebulosidade diminuiu, um pouco, fazendo com que a pesquisa do VOX apresentasse um quadro realista do cenário nacional.

Por outro lado, a turma do 12 % liberou geral, se assumiu anti democrática, pediu a volta do Golbery, intervenção militar, criticou o legado de Paulo Freire, defendeu um regime de exceção, teve orgasmos múltiplos com os discursos de Bolsonaro e Malafaia e , ainda, sem esgotar o micaço, se vestiu com a camisa da seleção brasileira e saiu às ruas em gigantescas matilhas mordendo e  atacando todos aqueles que não se apresentavam como iguais.

Comenta-se , nas redes sociais, que alguns manifestantes, hoje, preferem ficar escondidos em casa, fruto, talvez, da retomada da razão, mesmo que precária tendo em vista as posições políticas do grupo, no entanto, suficiente para entender as motivações que levaram o grupo às descargas de ódio.

O combustível para toda onda de ódio e intolerância que se viu nos últimos meses e que permanece em setores marginais da sociedade, certamente foi fornecido pela velha mídia, que , mais uma vez, se vê atônita com sua total incompetência em alterar o quadro político, uma vez, conforme apresentado pela pesquisa do VOX, os percentuais se mantêm  nos níveis históricos.

Conclui-se, ou nos é permitido pensar, que a onda que tomou conta de um pequeno grupo, teria sido apenas fruto de um estímulo externo, já que todas  as aberrações estariam presentes nessas pessoas, aguardando , apenas, o momento adequado para extravasá-las.

Quanto a popularidade da presidenta, é normal que tenha caído, tendo em vista que o surto sócio midiático ocorreu logo após a vitória do PT e , no calor  do barulho e da gritaria midiática, uma parcela da população se move em suas opiniões sem  , no entanto, mudar suas convicções, ainda mais em se tratando de um momento pós eleição sem possibilidades de alteração nos resultados.

O que fica, dessa onda de ódio que assolou o país, é que uma parcela marginal da população não tem mais vergonha de dizer que é contrária a democracia e ao estado de direito e, esse grupo tem como principais referências, pessoas que em suas expressões profissionais comportam-se de forma semelhante, como os juizes Sergio Moro e  Joaquim Barbosa, parlamentares como Bolsonaro , Feliciano e Cunha e profissionais da imprensa que através  de seus veículos despejam  toda sorte de lixo verbal, alimentando os radicais com um muco reacionário e ultrapassado. 

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