quarta-feira, 1 de abril de 2015

Vermelhos Democratas Radicais.

 Lula, em discurso em SP, nesta 3ª feira: 'Dilma, se você estiver nos ouvindo, lembre-se sempre, quem está aqui (neste ato) é seu parceiro para os bons e os maus momentos. Não queremos ser convidados só para festas. E se alguém está assanhado para tomar seu lugar, que espere 2018; nós aprendemos a defender a democracia'

Lula em SP, nesta 3ª feira: 'Eu tenho orgulho do nosso legado, em 12 anos nós colocamos mais gente na universidade do que eles em um século!


Lula em SP,nesta 3ª feira: 'Companheiros dos sindicatos, não deixem de questionar (o ajuste) e de negociar em defesa dos trabalhadores. Mas nunca esqueçam a diferença entre a luta política e a luta econômica: esse governo é nosso, a Dilma é nossa, e seu maior compromisso é com os pobres'


Lula em SP, nesta 3ª feira: 'Em janeiro de 2007, as manchetes diziam, como dizem agora da Dilma: 'O governo Lula acabou'. Eu saí com 80% de aprovação. A Dilma pode fazer um 2º mandato melhor que o meu'


Fonte: CARTA MAIOR
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“Anticomunismo é a base ideológica comum para o espectro fascista no Brasil”

publicado em 01 de abril de 2015 às 11:46
comunismo
“Anticomunismo é a base ideológica comum para o espectro fascista no Brasil”, afirma historiador
O professor de história na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Lucas Patschiki, pesquisa a continuidade e transformações do fascismo do começo do século 20 até agora.
No Brasil, ele estuda o portal de extrema-direita Mídia Sem Máscara, dirigido pelo filósofo Olavo de Carvalho, e o Instituto Millenium, que reúne diretores, colunistas, comentaristas e blogueiros vinculados aos grandes meios de comunicação.
Segundo ele, a onda conservadora que avança no Brasil é um fenômeno mundial, ligado ao enfraquecimento da democracia burguesa, à crise do capitalismo a partir de 2008 e às dificuldades do modelo neoliberal de encontrar uma saída para o seu projeto econômico.
Essa onda conservadora se manifestou nas eleições de 2014, com a votação expressiva de ícones da direita para o Congresso Nacional, e explodiu nas ruas com os protestos do dia 15 de março, quando segmentos extremistas catalisaram o sentimento de indignação de milhares de brasileiros.
No caso brasileiro, afirma Patschiki, a ascensão de atores conservadores pegou carona na doutrina do “anticomunismo preventivo”, que norteou a atuação da mídia hegemônica nos últimos 12 anos, como forma de pressão para que o PT cumprisse os acordos com a classe dominante e o imperialismo.
“O anticomunismo serviu como base ideológica comum para o espectro fascista da sociedade, um movimento organizador visando o acirramento da luta de classes, tendo como expectativa a crise aberta. O fascismo, como fenômeno surgido com o imperialismo, tem como função política e social primária reorganizar o bloco no poder de maneira brutal durante a crise aberta, para a manutenção e reprodução da sociedade de classes, o que denota seu caráter de organização visando a luta contra a classe trabalhadora e, de maneira geral, de luta contra qualquer avanço democratizante”, afirma.
Abaixo, leia trechos da entrevista.
Incapacidade do Estado
Vivemos historicamente uma ofensiva violenta do capital contra o trabalho sob a égide do neoliberalismo, e isto tem consequências que atingem a totalidade da sociedade. Para o que nos interessa discutir aqui, temos de sublinhar o deslocamento dos centros de decisão política. Há um esvaziamento da capacidade de universalização de direitos pela via parlamentar-eleitoral burguesa, que acaba por ser inundada pela pequena política (a política que é incapaz de mudar os rumos do Estado). Mas este esvaziamento não se traduz em uma crise de direção política, pois a capacidade de decisão é deslocada para esferas corporativas na ossatura material do Estado, no caso brasileiro notadamente para o Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), lugar de construção de consensos sociais em favor do capital, assim como o Banco Central.
Crise política
A Dilma tentou reavivar esse pacto social, abalado pela estagnação econômica. Primeiro, em contato direto com o empresariado na própria eleição e depois do pleito pela distribuição de cargos e ministérios (Joaquim Levy, Kátia Abreu, etc.). Não foi o suficiente, enfraquecendo as articulações políticas com os partidos na Câmara e no Senado. Isso, somado à ida para ruas, que em 2013 quebrou a política de apaziguamento das organizações das classes subalternas, via CUT e PT após a eleição de Lula. Agora, em 2015, se radicalizam, com parte dos atores políticos intitulados de direita passando a inclusive defender inclusive a ruptura institucional dessa democracia que temos. Abre-se um precedente preocupante para o futuro. Estamos, sem dúvida, vivendo uma crise política no âmbito da representatividade. Isso atinge todos os partidos, e os desdobramentos dessa crise ainda são nebulosos.
Onda conservadora
Com a crise de 2008, crise estrutural do capital, há uma ascensão de projetos, pautas e movimentos de cunho chauvinista, xenófobo e mesmo fascista. Eles são financiados abertamente pelo grande capital e servem tanto para se colocarem como possibilidade em caso de crise de direção política quanto para constituírem uma base social de sustentação e apoio ativo ao incremento da violência estatal, diante do esvaziamento das formas de resolução política formal da democracia burguesa. O caso mais claro é o do Tea Pparty estadunidense. Ou seja, há uma correlação fundamental entre a ascensão fascista, o aumento (qualitativo e quantitativo) da violência e autoritarismo estatal e o programa neoliberal.
Anticomunismo preventivo
No caso brasileiro, a ascensão desses atores foi motivada pela justificativa do “anticomunismo preventivo”, mote para a atuação raivosa da mídia hegemônica nos últimos 12 anos: elemento de pressão para que o Partido dos Trabalhadores em suas gestões federais cumprisse os acordos acertados com a classe dominante e o imperialismo. O anticomunismo serviu como base ideológica comum para o espectro fascista da sociedade, um movimento organizador visando o acirramento da luta de classes, tendo como expectativa a crise aberta. O fascismo, como fenômeno surgido com o imperialismo, tem como função política e social primária reorganizar o bloco no poder de maneira brutal durante a crise aberta, para a manutenção e reprodução da sociedade de classes, o que denota seu caráter de organização visando a luta contra a classe trabalhadora e, de maneira geral, de luta contra qualquer avanço democratizante.
Intelectuais do conservadorismo
Intelectuais, colunistas e blogueiros conservadores disseminaram suas pautas por todo o campo político. Mas a atuação destes tem objetivos políticos mais profundos que o eleitoral, eles buscam a conformação cultural e ética de todo um modo de ser, visando prioritariamente a pequena e nova pequena burguesia. Existe uma série de marcos ideológicos que “pegaram”, tornaram-se referência para esses diferentes atores: a suposta existência de um movimento revolucionário de cunho gramsciano, corporificado no PT; que existiria a possibilidade da transformação automática de uma gestão presidencial sob a democracia burguesa em um regime de esquerda, o que remetem ao bolivarianismo; que as universidades e o conhecimento teria um filtro ideológico inevitável e que no caso brasileiro seria o de esquerda; que os diferentes movimentos de contestação ou de reconhecimento (caso das lutas pelo casamento LGBTs, por exemplo) possuem o mesmo sentido político comunista (conscientemente ou não). São variações sobre uma matriz anticomunista, que nem mesmo é original, já que é reprodução de discursos semelhantes estadunidenses ou europeus.
Sem resistência
O PT não cumpriu nenhum combate a esse tipo de discurso, inclusive, a partir de determinado momento, passou até a se apropriar dele de maneira pragmática, como elemento ideológico de distinção entre o seu programa e os demais, o que foi explorado amplamente na eleição. E por fim, a partir das Jornadas de 2013, há uma nova compreensão sobre as possibilidades da atuação do PT como gestor federal e mesmo sob os limites da democracia burguesa, o que se manifestou tanto na organização da esquerda quanto nos votos nulos e abstenções, abrindo espaços para a reação.
PT no governo
O PT das gestões federais é um partido que reivindica simbolicamente seu passado histórico como esquerda, bem longe de ter uma pauta ou um programa de esquerda. PT e CUT migraram para um projeto de ‘reforma dentro da ordem’ que evoluiu posteriormente para a ‘reprodução da ordem’ nos marcos do padrão de acumulação neoliberal e da autocracia burguesa reformada”. A “composição do blocão” tem a ver como o modo pelo qual o PT se conformou como gestor autorizado do Estado capitalista, ou seja, suas mudanças deram-se exatamente por sua institucionalização, seja nos marcos da democracia parlamentar-eleitoral ou pelo sindicalismo de Estado. Essa nova correlação de forças levou a ofensiva neoliberal a um novo padrão hegemônico, os limites que antes a esquerda balizava passaram a serem violentamente esgarçados. Mas é preciso deixar claro, somente a ascensão petista não explica a conformação desta “nova direita” fascista, sua emergência ocorre exatamente por ser o projeto histórico e social neoliberal incapaz de solucionar as suas crises.
Superdimensionamento
A questão da participação das igrejas neopentecostais na onda conservadora parece ter tido uma divulgação mais ampla que as demais, o que me parece que interessante, porque sua atuação é em relação às camadas mais empobrecidas da população brasileira (o subproletariado que falava Paul Singer já nos anos 80) em disputa direta com os mecanismos de transferência de renda federais, notadamente o Bolsa Família. Mas mesmo essas igrejas não atuam como bloco, pois a Igreja Universal colocou-se ao lado do PT em todo o processo eleitoral, o próprio Silas Malafaia participou ativamente das gestões de Lula com um discurso que até denunciava a Teologia da Prosperidade, que hoje reivindica (como já pode ser visualizado pela pesquisa em andamento de Jonas Koren).
Combustível neoliberal
O neoliberalismo serve como terreno que alimenta o fascismo. Se estes atores fascistas ainda não apresentam-se plenamente no Brasil é porque a conjuntura ainda não os fez “necessários”. Mas não podemos nos dar ao luxo de esperarmos, visto que a violência contra os que “não consentem” já está posta como prática política – e de maneira crítica, pois acumpliciada por um partido que se reivindica como “dos trabalhadores”. Não é preciso ir muito longe para visualizar o quadro terrível que já vivemos: no campo, a violência aberta contra indígenas, posseiros, movimentos sem-terra, militantes dos direitos humanos, etc.; nas cidades, a brutalidade do aparelho repressivo do Estado nas periferias, favelas, ocupações, remoções, manifestações, etc. Que os exemplos da Grécia, da Ucrânia e agora também do México sirvam como alerta.
Antecedentes da onda
Trabalho com a continuidade e transformações do fascismo durante os séculos XX e XXI, analisando este fenômeno como característico da fase imperialista do capitalismo, e que portanto, possui plena possibilidade de ressurgir. Eu entendo estes partidos e movimentos através de suas três “ondas” históricas, formulação de Jean-Yves Camus. A primeira onda histórica seria a do fascismo clássico. A segunda onda corresponde aos fascismos do Pós-Guerra, ou seja, o movimento de transformação exigido aos partidos e regimes (Portugal e Espanha) para sua manutenção, assinalando duas de suas maiores mudanças ideológicas: o abandono do corporativismo, típico da primeira onda, e a justificativa maior de sua existência marcada pelo anticomunismo preventivo, ou seja, a defesa de um modelo democrático altamente formal e restritivo, dentro da conjuntura geopolítica da Guerra Fria (o Tea Party remete sua origem a esta onda, cujo expoente naquele país foi o movimento macarthista).
Atualidade

A terceira onda ocorre durante e após os anos oitenta, quando os partidos fascistas passam a assumir o projeto econômico ultraliberal, assumindo uma postura de defesa “cultural” de cunho xenófobo. Embora estas peculiaridades assumam um formato “geracional”, na prática, isto não ocorre, pois, grupos com distintas características (assinaladas simplificadamente através das ondas) afloram no espectro fascista dentro de uma mesma temporalidade histórica. Em especial na contemporaneidade, cabendo a cada um destes grupos a atuação em uma frente específica, no “espectro” fascista da sociedade. Portanto, sua ascensão é de escala global e acompanha a crise estrutural do capital, onde o capital não oferece mais soluções para as questões estruturais globais, uma crise civilizacional.
Fonte: VIOMUNDO
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Lula: “A Dilma é produto nosso. Querem tirar ela, pra tirar o povo do governo; O que os incomoda é a lei da partilha”. 

publicado em 01 de abril de 2015 às 07:28
Lula na plenária-004PLENARIO1
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
“Meu sangue é vermelho, mas é brasileiro”, diz Lula em ato pela democracia
Milhares de pessoas clamaram pela defesa da democracia na noite desta terça-feira (31), dia em que o golpe militar de 64, completa 51 anos. E o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ao lado de diversos movimentos sociais do ato chamado de Dia Nacional de Mobilização – “Democracia sempre mais, ditadura nunca mais”, na quadra do Sindicato dos Bancários, no centro da capital paulista.
O preconceito contra pessoas de esquerda foi um dos temas abordados no discurso. Lula lembrou que as pessoas têm sido atacadas por usarem vermelho. E disse: “Meu sangue é vermelho, mas é brasileiro”.
Lula relembrou manchetes de jornais do início do seu governo de 2003 e de 2007, para mostrar que o teor negativo das manchetes de agora e do passado é semelhante. “No início do meu governo, em 2007, perguntavam se era o fim do meu governo; não era o fim e não será o fim do governo da Dilma”, afirmou.
Para ele, os ajustes do governo são necessários e reafirmou a legitimidade dos movimentos em protestar pelos direitos dos trabalhadores. “Vocês tem que ir lá conversar com a Dilma; podem ter certeza se fossem os tucanos nem em Brasília vocês chegavam”, falou aos trabalhadores.
O ex-presidente criticou a transformação de delatores condenados em heróis se disse indignado com a corrupção, mas afirmou que “nunca existiu ninguém com a coragem e a valentia da presidenta Dilma para fazer essas investigações”.
O presidente do PT, Rui Falcão, disse que o ato pretende “construir uma ampla frente democrática no país” para defender o governo, os movimentos, os trabalhadores e a manutenção da democracia no Brasil. Falcão convocou os trabalhadores a fazer um “primeiro de maio massivo nas ruas”. Wagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), afirmou que “acabou a eleição, não tem terceiro turno, e a Dilma vai governar para todos, ao contrário do que quer uma minoria golpista”.
A plenária promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE) e outros movimentos populares do campo e da cidade, da juventude, feministas e de combate ao racismo serviu para convocar e preparar duas grandes mobilizações de rua que acontecerão nos dias 7 de abril e 1º de maio, Dia do Trabalhador, em todo país.
Fonte: VIOMUNDO
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O que incomoda essa turma  é o povo.

As elites brasileiras e boa parte da classe média não gostam do povo, não gostam da cultura popular e ainda entendem que lugar do povo deve ser algo subalterno, menor, recebendo ordens sem questionar, sem voz, obediente, submisso e bovino.

Consideram que o povo brasileiro é incapaz, indolente e sem condições de dirigir até mesmo suas próprias vidas.

As elites e parcela da classe média brasileira se dizem democratas, o que é uma grande mentira.

Odeiam a democracia  e preferem regimes autoritários, sem espaço para debates, discussões e aprofundamento das idéias.

Na vida profissional agem da mesma maneira sempre que exercem cargos de direção e chefia, não dando espaço para opiniões, debates.

Se dizem democratas , mas qualquer projeto de gestão que envolva a participação ativa de funcionários , sempre é boicotado pelas elites e pela parcela do povo pelega, que prefere receber ordens , sem questionar, para um dia, quem sabe, fazer o mesmo quando exercer uma função com poder de dirigir pessoas.

A chegada do Partido dos Trabalhadores ao Poder, em janeiro de 2003 e esses doze anos de governo do PT, escancararam de vez  o discurso falso e vazio das elites brasileiras quando o assunto é democracia e liberdade de expressão.

O que antes era uma retórica bem elaborada  e com uma variedade de adereços que apontava a defesa de um processo civilizatório e democrático, hoje, em função dos doze anos de governos do PT , as posições e os lados ficaram bem marcados e bem nítidos, e a tão defendida democracia nada mais é que apenas uma figura de retórica  em um conjunto sistêmico de idéias , valores e códigos  utilizado como embalagem de uma suposta civilidade democrática  útil para representações sociais.

Diante das posições bem demarcadas e os lados bem nítidos, a aproximação de qualquer sinal de igualdade com o povo então no Poder, foi fortemente rejeitada pelas elites e parcela da classe média, tendo como maior expressão,para tal rejeição, a ostentação de bens e riqueza, de fato, para aqueles que realmente fazem parte do grupos dos ricos, e nas aparências, para uma parcela da classe média  que não se situa em nenhum dos dois pólos, mas, deseja estar em algum lugar que ainda não é o seu. 

Adicione-se, ainda, uma parcela do povo pelega, que tem a classe média e as elites como referência   e, com isso repete o mesmo comportamento sem no entanto saber a origem.

Até então, no reduto das elites e de parcela da classe média, a ostentação ainda era recoberta com algum pudor, e até mesmo com  alguma culpa, algo que se dissipou com a ascensão do neoliberalismo no mundo e, aqui no Brasil teve maior impacto com a ascensão do  PT e do povo ao poder.

Os doze anos dos governos do PT em que a cultura não recebeu um tratamento elitista como naturalmente acontece em governos das elites e , também não caminhou pelo populismo cultural rasteiro, foi outro fator que colocou frente a frente as diferentes manifestações da cultura popular brasileira com a cultura predominantemente  estrangeira das elites e parcela da classe média, o que pode ser definido como um processo de espelho profundo e de identidade das raízes, que tem contribuído de sobremaneira para todo tipo de ódio e alucinação por parte de setores da direita - elites e classe media - que de uma forma ou de outra se enxergaram  sem embalagem e , desesperadamente não aceitam a realidade percebida.

Tudo isso ficou muito claro com as diferentes manifestações de rua, nas faixas, cartazes e discursos, onde a essência das expressões e discursos  passam claramente a mensagem de que não se aceita ser igual ao governo , ao PT, ao povo.

Essa rejeição de não pertencimento por parte das elites e parcelas da classe média, tem, em uma maioria das pessoas um viés cultural e, em uma minoria, um viés político e ideológico.

No entanto, tanto por motivações culturais ou por motivações ideológicas, essa parcela da população ou rejeita abertamente a democracia , ou se diz democrata, porém, não tem ações e práticas compatíveis com um processo democrático, o que revela , também, que para a maioria a democracia é algo irrelevante.

Como bem disse Lula, acima, defender e lutar pela democracia nunca foi um papel das elites brasileiras, que ao longo da história sempre conspiraram contra os interesses do país e do povo brasileiro.

O diferencial nesses anos não é o comportamento das elites brasileiras - esse continua o mesmo -  mas sim  a adesão de uma parcela da classe média alta  - que se descobriu vazia - ao conjunto de idéias e valores dessa elite.

Essa adesão , por outro lado, se dá por motivações de ódio e revolta contra o sucesso daqueles que esse grupo rejeita, mas que  se vê tão próximo deles em suas origens.

O PT não apenas faz uma transformação profunda do país, como se tornou um fenômeno nacional a ponto de esquerda e direita serem definidos, atualmente,  como algo favorável ao PT, ou contrário ao PT.

No cenário político eleitoral, desde 2002, os candidatos que  não pertenciam ao PSDB nas disputas eleitorais e que tiveram um protagonismo significante nas eleições,  ou foram em algum momento aliados do PT, ou mesmo pertenceram aos quadros do PT.

Esse fenômeno continua forte e é motivo de orgulho para todos nós, vermelhos democratas radicais.



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