quinta-feira, 30 de abril de 2015

O Sucesso da Lampions League

A inesgotável criatividade nordestina



'Ão, ão, ão, Caça-Rato é seleção!'
Depois que o atacante Flávio Caça-Rato foi apelidado como CR 7 pela torcida do Santa Cruz, pois, além de ter as mesmas iniciais, também usava o número de camisa do atual melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, os nordestinos voltaram a aplicar sua inesgotável criatividade no futebol. No fim de semana, foram definidos os semifinalistas da Copa do Nordeste: o Bahia enfrentará o Sport, e o Ceará, o Vitória. Mas o melhor é que esse torneio, habitualmente conhecido como Nordestão, foi apelidado agora, pelos torcedores, deLampions League (Liga do Lampião), que brinca com o nome da principal competição europeia.

Lampião, o 'Rei do Cangaço'
frescagem repercutiu lá fora e, numa reportagem do correspondente Tales Azzoni para a Associated Press, os estrangeiros foram informados que o apelido do torneio nordestino faz "referência a Lampião, um conhecido e popular herói local da década de 1920, que permanece simbólico à região". Ao lado do cearense Padre Cícero e do pernambucano Luiz Gonzaga, o também pernambucanoVirgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, completa a tríade de nordestinos míticos. Considerado o "Rei doCangaço", seu apelido deriva da lenda espalhada por seus comandados de que ele era capaz de atirar tão rápido que o cano da espingarda se "iluminava", de tão aquecido.

Camiseta criada pelos torcedores
Voltando à Copa do Nordeste, o apelido Lampions League pegou de tal forma que, além do gibão de couro na cabeça, muitos torcedores estão indo ao estádio com camisetas ostentando o nome fictício da competição. E, para completar a (maravilhosa) "esculhambação", foi composto e gravado até um tema para a "Liga", com típicos instrumentos nordestinos, cuja versão emenda o hino oficial da competição Europeia. Até me lembrei da paródia de "Quero voltar pra Bahia", de Paulo Diniz, que um cunhado meu cantava nos anos 1970: "Eu já falei pra minha tia/ Eu vou jogar de beque no Bahia". Bahia que pode conquistar a sensacional Lampion's League.



Fonte: FUTEPOCA
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Copa do Nordeste é sucesso 

de público, que foge da Globo

 

Jogo entre Ceará e Bahia teve o maior público de futebol do ano em todo o Brasil.


Conversa Afiada reproduz mensagem do amigo navegante Laécio Portela:


PH, 

O Ceará, clube de maior torcida no estado, conquistou a Taça Nordeste de Futebol em cima do Bahia com quase 64.000 torcedores no Castelão. Maior público do ano no Brasil inteiro. 

Somando-se ao público do 1º jogo final em Salvador, chega-se a mais de 100 mil pessoas em 2 jogos de um campeonato “menor” que o “brasileirinho” da globo. 

Olha a crise aí, gente…

PS: O “Nordestão” é transmitido por rede de TV regional, com audiência maior que as novelas da globo, que aliás deveria se chamar TV Globinha.

O povo, tá deixando de ser bobo, fugindo da globo.

 
Fonte: CONVERSA AFIADA
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Globo e CBF estão destruindo o futebol brasileiro.

Gugu em primeiro lugar de audiência

 com 13 pontos de média
Atração foi exibida das 22h33 às 0h19
Do R7

Gugu conquista o primeiro lugar na audiência Reprodução/Rede Record
 
Na noite de quarta-feira (29), o Gugu marcou 13 pontos de média e ficou em primeiro lugar na audiência, das 22h13 à 0h19. .
Das 22h33 à 0h19, Gugu ficou em primeiro lugar isolado com 13 pontos de média contra 12 pontos da segunda colocada que exibia uma partida de futebol. A terceira colocada registrou 8 pontos.

A segunda colocada que exibia uma partida de futebol, é a TV Globo, que exibia para o Rio de Janeiro a partida, pela segunda fase da Copa do Brasil, entre os reservas do Botafogo e o Capivariano.

Já para São Paulo, a segunda colocada exibia  , também, uma partida pela segunda fase da Copa do Brasil entre os reservas do Palmeiras e o Sampaio Correa.

Enquanto isso, no Nordeste, por rede de TV regional,  a Lampions  League  bombava, com a final entre Ceará e Bahia, que teve público de mais de 60 mil pessoas no estádio castelão, em Fortaleza.

Cabe ainda lembrar que a segunda colocada perdeu para o Programa do Gugu, com anão e Geraldo como atrações.



quarta-feira, 29 de abril de 2015

Reacionários mostram a cara

FRENTE PROGRESSISTA

Contra a agenda conservadora

Por Luciano Martins Costa em 29/04/2015 
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 29/4/201
 
Uma nota de cinco linhas, publicada na edição de quarta-feira (29/4) da coluna “Panorama político”, do Globo, contém uma das questões centrais para entender como a crise alimentada pela mídia tradicional contribui para o retrocesso de direitos alcançados na Constituinte de 1988. Diz o texto:
“Criada no Senado, com 14 senadores, a Frente Progressista. Liderada por Lindbergh Farias (PT-RJ), ela pretende barrar a agenda conservadora: redução da maioridade penal e as mudanças nos estatutos da Família e do Desarmamento”.
A notícia tem apenas um reparo: a frente de senadores não é liderada por Lindbergh Farias – ele é um dos fundadores, responsável por contatar novos integrantes.
Criada oficialmente na terça-feira (28|), a Frente Progressista Suprapartidária tem também entre seus integrantes o ex-ministro Cristovam Buarque (PDT-DF), que a batizou de “grupo do não passarão”. O grupo, formado originalmente por senadores do PT, PMDB, PSB, PCdoB, PDT e PSol, pode chegar a trinta senadores nos próximos dias.
A solitária nota na coluna do Globo diz pouco mas revela muito: a motivação principal da Frente Progressista é se contrapor à onda de propostas oriundas na Câmara dos Deputados, que ameaçam eliminar conquistas essenciais da sociedade brasileira.
A informação não será encontrada em grandes reportagens ou em artigos dos mais lustrosos colunistas da imprensa, por uma razão muito simples: embora mantenha um discurso cuidadoso em relação a essas iniciativas das bancadas mais conservadoras da Câmara, a imprensa nutre envergonhada simpatia por algumas delas.
O manifesto assinado pelos senadores se refere aos projetos que propõem a redução da maioridade penal, a redefinição do Estatuto da Família – que embute a limitação de direitos dos homossexuais –, a precarização de direitos do trabalhador e a flexibilização do Estatuto do Desarmamento.
E o que a imprensa tem a ver com isso?
Simples: essas propostas só têm encontrado acolhimento na Câmara dos Deputados por causa do contexto da crise política insuflada pelos principais veículos de comunicação do país.

Maioridade penal

A iniciativa da Frente Progressista Suprapartidária cria um abrigo institucional para mobilizações esparsas pela sociedade, que não encontram apoio na mídia tradicional. Em muitas cidades do Brasil, entidades sindicais, coletivos de cultura e organizações não governamentais promovem debates e esclarecimentos sobre algumas das questões que formam a agenda conservadora da Câmara e preparam manifestações que podem se juntar, por exemplo, às greves de professores que a imprensa insiste em ignorar.
Em São Paulo, grupos de educadores e ativistas participaram nesta semana de debates promovidos por entidades como a Ação Educativa e a Fundação Perseu Abramo, nos quais foram relatadas iniciativas de esclarecimento sobre a questão da maioridade penal.
A ativista Verónica Silveira, uma das coordenadoras da campanha que levou à rejeição de uma proposta de redução da maioridade penal no Uruguai em 2014, explicou como os movimentos sociais conseguiram superar o bloqueio da mídia e realizar o plebiscito no qual a maioria da população daquele país decidiu não alterar a legislação de proteção da criança e do adolescente.
No Brasil, questões como essa são conduzidas por grupos reacionários no Congresso Nacional, sob o olhar omisso da mídia tradicional. Os argumentos primários em favor da redução da maioridade penal invertem a lógica que levou a Constituinte a criar o arcabouço jurídico dos direitos da infância e a imprensa se mostra vacilante diante dessa e de outras propostas que, segundo muitos juristas, ameaçam a ordem constitucional.
O interesse explícito das grandes empresas de comunicação é apoiar as manobras que mantêm o governo federal refém dos interesses de líderes do Parlamento ameaçados no inquérito que investiga a corrupção na Petrobras. Esse é o contexto no qual as frações mais reacionárias do Congresso tentam contrabandear para o sistema legal medidas que, em circunstâncias normais, não passariam pelo crivo do Parlamento.
A criação da Frente Progressista não ganha destaque no noticiário porque é do interesse da imprensa manter ativa a agenda reacionária.

GREVE NO PARANÁ.  PM MASSACRA PROFESSORES


O “confronto” de Curitiba


Por Luciano Martins Costa em 30/04/2015   
         
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 30/4/2015
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Parabéns, professores do Paraná, vocês tiraram o bicho da toca


Por Renato Rovaiabril 30, 2015 09:04
Parabéns, professores do Paraná, vocês tiraram o bicho da toca



Ontem o Brasil viveu um dos episódios mais chocantes da história da luta dos professores em defesa da educação e dos seus direitos. A bárbarie perpetrada em Curitiba pelo governador Beto Richa e o seu secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, com centenas de educadores feridos, demonstra o quão violento é o braço político-judicial que se arma a partir do Paraná com o objetivo de endireitar o país.


Francischini é o símbolo mais caricato dessa troika. Ela se tornou secretário de Segurança do Paraná depois de ter virado símbolo nacional de uma guerra ao PT e aos direitos humanos na internet. Com uma ação muito bem coordenada na rede, esse inexpressivo delegado foi se tornando ícone daquela gente que desfilou no dia 15 de março fazendo selfies com a PM e portando faixas de intervenção militar.


A estratégia deu certo e lhe rendeu 160 mil votos, praticamente 3% do total do estado, o que é bastante para um candidato a cargo proporcional. E já em dezembro de 2014 Beto Richa nomeou-o secretário de Segurança Pública.


Até aquele momento o governador do Paraná era o bom moço que tinha sido reeleito no primeiro turno e que se vendia ao Brasil como eficiente administrador público. Já havia quem o recomendasse como uma opção tucana, inclusive, para disputar a presidência da República.


Do mesmo Paraná, o juiz Sérgio Moro foi se consolidando no final do ano passado como o algoz da corrupção. Impôs um estado policial no país a partir de sua jurisdição e se tornou o nosso Eliot Ness tupiniquim.


O 15 de março foi em boa medida construído a partir do que essa República do Paraná oferecia ao Brasil: combate à corrupção, guerra ao PT e aos direitos humanos. Inclusive a guerra suja na internet tem sido fortemente operada a partir do DDD 41, por gente que trabalha em gabinetes de parlamentares e em governos.


Ontem essa República do Paraná, porém, testou um dos limites mais caros à democracia. Ela não se importou em colocar suas tropas para massacrar professores.


Ao mesmo tempo, também ontem se descobriu que o delator do senador Anastasia, o policial federal conhecido por Careca e que foi libertado por Sérgio Moro, está foragido. Ou seja, o inquérito contra o parlamentar fica interrompido enquanto isso.


O jogo começa a ficar mais claro. A Operação Paraná mostra sua verdadeira face. E se por um lado isso deixa a disputa mais transparente, por outro é preciso saber como jogar esse novo jogo com uma nova direita violenta e golpista que se mostra articulada em várias esferas.


Os professores que ontem foram massacrados podem ser a chave para enfrentar esse processo. O Brasil tem uma dívida histórica com esse segmento e não há nada melhor do que investir em educação para se derrotar a estupidez e a barbárie. Parabéns, professores do Paraná, vocês tiraram o bicho da toca.
 
Fonte: Blogue do Rovai
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A criação de uma Frente Progressista no Senado Federal com objetivo de enfrentar e barrar a agenda conservadora, a derrota do juiz Sérgio Moro na Operação Lava Jato e a violência da Polícia  do governo do PSDB do Paraná contra os professores daquele estado, colocam um ingrediente a mais nas manifestações do 1º de Maio.

Mais do que as tradicionais comemorações pelo dia do trabalho, o povo brasileiro , amanhã, irá às ruas para protestar contra a agenda conservadora que deseja sequestrar o governo federal, e também, contra a violência que a  polícia militar do estado do Paraná despejou nos professores em greve.

Essa agenda, apoiada pela velha mídia, partidos de oposição e setores do Judiciário, começa a sofrer duros golpes e o massacre de ontem no Paraná contra professores ( trabalhadores ), como bem observado na postagem acima do Rovai, revela o objetivo dessa organização reacionária.

Do Paraná surgiu Sérgio Moro, o juiz que deseja rasgar a Constituição e ignorar o Estado de Direito, no entanto, também do Paraná, pode ser disseminada  pelo país a semente de enfrentamento popular contra a organização reacionária e conservadora que deseja sequestrar o pais.


Estupidez ou inteligência ?

A inacreditável estupidez de não usar a TV no 1º de maio


Dilma esqueceu das eleições? Esqueceu que tem gente querendo defendê-la? Esqueceu daquela noite no Tuca, em São Paulo, ovacionada por milhares de pessoas, bem no coração da tucanolândia? Esqueceu que o Brasil não é feito apenas de paneleiros pró-militares? Esqueceu que ganhou?

Ainda não acredito que o Executivo fará uma estupidez dessa.

Não acredito que seja verdade que Dilma não fará um pronunciamento na TV aberta, como todos os presidentes têm feito, há anos, no 1º de maio.

Se fizer isso, é mais um tiro no pé.

Nos dois pés.

Os partidos vendem a alma para conseguir um minutinho a mais de TV.

E a Dilma joga fora de graça?

Por que?

Por medo de paneleiros?

Ora, isso é um desrespeito até mesmo contra os paneleiros. Se eles querem bater panelas, que batam. Isso demonstra que a democracia está viva.

Com um pouco de inteligência, os barulhos das panelas podem ser transformados em energia política, em favor de alguma narrativa.

O tempo de TV não é da Dilma, é do Executivo.

A gente fica se esgoelando para que o governo use mais a TV aberta, que fale mais, que venha para a arena política mostrar que está vivo.

E o governo faz o caminho contrário?

Vai se esconder ainda mais?

Berzoini, foi para isso que você virou ministro da Comunicação?

Edinho Silva, cadê você que não impede uma barbaridade dessa?

Dilma não é representante de si mesma.

Ela é a depositária política de 54 milhões de eleitores.

Se Dilma quer usar as redes sociais, ótimo!

É isso que temos sugerido há tempos!

Ora, mas então use o tempo na TV aberta, para fazer propaganda de sua rede social: “meu povo, entre no meu blog, entre na minha rede social”.

Faça um blog novo, uma rede social nova. Troque as fotos da rede social toda semana, para dar um ar sempre renovado.

(A fotinho do facebook de Dilma permanece a mesma há anos).

Ao invés de transmitir a mensagem de que Dilma não vai falar, a presidência deveria criar, desde já, a expectativa sobre o que seria dito no 1º de maio, criando um fato político.

Os meios de comunicação têm de ser usados em sinergia, em complementaridade.

Não vou culpar a Dilma porque não é possível atribuir essa responsabilidade a uma pessoa só. Não estamos numa ditadura, então esse tipo de decisão é colegiada.

A culpa, portanto, é do governo como um todo.

Em matéria de comunicação, o governo ainda é perigosamente burro.

Esta é a principal razão de sua fragilidade.

É uma opinião consensual de todos os cientistas políticos, de todos os políticos. Até mesmo Eduardo Cunha avisou: o governo não se comunica politicamente.

E aí quando tem a chance, o governo resolve não falar?

Se Dilma cair, será culpa dessa burrice.

O eleitor deu seu máximo: contra tudo, contra todos, elegeu Dilma.
Os movimentos sociais e centrais sindicais, em meio a clima de fim de mundo, em meio à atmosfera insuportável de criminalização da política, contra tudo e contra todos, conseguiram pôr gente na rua para defender a democracia.

Toda semana, a oposição inventa um pretexto diferente para o impeachment, com apoio da mídia e sob o olhar irônico de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, que faz um jogo de morde e assopra para ampliar seu poder.

Toda semana, as forças que apoiam Dilma conseguem enterrar a tentativa, apesar da inação do governo.

Ao não falar no 1º de maio, o governo, contudo, faz vários gols contra.

Dá munição aos adversários e trai a si mesmo.

Assim fica difícil, Dilma!

Fonte: O CAFEZINHO
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A presidenta Dilma resolveu não usar a TV para fazer o pronunciamento do 1º de Maio.

Se tal decisão tivesse ocorrido nos anos da década de 1980, com certeza teria sido um erro da Presidenta, já que restaria apenas o rádio, pois naqueles anos a internete não existia.

No entanto a decisão de fazer o pronunciamento pela internete, em parte, faz sentido já que as últimas pesquisas sobre a audiência da TV revelam um público envelhecido - a maioria com mais de 50 anos - com ideias anacrônicas e índices de audiência em queda.

A fonte de informação da maioria da população se desloca para a internete, seja pela confecção própria, única e diária do jornal para leitura diária, seja pelo contato através das redes sociais ou outros meios.

Isso é fato, baseado em dados estatísticos que revelam que a TV cada vez mais se torna irrelevante como principal fonte de informação e de entretenimento.

Entretanto,no Brasil, a TV aberta ainda tem alcance e influência consideráveis , mas não mais o suficiente para alterar e conduzir as pessoas como acontecia há duas décadas passadas.

As últimas três eleições presidenciais, em 2006, 2010 e 2014,mostraram de forma clara que apesar de toda pressão da velha mídia - rádios , jornais e emissoras de TV - para impedir as vitórias do PT, não alcançaram o objetivo desejado.

Tanto é verdade que a pressão no campo político, principalmente mas não o único, que a velha mídia despeja sobre a sociedade vem aumentando, talvez como crença - equivocada - que quanto maior e mais intensa a pressão , a mudança desejada acontecerá.

É o caso do chamado terceiro turno da eleição de 2014, que teve um movimento para desgaste do governo de forma jamais vista nos tempos recentes, mas que mesmo assim, vem perdendo força na sociedade  e mesmo nas instituições envolvidas e apoiadas pela velha mídia.

Seguindo o curso natural da razão e da justiça que no momento emitem sinais de recuperação dos espaços que foram sequestrados nos últimos seis meses, espera-se que um debate sobre o cancelamento da Operação Lava Jato se inicie, assim como a punição e afastamento do juiz Sérgio Moro em função dos atos irregulares que tem cometido.

Em meio a esse cenário entra em cena a questão da cena, ou seja, da comunicação do governo com a sociedade, justo no 1ºde Maio.

Em um ambiente sem turbulências políticas dos últimos meses, certamente a maioria da imprensa diria que Dilma acertou em usar as redes sociais para o pronunciamento do dia da Luta do Trabalhador, já que evidências demonstram que a TV perde audiência e relevância a cada segundo, e que a maioria da população jovem e adulto jovem se informa pela internete.

Como as turbulências existem, a mesma imprensa afirma que Dilma erra ao não usar a TV, com receio que outros panelaços aconteçam por conta do seu pronunciamento e com isso retardem a queda do movimento golpista, que com os últimos acontecimentos na política e na economia vem sofrendo duros golpes.

A decisão correta ou equivocada de Dilma, se revelará com o tempo e com suas novas inserções na mídia para se comunicar com a população.

O certo é que o vídeo que Lula publicou recentemente nas redes sociais , em que aparece se exercitando em academia de ginástica, vem fazendo muito sucesso, independente da visibilidade ou não nas emissoras de TV.

Também é certo que a TV , principalmente a TV aberta - Globo - mas não a única, atua diariamente como meio de despolitização e imbecilização da sociedade, gerando com isso em seus telespectadores anacrônicos e anestesiados sentimentos de repulsa e de aversão aos políticos e à política em geral.

Se Dilma , de fato, optou por priorizar a comunicação com a população através da internete e das redes sociais, é sinal que o governo entendeu que o paradigma da comunicação mudou, logo o governo acordou para a comunicação.

O conteúdo dessas futuras comunicações dirá se o governo está no caminho certo, já que no momento a situação política do país aliada a comunicação do governo, produzem ponto de vista e vista do ponto, estupidez e inteligência, passado e futuro.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

1º de Maio

1º de Maio. A hora é agora !

Aécio, Cunha, Skaf, Paulinho ‘Boca’ e assemelhados sabem o que fazem.

Será que o Dr Moro sabe quem é esse tucano, Bessinha ?

 O Conversa Afiada reproduz artigo de Saul Leblon, extraído da Carta Maior:

A hora é agora: 6ª feira, 1º de Maio de 2015


A mobilização contra o avanço conservador já não pode tardar. 

Nada é mais importante do que agigantar a força das manifestações neste 1º de Maio. A hora é agora

por: Saul Leblon

Uma semana antes deste 1º de Maio de 2015, 79% da bancada do PSDB na Câmara e uma proporção exatamente igual do PMDB votaram pelo desmonte dos direitos trabalhistas no Brasil. À petulância conservadora o PT respondeu com 100% dos votos em defesa da CLT; o mesmo fez o PSOL.

O cálculo do cientista André Singer encerra grave advertência e uma incontornável convocação.

O conservadorismo considera que é hora e há ‘clima’ para esfolar os assalariados brasileiros, sangrar a esquerda e colocar de joelhos os sindicatos. Um pouco como fez Margareth Tatcher contra os mineiros na emblemática greve de 1984.

Aécio, Cunha, Skaf, Paulinho ‘Boca’ e assemelhados sabem o que estão fazendo.

Rompido o lacre da regulação do trabalho, a ganância dos mercados reinará absoluta na dinâmica do desenvolvimento brasileiro, como aconteceu na ascensão do neoliberalismo com a derrota sindical inglesa de 1984.

A ordem unida da mídia, dos patrões, tucanos e pelegos em torno da agenda da terceirização condensa assim um divisor de época.

Só há uma resposta à altura para isso na História: a construção de uma frente ampla progressista, que comece por ocupar as ruas do Brasil nesta sexta-feira, para devolver ao 1º de Maio o seu sentido e aos democratas um instrumento capaz de reverter o golpe branco que tomou de assalto o país.

Muito do que acontecerá no Brasil nos próximos dias, meses e anos refletirá a abrangência dessa mobilização.

Inclua-se aí a rejeição da PL 4330, mas também o desfecho da espiral golpista travestida de faxina política de seletividade autoexplicativa  (leia a análise de Najla Passos; e os editoriais de Joaquim Palhares e de Saul Leblon.)

Nada é mais importante do que agigantar a força das manifestações contra os coveiros da CLT e da democracia social neste 1º de Maio.

Informe-se junto ao seu sindicato, reúna os amigos, convide os colegas de trabalho.

Não cabe mais perguntar que horas são.

O tempo é de dar respostas – nas ruas.



Em tempo: o Conversa Afiada reproduz nota do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC:


Greve na Mercedes é suspensa após cancelamento das 500 demissões anunciadas para dia 4



Movimento fica suspenso até dia 18 de maio, quando haverá nova negociação após balanço de adesões ao novo PDV


Em assembleia realizada na manhã de hoje, 27, pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os trabalhadores na Mercedes-Benz de São Bernardo decidiram suspender a greve até o dia 18 de maio. A decisão foi tomada após o anúncio da proposta encaminhada pela empresa, que inclui o cancelamento das demissões de 500 trabalhadores previstas para o dia 4 de maio, a prorrogação do layoff até o dia 15 de junho e abertura de um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária) para todos os trabalhadores da fábrica.

“Em 18 de maio já tem negociação marcada do Sindicato com a empresa para avaliar o resultado do PDV. Se o resultado reduzir e der conta de administrar o excedente, estará resolvido. Se não, haverá nova negociação e a mobilização será retomada com a mesma força e garra”, explicou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

O presidente do Sindicato, Rafael Marques, ressalta que, apesar do quadro difícil em que estão sendo feitas as negociações com a empresa, foi encontrada uma boa saída para o momento. “Conseguimos barrar as demissões sumárias, que não podíamos aceitar. Agora, com a prorrogação do layoff e um PDV com melhores condições para os trabalhadores, vamos continuar a negociação com a empresa. Não está tudo resolvido, mas conseguimos um bom encaminhamento. E isso só se deu por força da mobilização dos companheiros”, destaca.

“A greve e o acampamento montado nas portarias da fábrica foram importantes para resistir e mostrar a nossa luta pelo emprego. O movimento deu condições de a empresa voltar a conversar com compromisso de discutir o excedente de forma negociada”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva.

(…)




Em tempo2: os movimentos populares, como CUT, MST, MTST, Levante Popular da Juventude e CTB, já planejam as atividades do 1º de Maio:


CUT e movimentos populares realizam 1º de Maio de luta em São Paulo



Defesa dos direitos trabalhistas – em especial um vigoroso “não” ao PL 4330, pela retirada das MPs 664 e 665 do Congresso Nacional – , da democracia, da Petrobras e da reforma política são as principais bandeiras Dia do Trabalhador (a) em 2015

A CUT, a CTB, a Intersindical, o MST, o MTST, a CMP, a FAF e outras importantes organizações dos movimentos sociais, estudantil e sindical, promovem ato conjunto em comemoração ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora neste 1º de Maio (sexta-feira), no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo.

As principais bandeiras que marcam o evento em 2015 são a defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política.

A partir das 09h00 os/as trabalhadores/as e militantes vão se concentrar em três pontos da cidade – Luz, Praça da República/Largo do Arouche e Pátio do Colégio – de onde sairão em marcha até o Vale do Anhangabaú, onde a programação do dia de luta tem início – às 10h00 -  com realização de ato ecumênico seguido de ato político-cultural.

Só à tarde, a partir às 13h, tem inicio uma programação cultural com shows  com Alceu Valença, Leci Brandão, Rappin Hood, GOG, Thobias da Vai-Vai e Elizeth Rosa. Haverá, ainda, espaço de convivência e alimentação, além de unidades móveis de atendimento e outros serviços à população.

(…)


Clique aqui e leia mais sobre os atos do dia 1º de Maio.




Fonte: CONVERSA AFIADA
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