quarta-feira, 25 de março de 2015

Conteúdo para hienas

Reuters revisa texto e Ibope revisa audiência do Jornal Nacional

publicado em 24 de março de 2015 às 16:59
reuters
Algum internauta ligado fez o printscreen acima.
No sexto parágrafo, uma anotação entre parênteses: “Podemos tirar, se achar melhor”.
Um recado interno, que obviamente não era para ser publicado.
O que poderia sair do texto da agência de notícias Reuters?
O fato de que Pedro Barusco, o delator, disse que o esquema de corrupção na Petrobras começou durante o governo de FHC.
Um dado de fato embaraçoso para FHC, que na entrevista deitou falação sobre a culpa alheia.
Horas depois a Reuters “reviu”  o texto. Felizmente, não tirou o parágrafo esclarecedor. Apenas avisou que retirava a “nota do editor”.
Pior foi o Ibope, que revisou para cima o índice de audiência do Jornal Nacional nesta segunda-feira. Na medição em tempo real o JN chegou ao piso de 18,6. Na média, 20 pontos.
A revisão do Ibope ficou bem acima da margem de erro de suas pesquisas eleitorais, de mais ou menos dois pontos percentuais.
O Ibope do JN subiu 5 pontos! Para 25 de média, contra 29 na segunda-feira anterior.
Os irmãos Marinho agradecem.
Fonte: VIOMUNDO
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A NOTÍCIA COMO ELA É

A receita da salsicha

Por Luciano Martins Costa em 25/03/2015 na edição 843 do Observatório
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 25/3/2015

“Os cidadãos não dormiriam tranquilos se soubessem como são feitas as leis e as salsichas.”
A frase, atribuída ao chanceler do império germânico Otto von Bismarck (1815-1898), poderia receber uma paródia muito a propósito: “Os cidadãos dormiriam mais tranquilos se soubessem como é feito o jornalismo”. Seria uma maneira de dizer que o noticiário pessimista induzido pela imprensa diariamente teria menos efeito no ânimo dos cidadãos se eles soubessem como é produzido.

Eventualmente, um vacilo da redação torna pública a manipulação de reportagens e entrevistas, como aconteceu no dia 8 de fevereiro deste ano, quando circulou nas redes sociais cópia de mensagem enviada pela diretora da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, recomendando aos chefes de núcleo da emissora que retirassem qualquer referência ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso do noticiário sobre o escândalo da Petrobras.

Segundo o jornalista Luís Nassif, que divulgou o fato em seu site noticioso (ver aqui), o texto trazia como assunto: “Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato” (sic) e alertava: “Revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique”.

A confissão explícita de que o mais influente telejornal da emissora que domina as audiências é condicionado de cima para baixo não surpreende quem sabe como a salsicha é feita: o Grupo Globo deve ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso o saneamento de suas dívidas, obtido com um empréstimo do BNDES, no valor de R$ 600 milhões, concedido em 2002, no fim do seu segundo mandato. Além disso, a parceria tem outras raízes: a jornalista que constrangeu o ex-presidente com um filho que não era dele – e que FHC, inadvertidamente, reconheceu num cartório da Espanha (ver aqui) – era funcionária da TV Globo e foi premiada com um exílio na Europa há vinte anos.

A vida privada de políticos não deveria interessar ao jornalista, desde que os eventos particulares não interfiram nos fatos públicos. Não é o caso: a cumplicidade entre a principal emissora do país e um ex-presidente que segue influenciando a política e a economia nasce de ato indecoroso do então ministro do governo Itamar Franco, acobertado pela empresa de comunicação e que, possivelmente, criou as condições para uma decisão de Estado – o favorecimento num empréstimo do banco estatal de desenvolvimento.

Autobiografia terceirizada

Nesta semana, as entranhas da salsicha midiática voltam a ser expostas à visitação pública por um ato falho do correspondente-chefe da agência de notícias Reuters, Brian Winter, que em sua edição brasileira publicou entrevista com o ex-presidente, na qual Fernando Henrique Cardoso afirma que seu sucessor, Lula da Silva, tem mais responsabilidade no escândalo da Petrobras do que a atual presidente, Dilma Rousseff.

Às 9h08 de segunda-feira (23/3), a entrevista assinada por Brian Winter trazia uma afirmação de Fernando Henrique segundo a qual a corrupção se tornou mais intensa durante o governo Lula. Mas logo adiante, no sexto parágrafo, podia ser lido o seguinte: “Entretanto, um dos delatores do esquema, o ex-gerente de serviços da Petrobras Pedro Barusco, disse que o esquema de pagamento de propinas começou em 1997, durante o governo tucano”.

A pérola é o que se segue – entre parênteses, o autor faz uma ressalva ao editor: “(Podemos tirar, se achar melhor)”. Ou seja, o jornalista inseriu informação que relativizava a declaração do entrevistado e, em seguida, recomendou que a referência à origem da corrupção na Petrobras, durante o governo FHC, fosse cortada do texto final.

Após alguma repercussão nas redes sociais, o site da Reuters republicou a entrevista, sem a recomendação de Winter, mas deixava uma pista também entre parênteses: “(Reenvia texto publicado originalmente na segunda-feira para excluir nota do editor no fim do 6º parágrafo)”.

Este observador pediu explicação à agência de notícias e até a manhã de quarta-feira (25/3) não obteve resposta.

O correspondente Brian Winter, no Brasil desde 2010, publicou quatro livros, três dos quais são biografias: uma de Pelé, outra do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, e a terceira de Fernando Henrique Cardoso. O livro intitulado O improvável presidente do Brasil, publicado em 2007, originalmente em inglês, foi ditado pelo ex-presidente ao jornalista Brian Winter, que aparece como coautor, o que permite ao modesto sociólogo falar de si mesmo na terceira pessoa.

Deu para entender como é feita a salsicha?



Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Tira daqui, altera dali, esconde acolá, modifica lá.

A continuar desse jeito, os conteúdos da velha mídia terão, em breve, apenas a data do dia.

E olha que a data pode ser mentirosa.

Além dos esconde esconde e põe e tira da Reuters, o IBOPE. grande IBOPE, revisou a audiência do Jornal Nacional, pois segundo o IBOPE, grande IBOPE, ocorreu uma instabilidade ( passageira ? ) nos medidores de audiência.

A instabilidade ( passageira ? ) gerada pelos equipamentos  foi, segundo o IBOPE, grande IBOPE, o responsável pelo índice de audiência  raquítico apresentado pelo Jornal Nacional.

O erro, obviamente, foi para menos, já que tal audiência registrada seria impossível em um telejornal de tamanha credibilidade e de conteúdo exemplar.

Em meio a instabilidade  dos equipamentos,  e do esconde  esconde, surge FHC, orbitando as trapalhadas  e mentiras de uma velha mídia que mergulhou  no esgoto do jornalismo de invenção.

O suposto erro do IBOPE, grande IBOPE, foi voltar atrás e produzir um índice , provavelmente mentiroso, com o intuito de preservar seu agonizante parceiro.

A queda de audiência do Jornal Nacional e de toda a programação de globo e das demais emissoras de TV aberta, é algo que já vem ocorrendo ao longo dos últimos anos. logo, o tombo abrupto do principal meio de manipulação e de  crimes contra o  Brasil, não foi fruto de nenhuma instabilidade, é incompetência de gestão.

A velha mídia despenca porque o conteúdo oferecido a população é de péssima qualidade, e somente a parcela de  hienas da sociedade  para consumí-lo.

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