sábado, 28 de março de 2015

Quem vai querer marmelada ?

Operação Zelotes se aproxima da Globo

28 de março de 2015 | 12:11 Autor: Miguel do Rosário
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O imenso poder da Globo ancora-se na brecha que o monopólio encontrou para se expandir país a fora, através de suas “afiliadas”, controladas pelas oligarquias que assumiram o poder nos estados após o fim do regime militar: o coronelismo midiático.
Invariavelmente são famílias enriquecidas na ditadura, aliadas ao poder político conservador local, seja diretamente, através de familiares, seja indiretamente, através de famílias parceiras.

A afiliada mais poderosa da Globo está no sul do país. É a RBS, controlada pela família Sirotsky.

A operação Zelotes, que investiga um esquema de corrupção e evasão fiscal que pode ter lesado o Estado em quase R$ 20 bilhões, identificou a RBS como uma das suspeitas.

Os investigadores suspeitam que a RBS pagou R$ 15 milhões para fazer um débito fiscal de R$ 150 milhões “desaparecer”

Fonte: TIJOLAÇO
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INSEGURANÇA PÚBLICA

Crônica de mais uma morte anunciada

Por Luciano Martins Costa em 30/03/2015 na edição 843
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 30/3/201
A Folha de S. Paulo relembra, dez anos depois, a chacina de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, quando cinco policiais militares assassinaram a tiros 29 pessoas, depois de haverem consumido 63 latas de cerveja. O texto, publicado na edição de segunda-feira (30/3), chama atenção por dois aspectos: a imprensa brasileira não costuma dar muita atenção a crimes que têm como vítimas pessoas sem expressão social ou que não envolvam personagens capazes de mover emoções coletivas; além disso, os jornais não tratam com a devida atenção o problema da violência policial.
O massacre de Nova Iguaçu foi um exemplo da deformação que atinge as polícias militares em muitos estados brasileiros, pela persistência de uma mentalidade que privilegia a ação antes da reflexão e pelos resquícios de uma visão preconceituosa contra os estratos mais desfavorecidos da sociedade. As estatísticas da violência institucional contra negros e mulatos constituem uma nódoa difícil de apagar no trajeto do Brasil em direção à modernidade.
A maior chacina ocorrida no Rio, de que se tem notícia, aconteceu no dia 31 de março de 2005, e teve como antecedente uma reunião de policiais que haviam sofrido sanções disciplinares. Alguns deles eram suspeitos de promover uma escalada de violência na região, com execuções de suspeitos e desafetos: dias antes, dois homens haviam sido degolados e a cabeça de um deles atirada no pátio do quartel da PM em Nova Iguaçu, como resposta à ação do comandante, coronel Paulo César Lopes, que havia punido mais de 60 policiais por desvio de conduta.
Naquela noite, um grupo de PMs que haviam sido punidos reuniu-se num bar e combinou de promover um banho de sangue. Circulando por bairros pobres de Nova Iguaçu, eles atiraram aleatoriamente contra pessoas que encontravam pelo caminho. Depois de fazer dezessete vítimas na Baixada Fluminense, dirigiram-se para o bairro de Cruzeiro, onde executaram mais doze inocentes. Foram disparadas centenas de tiros, que atingiram indiscriminadamente até mulheres, adolescentes e crianças.
Quatro dos cinco principais suspeitos foram julgados, recebendo penas de centenas de anos de prisão. O processo contém detalhes, provas e depoimentos mostrando a conexão entre a violência dos policiais e seu envolvimento com exploradores de jogos clandestinos.
Uma paz precária
Corte para a cena paulista, março de 2015: a imprensa noticia que, pela primeira vez, em uma década, a polícia apreendeu heroína, droga mortal pouco consumida no Brasil. O fato aconteceu na região conhecida como Cracolândia, e dois africanos da Tanzânia teriam sido presos vendendo a droga.
As reportagens publicadas na quinta-feira (26/3) informam que foi iniciada uma ação conjunta com a Polícia Federal e o Ministério Público para evitar que a droga se espalhe. OGlobo registrou a declaração oficial da Secretaria de Segurança Pública, segundo a qual “a Cracolândia é uma das regiões mais bem policiadas do Estado” e que “a Polícia Militar dá suporte a agentes sociais e de saúde que atendem os consumidores de drogas”.
Esse é exatamente o limite da ação da imprensa: taxistas, comerciantes, agentes sociais, policiais e outros profissionais que atuam na região contam uma história diferente, que inclui um pacto silencioso entre autoridades, traficantes e até mesmo voluntários ligados a entidades religiosas.
A polícia realmente prende traficantes na Cracolândia, mas muitos têm as algemas destravadas logo depois do viaduto sobre a linha férrea. Há um entendimento generalizado segundo o qual não se pode impedir totalmente o fornecimento de crack aos dependentes, porque com a abstinência eles se tornam agressivos e mais difíceis de controlar.
O problema é que o critério para a decisão do policial produziu uma espécie de pacto entre agentes públicos, voluntários e representantes do crime organizado. Uma espécie de “comitê” da quadrilha conhecida como PCC circula entre os acampados na Alameda Cleveland, organizando o tráfico e evitando que a polícia seja chamada para administrar conflitos.
Há poucos dias, um dos moradores foi “profissionalmente” espancado porque costuma agredir a mulher e fazer escândalo por conta de supostos e reincidentes atos de infidelidade. Está marcado para morrer.
A crônica dessa e de outras mortes anunciadas não parece sensibilizar as redações. Repórteres circulam pela região e de vez em quando recolhem histórias de personagens inusitados, como uma ex-modelo, um empresário caído em desgraça, um jovem de classe média – que, supostamente, na mente do jornalista, não deveriam estar ali.
A Cracolândia é o Brasil.
Fonte: OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
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Corrupção, segurança pública e drogas.

E assim continua-se enxugando gelo.

Pode parecer que em um primeiro instante os três assuntos não tenham nada em comum, no entanto, tem tudo a ver.

Atualmente a corrupção só é notícia na velha mídia se o governo federal ou políticos do PT forem citados.

Sonegação de TV globo, contas estranhas no HSBC, corrupção envolvendo políticos do PSDB, corrupção envolvendo os governos do PSDB nos estados de São Paulo e Minas Gerais não merecem o  mesmo destaque, ou, sequer são notícia.

Conclui-se que existe a corrupção chique e a corrupção do povo, sendo que a última deve ser punida.

Assim como existe o consumo de drogas pelos ricos e pela classe média que recebem a droga em suas residências, e o consumo de drogas pelos pobres e inaptos, que se drogam pelas ruas, como na cracolândia de São Paulo.

A polícia, alô polícia !, tem acordos com todos, ricos, pobres e traficantes e , assim sendo, a venda e consumo de drogas continua normalmente e, vez por outra, operações de combate ao tráfico de drogas e apreensões de drogas  de traficantes que não fazem o jogo, aparecem com grande destaque na velha mídia.

Para que tudo isso funcione como de fato funciona atualmente, a corrupção é o destaque e envolve órgãos  de segurança pública, organizações criminosas, políticos,  e até mesmo a imprensa.

E assim , a velha imprensa atualmente faz o maior barulho no combate a corrupção... somente de políticos do PT.

E tem até magistrado midiático, para compor o espetáculo mágico.
Respeitável público, agora o magistrado ganhou uma canção como homenagem pelo seu trabalho ( trabalho ?) em prol da ética e dos bons costumes.

Agora vai, dizem alguns.

No entanto, as drogas continuam por aí, consumidas por ricos e pobres, vendidas em locais de conhecimento de todos , principalmente pela polícia.

Se deseja de fato combater a corrupção e o tráfico de drogas ?

Ao que salta aos olhos, a corrupção e o tráfico de drogas são de fato combatidas por governos,no entanto esse combate funciona  apenas como uma satisfação circense para a sociedade, sendo que o circo é montado pela velha mídia.

Quando a velha mídia faz oposição ao governo, como tem sido nesses anos de governo do PT, o circo ganha outros personagens e o governo  aparece sempre como culpado.

Quem vai querer marmelada ???? 

O mesmo se aplica ao combate a violência urbana, já que a polícia é uma das causas dessa violência, como tem sido afirmado  de bom grado por especialistas em segurança pública.

No momento atual do país, em que o bater de panelas chiques ecoa pelas ruas , o governo é o culpado de tudo, a oposição é ética e responsável, o consumo de drogas é coisa de pobres e infelizes que caíram na desgraça, e a polícia tem feito o seu papel com vigor e responsabilidade.

Um grande circo mentiroso acontece diante dos olhos de todos, com muita gente da oposição e da velha mídia em um grandioso espetáculo cuspindo fogo pela boca.

O circo, no entanto, emite sinais de desgaste, já que a velha mídia agoniza em audiência e credibilidade.

Defensores do fim do circo comemoram a queda das principais atrações, como o higiênico sujo Jornal Nacional, novelas menores com muita indecência, e a revista dominical que por décadas deprime o povo brasileiro nas noites de domingo.

No entanto, apontam como evidências objetivas pela queda o protagonismo das novas tecnologias de informação e comunicação, porém, comemoram a ascensão de cópias oriundas do circo evangélico.

E tudo continua o mesmo, seja no combate a corrupção, no combate as drogas, na segurança  pública e no conteúdo circense.

De fato o governo do PT tem sido o governo que mais combate e combateu a corrupção.

O combate as drogas , não só no Brasil como em todo o mundo é um grande circo, com exceções em alguns países  em que o combate de fato existe e passa pela descriminalização do consumo de drogas.

A segurança pública é de tal forma que atualmente até ex-chefes de polícia estão presos em penitenciarias, e a polícia se confunde com criminosos, corruptos, jornalistas, celebridades , etc..., acentuando cada vez mais a insegurança nas cidades.

A velha mídia privada é um grande circo mentiroso, com espetáculos de baixa qualidade, independente da orientação religiosa ou política, e necessita de um novo marco regulatório. 

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