quarta-feira, 18 de março de 2015

O protesto chique x mudanças pra valer

Marcos Luiz Ribeiro de Barros disse:
17/03/2015 às 7:11 pm Miguel, ainda sobre a pesquisa datafolha domingo na Av. Paulista, 76% tinha curso superior e ganham mais de 10 salários mínimos: essa gente sempre foi contra a Dilma/PT. É preciso que vocês mostrem isso (Você, PHA, Luis Nassif, etc.).
Logo, foi um ato dos derrotados em 26/10/2014.

Fonte: O CAFEZINHO

coluna
Fotos do protesto em coluna social de jornal

Sem dúvida, foi um ato de classe média, alta e de ricos.

Com direito a fotos na coluna social de jornal.

Foi um circo, cá entre nós, incentivado pela imprensa e pelo PSDB, que aproveitaram as investigações do lava-jato e as necessidades de ajustes na economia que o governo vem fazendo e que não são simpáticas nem aos eleitores do PT.

Com muito barulho e sempre culpando o governo por tudo,  a mídia aproveitou o clima e o circo se fez, principalmente nas ruas da cidade de São Paulo.

Para a maioria dos manifestantes, foi algo com um domingo em família no parque, já que a imensa maioria dos manifestantes não tinha discurso político que durasse cinco segundos.

Foi um ato contrário ao PT, típico dos paulistas, que pensam que São Paulo é Milão, na Itália.

Uma demonstração de classe, já que o PT representa os trabalhadores, pobres , sempre rejeitados pelas elites, dos Jardins ao Leblon.

O conflito de classe, no entanto, regrediu para  o ódio, principalmente por parte dos ricos, que amargam a quarta derrota para PT nas eleições presidenciais.

O caro leitor, sempre atento, percebe que  a manifestação pode ser definida como algo do tipo:

" não aguento mais perder para você",  "tenho ódio das suas vitórias",  "detesto suas políticas de valorização da cultura brasileira",  "detesto seus intelectuais" ,"quero odiar, xingar, não aguento mais represar esses sentimentos de raiva por perder tanto ", " quero mostrar que somos ricos, chiques, temos cães de raça" , "viemos todos com a camisa da seleção brasileira de futebol , porque ficamos felizes com a derrota desse país para a Alemanha por 7 x 1,  e reafirmamos nossa condição de derrotados", etc...

Foi o domingo do ódio explícito, sem consciência , sem conteúdo político, uma palhaçada  que entrará para a história, como bem ilustrado na charge abaixo, que revela quem são e  como pensam os manifestantes:


Vitor Teixeira: Patologias políticas
publicado em 17 de março de 2015 às 21:26
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Isso é fato, no entanto o governo Dilma deve reagir e partir pra cima, começando com uma estratégia de comunicação eficaz e atuante.

Se a população está insatisfeita com a corrupção, como afirma a velha mídia raivosa, o caminho para o combate ao desvio de dinheiro público, começa com uma reforma política. Não essa reforma que corre na Câmara dos Deputados e conduzida pelo PMDB, mas sim uma reforma política profunda, que dentre outras coisas, acabe com o financiamento privado de campanha.

Concorda, Ministro Gilmar Mendes ?

Pelo andar da discussão, parece que o Ministro  Mendes não concorda, assim como o imortal de globo, o Merval, assim como a velha mídia, o PMDB, e a quase totalidade os partidos políticos.

Esquizofrênica essa velha mídia, grita contra a corrupção empurrando inocentes úteis para as ruas, mas na hora de combater para valer a corrupção não aceita mudanças nas estruturas viciadas.

Os partidos de esquerda e a parcela da sociedade que de fato desejam mudanças nas estruturas obsoletas, devem participar das campanhas em favor de uma reforma política pra valer que minimize a corrupção e, também,  em defesa da democracia.

Leia abaixo, o que diz CARTA MAIOR sobre a agenda de protestos pela reforma política:

 Dia 21 de abril o PT fará manifestações em defesa da democracia e da reforma política; antes, dias 30 de março e 16 e 17 de abril, a executiva nacional e diretórios estaduais se reúnem, com a presença de Lula, para discutir a agenda de mobilizações.

Como sugestão deste blogue, os protestos agendados deveriam também incluir a reforma da mídia e a questão da distribuição das verbas de publicidade do governo aos órgãos de imprensa, comunicação e mídia , de uma maneira geral.

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