terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

E a verdade ?

Antonio Cruz/ ABr
A avaliação de Jair Krischke, ativista de direitos humanos, sobre o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, entregue dia 10, em Brasília, é que “foi uma Comissão realizada apenas para atender a um clamor brasileiro, mas as condições para a realização do trabalho não foram dadas, o que é lamentável”
19/12/2014
“O relatório da Comissão Nacional da Verdade ficou devendo alguma coi­sa à sociedade brasileira, pois não apro­fundou alguns temas como deveria ter aprofundado”, comenta Jair Krischke na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por telefone.
Na avaliação dele, a operação Condor, por exemplo, “deveria ter sido melhor avaliada. O relatório diz que não há ele­mentos suficientes para provar a partici­pação do Brasil na operação, mas eu pos­so falar solenemente desse assunto, por­que prestei depoimento à Comissão da Verdade sobre isso. Documentei a ques­tão, mostrando que quem criou a opera­ção Condor foi o Brasil, sim”.
Para ele, uma das razões pelas quais a Comissão não conseguiu aprofundar su­as investigações deve-se ao fato de pou­quíssimas pessoas estarem envolvidas com as investigações. “E esse foi o prin­cipal problema. Depois, a própria presi­denta prorrogou o prazo de atuação da Comissão da Verdade, e só mais tarde se deram conta das dificuldades e trou­xeram mais pessoas para trabalhar, por­que a investigação da Comissão começou com sete comissários e 14 auxiliares. Na Comissão da Verdade da África do Sul, que é sempre referida, 450 pessoas tra­balharam”, pontua.
Apesar das críticas, Krischke assina­la que é preciso “aplaudir as recomen­dações da Comissão da Verdade no rela­tório, que foram muito importantes, en­tre elas, a de extinguir as polícias milita­res como herança da ditadura. Em ter­mos de segurança pública, é uma boa re­comendação”.
O senhor leu o relatório da Comissão da Verdade?
Jair Krischke – Ainda não consegui ler, mas olhei alguns pontos, os quais posso comentar. Do que analisei até ago­ra, penso que o relatório ficou devendo alguma coisa à sociedade brasileira, pois não aprofundou alguns temas como de­veria ter aprofundado. Cito especialmen­te a questão da Operação Condor, que deveria ter sido melhor avaliada. O rela­tório diz que não há elementos suficien­tes para provar a participação do Brasil na operação, mas eu posso falar solene­mente desse assunto, porque prestei de­poimento à Comissão da Verdade sobre isso. Documentei a questão, mostrando que quem criou a Operação Condor foi o Brasil. Documentei o caso do coronel Je­fferson Cardim de Alencar Osório, e com isso ficou muito claro, nas documenta­ções que entreguei, que o Brasil inaugu­rou essa prática, sim. Depois, apresentei o segundo caso de operação Condor, que é de junho de 1971, e outros documentos mais que mostram a participação brasi­leira no caso.
Costumam dizer, e eu contrario es­sa posição, que a operação Condor dá­-se em Santiago do Chile em novem­bro de 1975. Bem, nessa ocasião se deu o nome da operação, mas dois milita­res brasileiros que participaram da reunião se declararam apenas e tão so­mente observadores e não assinaram a ata. Então, se vou tomar essa postu­ra como boa, terei de dizer que o Bra­sil não tem nada a ver com a Opera­ção Condor. Mas dizer que o Brasil não participou da operação Condor é um absurdo, porque participou em várias e várias ocasiões tanto com ações no ex­terior, especialmente em Buenos Ai­res, dando recibos ao aparelho repres­sivo argentino, como no território bra­sileiro, no Rio Grande do Sul, com o se­questro de argentinos no dia 12 de no­vembro de 1978, em Porto Alegre.
É verdade que quando enfrentamos essa situação nem sabíamos que o no­me da operação era Operação Condor, mas lutamos contra um sequestro que ficou claríssimo, inclusive, com senten­ça policial, condenando policiais gaú­chos que atuaram em conjunto com a repressão uruguaia, toda ela militar. Depois, em 1980, em pleno Aeroporto do Galeão, dois argentinos foram víti­mas da Operação Condor. No meu de­poimento documentei isso com um do­cumento norte-americano que narra co­mo se deu essa operação. Depois, ainda em 1980 – e quando falo da década de 1980, estou falando de um período pós­-Lei de Anistia –, em junho, em Uru­guaiana, na fronteira com a Argentina, desaparecem o padre Jorge Oscar Adur, capelão montonero, e Lourenço Ismael Vinhas, jovem estudante de medicina, que vinham em ônibus diferentes. En­tão, citei os fatos, demonstrei documen­tos e acho que tudo isso, no relatório, fi­cou muito pobre.
E por que acha que se chegou a essa conclusão em relação à Operação Condor?
Estou falando daquilo que sei em fun­ção do meu depoimento. Imagino que outras pessoas também prestaram de­poimentos e, ao lerem o relatório, vão achar que esses depoimentos deveriam ter sido mais trabalhados.
Uma das questões que apareceu, ain­da quando se começou a discutir a cria­ção da Comissão da Verdade e se fala­va em dois anos para examinar um pe­ríodo de 1946 a 1988, foi o fato de ha­ver pouquíssimas pessoas envolvidas nas investigações. E esse foi o princi­pal problema. Depois, a própria presi­dente prorrogou o prazo de atuação da Comissão da Verdade e só mais tarde se deram conta das dificuldades e trouxe­ram mais pessoas para trabalhar, por­que a investigação da Comissão come­çou com sete comissários e 14 auxilia­res. Na Comissão da Verdade da África do Sul, que é sempre referida, 450 pes­soas trabalharam.
Foi intencional ter uma Comissão reduzida no Brasil?
Acho que sim; foi uma Comissão rea­lizada apenas para atender a um clamor brasileiro, mas as condições para a reali­zação do trabalho não foram dadas, o que é lamentável.
Além da Operação Condor, que outros pontos não foram explorados de modo suficiente pela Comissão?
Para responder a essa questão, vou ter de ler o relatório com mais atenção.
Quais são os pontos louváveis do relatório?
Sobre este aspecto, tenho de aplaudir as recomendações da Comissão da Ver­dade no relatório, que foram muito im­portantes, entre elas, a de extinguir as polícias militares como herança da dita­dura. Em termos de segurança pública, é uma boa recomendação. Outro aspec­to importantíssimo foi o fato de se ter utilizado o critério internacional da li­nha de comando, onde estão indicados os generais presidentes e os ministros militares, ou seja, toda a cadeia de co­mando responsabilizada. Isto eu aplau­do porque é isso que tem sido feito no mundo todo.
Quais aspectos destaca como sendo novidades ou boas apurações feitas pela Comissão da Verdade e apresentadas no relatório? A questão do genocídio indígena foi uma das grandes surpresas desta investigação?
O caso indígena não foi propriamen­te uma novidade. Esses acontecimen­tos apenas não eram muito divulgados e tampouco aprofundados. A Comissão abriu um pouco esse caso, mas houve muita dificuldade ao tentar esclarecer esse tema.
Quais as novidades do relatório acerca de locais onde eram praticados atos de tortura?
Neste aspecto, foi uma vergonha, por­que se deve lembrar que a Comissão ofi­ciou ao Ministro da Defesa, que levou alguns meses para responder em 455 páginas que nunca houve tortura nos quartéis. O parecer dele foi tão vergo­nhoso que depois tiveram de refazê-lo, porque não houve colaboração militar nesse processo.
O relatório deu algum destaque à atuação dos presos políticos?
Apenas relatos; não aprofundou os casos.
Como o senhor interpreta o fato de a presidenta ter se emocionado ao ter recebido o relatório, mas ter dito que “o Palácio do Planalto não fará qualquer gesto para incentivar a revisão da Lei da Anistia”?
A presidente disse o que nos esclarece: existem acordos políticos que devem ser cumpridos.
Depois da entrega do relatório, o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dallari, disse que Argentina, Chile e Uruguai já julgaram quem praticou crimes de Estado em suas ditaduras, mas o mesmo não ocorreu no Brasil, e nesse sentido, a presidenta Dilma disse que “nós reconquistamos a democracia à nossa maneira, por meio de lutas duras, por meio de sacrifícios humanos irreparáveis, mas também por meio de pactos e acordos nacionais, que estão muitos deles traduzidos na Constituição de 1988”. Como o senhor vê essas declarações?
Gostaria de saber que acordos são es­ses, porque esses acordos são espúrios. A imprensa deveria perguntar à presi­dente que acordos são esses. Eu, como cidadão, não fiz acordo nenhum. Nem acho que é preciso rever a lei de Anistia, mas lê-la com atenção, porque a lei diz que são anistiados crimes políticos e co­nexos. Conexos a quê? A crime político, evidentemente. Bem, agentes de Estado civil ou militar não podem cometer cri­me político, por serem agentes do Esta­do. E se eles cometerem crime, será cri­me comum. No artigo 2º da lei de Anistia há um parágrafo que diz que crimes con­tra pessoas não estão anistiados, e tanto é verdade que, promulgada a lei, muitos brasileiros continuaram na prisão. A lei é de agosto de 1979 e em fevereiro de 1980 havia greve de fome de preso político. Matar, torturar e desaparecer seria con­tra a pessoa ou não? Então, não se quer ler a lei tal qual está escrita.
Em termos políticos, o que se espera depois da entrega do relatório da Comissão da Verdade?
Inaugura-se um novo tempo de discus­são e de debate a partir do que aparece no relatório. Nesse sentido, há bastantes elementos para discutirmos daqui para frente.
Fonte: BRASIL DE FATO
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Em sintonia com o assunto acima, vale a leitura do conto 
O Aparelho do Lins de Vasconcelos, do PAPIRO, abaixo, da série Rio Zona Norte, publicado por este blogue em 20 de abril de 2012.


Rio Zona Norte - 2  

O Aparelho do Lins de Vasconcelos


A hora para passar a limpo o passado é agora,no governo Dilma, com a Comissão da Verdade.

Nas sangrentas batalhas travadas pela oposição conservadora e os movimentos sociais, o conhecimento sobre a verdadeira história do período da ditadura militar no Brasil parece que não mais aceita adiamentos. Em diferentes países a verdade foi passada a limpo, com punições ou não, a história seguiu. 

Na África do Sul, que viveu, talvez, o mais brutal e bestial regime de segregação racial, com milhares de mortos, a transição para a democracia não permitiu dissimulações ou falsas anistias.  A Comissão da verdade, brilhantemente dirigida pelo nobelista Desmond Tutu, colocou frente a frente os dois lados da disputa. O processo foi doloroso, fazendo com que Tutu fosse às lágrimas por diversas vezes, diante das declarações. Assassinos e familiares dos mortos, independente das cores e do lado, falavam de suas angústias, tristezas e sofrimentos, por conta dos anos de luta. O processo foi fundamental, para que o país conhecesse sua história, valorizasse seu passado, e pudesse olhar com firmeza para o futuro.  A África do Sul, independente dos sérios problemas ainda a resolver, ficou conhecida como o país de todas as cores, lugar onde a ignorância e estupidez,  tiveram como resposta a civilidade e o diálogo. 

Na América do Sul, que sofreu com a  barbárie de ditaduras, diversos países trouxeram a tona a verdade sobre os anos em que o sol não brilhou, exatamente na região do Império do Sol. 
Em alguns países, os ditadores foram julgados, condenados e cumprem penas por seus crimes. Em outros, a verdade pode ser conhecida, com anistia para todos os lados. O importante, em todos os casos, foi a restauração da ordem democrática, a remoção do entulho autoritário dos poderes e, principalmente, a verdade, condições essenciais para evolução de uma nação. 

Nesse contexto, me vêem lembranças do ano de 1973. 
Naqueles já distantes anos,  onde corujas e pirilampos bailavam entre sacis e fadas com os Secos& Molhados,  Raul Seixas não sentava no trono de seu apartamento com a boca cheia de dentes esperando a morte chegar e os Novos Baianos enlouqueciam a ditadura e sua patética censura, conheci Lucas. 
De um dia para o outro, Lucas, que fora amigo na faculdade, sumiu. 
Décadas depois nos reencontramos e pude conhecer um pouco de sua história.

Lucas militava em uma organização contra o regime militar. 
Na faculdade era de poucas palavras, mesmo porque qualquer conversa com mais de três pessoas podia ser vista como conspiração comunista. 
Seu grupo de ação, alugou uma casa, que servia de encontro , no pacato bairro do Lins de Vasconcelos, zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

O Lins era um bairro estratégico para o funcionamento de aparelhos. Sem ser um bairro de passagem, com pouco movimento, residencial com casas com cadeiras na calçada e na fachada escrito que é uma lar,  tinha saídas para o subúrbio pelo alto Meier, para o centro pelo Engenho Novo e para a zona oeste, pela estrada Grajaú - Jacarepaguá.
O aparelho que Lucas frequentava ficava numa dessas ruas tranquilas, entretanto eles jamais poderiam imaginar, que na casa em frente morava um jornalista, que trabalhava para a ditadura como torturador. A rua, como em todo bairro da zona norte , tinha seus personagens.
Seu Pinto era um deles. Aposentado, vivia com sua mulher, Dona Walquiria em uma casa próxima. Sujeito de pouca instrução, mas de grande astúcia e ótimo observador. Passava a maior parte dos dias  sentado em uma cadeira na porta de sua casa, ora lendo jornais, ora bebendo cachaça.

Na casa em frente a de Lucas, vivia Silvério, o jornalista torturador, casado com Juliana. Tinham um filho, Pedro. Silvério não despertava suspeitas, menos para Seu Pinto, claro, por ser um sujeito família que frequentava as missas aos domingos na igreja do bairro. Tinha uma rotina, que para Seu Pinto era estranha. Saía de casa as 5 horas da manhã, todos os dias,  voltava por volta das 10 horas, saía novamente por volta das 17 horas e voltava às 21 horas. As vezes ficava o dia todo fora de casa. Era um sujeito alto, de olhos claros, com uma aparência saturniana.

No aparelho viviam diariamente, Paulo e Vera. 
Simulavam um casal recém casado, tinham em torno de 25 anos e para evitar fofocas , também frequentavam a missa aos domingos, mesmo sendo marxistas de carteirinha.  Tinham uma caminhonete DKW, um pouco surrada,  carro típico de aparelho. Não tinham uma rotina fixa, raramente recebiam visitas que pudessem ser vistas pelos vizinhos. 
Mesmo assim, Seu Pinto desconfiava deles.  
Para os encontros e reuniões, que aconteciam com frequência, Paulo e Vera traziam as pessoas escondidas na caminhonete, sendo que muitos, ficavam , as vezes, semanas na casa, sem sair a rua ou aparecer para a vizinhança. Quando iam embora, também saim escondidos no carro.
  
Seu Pinto achava que Vera tinha uma expressão de medo constante, e achava que ali tinha coisa.

Acontece , que em um determinado dia, Igor, um que vivia no aparelho e entrava 
escondido no carro, pelo vidro da janela avistou Silvério saindo de casa. Levou um susto tremendo, pois reconheceu Silvério como seu torturador.

Certa vez, Igor que caminhava pela Avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro, onde estava estudando a rotina do Banco Irmãos Guimarães na esquina da Rua da Alfândega para uma ação de expropriação, foi agarrado e jogado em um carro. Foi levado para uma órgão de informação das forças armadas, nas  proximidades da Praça XV.  Ficou no local por  oito horas , onde foi interrogado, torturado e mandado embora, por atitude suspeita. No interrogatório estava presente Silvério, que além de trabalhar em um grande conglomerado de mídia carioca como jornalista, também colaborava como torturador para a regime, assim como os donos do conglomerado midiático. Igor levou vários choques elétricos nos  órgãos genitais, e diversos telefones, fazendo ficar sem audição por umas três semanas. Aguentou firme, não falou nada e  teve sorte de ter sido dispensado

Quando  Igor avistou  Silvério  na casa em frente avisou rápido os demais companheiros do perigo que aquela figura representava.
Depois de alguns dias de discussões, resolveram que o melhor seria matar Silvério, decisão que aumentou ainda mais o pânico de Vera.
Vizinho ao aparelho tinha uma vila residencial, com saída para uma outra rua. Resolveram que iriam matar Silvério, tarefa destinada a Carlão, que simularia uma fuga pela vila mas pularia o muro para dentro do aparelho.
E assim aconteceu. 

Em um dia, às cinco horas da manhã, Silvério levou um tiro certeiro na nuca e caiu. Carlão simulou a fuga e pulou para o aparelho, que naquele dia tinha apenas Paulo e Vera. O tumulto tomou conta da rua. Seu Pinto sabia que ali tinha coisa e grudou os olhos na polícia. Ninguém viu nada. No meio de perícia e de toda aquela gente, Paulo e Vera saíram de casa tranquilamente de carro, com Carlão escondido.

Passados alguns meses da morte de Silvério , o tempo fechou para os frequentadores do aparelho.
Em um tranquilo e melancólico domingo de zona norte, o aparelho foi cercado por "policiais" sem farda. O tiroteio foi intenso e os quatro que estavam dentro de casa resolveram se render, Paulo, Vera, Igor e Carlão. 
Lucas , por sorte escapou. Tido como romântico, pelos seus amigos de guerrilha, tinha se apaixonado por uma menina hippye, filha de um Almirante de linha dura membro da TFP e diretor do Lyons Club, e fora a um encontro com ela na Quinta da Boa Vista. 
Logo em seguida, quando soube que a casa estava crivada de balas e os amigos presos, Lucas saiu do país, pois sabia que estava na mira.

Passadas quatro décadas daquele domingo no bairro do Lins de Vasconcelos, na zona norte do Rio de Janeiro,  não se sabe o paradeiro de Paulo, Vera, Igor e Carlão. 
Seus familiares tentam , até hoje, saber a verdade sobre o que aconteceu, para que possam viver em paz e o país precisa dessa verdade para limpar seu entulho autoritário que persiste ainda.

Lucas voltou depois do final da ditadura, mora na região serrana do Rio e é professor, foi salvo pela paixão.

Juliana, viúva de Silvério, o torturador assassinado,  se agarrou a religião, frequentava a igreja  do bairro todos os dias e acabou se apaixonando pelo padre, com quem se  casou e tiveram cinco filhos.

Seu Pinto teve um fim trágico. Sentado na porta de sua casa viu duas pessoas na sua  frente iniciar uma discussão que acabou em briga. Um dos envolvidos, viciado em corridas de cavalos, portava um grande binóculo que atirou no outro mas acabou acertando Seu Pinto. O impacto casou um ferimento na testa que evoluiu para uma septicemia, levando o aposentado a morte.

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