sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Os delírios de Bolsonaro

Bolsonaro defende salário menor das mulheres por risco de gravidez

publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 11:41
bolsonaro
Jair Bolsonaro diz que mulher deve ganhar salário menor porque engravida
A atriz americana Patricia Arquette, que ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, aproveitou seu discurso para defender maiores salários para as trabalhadoras e emocionou o público. Em entrevista recente, o deputado declarou que a igualdade não é justa: “Quando ela voltar [da licença-maternidade], vai ter mais um mês de férias, ou seja, trabalhou cinco meses em um ano”
Quando subiu ao palco para receber o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em Boyhood, na noite do último domingo (22), a atriz Patricia Arquette fez um discurso que rendeu aplausos calorosos, principalmente da parte feminina da plateia — composta por estrelas como Meryl Streep e Jennifer Lopez.
“[Dedico] a toda mulher que já deu à luz, todo cidadão que paga impostos, nós lutamos pelos direitos de todo mundo. É nossa vez de ter salários igualitários para todos e direitos iguais para as mulheres nos Estados Unidos”, declarou a americana.
Na contramão, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) deu uma entrevista recente ao jornal gaúcho Zero Hora, dizendo que pensa diferente. Para ele, eleito com o maior número de votos nas últimas eleições, não é justo a mulher ganhar igual ao homem, já que ela engravida.
“Eu sou liberal. Defendo a propriedade privada. Se você tem um comércio que emprega 30 pessoas, eu não posso obrigá-lo a empregar 15 mulheres. A mulher luta muito por direitos iguais, legal, tudo bem. Mas eu tenho pena do empresário no Brasil, porque é uma desgraça você ser patrão no nosso país, com tantos direitos trabalhistas. Entre um homem e uma mulher jovem, o que o empresário pensa? “Poxa, essa mulher tá com aliança no dedo, daqui a pouco engravida, seis meses de licença-maternidade…” Bonito pra c…, pra c…! Quem que vai pagar a conta? O empregador. No final, ele abate no INSS, mas quebrou o ritmo de trabalho. Quando ela voltar, vai ter mais um mês de férias, ou seja, ela trabalhou cinco meses em um ano”, disse Bolsonaro.
Em resposta ao jornalista, que perguntou qual seria a solução, o deputado continuou: “Por isso que o cara paga menos para a mulher! É muito fácil eu, que sou empregado, falar que é injusto, que tem que pagar salário igual. Só que o cara que está produzindo, com todos os encargos trabalhistas, perde produtividade. O produto dele vai ser posto mais caro na rua, ele vai ser quebrado pelo cara da esquina. Eu sou um liberal, se eu quero empregar você na minha empresa ganhando R$ 2 mil por mês e a Dona Maria ganhando R$ 1,5 mil, se a Dona Maria não quiser ganhar isso, que procure outro emprego! O patrão sou eu”.
“Mas aí a mulher se ferra porque engravida?”, questionou o entrevistador. “É liberdade, pô. A mulher competente… Ou você quer dar cota para mulher? Eu não quero ser carrasco das mulheres, mas, pô… “, finalizou.
Igualdade de gêneros no Brasil
Anualmente, o Fórum Econômico Mundial divulga um ranking que compara a igualdade de gêneros entre os países. Para elaborar a lista, os pesquisadores avaliam diversos itens, entre eles, a equiparação dos salários. Em 2014, o Brasil ficou com a 71ª colocação, caindo nove posições em relação a 2013, quando estava na 62ª. De acordo com o relatório, o país apresentou uma “ligeira queda na igualdade salarial e renda média estimada” para o sexo feminino.
Fonte: VIOMUNDO
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O deputado Jair Bolsonaro foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro com algo em torno de 400 mil votos.
Considere que o Rio de Janeiro  seja, talvez, o estado formador de opinião no país, algo de muito errado acontece com as pessoas, precisamente na compreensão dos fatos e da realidade.
O que Bolsonaro diz sobre a não contratação de mulheres é um asneira sem precedentes, ou melhor, no caso do deputado ele já produziu outras asneiras.
Desde algumas décadas que os conceitos de gestão empresarial tem evoluído, igualmente com o surgimento da internet.
Empresas, hoje, pelo menos as que Bolsonaro não deve conhecer, treinam seus funcionários em diferentes atividades  relativas ao negócio da empresa. Isso significa que as ausências , por diferentes motivos , são pouco sentidas, já que os funcionários ficam capacitados para pelo menos duas funções diferentes na empresa.
Alguns empresários, ao estilo de Bolsanaro, ainda relutam em investir em treinamento de seus funcionários, pois dizem que com isso eles ficam valorizados e vão trabalhar no concorrente. Isso acontece, porém,o empresário perde  mas o conjunto da economia ganha.
Se Bolsonaro estive atualizado e vivendo neste planeta, poderia sugerir , ou mesmo mediar, situações de ressarcimento para empresas que tivessem treinado seus funcionários e estes logo se desligassem da empresa. Cabe lembrar, que para o conjunto da economia, o SESI e o SENAI capacitam trabalhadores para o comércio, serviços e indústrias e , de certa forma, poderiam ser envolvidos no processo de ressarcimento da empresa.
Será que Bolonaro sabe disso ?
Além do mais, com a internet, muitas atividades podem ser realizadas na residência do trabalhador, se assim trabalhador e empresa concordarem., e  mesmo mulheres com licença maternidade, por vezes , fazem acordo com seus empregadores para durante o período da licença trabalharem na residência  em meio expediente, sendo o empregador responsável por arcar os custo de energia elétrica e por vezes de uma assistente de serviços domésticos. Vale a pena.
Enquanto tudo isso acontece no mudo real das empresas, Bolsonaro, que foi eleito com 400mil votos, quer diminuir o salário das mulheres por conta de licença maternidade, esquecendo-se, ou talvez não saiba, que o maior custo para as empresas diz respeito aos acidentes em local  de trabalho e, com o crescente índice de absenteísmo por alcoolismo e doenças por esforço repetitivo.

Por outro lado, quando Bolsonaro quer acabar com o emprego de mulheres que engravidam, pode-se concluir que o deputado machão está em campanha pela contratação apenas  de  pessoal LGBT pelas empresas. Bem que já desconfiávamos desse tendência de Bolsonaro.

E o Rio de Janeiro, estado , talvez, formador de opinião do país, elegeu Bolsonaro com 400 mil votos.
Há algo de errado e preocupante com a cognição do brasileiro. 

Um comentário:

  1. Porque voce nao vai atras de fontes fidedignas?

    voce reparou que no site da revistacrescer, ha uma referencia ao jornal zero hora, porem no jornal zero hora, nao ha nenhuma declaração, e apenas a transcrição da posição dos empresarios, a respeito da carga tributaria?

    por favor ne... voce é mais uma que cai no conto da midia governista.

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