sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Velha mídia em acelerado processo de auto punição

O repórter da Veja que perseguiu um sobrinho de Lula

Postado em 26 fev 2015
Péssimo exemplo: Campbell, da Veja
Péssimo exemplo: Campbell, da Veja
O Brasil precisa desesperadamente de novas regras para a mídia.
Vou repetir.
O Brasil precisa desesperadamente de novas regras para a mídia.
O episódio em que um repórter da Veja usou nomes falsos para tentar se aproximar de um sobrinho de Lula é uma extraordinária demonstração de que é vital definir, logo, o que um repórter pode e, sobretudo, o que não pode fazer.
O jornalista já cometera uma monstruosidade — noticiara uma festa milionária de um sobrinho de Lula em Brasília. Lula não tem sobrinho em Brasília, logo se soube. O repórter, não contente com a estupidez que cometera, se lançou a uma louca cavalgada. Foi atrás de um sobrinho de Lula em Sorocaba, como se tivesse um direito divino a invadir a privacidade alheia.
A Inglaterra está passando por um debate imprescindível ao Brasil.
No caso inglês, o que levou à conclusão de que as velhas normas não mais serviam foi a descoberta de que jornalistas de um tabloide de Murdoch invadiram em busca de furos a caixa postal de uma garotinha que fora sequestrada.
A menina, afinal, foi assassinada, mas o jornal morreu com ela. Dias depois que se soube do método monstruoso do tabloide, Murdoch não teve outra ação que não fosse fechá-lo.
Os ingleses chegaram à conclusão de que a auto-regulamentação da imprensa não funcionara, e passaram a discutir novas formas de fiscalizá-la.
O basta foi dado num país como a Inglaterra, em que a Justiça não é complacente com a mídia.
Você pode imaginar o que acontece no Brasil, onde os tribunais costumam ser favoráveis, qualquer que seja a situação, às grandes empresas de jornalismo.
Dilma reduz o problema quando defende a regulação econômica da mídia. É claro que isso tem que ser feito. Há que coibir monopólios e oligopólios, como em qualquer atividade econômica, ou a competição é prejudicada e a sociedade sofre as consequências.
Mas isto é apenas parte do drama. Também os métodos têm que ser revistos, como na Inglaterra e, a rigor, em qualquer país civilizado.
A leniência em relação à mídia dá em situações intoleráveis como esta em que um repórter da Veja se julgou no direito de promover um cerco a um adolescente.
Num mundo menos imperfeito, a opinião pública se insurgiria contra esse barbarismo jornalístico.
Mas vivemos num país em que, até a chegada da internet e com ela uma pluralidade de vozes, a opinião pública era manipulada por um punhado de coronéis da mídia – Marinhos, Frias, Civitas, Mesquitas e vamos parando.
É este coronelato que comanda a resistência cínica à modernização das relações entre a imprensa e os cidadãos.
O argumento central, amplamente repetido pelos analfabetos políticos que são um alvo fácil dos coronéis, é que se trata de censura.
Ora, quem acredita nisso, como disse Wellington, acredita em tudo.
Sequer os coronéis podem acreditar numa mistificação dessas.
No Brasil, a mídia se comporta como um poder à parte, diante do qual todos os demais poderes tremem vergonhosamente.
Alguém ganha com isso: os coronéis, não por coincidência donos de algumas das maiores fortunas do país e do mundo.
E alguém perde com isso – o Brasil.
Não é possível que o interesse da mídia vá sempre predominar sobre o interesse público.
Para que o Brasil seja um país socialmente avançado, o interesse público terá que se sobrepor ao de meia dúzia de famílias
.
Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Bloqueio nas estradas faz acabarem comida e combustível, diz a Globo. Só que não…

26 de fevereiro de 2015 | 23:06 Autor: Fernando Brito
camiao
Do Facebook do simpático professor catarinense Pedro Cabral Filho, com os links dos vídeos a que ele se refere, para você ver que não tem exagero.
É a Globo (RBS, lá) em mais uma sessão de “o mundo está se acabando”.
Chega a dar vergonha de ser jornalista: ser desmentido ao vivo pelas pessoas que estão sendo entrevistadas, na ânsia de incutir o pânico na sociedade.
Diz o Pedro:
Péssimo dia Santa Catarina. Na sua campanha do vale tudo contra o governo Dilma o jornaleco matinal da RBSteira, mau dia Santa Catarina de hoje de manhã repercutiu assim a greve dos caminhoneiros:
- Faltará comida no Estado e o desabastecimento já começou nos supermercados de Itajaí.
Diz a antara, ou ancora.
Vamos direto com a repórter Tal diz:
- Estou aqui com o Sr. Fulano, do sindicato dos supermercados. Como está o desabastecimento?
– Não existe desabastecimento em Santa Catarina. Cuidado com esta campanha de apavoramento, isso não acontece aqui.
A repórter gagueja e tenta reverter a pergunta. O entrevistado volta a afirmar que a paralização está acabando e está tudo regular.
– Pois é, é com vocês do estúdio.
Não satisfeitos e com a pauta do ódio, a metralhadora é virada para os postos de gasolina.
– Já falta gasolina em Santa Catarina, principalmente no Oeste do Estado. Vamos conversar com o Sr. Sicrano, representante das empresas de distribuição. 
– Já falta combustível nos postos de Florianópolis e região? Dizia a coitada da repórter.
– Claro que não. Florianópolis é abastecida pela região de Biguaçu e isso não tem a menor condição de acontecer.
– Mas a gasolina irá aumentar. Diz a tansa.
– Como? Uma coisa não tem relação com a outra.
A tola retorna para o estúdio e as caras de “puta que pariu” não deu certo, dava até vergonha. O difícil é que a sutileza apresentada não é para todos. Por isso continuo afirmando que educação é tudo. Ler torna a gente mais inteligente, mais esperto e perspicaz. Dói, mas é prazeroso.
Conferi os vídeos: com uma palavra a mais ou a menos, é isso mesmo: a nítida tentativa dos repórteres de levar os entrevistados a pintarem o inferno de  Dante.
Foi a época em que jornalismo se fazia com notícia….
Fonte: TIJOLAÇO
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O papel de Lula contra o golpe

Por Bepe Damasco, em seu blog:

De cara, reproduzo uma conversa presenciada por mim, na manhã tórrida de verão desta quinta-feira (26 de fevereiro) , entre um atendente de uma lanchonete da Zona do Sul do Rio e um típico representante da classe média antipetista e reacionária.

Trabalhador: Oi doutor, tudo bem? Este ano vai ser difícil para todo mundo, não é? Tem um professor da PUC que frequenta aqui que disse que quem tem algum dinheirinho não deve investir em nada. É melhor esperar para ver para aonde vai o país.

Coroa coxinha: É, com tanta roubalheira fica difícil. Os caras não têm limites para roubar. Nunca vi coisa igual. O resultado é que este ano as contas de luz vão disparar de preço.

Trabalhador: Eu sempre gostei e votei no PT, mas estou decepcionado. O partido virou uma quadrilha. Na Rocinha, onde eu moro, o pessoal até encarna em mim, me chamando de petista.

Coroa coxinha: Ainda bem que eu nunca votei.

Trabalhador: Também um partido que tem Palocci, Zé Dirceu e Dilma, tudo ladrão ...

Coroa coxinha: E todos eles nunca trabalharam antes de entrar para a política. Eram vagabundos.

Desisti, por motivos óbvios, de pedir uma água de coco neste estabelecimento e segui adiante na minha caminhada matinal. Impossível não refletir em seguida sobre o estrago causado na imagem do PT, do governo e da esquerda por anos a fio de não enfrentamento do monopólio midiático. O preço de os governos do PT não levarem a discussão da regulação da mídia para a sociedade em termos concretos e objetivos, de continuar financiando os inimigos com verbas publicitárias bilionárias, e de não ter uma política de comunicação organizada e contundente para se contrapor ao PIG, é alto.

A direita está assanhada como há muito não se via, afiando as garras do golpe à luz do dia. O diálogo que reproduzi acima contribui para jogar por terra uma avaliação equivocada muito comum entre os analistas ligados à esquerda : não é verdade que o rombo na imagem do PT e do governo seja um fenômeno político limitado apenas aos estratos médios e abastados da sociedade. Infelizmente, como se viu na campanha eleitoral e agora se agrava, transbordou em direção à classe média baixa e aos pobres.

A crise é grave. Oxalá o grande ato em defesa da Petrobras sirva para alavancar os movimentos social e sindical. Que a manifestação seja apenas a primeira de uma série de mobilizações em defesa da maior empresa brasileira e da democracia. Essa campanha pode dar liga. Contudo, faz parte da cultura do nosso país a personificação da atividade política. No Brasil, não há movimentos vitoriosos sem lideranças fortes.

Por isso, se constitui um trunfo e tanto contar com um líder de massa como Lula, o melhor presidente da história do Brasil, segundo todas as pesquisas feitas desde que saiu do governo, do lado de cá da trincheira. Mas é preciso que o bravo Lula assuma de fato a liderança de um movimento nacional pela democracia. Talvez seja pedir demais para alguém que, aos 68 anos, dedicou uma vida inteira às boas causas do povo brasileiro.Sem falar que ainda tem de cuidar da saúde e se preservar para 2018.

Sem dúvida, é um sacrifício. Contudo, a liderança de Lula contra a sanha golpista é imprescindível, na linha do discurso feito por João Pedro Stédile na ABI : "Lula, retome as caravanas pelo país, nos lidere em defesa do Brasil que nós te seguiremos."

Ficaremos te devendo mais essa, presidente.

Fonte: Blog do Miro
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Banditismo por jornalista de veja, incitação ao caos e desinformação pela TV globo.

Não existem mais limites para a velha mídia em seu cavalgar para parar o país, criar um caos social, promover um golpe de estado para derrubar a presidenta Dilma.

Diante dos fatos que revelam o comportamento de jornalistas da velha mídia, fica claro para o leitor atento, que exite um propósito bem definido em todas essas ações, assim como um empenho  destemido por parte da velha mídia para alcançar seus objetivos.

Revelam-se, ansiedade, violência e total falta de compromisso com a realidade dos fatos.

Entrevistas e abordagens feitas pelos repórteres e jornalistas conduzem de forma escancarada os entrevistados à declarações que confirmem as teses propostas através dos questionamentos do repórteres.

Textos de colunistas na mídia impressa seguem a mesma linha, sem qualquer espaço para uma análise serena, já que os conteúdos , via de regra, apresentam um viés belicista, de confronto, de tudo ou nada, representando uma realidade  como um barco sem comandante e a população mergulhada em incertezas e sofrimentos, cujos  responsáveis seriam o governos federal, o PT e o ex-presidente Lula.

Na cavalgada rumo ao caos e ao golpe, a velha mídia e seus jornalistas não percebem  que tal empreitada , mesmo com  alvos definidos, resume-se somente e tão somente  a uma auto punição, motivada por enorme frustração e raiva latente, pela perda consecutiva  de alcançar o poder e fazer valer seu ideário nas últimas quatro eleições presidenciais. 

Como formadores de opinião à totalidade dos veículos da velha mídia, os grande grupos de jornalismo - onde se  situam veja e globo - pautam um simulacro grotesco de uma realidade apenas desejada por esses grupos, e que, por força do corporativismo do setor, transforma o noticiário , e consequentemente a vida das pessoas que o consomem, em um estado permanente  de guerra e conflitos, totalmente irreal diante do dia a dia da população e bem distante do contexto em que estão inseridos as instituições alvo de notícias frequentes.

Com esse cenário, cada vez mais claro, alguns jornalistas na velha mídia - talvez envergonhados pelo papel que representam - passam a defender  abertamente que tal situação só se modifica e avança para um equilíbrio com a intelectualização do senso comum., o que facilitaria a compreensão dos elementos da realidade e o papel nefasto representado pela velha mídia.

Tais declarações ganharam mais espaço nos últimos dias, como a que ouvi ontem em uma emissora de rádio - rádio Tupi - aqui do Rio de Janeiro.

No entanto, tudo isso soa grotesco e esquizofrênico já que os veículos de mídia , de forma significativa, são responsáveis , em grande medida, pelo nível de compreensão que a população tem sobre a realidade política, econômica e social do país. 
Ou tais declarações seriam apenas expressões de cinismo em um momento de inferioridade ?

Seja lá o que for, o caminho da intelectualização é certamente o mais desejável para que a parcela da população identificada como senso comum, possa enriquecer  suas vidas com algo bem mais consistente   do que objetos descartáveis, novelas , programas de auditório, reality shows, e toda a grade de programação das emissoras de rádio e de TV.

Quando um jornalista ou radialista da velha mídia afirma que a saída é a intelectualização do senso comum, revela-se um sincericídio sem precedentes.

Ao que parece o processo midiático de auto punição continua nos próximos dias, ou meses, ou quem sabe anos.



Imagens que ajudam a  explicar o processo atual de auto punição da velha mídia
Resultado de imagem para auto flagelo













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