segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O Massacre - Vale a pena ler de novo



Ricos e pobres.
Tudo começou com a postagem do PAPIRO em  02 de janeiro de 2015.
Um texto normal, que procurou trazer uma leitura de uma foto, do ponto de vista de algo semelhante, assim como as montanhas da foto do morro Dois Irmãos.
Foi o suficiente para que colunistas do grupo globo se sentissem ofendidos, talvez pelo fato de terem se encontrado no texto do Morro Dois Irmãos.
Seja lá qual tenha sido o motivo, outros textos surgiram, e o histórico das postagens do PAPIRO, sobre o tema, é apresentado abaixo, com as datas na cor azul, estabelecendo os limites de cada postagem.


02 de janeiro de 2015

Favelas

A foto acima é da cidade do Rio de Janeiro.
 
Deve ter sido tirada da Ponta do Arpoador, revelando as praias de Ipanema e do Leblon.
 
O metro quadrado mais caro da cidade, principalmente para as residências na orla, com vista para o mar.
 
Ao fundo, e bem no centro da foto, o Morro Dois Irmãos, que já foi cantado em canção por Chico Buarque.
 
Dois irmãos, pois são duas montanhas próximas e parecidas.
 
Ao lado esquerdo do Dois Irmãos, um conglomerado de casas, subindo pelo morro, comendo a vegetação.
 
É a favela do Vidigal, considerada uma favela rica.
 
Ao lado direito do Dois Irmãos, a vegetação resiste.
 
Bem mais ao fundo na foto, a esquerda, a Pedra da Gávea, local onde dizem existir inscrições supostamente feitas pelos fenícios, em tempos distantes.
 
A direita, ao lado da vegetação do Dois Irmãos que resiste, uma grande concentração de edifícios, a maioria na orla da praia, onde vivem os mais ricos.
 
Milionários e favelados, vivendo próximos uns dos outros, ambos com uma bela vista para o mar.
 
Privilégio para poucos.
 
Favelados, em sua maioria, que trabalham como prestadores de serviços para os ricos ao lado.
 
Marceneiros, funileiros, instaladores hidráulicos, gasistas, pintores, empregados domésticos, mecânicos de automóveis, pedreiros e ,vez por outra algum entregador de drogas.
 
Os ricos gostam dessas facilidades, mas não gostam dos pobres , pretos e favelados.
 
Os pobres da favela do Vidigal, vivem amontoados, em vielas.
 
Os ricos da orla, também vivem amontoados, em prédios de luxo.
 
Na favela, vez por outra, alguém vai preso por cometer um crime, quase sempre um assassinato.
 
Na orla luxuosa, comentem-se muitos crimes, lavagem de dinheiro,  sonegação de impostos ,por exemplo, mas ninguém vai preso.
 
Na favela vez por outra acontecem brigas que vão as vias de fato, com muitos socos e pontapés.
 
Nos condomínios de luxo também, vez por outra os ricos saem no tapa.
 
Os amontoados da favela, somente recentemente viram chegar os serviços do estado, como coleta de lixo,água e policiamento.
 
Os amontoados de luxo já recebem esses serviços por muitos anos.
 
Em toda orla Ipanema - Leblon, existe uma pequena parte para que os amontados pobres possam frequentar , o restante da praia é frequentada pelos amontoados de luxo.
 
Interessante, que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 
Na favela os moradores tem eletrodomésticos e computadores e mesmo carros, usados, claro.
 
Os amontoados de luxo tem todos os eletrodomésticos, carros do ano, computadores e todo tipo  de tecnologia moderna.
 
De uma maneira geral, amontoados de luxo ou favelados, desfrutam da tecnologia.
 
No entanto, quando se cruzam pelas ruas, os ricos não gostam de olhar para os pobres.
 
De longe, pelo registro de uma máquina fotográfica, ou um olhar aéreo de uma aeronave,  pode-se afirmar que tudo é favela, todos vivem amontoados, de uma forma ou de outra  vivenciam as mesmas situações, de formas discretas - os ricos - ou escancaradas - os pobres.
 
Interessante que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 
Favela High tech é um excelente livro, creio de um urbanista brasileiro, que assim define  a cidade de Tóquio, capital do Japão. 

Amontoados, ricos ou pobres.

Interessante que ao fundo o Morro Dois Irmãos.

14 de janeiro de 2015

Os pobres colunistas de globo

Colunista de O Globo ensina aos leitores quem são“eles”,os pobres








publicado em 13 de janeiro de 2015 às 18:48

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É patológico, doutora?

O plano cobre

13.01.2015 12h27m
Todo pobre tem problema de pressão. Seja real ou imaginário. É uma coisa impressionante. E todos têm fascinação por aferir [verificar] a pressão constantemente. Pobre desmaia em velório, tem queda ou pico de pressão. Em churrascos, não. Atualmente, com as facilidades que os planos de saúde oferecem, fazer exames tornou-se um programa sofisticado. Hemograma completo, chapa do pulmão, ressonância magnética, ultra de bexiga cheia. Acontece que o pobre – normalmente – alega que se não tomar café da manhã tem queda de pressão.
Como o hemograma completo exige jejum de 8 ou 12 horas, o pobre, sempre bem arrumado, chega bem cedo no laboratório, pega sua senha, já suando de emoção [uma mistura de medo e prazer, como se estivesse entrando pela primeira vez em um avião] e fica obcecado pelo lanchinho que o laboratório oferece gratuitamente depois da coleta. Deve ser o ambiente. Piso brilhante de porcelanato, ar condicionado, TV ligada na Globo, pessoas uniformizadas. O pobre provavelmente se sente em um cenário de novela.
Normalmente, se arruma para ir a consultas médicas e aos laboratórios. É comum ver crianças e bebês com laçarotes enormes na cabeça e tênis da GAP sentados no colo de suas mães de cabelos lisos [porque atualmente, no Brasil, não existem mais pessoas de cabelos cacheados] e barriga marcada na camiseta agarrada.
O pobre quer ter uma doença. Problema na tireoide, por exemplo, está na moda. É quase chique. Outro dia assisti a um programa da Globo, chamado Bem-Estar. Interessantíssimo. Parece um programa infantil. A apresentadora cola coisas em um painel, separando o que faz bem e o que faz mal dependendo do caso que esteja sendo discutido. O caso normalmente é a dúvida de algum pobre. Coisas do tipo “tenho cisto no ovário e quero saber se posso engravidar”. Porque a grande preocupação do pobre é procriar. O programa é educativo, chega a ser divertido.
Voltando ao exame de sangue, vale lembrar que todo pobre fica tonto depois de tirar o sangue. Evita trabalhar naquele dia. Faz drama, fica de cama.
Eu acho que o sonho de muitos pobres é ter nódulos. O avanço da medicina – que me amedronta a cada dia porque eu não quero viver 120 anos – conquistou o coração dos financeiramente prejudicados. É uma espécie de glamourização da doença. Faz o exame, espera o resultado, reza para que o nódulo não seja cancerígeno. Conta para a família inteira, mostra a cicatriz da cirurgia.
Acho que não conheço nenhuma empregada doméstica que esteja sempre com atacada da ciática [nervo ciático inflamado]. Ah! Eles também têm colesterol [colesterol alto] e alegam “estar com o sistema nervoso” quando o médico se atreve a dizer que o problema pode ser emocional.
O que me fascina é que o interesse deles é o diagnóstico.
O tratamento é secundário, apesar deles também apresentarem certo fascínio pelos genéricos.
Mesmo “com colesterol” continuam comendo pastel de camarão com catupiry [não existe um pobre na face da terra que não seja fascinado por camarão] e, no final de semana, todo mundo enche a cara no churrasco ao som de “deixar a vida me levar, vida leva eu” debaixo de um calor de 48 graus.
Pressão: 12 por 8
Como são felizes. Babo de inveja.
PS do Viomundo: É para isso que as Organizações Globo defendem a liberdade de expressão

Fonte: VIOMUNDO



A mensagem de fundo do texto acima  é uma propaganda da indústria média, indústria dos  planos de saúde e indústria alimentícia.

Algo do tipo:
" se você é pobre, preste bem atenção que é chic ter doenças e frequentar os hospitais" 

De fato é assim que a maioria das doenças citadas pela autora, são doenças da civilização dita moderna, ou seja, doenças cardiovasculares, degenerativas, lesões por esforços repetitivos ( ciática da empregada ), doenças derivadas da alimentação hiperindustrializada e outras.

Uma maneira preconceituosa de fazer propaganda.

O fato de pessoas terem a preocupação de verificar a pressão arterial com frequência- algo que pode ser feito gratuitamente até mesmo em tendas pelas ruas  - é uma excelente ação preventiva e deve ser encarado como positivo e , ainda mais, deve ser incentivado  para todos independente se pobres ou ricos.

A questão do acúmulo de gorduras nas artérias, o colesterol alto, é fruto de uma alimentação irracional que atinge toda a população, independente se pobres e ricos. 
Adicione-se a isso os hábitos sedentários e a obesidade, como doenças que mais crescem em todo o mundo.

Curiosamente, são doenças que afetam as pessoas mais ricas.

Já que a autora citou um programa da TV globo como referência, cabe lembrar que na mesma emissora é grande o número de funcionários, "famosos" que fizeram cirurgias para redução de estômago. 
O número de gordos e obesos, logo doentes,  é maior entre ricos.
Sem contar as diferentes dietas e regimes, que vez por outra surgem como modismos. 
E também as inúmeras plásticas , aplicação de botox, silicone e sabe-se lá o que mais, para pode parecer com algo diferente do que de fato são. 
Os ricos adoram as aparências.

Quanto ao churrasco com cerveja com uma samba de primeira, funcionam como uma terapia, um momento de descontração onde o objetivo maior não é a comida, mas sim a aproximação das pessoas, estar juntos ,festejar, cantar, dançar, algo positivo que herdamos e vivenciamos com orgulho da cultura africana. 
Apesar do churrasco e da cerveja, essa prática funciona como um excelente antídoto às preocupações do dia a dia, onde se relaxam tensões e vive-se de verdade.
Pode-se viver só, fazer todas refeições diárias sozinho, mas churrasco não se faz só.

Quanto aos hábitos alimentares, parece que a autora acertou quanto a algumas preferências dos chamados pobres. 
De fato, os  frutos do mar, especialmente o camarão, são iguarias de primeira, principalmente na cozinha considerada  como a mais apreciada e saudável no mundo, a mediterrânea.
Se pobres gostam de frutos do mar, camarão, é porque não são burros, ao contrário são  bem inteligentes.
A propósito, a doutora que não gosta de samba, deveria ouvir uma samba gravado pela Beth Carvalho, cuja letra fala de um encontro em um  final de semana, de uma turma, claro, em uma praia do município de Magé, na Baía da Guanabara, onde logo na chegada todo mundo pede pra fritar um montão de camarão.
O samba é uma delícia.
O pastel, ahhh  como é bom um pastel !! , é uma das delícias de nossa gastronomia popular e foi um dos grandes sucessos para os estrangeiros que visitaram o Brasil no período da copa do mundo. 
O pastel brasileiro ganhou o mundo.

Quanto a questão  de saúde, o maior interesse das pessoas, pobres ou ricas, é uma medicina preventiva, ou seja, atitudes e práticas saudáveis ao longo da vida que proporcionem saúde, em conjunto com um acompanhamento médico preventivo, como os médicos de família e as clínicas de família.

Essa medicina, que aos poucos o governo vai implantando, não interessa para a indústria médica e nem para os planos de saúde  privados, setores que lucram com a doença e com desinformação, a ponto de muitos médicos, hoje, fazerem parte de quadrilhas criminosas com diagnósticos falsos ,e inúmeras falcatruas que beneficiam os grandes laboratórios farmacêuticos.

Quanto aos medicamentos genéricos, citados pela autora como um fascínio dos pobres, é antes de mais nada uma vitória da sociedade na luta pela quebra de patentes nas mãos e nas garras das indústrias farmacêuticas .

O genérico, nada mais é que a substância principal -  princípio ativo -  de um medicamento conhecido de um laboratório através de uma marca .
A título de exemplo para o caro leitor, o ácido ascórbico - vitamina C - existe nos alimentos, principalmente nas frutas cítricas. 
Também se pode adquirir o ácido ascórbico - vitamina C -através de pastilhas ou em pó como marcas de laboratórios farmacêuticos que o leitor conhece.
O princípio ativo, no caso o ácido ascórbico, é o mesmo ,independente se oriundo das frutas ou se sintetizado em laboratórios farmacêuticos e vendido em pastilhas ou em pó.
Os medicamentos genéricos são princípios ativos sem marca de laboratório farmacêutico e , melhor ainda, são mais baratos.
Comprar genéricos é sinal de sabedoria.

Como  o leitor pode perceber, o texto publicado no globo, é uma propaganda da indústria médica e farmacêutica, de mau gosto, preconceituosa, elitista e mentirosa.

O maior absurdo do artigo dos absurdos, diz respeito ao fato de pobres desmaiarem em velórios, como sendo algo anormal.
Recordo que por ocasião do velório de Roberto Marinho, em 2003, o filho mais alto, mais gordo e careca - aliás os três são carecas - de Marinho desabou em prantos diante do caixão do pai. 
Isso em uma situação em que o defunto tinha 98 anos - já tinha passagem comprada - e já caminhava de mãos dadas com a morte, pois estava doente e fragilizado, algo que os parentes e amigos racionalmente já sabiam que a morte aconteceria em breve.  
Mesmo assim a razão e os bons modos não prevaleceram - na visão elitista - pois algo muito mais profundo falou mais alto, diante da inexorabilidade da morte ali presente. 
E o que dizer de uma artista de globo que depois de anos da morte do filho atropelado, ainda vive aos prantos, em desmaios e profundamente fragilizada ? 
Velórios e enterros em nossa cultura católica, são algo que inevitavelmente levam a algum tipo de desconforto e sofrimento. 
Passar horas ao lado de um corpo na horizontal sem som  e sem imagem  e seguir todo um ritual com etapas fortes e pesadas, não há razão que resista. 
Logo, sentir-se mal em situações como essa  independe de classe social e é perfeitamente normal. 
Aliás, é humano, e humano é algo que a medicina , principalmente a privada, ignora, haja visto o artigo da égua - que me perdoem os equinos - acima. 

Quanto aos exames de sangue, algumas pessoas de fato sentem desconforto ao retirar sangue, no entanto isso independe da classe social, é uma questão do metabolismo de cada um. 
Cabe ainda lembrar, que são  as pessoas do povo, na maioria pobres, que doam sangue aos hemocentros e que ajudam a salvar muitas vidas. 
Rico não doa sangue, rico tira o sangue das pessoas.
A autora ainda afirma que os pobres ficam contentes, felizes, quando recebem o lanche após retirada de sangue.
Pobres e ricos ficam felizes com comidinhas, sendo que os ricos , quando em viagens aéreas, adoram as comidinhas insosas servidas nas aeronaves e ainda tem o hábito de furtar talheres, guardanapos, cobertores, travesseiros, coletes salva-vidas e sabe-se lá o que mais  desde que tenha a marca da companhia áerea.

Em alguns pontos a autora acertou, principalmente quando afirma  que os pobres são felizes e que ela sente inveja dessa felicidade.

Vai  uma branquinha de aperitivo e depois um franguinho ensopado  com quiabo, doutora ?

Ainda sobre o artigo, uma observação de VIOMUNDO  comenta que é para isso que as organizações globo defendem a liberdade de expressão.
Ora, não há nada de errado com a liberdade de expressão.
A doutora égua tem todo o direito de emitir suas opiniões e acredito que muitas pessoas concordam e aplaudem o que ela escreveu.
Assim como muitos, acredito que a maioria, discorde radicalmente do conteúdo equino.
Tentar sugerir que algo do tipo não poderia ser publicado, é o outro lado da mesma moeda que deseja cercear a liberdade de expressão de uma maneira geral, local onde globo se situa.
Ao publicar o artigo e não apresentar o contraditório, que acontece com globo e a velha mídia, revela, ou melhor, expõe os valores dominantes nessas organizações, assim como o pensamento dominante na classe médica.
A liberdade de expressão, e é bom que se entenda, não é absoluta, pois se assim fosse os conflitos seriam diários, com desdobramentos inimagináveis, já que as liberdades estariam sendo usurpadas ou atacadas diariamente. No entanto, esse é um assunto para a regulamentação dos meios de comunicação no Brasil, que certamente darão frutos e levarão a domesticação e a prática civilizada da imprensa.

Jornal carioca não gosta de pobre





Rocinha e favelas repudiam declaração de colunista do 'O Globo'




Jornal do BrasilDavison Coutinho 
Em mais uma tarde verão,températura de quase35º,cariocas curtindo uma linda tarde de sol, me despeço dos alunos e retorno de mais uma aula para continuar minhas pesquisas. É então que recebo de um amigo um infeliz artigo escrito para o jornal o O Globo da colunista Silvia Pilz – Zona de desconforto. Um texto hediondo e preconceituoso, escrito por uma pessoa que não consegue aceitar que os menos favorecidos tenham acesso às “coisas de rico”, ou melhor, não consegue aceitar que pobre tenha acesso aos mesmos serviços e direitos que antes eram da elite.
O texto de Silvia apresenta diversos estereótipos negativos relacionados à pobreza. Segundo Silvia, todo pobre tem problema de pressão, é viciado em usar plano de saúde, gosta de hospitais e exames porque ganha lanchinho para tirar sangue, além de ir para os laboratórios para poder pisar no piso de porcelanato e usar o ar condicionado. Ainda segundo a colunista, o pobre é preguiçoso, pois quando tira sangue trata logo a não ir trabalhar e gosta e quer ter doença.






Davison Coutinho
Davison Coutinho


Se eu já li um texto tão preconceituoso antes, eu não me lembro. Envergonho-me em ter em nossa sociedade pessoas, (nem sei se podemos chamar de pessoas) que pensam de tal forma. E o pior: declaram como se estivessem com a razão. O que me envergonha, ainda mais, é um jornal de repercussão publicar um texto de tamanho preconceito, onde ela demonstra a raiva que tem das pessoas menos favorecidas e atribui vários estereótipos negativos relacionados à pobreza.
Essa senhora reprova e exclui o outro apenas por não ser da mesma classe social que ocupa e, por isso, faz declarações ignorantes. Em meio aos problemas de guerra que vivemos no mundo, precisamos de mais tolerância e amor e não perder tempo lendo ofensas intolerantes e discriminatórias. Não toleramos mais um país ou uma cidade partida por preconceitos.
Lamento, Silvia,  que você seja um ser que não consegue conviver com o outro enquanto humano, e é apenas um acaso informativo de má qualidade e que precisa de reconhecimento para poder aparecer na mídia.
* Davison Coutinho, 24 anos, morador da Rocinha desde o nascimento. Bacharel em desenho industrial pela PUC-Rio, Mestrando em Design pela PUC-Rio, membro da comissão de moradores da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, professor, escritor, designer e liderança comunitária na Comunidade.

Fonte: JORNAL DO BRASIL


16 de janeiro de 2015


A verdade doeu na colunista do jornal o globo


eA verdade não dói. O que dói é a falta de caráter


Jornal do BrasilDavison Coutinho

Local da foto da autora, Silvia Pilz, que globo retirou desta ppostagem


A entrevista da jornalista Silvia Pilz, de O Globo, à BCC, tentando justificar a sátira aos pobres que usam planos de saúde, saiu pior que as ofensas por ela proferidas em seu preconceituoso artigo. Ontem, tive o desprazer de ler mais um artigo, onde ela ataca com ofensas pesadas o que chama de "o novo pobre".

Para nossa alegria, o pobre pode um dia se tornar rico, mas a maior pobreza de todas, a de espirito, é incurável. E fazendo uso das palavras de Silvia, "essa doença o plano não cobre"!
Se um texto ofensivo como esse pode ser chamado de humor, ou sátira, essa jornalista quequer ser engraçada e polêmica deveria ter escolhido trabalhar no circo ou animar festas. Com certas coisas não se brinca!
Existem, sim, limites, e a condição social de cada um deve ser respeitada, e não ironizada com palavras hediondas. Basta ir a um hospital público, onde as pessoas morrem nas filas, para ver a necessidade de ter acesso à rede privada de saúde.
Convido a jornalista Silvia para conhecer de perto a realidade de uma favela ou de alguma periferia de nosso país para ver como vivem os "pobres" que ela tanto ironiza. São esses mesmos pobres que servem, atendem, limpam casas, cuidam dos filhos, são motoristas de pessoas como ela, enquanto aproveitam o conforto da riqueza.
Convido ela também para conhecer a riqueza da produção cultural das nossas comunidades, nossas artes, nossa abundância de espirito, de solidariedade humana, afeto e amor. Ouso pedir o endereço da jornalista para lhe enviar um exemplar de meu livro, escrito por um morador de favela, que usa o plano de saúde, que faz filho, que enche a cara no final de semana com som alto e churrasco, que gosta de pastel de camarão com catupiry, mas durante a semana desenvolve um trabalho social de inclusão de jovens, cursa pós-graduação em uma das melhores faculdades privadas do país e luta pelos direitos da comunidade. 
Só mesmo um jornal, onde os donos foram apontados pela revista Forbes como a família mais rica do Brasil, com bens estimados em US$ 30 milhões, permite que uma jornalista escreva que não gosta de pobre. Um  jornal que deveria ser usado para informar o povo e não ridicularizar uma classe. 

E pra finalizar, gosto de Zeca Pagodinho: "deixa a vida me levar, vida lFonte: JORNAL DO BRASIL

A colunista de o globo deu uma entrevista à BBC para se justificar sobre o artigo que escreveu no jornal o globo sobre os pobres.

É o que diz o JORNAL DO BRASIL no artigo acima, de hoje, sexta feira 16 de janeiro de 2015.

Vale lembrar que o artigo de o globo, atacando os pobres, "coincidentemente" aconteceu 10 dias após a publicação do artigo do PAPIRO  intitulado FAVELAS ( leia abaixo ) de 2 de janeiro de 2015.

Pelo que todos conhecem da linha editorial de o globo , e também sobre os valores que predominam nas empresas do grupo globo, o artigo do PAPIRO, FAVELAS, deve ter incomodado muita gente do jornal carioca que não gosta dos pobres, inclusive, a autora do artigo que critica os pobres.

O artigo do PAPIRO retrata uma realidade da cidade do Rio de Janeiro e  apresenta os grandes conglomerados urbanos como favelas, evoluídas ou não.

No caso do Rio de Janeiro, as favelas se misturam por conta das diferenças de classes sociais, criando comportamentos específicos por parte dos favelados pobres e dos favelados ricos.

Para minimizar a dura realidade - que mesmo assim feriu  e machucou a colunista de o globo -  O PAPIRO procurou retratar a realidade de uma forma poética, inspirando-se  na beleza da cidade do Rio de Janeiro, especificamente no conglomerado humano que habita a região da fotografia, motivo do texto.

Como já tem se tornado uma prática corriqueira, o globo passou recibo, e acusou o golpe,ao que tudo indica um golpe dolorido.

Interessante observar que não apenas  O PAPIRO como toda a blogosfera progressista vem , cada vez mais, pautando diferentes assuntos , ou seja, não são pautados, pautam-se.


Favelas      
A foto acima é da cidade do Rio de Janeiro.
 
Deve ter sido tirada da Ponta do Arpoador, revelando as praias de Ipanema e do Leblon.
 
O metro quadrado mais caro da cidade, principalmente para as residências na orla, com vista para o mar.
 
Ao fundo, e bem no centro da foto, o Morro Dois Irmãos, que já foi cantado em canção por Chico Buarque.
 
Dois irmãos, pois são duas montanhas próximas e parecidas.
 
Ao lado esquerdo do Dois Irmãos, um conglomerado de casas, subindo pelo morro, comendo a vegetação.
 
É a favela do Vidigal, considerada uma favela rica.
 
Ao lado direito do Dois Irmãos, a vegetação resiste.
 
Bem mais ao fundo na foto, a esquerda, a Pedra da Gávea, local onde dizem existir inscrições supostamente feitas pelos fenícios, em tempos distantes.
 
A direita, ao lado da vegetação do Dois Irmãos que resiste, uma grande concentração de edifícios, a maioria na orla da praia, onde vivem os mais ricos.
 
Milionários e favelados, vivendo próximos uns dos outros, ambos com uma bela vista para o mar.
 
Privilégio para poucos.
 
Favelados, em sua maioria, que trabalham como prestadores de serviços para os ricos ao lado.
 
Marceneiros, funileiros, instaladores hidráulicos, gasistas, pintores, empregados domésticos, mecânicos de automóveis, pedreiros e ,vez por outra algum entregador de drogas.
 
Os ricos gostam dessas facilidades, mas não gostam dos pobres , pretos e favelados.
 
Os pobres da favela do Vidigal, vivem amontoados, em vielas.
 
Os ricos da orla, também vivem amontoados, em prédios de luxo.
 
Na favela, vez por outra, alguém vai preso por cometer um crime, quase sempre um assassinato.
 
Na orla luxuosa, comentem-se muitos crimes, lavagem de dinheiro,  sonegação de impostos ,por exemplo, mas ninguém vai preso.
 
Na favela vez por outra acontecem brigas que vão as vias de fato, com muitos socos e pontapés.
 
Nos condomínios de luxo também, vez por outra os ricos saem no tapa.
 
Os amontoados da favela, somente recentemente viram chegar os serviços do estado, como coleta de lixo,água e policiamento.
 
Os amontoados de luxo já recebem esses serviços por muitos anos.
 
Em toda orla Ipanema - Leblon, existe uma pequena parte para que os amontados pobres possam frequentar , o restante da praia é frequentada pelos amontoados de luxo.
 
Interessante, que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 
Na favela os moradores tem eletrodomésticos e computadores e mesmo carros, usados, claro.
 
Os amontoados de luxo tem todos os eletrodomésticos, carros do ano, computadores e todo tipo  de tecnologia moderna.
 
De uma maneira geral, amontoados de luxo ou favelados, desfrutam da tecnologia.
 
No entanto, quando se cruzam pelas ruas, os ricos não gostam de olhar para os pobres.
 
De longe, pelo registro de uma máquina fotográfica, ou um olhar aéreo de uma aeronave,  pode-se afirmar que tudo é favela, todos vivem amontoados, de uma forma ou de outra  vivenciam as mesmas situações, de formas discretas - os ricos - ou escancaradas - os pobres.
 
Interessante que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 
Favela High tech é um excelente livro, creio de um urbanista brasileiro, que assim define  a cidade de Tóquio, capital do Japão. 

Amontoados, ricos ou pobres.

Interessante que ao fundo o Morro Dois Irmãos

17 de janeiro de 2015

sábado, 17 de janeiro de 2015


Passado e Presente. Indíos e civilização moderna



Imagem 262/271: 16.jan.2015 - Fã do trabalho de Augusto Malta, que registrou as transformações do Rio de Janeiro no início do século 20, o fotógrafo e designer Marcello Cavalcanti passou a mesclar, por hobbie, as imagens documentadas pelo alagoano com fotografias atuais da cidade. Na montagem, um garoto aprecia a vista da orla do Leblon e de Ipanema do topo do Morro Dois Irmãos Augusto Malta Revival/Reprodução

Fonte: BOL


Do alto do Morro Dois Irmãos um garoto aprecia a vista .

A praia e o bairro  do Leblon do início do século 20 e a praia e o bairro de Ipanema hoje.

Campo e favela.

No lado esquerdo pouco acima, a Lagoa Rodrigo de Freitas.

Ipanema e Leblon eram , no início do século 20 um areal, uma faixa estreita de terra entre a lagoa e o mar, uma restinga.

O que divide Ipanema do Leblon, é o canal  que une a lagoa ao mar, local conhecido como Jardim de Ala.

Leblon e Ala, bem atual.

Curiosamente, os bairros de Leblon e Ipanema passaram por uma revitalização nos últimos anos, sendo que o espaço destinado ao Jardim de Ala continuou o mesmo, não é Ipanema, não é Leblon.

É o Jardim de Ala, por onde  passa um canal que liga a lagoa ao mar, e onde existe a comunidade vertical, de concreto, da cruzada de São Sebastião, o santo padroeiro da cidade do Rio de Janeiro.

Aos pobres, São Sebastião e Ala.

Aos ricos, o Leblon e Ipanema, sendo que o significado de Ipanema no idioma indígena  é água ruim, e não é água de São Paulo.

Água ruim no metro quadrado mais caro da cidade, cujo padroeiro é São Sebastião, nome da comunidade do Jardim de Ala.

Curiosamente, no local conhecido pelos índios como água ruim, passa uma grande tubulação subterrânea conhecida como emissário submarino,  por onde o esgoto doméstico de parte da cidade é lançado ao mar, no mar de Ipanema, a água ruim.

Leblon, que tem esse nome  devido ao proprietário do lugar , o holandês Charles Le Blon . 

No século 19  o local virou uma fazenda de gado, e hoje é  local dos ricos.

Onde o gado pastava hoje vivem os ricos, próximo da água ruim.

Os pobres foram para o lugar onde está o garoto da foto, apreciando a vista.

Na lagoa, que os índios Tamoios chamavam de Piraguá - enseada de peixes - ocorrem grandes mortandades de peixes, devido a poluição, de frente para residências de luxo, onde  o odor de peixe morto é insuportável.

A ocupação de Ipanema e Leblon, mudou o micro clima do lugar, devido a construção vertical de concreto, uma barreira entre a Lagoa e o mar, entre a enseada de peixes e a água ruim, entre a lagoa frágil e a praia de sucesso, entre os indígenas e a civilização moderna e civilizada, e tudo sendo atravessado por por uma gigantesca tubulação subterrânea de esgoto.

O garoto aprecia a paisagem do passado e do presente, o local das vacas e a favela urbana high tech.

18 de janeiro de 2015

Ricos, famosos, idiotas e vazios

E se em vez dos pobres o alvo do esculacho fossem os ricos? 

Por Nathali Macedo

Lots of money
Lots of money
Todo rico tem alguma coisa da qual se orgulhar, seja real ou imaginária. O rico mantém uma obrigação de ser impreterivelmente melhor que todo mundo, inclusive que os outros ricos (porque melhor que os pobres ele já se considera, mesmo que não tenha um pingo de educação e bom senso).
O rico adora bajular os filhos, não importa o quão ruins eles sejam. O garoto é viciado em cocoaína e vai à faculdade uma vez por semana, mas a mãe faz questão de gritar, a plenos pulmões, pra toda e qualquer pessoa que se aproxime (especialmente para aquelas que não estão interessadas em ouví-la): “Ele vai se formar em medicina!”
Mesmo que o garoto faça racha com o carro do papai, passe as noitadas pedindo “a bebida que pisca” e agregando valor aos camarotes da vida, não saiba absolutamente nada sobre qualquer assunto (exceto sobre como gastar dinheiro), ele é um garoto de ouro, porque ter um garoto de ouro na família é sensacional.
Porque, para o rico, o importante é ser bem visto. É patético como ele vive em um teatro vinte e quatro horas por dia: ele sabe que o filho é um viciado, a filha é uma mimada burra e sem personalidade, o casamento vai mal e a família está em crise – e todas as outras pessoas ao redor também o sabem – mas passar a imagem de que tem uma vida perfeita é sua prioridade absoluta. Eles fingem que são felizes e os outros ricos infelizes fingem que acreditam.
Por isso o rico – especialmente aquele à beira da falência – não aceita não poder ter alguma coisa que o outro rico tem. É quase uma ofensa pessoal. Então, a mulher rica que é um pouco menos rica que a melhor amiga tem que ter uma jóia tão valiosa quanto a dela, mesmo que a reforma na casa seja adiada ou que precise parcelar. O rico precisa comprar um carro do ano para que continue se sentindo rico, mesmo que seu carro esteja funcionando perfeitamente.
O rico tem um discurso antidrogas patético. “Maconheiro” é a maior das ofensas para o rico, que dorme com uísque cawboy e acorda com rivotril – por isso rico é o bicho mais hipócrita que eu conheço. E adivinha quem são os maconheiros? Os universitários, os professores revolucionários, os “vândalos que destroem o patrimônio alheio”. O filho viciado em cocaína, ao contrário, é um cidadão de bem. E esse discurso – assim como todos os outros igualmente patéticos – não tem qualquer embasamento teórico. Por isso para um rico, todas as drogas têm igual efeito (menos as drogas lícitas, é claro): o de tornar as pessoas indesejáveis. E só.
Uma cultura incompreensível da classe A é a de ser mal-educado. Parece que você só faz parte efetivamente do distinto grupo das pessoas ricas se você desprezar o pobre e tudo o que lhe diz respeito, arrotar aos quatro ventos que você é melhor que o outro. Por isso aqueles filhos de ricos que resolvem fazer de conta que não se consideram melhores do que os outros – e são eventualmente de esquerda pra disfarçar o nojento ódio de classe impregnado em seus poros – são os garotos-problema das famílias ricas. Perdoa-se o filho usuário de cocaína, o que faz racha com o carro do papai, o que engravida a filha da empregada e viaja pra fora do Brasil pra não assumir – mas o que se mistura com os pobres é quase sempre renegado. “Vamos, tesouro, não se misture com essa gentalha!”
E, para a minha diversão, o filho do rico persiste naquele comportamento que irrita seus pais só pra se divertir um pouco naquela vida monótona em que nada mais é novidade. Alguém me traz uma pipoca?
O rico faz questão de parecer abastado culturalmente, mas em geral não o é. Preferiu fazer três viagens para a Disney do que conhecer os museus europeus ou as belezas naturais do Brasil. Diz que fala quatro línguas mas provavelmente não entende sequer a língua portuguesa e, geralmente, não se pode conversar com um rico sobre a situação política do país porque ele só sabe falar sobre corrupção. “São todos corruptos” é o seu bordão predileto para esconder a sua completa ignorância política.
O rico vai ao cinema assistir filmes hollywoodianos e reproduz as críticas cinematográficas que lê na internet para parecer inteligente, mas não faz idéia de quem seja Quentin Tarantino – e, quando faz, exclama agudamente: “Um horror, tem muito sangue! Por isso não gosto.”
Como todo bom perfeccionista, o rico precisa estar impecável em todos os momentos da vida. Botox, dieta dunkan, drenagem linfática, implante capilar e cirurgia íntima: Tudo precisa estar perfeito. E o mais curioso é que, em geral, eles permanecem feios mesmo depois de gastarem rios de dinheiro. Só que feios com a cara esticada e sem manchas.
O rico é aficionado por ostentação – mesmo que negue categoricamente, porque, para ele, ostentar é coisa de pobre que ouve rap. Ele acha ridículos aqueles clips em que os rappars jogam dinheiro pro ar e passeiam em carros rebaixados, mas acham o máximo contar para todo mundo que gastaram meio milhão de reais na festa de casamento do sobrinho ou que passaram férias na Europa. Ah, antes que eu esqueça, as fotos dos ricos nas redes sociais são sempre em alguma viagem internacional que fizeram: afinal, todos devem saber que eles são ricos e viajam para fora do país.
Pode ser uma foto em frente à torre Eiffel, ou na neve com uma toquinha de frio charmosa, ou em frente a um teleférico ou em um café francês. O importante é que a foto não tenha sido tirada em território brasileiro, porque até ser brasileiro é coisa de pobre pra ele. E por isso mesmo o rico adora tudo o que é internacional: perfumes, viagens, bebidas, línguas, pessoas.
E por isso mesmo ele adora expressões em línguas estrangeiras. Legendas em inglês, tatuagens em inglês e até conversas em inglês. Expressões francesas, costumes gringos, tudo isso é absolutamente chique para o rico. O zelador vira “Concierge”, a mercearia vira “delicatéssen”, o motorista vira Chofer, o cardápio vira Menu. Porque o rico, na verdade, despreza totalmente o português porque, se é de fora do país, é claro que é de bom gosto.
E o principal: o rico adora ser manchete, por isso alguns talvez amem esse texto, mas saiam por aí dizendo: “eu vejo como uma inveja!”
Realmente. Como são felizes. Babo de inveja.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Nathali Macedo
Sobre o Autor
Atriz por vocação, escritora por amor e feminista em tempo integral. Adora rir de si mesma e costuma se dar ao luxo de passar os domingos de pijama vendo desenho animado. Apesar de tirar fotos olhando por cima do ombro, garante que é a simplicidade em pessoa. No mais, nunca foi santa. Escreve sobre tudo em: facebook.com/escritosnathalimacedo

Fonte:  DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO

Um belo texto.

Da década de 1990 - quando o capitalismo supostamente triunfou - até os dias atuais, os ricos resolveram sair de seus esconderijos.

' Se sou rico  mereço toda visibilidade ', foi a máxima que passou a dominar a cena nacional desde então.

Como a internete ainda engatinhava, a solução para ser conhecido eram  os programas  de TV's e revistas semanais.

Ser rico ganhou um significado ainda maior após a queda do muro de Berlim, algo como ser alguém de extrema importância, até mesmo muito culto, mesmo sendo um ignorante, como eram e são de fato todos aqueles  que seguem a máxima.

Com isso, os eventos balados passavam a ser frequentados por socialites, jogadores de futebol, traficantes da moda, empresários , artistas de TV e outros, que juntos compunham a nova classe dos  ricos e famosos.

O surgimento da revista Caras turbinou ainda mais  nos ricos a obsessão pela visibilidade, o que o artista Ziraldo , na época, chamou de " uma enorme necessidade de evasão da privacidade".

De fato , tanto que muitos ricos, novos e velhos, faziam de tudo para ter um espaço ao sol, já que como ricos eram importantes, e como tal deveriam aparecer em alguma mídia.

Fazia-se de tudo para poder aparecer na Caras, e até mesmo um reforma no banheiro da casa era motivo para uma reportagem, onde o rico prestava informações detalhadas sobre o novo banheiro, sempre com um sorriso de felicidade e muita desenvoltura nas detalhadas informações prestadas à reportagem. Também informava, com uma riqueza de detalhes impressionante, como seria sua performance na ocupação do espaço e na utilização de utensílios e equipamentos.
Outra artimanha usada pelos ricos para justificar a visibilidade , eram as cirurgias, em que surgiam sempre mais jovens, alegres e repletos de detalhes sobre os procedimentos.

Muitos ricos também se aproveitavam do carnaval, mais precisamente o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro transmitido pela TV globo ( o objeto de desejo de todo rico ) para aparecer diante das câmeras, pois sabiam que teriam alguns momentos de visibilidade, fosse desfilando em uma escola no alto de um carro alegórico como destaque, ou mesmo circulando nos camarotes da passarela do samba Darcy Ribeiro, onde poderiam inclusive mostrar suas novas jóias.

A senha foi dada com a vinheta da TV globo para o carnaval, e os ricos correram para aproveitar;
" na tela da TV no meio desse povo, a gente vai se ver na globo "

Obviamente, e não poderia ser diferente, esse movimento exacerbou a mediocridade na cena brasileira  no tocante a visibilidade dos ricos, principalmente os novos ricos, afoitos pela visibilidade midiática que justificaria a importância que todos julgavam merecer.

O surgimento da internete, fez por diluir nos ricos  a obsessão pelas revistas e emissoras de TV, já que a rede de computadores ganhava espaço e permitia todo tipo de  demonstração , fossem em viagens de férias ou mesmo nos espaços das residências, como pode-se ver nos dias atuais. 

Como bem observado no artigo acima, a cultura foi relegada e expressões de violência e arrogância passaram a ditar a norma "culta" na sociedade.

De certa forma esse comportamento dos ricos é um reflexo da situação do mundo, onde governos foram capturados pelo sistema financeiro, os estados tidos como desnecessários e o darwinismo social torna-se uma realidade.

O resultado de tudo isso, se percebe claramente no estágio de decadência da cultura ocidental.

Como hoje é domingo, muitos ricos devem estar praticando stand up paddle,  a jangada chic.

Ontem, sábado, foi o dia dos ricos demonstrarem felicidade, como seu comportamento estranho pelas ruas de Ipanema e Leblon.

Já, os pobres, ahhhh, esses são felizes , não representam.

A respeito dos ricos, vale a leitura do artigo abaixo do PAPIRO, publicado em 18 de Junho de 2012.

Diz muito sobre todos, mas principalmente os ricos, crianças e de pouca maturidade, infelizes com a imensa quantidade de bens que possuem.

02 de fevereiro de 2015

Japão coloca em órbita um satélite radar espião


Tóquio, 1 Fev 2015 (AFP) -



O foguete japonês H2A colocou em órbita neste domingo um novo satélite radar espião para completar um dispositivo de vigilância e defesa do território, em particular ante a ameaça da Coreia do Norte.

Segundo a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), o satélite de "compilação de informações", foi lançado com sucesso às 10H21 locais (23H21 de Brasília), da base de Tanegashima (sul).

O sistema de satélites espiões foi projetado no fim dos anos 90, em consequência dos temores provocados pela Coreia do Norte.

Permite, entre outras coisas, localizar objetos de pelo menos um metro de comprimento no solo, à noite ou através das nuvens, de uma altitude de centenas de quilômetros.

Também pode servir para recolher dados sobre os danos provocados pelas catástrofes naturais, como terremotos, tsunamis ou tufões.

Fonte: BOL

Nos rejeitos nucleares, quem pode garantir?






por WashingtonNovaes*
fukushima4 Nos rejeitos nucleares, quem pode garantir?
Técnicos acompanham ações de descontaminação em Fukushima. Foto: AIEA/ Maio – 2014

Estranho mundo. Ao mesmo tempo que anuncia que implantará oito reatores nucleares “para fins pacíficos” no Irã – sob protestos de países europeus -, a Rússia começa a construir uma estrutura física para cobrir, 28 anos depois, o abrigo de rejeitos radiativos em Chernobyl, na Ucrânia, onde aconteceu o maior acidente nuclear da História. Enquanto isso, a mesma Rússia informa que vai demolir a “Chernobyl flutuante”, um navio repleto de lixo altamente radiativo de sua frota no Ártico – 21 anos depois que teve sua existência revelada pela revista New Scientist e agora reiterada (13/12/2014). Já o Japão revoga sua decisão de fechar todas as usinas nucleares – que tomara após o acidente na usina de Fukushima, atingida em 2011 por um tsunami – e até volta a exportar arroz daquela área.
Enquanto isso, o Brasil, embora pressionado pela Justiça, não sabe como e quando implantará um depósito definitivo e adequado para os resíduos das usinas Angra 1 e Angra 2, além da terceira unidade, em construção – ao mesmo tempo que a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados rejeita projeto que proibiria novas usinas enquanto não se implantar um depósito definitivo para o lixo nuclear.
O navio russo Lepse, a ser desmontado, tem uma carga radioativa comparável à de césio liberada em Chernobyl e que provém de quatro reatores. A União Europeia teme que essa carga escape e atinja campos de pesca no Ártico. Desde 1994 se oferece para retalhar o navio e remover suas partes para lugares mais seguros. Um grupo de ambientalistas europeus afirma que a recusa se deve ao receio de que se possa saber que o urânio ali contido era mais enriquecido do que permitiriam os acordos internacionais – e demonstraria quanto tempo um submarino militar poderia permanecer ao largo sem ser reabastecido.
O trabalho com o navio seguirá durante todo este ano e em 2016. Mas o problema não se resume a ele: 16 submarinos nucleares, também considerados “lixo”, permanecem ao largo, alguns repletos de combustíveis, e dois deles com reatores a bordo; um terceiro afundou em 2003, quando era levado para a desmontagem; um quarto tem furos no casco, causados por um acidente em 1981. E ainda não se sabe como se resolverá o problema, embora a Comissão de Proteção Radioativa da Noruega tema que a água do mar possa provocar vazamentos – e é apoiada por membros da Academia de Ciências da Rússia. Para complicar tudo, do lado oposto instituições das áreas de petróleo e gás receiam que o problema possa levar a restrições para explorações em áreas problemáticas no Ártico.
Já a decisão japonesa de rever suas posições em matéria nuclear se baseou não nas questões geradas pelo tsunami em Fukushima, e sim em motivos econômicos, uma vez que a suspensão de atividades nas usinas da área levaria a forte aumento nas importações de petróleo, gás e carvão. O país revogou também a decisão de reduzir em 25% suas emissões de carbono, calculadas sobre as de 1990.
As polêmicas têm sido muitas, com cientistas relembrando que no tsunami 18 mil pessoas morreram e 140 mil não puderam voltar para casa. Hoje, estão armazenados num contêiner (ainda não há incinerador) 33 mil metros cúbicos de roupas protetoras contra radiações descartadas por trabalhadores que ali operam (New Scientist, 8/11/2014).
Por aqui, os problemas e advertências levantados na área da geração nuclear parecem cair em ouvidos moucos. Já no começo do ano passado a imprensa informava que as usinas Angra 1 e Angra 2 produziam energia “além de sua capacidade máxima”, por causa da alegada redução no armazenamento de água em reservatórios, que ameaçava o abastecimento no País (Folha de S.Paulo, 17/2/2014). Três meses depois se noticiava (O Globo, 12/5/2014) que Angra 2 corria o risco de ser desligada em 2017, por causa da “saturação dos depósitos de rejeitos radiativos, segundo avaliação da Comissão Nacional de Energia Nuclear”. Para Angra 1 o risco sobreviria em 2018 ou 2019. E não se sabia o que será feito com os rejeitos de Angra 3, em construção. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) havia constatado o “risco iminente de esgotamento dos depósitos de média e baixa radioatividade”, assim como nas piscinas de depósito dos resíduos de alta radioatividade.
Apesar de tantos problemas, continuava-se a discutir a construção de mais usinas, algumas delas no Nordeste, com os rejeitos depositados no Raso da Catarina, reserva ambiental – debaixo de muitos protestos. E um relatório da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) ao TCU informava (14/5/2014) que Angra 2 poderia ser desligada; a unidade de armazenamento de rejeitos precisaria ser construída, ao custo de R$ 577 milhões, para garantir a segurança até 2040 – mas a construção não começara. Para o depósito final o projeto previa investimento de R$ 261 milhões, de modo a que se assegurasse o término até 2019. Já em junho de 2014 a revista Ecológico informava que a União fora condenada a incluir em seu orçamento recursos para esse depósito final.
É, de fato, um tema espinhoso. Nenhum país encontrou solução para o depósito seguro de rejeitos radiativos. Os Estados Unidos, que têm mais de 400 usinas nucleares, começaram a implantar em Yucca Mountain, Nevada, o que pretendiam fosse essa solução final. Mas depois de gastarem mais de US$ 12 bilhões desistiram do projeto, ante as advertências de cientistas de que se tratava de região sujeita a frequentes abalos sísmicos.
O autor destas linhas esteve em Yucca Mountain, com o projeto ainda em andamento. Visitou as obras 300 metros abaixo do solo, sob a montanha. E ao sair entrevistou um representante do Departamento de Energia norte-americano, que assegurava ser tudo muito seguro. Mas quando perguntado (como já se relatou aqui) quem garantiria essa segurança, da qual os cientistas duvidavam, apontou para o céu e respondeu, seco: “Ele”. Ao que parece, a garantia foi retirada.
Fonte: ENVOLVERDE

ONU confirma que 2014 foi o ano mais quente registrado na Terra


O ano de 2014 foi o mais quente registrado na Terra, confirmou nesta segunda-feira (2) a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma instituição especializada das Nações Unidas com sede em Genebra.

A temperatura média do ar no ano passado na superfície do planeta superou em 0,57 grau Celsius a média calculada para o período de referência 1961-1990, que foi de 14 graus. Também supera os máximos de 2010 (0,55 grau acima) e de 2005 (+0,54 grau), segundo a OMM.

"Nosso século conta com 14 dos 15 anos mais quentes. Acreditamos que este reaquecimento mundial se manterá, já que a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera e o aumento da entalpia (calor contido) dos oceanos nos levam a um futuro mais quente", disse seu secretário-geral, Michel Jarraud.

O ano de "2014 é, em valores nominais, o ano mais quente já observado, embora exista uma diferença muito pequena entre os três anos mais quentes", afirmou.

A organização meteorológica calculou que 93% do calor preso na atmosfera pelos gases de efeito estufa, que procedem da exploração de combustíveis fósseis e de outras atividades humanas, está armazenado nos oceanos.

Eles desempenham um papel essencial em termos de regulação térmica do sistema climático mundial. "A temperatura média na superfície dos oceanos alcançou novos recordes em 2014", adverte a OMM.

O organismo lembra que este máximo de calor em 2014 ocorreu na ausência de um verdadeiro episódio do El Niño, um fenômeno que reaquece o clima, e que ocorre quando as temperaturas da superfície do mar, mais altas que o normal no leste do Pacífico tropical, interagem com os sistemas de pressões atmosféricas.

A OMM publicou sua análise das temperaturas mundiais diante da perspectiva de negociações anuais sobre as mudanças climáticas que serão realizadas em Genebra de 9 a 14 de fevereiro. Estas negociações ajudarão a alcançar um acordo na cúpula sobre o clima que será realizada em Paris em dezembro.
Fonte: BOL



É o lixo.


Lixo no espaço, lixo nuclear, lixo em qualquer lugar.

A órbita da Terra se transforma em uma grande lixeira, uma lixeira espacial, assim como o lixo doméstico que é jogado no terreno ao lado, vazio, baldio, ou mesmo um quintal.

Orbitam parafusos, ferramentas, pedaços de satélites, partes de roupas de astronautas, satélites desativados , satélites em operação e sabe-se lá o que mais.

Os anéis naturais do planeta Saturno são reproduzidos no planeta Terra em forma de lixo.

E há ainda o lixo nuclear, radioativo, que permanece em atividade por milhares de anos, e que ninguém sabe o que fazer com ele, o lixo, claro, sendo transportado de um lugar para outro, sem destino, sem solução.

Tudo é lixo, tanto lixo em forma líquida, sólida ou gasosa, sendo que este último, o gasoso, fica na atmosfera, criando uma grande camada que em alguns casos obriga as pessoas a usarem máscaras para poder respirar, sem contar o aumento de temperatura que provoca no planeta.

Grande parte do lixo gasoso deriva de equipamentos criados para que as pessoas se desloquem com maior rapidez e também de instalações que produzem coisas para que as pessoas ganhem tempo.


Ganhe-se muito tempo, porém perde-se tempo de vida respirando gases poluentes e nocivos e , em muitos lugares fica-se até mesmo com dificuldade de respirar.

O lixo líquido, é jogado nos rios, mares e lagoas, sendo que dos rios se retira grande parte da água necessária para o consumo.

Joga-se uma quantidade gigantesca de lixo nos rios, limpos, que ficam sujos, imundos, quase mortos e depois investe-se em grandes instalações para limpar a água que ficou suja.


Abaixo a foto de um rio, sujo. 

RN Lixo RioPinheiros 14 629x446 Tempestades sobre a economia brasileiranota PAPIRO: 
rio Pinheiros, que atravessa São Paulo, totalmente contaminado, em sua passagem por um bairro de luxuosas residências e escritórios. A poluição destruiu muitos mananciais da metrópole brasileira e contribui agora para as penúrias em seu fornecimento de água. 
Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Rio que passa ao lado da casa de um chefe de área, chefe que despeja as suas fezes, dele, não as suas leitor, e de sua família no rio.

Estranho tudo isso.


Lixos sólidos são jogados por todos os lugares e para organizar o despejo do lixo criam-se os chamados lixões, montanhas gigantescas de lixo, que em alguns lugares chegaram a se transformar em atração turística.

O planeta do lixo, é assim pois a civilização que aqui vive, entende, prioriza e pratica, através de seu pacto civilizatório, que a importância das áreas cercadas, onde vivem pessoas supostamente afins, se dá pela quantidade de coisas que se pode acumular, coisas naturais, como grandes extensões de terra cercadas, ou coisas artificiais, fabricadas para serem usadas por pouco tempo e depois jogadas fora como lixo.

Quanto maior o número de coisas pertencentes aos membros de grandes áreas, mais importante é a área, assim como quanto maior o número de coisas que uma pessoa tem, mais importante é essa pessoa.

Grandes áreas tentam invadir e dominar outras grandes áreas, para tomar e se apropriar de mais coisas, mesmo que para isso destruam tudo e matem pessoas.

Pessoas, também , exploram outras pessoas para tomar mais coisas e com isso aumentar sua importância.

Pessoas e grandes áreas que detêm muitas coisas são as que mais sujam o ambiente, e por outro lado, não gostam de pessoas que tem poucas coisas, rejeitando-as como inferiores.


Interessante, e ao mesmo tempo muito estranho, já que todos necessitam dos recursos naturais e são semelhantes, no entanto se vêem como diferentes com supostas superioridades.

Além de tudo isso, são cruéis com outras formas de vida, que consideram como inferiores como animais e vegetais.

 'É uma civilização suja e muito primitiva, em um estágio ainda bem limitado de desenvolvimento, apesar de produzirem algumas coisas interessantes'

Assim terminou o breve relato dos visitantes, oriundos de um planeta da Galáxia de Andrômeda, que por aqui estiveram.

Tão logo perceberam como as coisas funcionam por aqui, trataram de ir embora.


06 de fevereiro de 2015

Escritora testa dietas malucas dos famosos e conta o resultado

Por Leoleli Camargo , iG São Paulo 

Entre ovos crus no leite, algas e sopa de repolho, a americana
Rebecca Harrington comeu de tudo (ou nada) e revela que
sentiu fome, enjoo e até tremedeiras


Divulgação / Michael Lionstar


Rebecca Harrington: a melhor dieta foi a de Gwyneth Paltrow, o problema era o preço

A obsessão das revistas femininas com o tema dieta sempre intrigou a jornalista e escritora americana Rebecca Harrington, de 29 anos. Quando se deu conta do quão bizarros eram os regimes adotados por algumas celebridades, ela resolveu ir a campo e viver a rotina alimentar de famosos como Marilyn Monroe, Beyoncé, Gwyneth Paltrow e Madonna, entre outros.

O resultado dessa experiência que lhe rendeu muita fome, enjoos e até tremedeiras está no divertido I’ll have what she is having – My adventures in celebrity dieting (Quero o que ela está comendo – Minhas aventuras com as dietas das celebridades, em tradução livre), ainda sem previsão de publicação no Brasil.

Para compor o grupo de celebridades cujas dietas testaria, Rebecca começou colocando o nome do famoso e a palavra diet (dieta, em inglês) no Google. Entre tudo o que surgia na tela, ela separou então as dietas das celebridades que lhe pareceram mais divertidas ou estranhas e seguiu cada uma por uma semana.

Não foi uma tarefa propriamente fácil, explicou Rebecca em entrevista ao iG. Algumas eram tão absurdas que a jornalista não conseguiu cumprir o total de dias inicialmente proposto. Foi o caso do regime do designer de moda Karl Lagerfeld, cujo princípio de emagrecimento se baseava em consumir, entre outros alimentos de constituição ou preparo exóticos, codornas e Coca Diet. Destas últimas eram umas dez por dia. Sofrendo com tremedeiras e muita, muita fome, Rebecca decidiu encerrar o experimento no quarto dia. Outro regime que colocou a jornalista à prova foi o de Marilyn Monroe.

Mas, e quanto ao objetivo básico da grande maioria das dietas, que é perder peso? Rebecca disse ao iG que em praticamente todos os regimes conseguiu perder de gramas a quilos, mas ganhava tudo de volta depois que a dieta acabava. A mais eficaz em perda de peso, disse a jornalista, foi a dieta que a cantora Beyoncé adotou logo depois do nascimento da filha Blue Yvy. “Foi a dieta mais bizarra e a mais difícil de seguir. A mulher sobrevivia à base de ovos crus no leite, carnes, e sundaes com calda de chocolate. Era nojento. Eu mal tive estômago para fazer”, contou.
“A dieta dela me fez perder 5 quilos, mas consistia basicamente em viver de limonada. Não dá para viver assim”, disse.

No quesito melhor regime para adotar para o resto da vida, a escritora premiou a atriz Gwyneth Paltrow. Os alimentos consumidos na rotina alimentar da atriz eram frescos, gostosos e Rebecca conseguiu emagrecer 2 quilos sem passar fome. O grande problema foi o preço, um desafio enfrentado também com a dieta de Jackeline Kennedy – reza a lenda que a mulher de JKF tinha o hábito de comer apenas uma batata assada coberta com creme azedo e caviar beluga uma vez ao dia.

“É extremamente caro viver como uma celebridade”, conclui.

Fonte : IG
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Ricos, famosos e celebridades não são apenas ricos , famosos e celebridades.
Eles também são cômicos.

Quando o assunto é dieta, o delírio é total.
Não apenas dieta, como alimentos em geral.

Lembro uma ocasião em que estava comprando algumas coisas em um supermercado de ricos da zona sul do Rio de Janeiro, precisamente em Ipanema.
Estava na fila, já próximo ao caixa, e nas mãos um pão de forma e duas latas de sardinha.
Atrás de mim, uma senhora muito bem vestida e elegante, pelo menos na aparência, sem me conhecer e sem que eu falasse nada, me olhou nos olhos , e com olhar de desprezo, disse em voz um pouco alta:
-  eu compro isso - apontando para as latas de sardinhas - com frequência, mas é para dar de comida aos meus gatos.
Não deixei a agressão barata e de bate pronto perguntei para a Senhora rica:
- quer dizer, então, que a Sra. come ração ?
Minha reação, espontânea e direta, no mesmo volume de voz da abordagem feita pela Sra  rica, motivou risos em um moça que já tinha passado pelo caixa e estava ensacando seus produtos. Sorriu , de forma discreta, com a mão na boca e escondendo o rosto.
No entanto, a moça da caixa, disparou uma deliciosa e sincera gargalhada, o que deixou a Sra rica furiosa fazendo com  que me olhasse, com cara de nojo, de baixo para cima ( eu estava com minhas inseparáveis  sandálias franciscanas, bermudas e uma camiseta de estampa indiana ) e disparasse:
- gentinha .
Como já tinha passado pela caixa, ignorei a Sr.a rica que come ração para gatos e , obviamente, saí do supermercado em risos.

Ricos são assim mesmo, seja com alimentação e também como outras situações inusitadas.

Aqui no Rio de janeiro, os ricos podem ser vistos no comércio popular da rua da Alfândega, conhecido como SAARA.
No entanto, como o comércio do lugar é popular, as senhoras ricas usam disfarces para circular pelas  ruas lotadas do SAARA.
É comum vê-las com grandes óculos de sol e chapéus com abas onduladas, sendo que o chapéu é colocado na cabeça de forma estratégica, de maneira que uma ondulação que ajude a esconder o rosto, fica na parte da frente.
Essa preocupação é para que não sejam reconhecidos , o que se acontecesse seria algo como um final de carreira, um desastre, já que a maioria que circula pelo local é de classe média, ou pobretões como os ricos gostam de dizer.

Ricos, famosos e celebridades, não são apenas ricos , famosos e celebridades.
Eles também são cômicos.

Outra prática muito comum e apreciada  pelos ricos, pode ser observada nos aeroportos , pelo menos aqui no aeroporto Tom Jobim.
Quando vão viajar para o exterior, os ricos , famosos e celebridades, gostam de chegar cedo no aeroporto Tom Jobim.
Tão logo chegam ao aeroporto fazem o check in e depois ficam circulando com a bagagem de mão em um carrinho e o cartão de embarque, com o código do destino,  em lugar estratégico, a vista de todos,  para ser notado.
Caso a viagem seja para um país do hemisfério norte, como são a maioria, e por lá seja inverno, os ricos gostam de passear com um pesado casaco de frio a mostra sobre a bagagem no carrinho.
Esse passeio  costuma acontecer, de preferência, no terminal de voos domésticos do aeroporto Tom Jobim.

No exterior, principalmente na Europa, os ricos , famosos e celebridades se superam em suas esquisitices.
Atualmente é muito comum ver os selfies, que os ricos postam nas redes sociais, quando em viagens ao exterior.
Recentemente o casal do jornal nacional , da TV globo, postou fotos sentados no banco dentro de uma vagão de um metrô de Paris.
Populares, não ?
No entanto, aqui no Brasil , jamais andariam de metrô, ,mesmo sendo o metrô do Rio de Janeiro similar ao metrô de Paris, tanto na concepção como nos horário de rush .
Aliás, nos horários de grande movimento de pessoas , todos os metrôs de grandes cidades são iguais, ou seja, andam superlotados.
Viajar de metrô no Rio de janeiro é coisa de pobre , já em Paris é chic, isso segundo os ricos, famosos e celebridades.

Ainda sobre metrôs, recentemente foi inaugurada mais uma estação do metrô em Copacabana, bairro do Rio de Janeiro.
A estação fica em um local conhecido como Cantagalo, onde existe uma favela com o mesmo nome  em um morro próximo.
Os ricos do local  não gostaram que a estação fosse chamada de Cantagalo, certamente por causa do nome da comunidade pobre, e chegaram a pedir a mudança de nome .
Ocorre que alguns ricos  que residem na região, em alguns caos,  tem seus apartamentos a uma distância de no máximo 50 metros da comunidade do Cantagalo, porém  não se acham inseridos no local.

Outra esquisitice dos ricos, é quando estão de férias em alguma praia por aqui no Brasil.
É comum vê-los em fotos, postadas por eles mesmos nas redes sociais, fazendo piruetas na praia, ou dando saltos mortais, com expressões de imensa alegria.
No entanto, quando estão nas praias aqui do Rio de Janeiro, principalmente as praias da orla internacionalmente famosa, comportam-se como se estivessem em uma recepção no salão de um palácio real, já que , alegria , piruetas, saltos, gritaria, é coisa de pobre, gentinha.

Certa ocasião, uma amiga em comum, pobre,  estava fazendo um serviço de manutenção de computador na casa de uma família rica.
A amiga, como muito esforço, juntou um dinheirinho e fez uma viagem de férias , por vinte dias, na cidade de Paris.
Com pouco dinheiro, ficou hospedada em hotel simples, no centro da cidade.
Quando fazia a manutenção do computador  na casa dos ricos, no bairro do Leblon, zona sul carioca, ouvia a conversa da dona da casa com uma amiga, também rica,  que estava no local acompanhando o trabalho.
Minha amiga estava inserindo no computador , fotos da última viagem da dona da casa, que eufórica e mostrando superioridade, falava dos locais e situações de cada foto que aparecia na tela.
Ao inserir as fotos , logo percebeu que eram da cidade de Paris, e mais ainda, de locais onde estivera , poucos dias atrás.
Em uma determinada foto, a dona da casa, em total  exibição diante da colega, falou do local que aparecia na foto e que ficara hospedada ali perto.
Minha amiga, percebeu, que o local era o mesmo em que estivera , e que ali tinha somente um hotel, simples, de duas estrelas, frequentado por pessoas com pouco dinheiro, como ela mesma.
Imediatamente minha amiga interrompeu a conversa e olhando para a dona da casa disse - já perguntando pedindo confirmação -  o nome do hotel.
Imediatamente a expressão da dona da casa mudou , a boca já  não encontrava uma posição, e perguntou como a menina conhecia o lugar.
Minha amiga explicou a viagem de férias, e, logo depois, ouviu uma série interminável de justificativas, riquíssima  em detalhes, proferidas pela dona da casa, quanto a escolha de um hotel vulgar e barato na cidade luz.

Ricos, famosos e celebridades não são apenas  ricos , famosos e celebridades.
Eles também são cômicos.

Estamos hoje, próximos do carnaval e, no carnaval, os ricos não deixam por menos.
O desfile das escolas de samba é um momento onde os ricos, famosos e celebridades, adoram , pois sabem que podem aparecer ao máximo, na festa popular, ao ritmo do samba, que tem origem nos negros africanos.
Os ricos, famosos e celebridades, sempre conseguem um lugar de destaque  no desfile das escolas de samba, principalmente aqui no Rio de Janeiro.
Aqueles  ricos que não conseguem aparecer nos desfiles frequentam os camarotes da Passarela do Samba Darcy  Ribeiro, pois sabem que tais camarotes, recheados de celebridades, famosos e ricos, serão notícias  com grande destaque  nas revistas semanais após o carnaval.
Além disso, os programas de TV dedicados aos ricos , famosos e celebridades, também disponibilizam grande e generoso  tempo falando e apresentando cenas dos camarotes.
O samba propriamente dito, assim como a explosão de arte e cultura proporcionada pelas escolas de samba não tem a mesma repercussão na velha mídia  que o vai e vêm de ricos, famosos e celebridades pelos camarotes da Passarela do Samba Darcy Ribeiro, local do maior espetáculo da terra, onde o samba reina, samba que tem origem nos negros africanos, produzido por pessoas que fazem compras no comércio popular da Rua da Alfândega, que usam transporte coletivo, que vez por outra poupam um dinheirinho e viajam para o exterior, e que quando frequentam as praias produzem as mais alegres, espontâneas e sinceras piruetas.

Realmente, os ricos, famosos e celebridades não são apenas ricos.
Eles também são cômicos e pobres.













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