terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Disque -Seca em Sampa

Sabesp lança o”Disque-Seca” e, afinal, 

assume racionamento: 


até 18 h sem água por dia

27 de janeiro de 2015 | 10:58 Autor: Fernando Brito
carrospipa
Finalmente a Sabesp, ainda que continue fugindo da falar em racionamento, assume na prática que está havendo um, sistemático e com hora marcada, para quase todos os moradores de São Paulo.

É o 195, o “Disque-Seca”, telefone pelo qual os paulistanos ficam sabendo a que horas não vai entrar água em suas caixas d’água e o horário em que ela vai voltar a ser fornecida.

Ou seja: qual é o período de racionamento.

Embora o repórter do Estadão não perceba, no meio de sua matéria há a primeira informação numérica de quanto está havendo de redução do consumo por corte, não por atitude dos próprios consumidores economizando água.

E o número é este: 60% do que se gasta a menos é provocado por falta d’água, não por “consumo consciente”.

Como a redução do fornecimento de um ano para cá chega a 15 ou 16 litros por segundo, 60% disso representam perto de 10 mil litros por segundo, ou 850 milhões de litros por dia.

Quer tornar isso concreto? 
Essa quantidade de água corresponde 85 mil caminhões- pipa, todos os dias. 
Uma fila de veículos  que iria e voltaria toda a distância entre São Paulo e Curitiba.

Este é o tamanho da “restrição hídrica” do governador Geraldo Alckmin.

Que a seca é grave, gravíssima, ninguém deixa de reconhecer e, ontem, aqui se mostrou a dramática restrição das chuvas.

Mas não é possível que 15 ou vinte minutos de queda de energia elétrica num dia sejam um escândalo e 18 horas sem água todos os dias sejam “coisa da vida”.

Fonte: TIJOLAÇO
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E o racionamento de água foi assumido pelas autoridades paulistas.

Algo que o PAPIRO e todos os blogues e sites ditos "sujos" já vinham anunciando desde o início de 2014.

Por outro lado, o lado dito "limpo", a velha mídia, vem  ignorando e omitindo essa realidade com o intuito de , inicialmente, garantir a reeleição de Geraldo Alckmim ao governo de São Paulo e, atualmente, evitar a morte da candidatura do tucano para a presidência da república em 2018.

Para que o volume da tal candidatura não se transforme em terras secas, a velha mídia , espertamente, retardou ao máximo as notícias sobre  o caos hídrico em São Paulo, pois, persistindo a ausência de chuvas, como vem acontecendo, outros estados e cidades também seriam afetados com possíveis restrições ao consumo de água e, assim sendo, a incompetência dos anos de gestão tucana em São Paulo seriam diluídos na estiagem total e , claro, em uma suposta  "incompetência " do governo federal.


É o que estamos assistindo atualmente no noticiário de rádios, jornais  revistas e emissoras de TV da velha mídia.


Uma manipulação grosseira em que as pessoas reais são as mais prejudicadas, pois a verdade não é apresentada de forma transparente.


Adicione-se a estiagem de informações fidedignas, uma confusão proposital sobre escassez de água e racionamento de energia, sendo a última de competência, ou incompetência , do governo federal.


E de fato tem sido assim, tanto que muitos veículos da velha mídia tem alardeado o possível racionamento de água no ...Rio de janeiro e em... Minas Gerais.


É importante informar que tal racionamento  no Rio e em Minas ,que tanto excita a velha mídia , não é nenhuma peça de ficção, no entanto,  se de fato vier a acontecer, as razões para a corte no abastecimento de água são totalmente diferentes de tudo que vem motivando o racionamento de água no estado de São Paulo .


Em São Paulo, a estiagem atual agravou a falta de planejamento dos governos tucanos, que por mais de dez anos já tinham conhecimento da necessidade de nossos investimentos em sistemas de captação, já que os atuais vem se revelando incapazes de suprir a necessidade de água , principalmente  da região metropolitana de São Paulo.


Os casos de Rio  e de Minas, caso venham a sofrer racionamento de água, serão oriundos, em grande parte, na estiagem atual do país.


Mesmo alardeando sobre os possíveis racionamentos em Minas  e no Rio, os governos desses estados estão empenhados, no momento, em lançar campanhas de economia de água, ou seja, uma fase anterior ao racionamento, caso de fato venha se concretizar.


No entanto, para a velha mídia, o racionamento é uma realidade geral na região sudeste, já que São Paulo , de fato, está , racionando a distribuição de água para a população.


Se não bastasse essa manipulação, um possível "apagão" de energia elétrica estaria espreitando o país, já que os reservatórios das hidrelétricas estão com níveis bem abaixo do desejado.


Por outro lado tal apagão, que de fato seria um racionamento de energia elétrica, também não é nenhuma peça de ficção, caso as chuvas não venham e, como bem sabe o leitor, a maioria da energia elétrica gerada no pais tem como principal fonte as usinas hidrelétricas.


Proliferam imagens nas emissoras de TV de residências sem água, sempre igualmente distribuídas nos estados do Rio, São Paulo e Minas. 

Ou seja, tudo para que  o volume da candidatura de Geraldo Alckmim não se transforme em pó. 

Ontem, em um programa da rádio Band News FM do Rio de Janeiro, um engenheiro que estava sendo entrevistado sobre as questões hídrica e energética, afirmou que setores da sociedade estão estudando medidas judiciais para obrigar a velha mídia a informar corretamente a  população sobre as questões da água e de energia. 

Tão logo fez tal afirmação, a âncora da emissora agradeceu e, sem disfarçar o constrangimento,  encerrou a entrevista. 
Como qualquer bom jornalista que segue a pista dada pelo entrevistado para um novo questionamento, a âncora não explorou o assunto das medidas judiciais. 
Entende-se , o assunto falava da imprensa.

Tudo o que vem acontecendo, quando devidamente esclarecido à população, deveria desencadear um debate saudável sobre a realidade das alterações climáticas, novas formas de geração de energia elétrica e um novo entendimento sobre a importância no consumo de água, assim como novas formas de captação.


É provável que tal debate venha a ocorrer , no entanto jamais será saudável, honesto e limpo, já que será mediado pela velha mídia.




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