sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A verdade doeu na colunista do jornal o globo

eA verdade não dói. O que dói é a falta de caráter


Jornal do BrasilDavison Coutinho








A entrevista da jornalista Silvia Pilz, de O Globo, à BCC, tentando justificar a sátira aos pobres que usam planos de saúde, saiu pior que as ofensas por ela proferidas em seu preconceituoso artigo. Ontem, tive o desprazer de ler mais um artigo, onde ela ataca com ofensas pesadas o que chama de "o novo pobre".
Para nossa alegria, o pobre pode um dia se tornar rico, mas a maior pobreza de todas, a de espirito, é incurável. E fazendo uso das palavras de Silvia, "essa doença o plano não cobre"!
Se um texto ofensivo como esse pode ser chamado de humor, ou sátira, essa jornalista quequer ser engraçada e polêmica deveria ter escolhido trabalhar no circo ou animar festas. Com certas coisas não se brinca!
Existem, sim, limites, e a condição social de cada um deve ser respeitada, e não ironizada com palavras hediondas. Basta ir a um hospital público, onde as pessoas morrem nas filas, para ver a necessidade de ter acesso à rede privada de saúde.
Convido a jornalista Silvia para conhecer de perto a realidade de uma favela ou de alguma periferia de nosso país para ver como vivem os "pobres" que ela tanto ironiza. São esses mesmos pobres que servem, atendem, limpam casas, cuidam dos filhos, são motoristas de pessoas como ela, enquanto aproveitam o conforto da riqueza.
Convido ela também para conhecer a riqueza da produção cultural das nossas comunidades, nossas artes, nossa abundância de espirito, de solidariedade humana, afeto e amor. Ouso pedir o endereço da jornalista para lhe enviar um exemplar de meu livro, escrito por um morador de favela, que usa o plano de saúde, que faz filho, que enche a cara no final de semana com som alto e churrasco, que gosta de pastel de camarão com catupiry, mas durante a semana desenvolve um trabalho social de inclusão de jovens, cursa pós-graduação em uma das melhores faculdades privadas do país e luta pelos direitos da comunidade. 
Só mesmo um jornal, onde os donos foram apontados pela revista Forbes como a família mais rica do Brasil, com bens estimados em US$ 30 milhões, permite que uma jornalista escreva que não gosta de pobre. Um  jornal que deveria ser usado para informar o povo e não ridicularizar uma classe. 

E pra finalizar, gosto de Zeca Pagodinho: "deixa a vida me levar, vida leva eu..."

Fonte: JORNAL DO BRASIL

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ta-f

A colunista de o globo deu uma entrevista à BBC para se justificar sobre o artigo que escreveu no jornal o globo sobre os pobres.


É o que diz o JORNAL DO BRASIL no artigo acima, de hoje, sexta feira 16 de janeiro de 2015.

Vale lembrar que o artigo de o globo, atacando os pobres, "coincidentemente" aconteceu 10 dias após a publicação do artigo do PAPIRO  intitulado FAVELAS ( leia abaixo ) de 2 de janeiro de 2015.

Pelo que todos conhecem da linha editorial de o globo , e também sobre os valores que predominam nas empresas do grupo globo, o artigo do PAPIRO, FAVELAS, deve ter incomodado muita gente do jornal carioca que não gosta dos pobres, inclusive, a autora do artigo que critica os pobres.

O artigo do PAPIRO retrata uma realidade da cidade do Rio de Janeiro e  apresenta os grandes conglomerados urbanos como favelas, evoluídas ou não.

No caso do Rio de Janeiro, as favelas se misturam por conta das diferenças de classes sociais, criando comportamentos específicos por parte dos favelados pobres e dos favelados ricos.

Para minimizar a dura realidade - que mesmo assim feriu  e machucou a colunista de o globo -  O PAPIRO procurou retratar a realidade de uma forma poética, inspirando-se  na beleza da cidade do Rio de Janeiro, especificamente no conglomerado humano que habita a região da fotografia, motivo do texto.

Como já tem se tornado uma prática corriqueira, o globo passou recibo, e acusou o golpe,ao que tudo indica um golpe dolorido.

Interessante observar que não apenas  O PAPIRO como toda a blogosfera progressista vem , cada vez mais, pautando diferentes assuntos , ou seja, não são pautados, pautam-se.


a, 2 de janeiro de 2015

Favelas       sexta-feira 2 de janeiro de 2015

A foto acima é da cidade do Rio de Janeiro.
 

Deve ter sido tirada da Ponta do Arpoador, revelando as praias de Ipanema e do Leblon.
 

O metro quadrado mais caro da cidade, principalmente para as residências na orla, com vista para o mar.
 

Ao fundo, e bem no centro da foto, o Morro Dois Irmãos, que já foi cantado em canção por Chico Buarque.
 

Dois irmãos, pois são duas montanhas próximas e parecidas.
 

Ao lado esquerdo do Dois Irmãos, um conglomerado de casas, subindo pelo morro, comendo a vegetação.
 

É a favela do Vidigal, considerada uma favela rica.
 

Ao lado direito do Dois Irmãos, a vegetação resiste.
 

Bem mais ao fundo na foto, a esquerda, a Pedra da Gávea, local onde dizem existir inscrições supostamente feitas pelos fenícios, em tempos distantes.
 

A direita, ao lado da vegetação do Dois Irmãos que resiste, uma grande concentração de edifícios, a maioria na orla da praia, onde vivem os mais ricos.
 

Milionários e favelados, vivendo próximos uns dos outros, ambos com uma bela vista para o mar.
 

Privilégio para poucos.
 

Favelados, em sua maioria, que trabalham como prestadores de serviços para os ricos ao lado.
 

Marceneiros, funileiros, instaladores hidráulicos, gasistas, pintores, empregados domésticos, mecânicos de automóveis, pedreiros e ,vez por outra algum entregador de drogas.
 

Os ricos gostam dessas facilidades, mas não gostam dos pobres , pretos e favelados.
 

Os pobres da favela do Vidigal, vivem amontoados, em vielas.
 

Os ricos da orla, também vivem amontoados, em prédios de luxo.
 

Na favela, vez por outra, alguém vai preso por cometer um crime, quase sempre um assassinato.
 

Na orla luxuosa, comentem-se muitos crimes, lavagem de dinheiro,  sonegação de impostos ,por exemplo, mas ninguém vai preso.
 

Na favela vez por outra acontecem brigas que vão as vias de fato, com muitos socos e pontapés.
 

Nos condomínios de luxo também, vez por outra os ricos saem no tapa.
 

Os amontoados da favela, somente recentemente viram chegar os serviços do estado, como coleta de lixo,água e policiamento.
 

Os amontoados de luxo já recebem esses serviços por muitos anos.
 

Em toda orla Ipanema - Leblon, existe uma pequena parte para que os amontados pobres possam frequentar , o restante da praia é frequentada pelos amontoados de luxo.
 

Interessante, que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 

Na favela os moradores tem eletrodomésticos e computadores e mesmo carros, usados, claro.
 

Os amontoados de luxo tem todos os eletrodomésticos, carros do ano, computadores e todo tipo  de tecnologia moderna.
 

De uma maneira geral, amontoados de luxo ou favelados, desfrutam da tecnologia.
 

No entanto, quando se cruzam pelas ruas, os ricos não gostam de olhar para os pobres.
 

De longe, pelo registro de uma máquina fotográfica, ou um olhar aéreo de uma aeronave,  pode-se afirmar que tudo é favela, todos vivem amontoados, de uma forma ou de outra  vivenciam as mesmas situações, de formas discretas - os ricos - ou escancaradas - os pobres.
 

Interessante que ao fundo o morro Dois Irmãos.
 

Favela High tech é um excelente livro, creio de um urbanista brasileiro, que assim define  a cidade de Tóquio, capital do Japão. 

Amontoados, ricos ou pobres.

Interessante que ao fundo o Morro Dois Irmãos.

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