sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Armação no esporte bretão

Estudo revela que mais de mil partidas podem 


ter sido manipuladas


Uefa encomenda levantamento, que estudou cerca de 40 mil jogos. Destes, 1,4 mil estão sob suspeita pela entidade


Michel Platini - Eurocopa 2020 (Foto: Fabrice Coffrini/ AFP)
A credibilidade da elite do futebol está em jogo. Principal empresa de monitoramento de apostadores no esporte bretão, a Sportradar investiga aproximadamente mil partidas que podem ter tido seus resultados manipulados no mundo desde 2009. Contratada pela Uefa, ela diz que o número não inclui o Brasil, que é taxado como um país de 'alto risco' no que tange à manipulação de resultados.

Segundo o "Estadão", 40 mil jogos foram observados pelos especialistas da empresa. Desse montante, mais de 1,4 mil foram considerados suspeitos. A Sportradar classificou 997 partidas como 'altamente suspeitas', e o problema maior é que elas tenham sido compradas por apostadores que, cientes do placar, faziam aplicações milionárias em casas de apostas da Ásia.

O estudo mostra um dado alarmante: as ligas inferiores não são as mais antingidas. Suspeita-se que a manipulação é feita três vezes mais intensamente nas divisões de elite. Do total, 78% dos casos registrados são de partidas das primeiras divisões.

E o levantamento vai além: 88% dos casos são de jogos de campeonatos nacionais na Europa, América do Norte, Ásia e Oceania; 6% seriam de duelos internacionais de clubes e outros 6% envolveriam seleções. Menos de 1% seria proveniente do futebol feminino ou categorias de base.

A empresa não fez o levantamento no Brasil porque, segundo o "Estadão", a CBF ou alguma federação não fez o convite para a realização de uma análise da situação. Apesar disso, o país entra na seara dos locais de 'risco'. A justificativa é que nas casas de apostas da Ásia há possibilidade de se colocar um montante de dinheiro em jogos da segunda divisão de São Paulo, por exemplo. Ao mesmo tempo, os clubes estão com dívidas, o que poderia agregar elementos para a atuação de grupos criminosos, comprando árbitros e jogadores.

Fonte: LANCE

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Em seis anos mas de mil partidas de futebol podem ter tido seus resultados manipulados.

Não, não é no Brasil, isso acontece na Europa, o futebol mais rico  e "organizado"do planeta.

O futebol europeu, é cantado e admirado pela imprensa esportiva brasileira como um exemplo de técnica e organização.

Na rádio CBN, do grupo globo, o futebol europeu é enaltecido quase que diariamente, enquanto o futebol brasileiro e sul americano  em geral é constantemente retratado como atrasado, desorganizado e ainda sobram chacotas para os jogadores brasileiros, sem o mínimo de respeito com profissionais.

As competições sul americanas , como a Taça Libertadores e a Copa Sul americana, são veementemente criticadas pela desorganização e baixo nível dos espetáculos e das péssimas condições dos equipamentos esportivos.

Até mesmo um jogo de uma equipe brasileira pela Taça Libertadores de América, o Fluminense, na cidade de Guaiaquil  no Equador contra a equipe local do Emelec, foi motivo de chacota na rádio CBN por ser a cidade daquele país um grande produtor e exportador de bananas e derivados.

Agora, provavelmente, estamos diante do maior escândalo de manipulação de resultados de partidas de futebol que se tem conhecimento na história desse esporte.

E isso na Europa, a decadente Europa.

O Brasil , como afirma o artigo do LANCE, não foi monitorado, mesmo sendo considerado pelos europeus como uma praça de alto risco para manipulação dos resultados de partidas.

É bem provável, quase certo, que manipulações de resultados aconteçam em campeonatos pelo Brasil, considerando que o grupo Globo e CBF , que comandam o futebol no país, não inspiram confiança no tocante a lisura e a ética, haja visto o grande número de denúncias envolvendo ex-presidentes da CBF e a própria emissora detentora dos direitos de transmissão dos principais campeonatos nacionais e regionais.

No entanto, por aqui nada é apurado, todos estão soltos, vivendo até mesmo em outros países para fugir de possíveis constrangimentos com a justiça.

Diante dessa denúncia, nossa alegre e colonizada imprensa esportiva provavelmente dirá que a organização do futebol europeu é tão boa, que até mesmo crimes como a manipulação dos resultados são investigados e apresentados.

Curiosamente, quando se trata de investigação do governo brasileiro sobre corrupção de uma maneira geral, nossa imprensa não adota o mesmo discurso.

Seletividade a parte, uma liga nacional  comandada pelos clubes, seria o caminho de independência para o futebol brasileiro.

A mesma liga, que embrionariamente se configurou como o clube dos 13 e que foi , propositalmente, eliminada pela Rede Globo.

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