domingo, 18 de janeiro de 2015

O manchetômetro é revelador

Demorou para Francisco ser atacado pela imprensa
Postado em 17 jan 2015
Francisco está certo e eles errados
Francisco está certo e eles errados
Finalmente a mídia começou a criticar o Papa Francisco.
Demorou, visto que o papa representa o exato oposto daquilo pelo que se batem os donos das grandes empresas jornalísticas.
Desde o primeiro momento de seu pontificato, Francisco tomou o partido dos pobres. Em quase todos os seus pronunciamentos, ele investe contra a desigualdade social.
Francisco captou magistralmente o Zeitgeist, o espírito do tempo. Com sua pregação vigorosa e ainda assim bem humorada pela igualdade ele retirou o Vaticano das sombras da irrelevância em que sucessivos papas inoperantes o atiraram.
O motivo encontrado pela mídia para atacá-lo foram suas declarações sobre os limites da liberdade de expressão, no rastro do caso do jornal Charlie Hebdo.
Evidentemente, Francisco está certo e seus críticos errados.
A liberdade de expressão tem limites. Isso não significa aprovar o massacre dos cartunistas, como aliás fez questão de dizer Francisco.
Mas que há limites, isso é inegável.
Há cem anos, aproximadamente, o juiz americano Oliver Wendell Holmes, da Suprema Corte, colocou isso brilhantemente.
Você não pode gritar fogo num auditório cheio e depois alegar liberdade de expressão, escreveu Holmes. (Outra frase de Holmes que colide com nossos barões da sonegação: “Imposto é o preço que pagamos por uma sociedade civilizada.”)
Hoje, na maior parte dos países ocidentais desenvolvidos, você pode ser enquadrado como defensor do terrorismo caso diga ou escreva certas coisas.
Indo para o mundinho cotidiano das redações das companhias jornalísticas brasileiras, a liberdade de expressão de cada jornalista significa a concordância com a essência das ideias dos donos.
É uma regra não escrita, e não admitida pelos colunistas, mas é perfeitamente entendida, respeitada, acatada e seguida.
É o chamado colunismo patronal, ou chapa branca, ou pelego. Ironicamente, os colunistas patronais são aqueles que mais lançam acusações contra jornalistas independentes do mundo digital.
É como se estivessem olhando o espelho. Sua função é defender os interesses econômicos dos patrões e amigos.
O papa já manifestou desprezo por este tipo de mídia. Ele sabe quanto ela contribuiu para a desigualdade econômica, da qual tira um proveito indecente.
Francisco é uma voz poderosa contra tudo isso. Por isso é atacado. Quanto mais ele for atacado, melhor ele estará fazendo o precioso trabalho de combater a iniquidade que envergonha o Brasil e, de forma geral, a humanidade.
Que venham mais pancadas contra ele por parte dos colunistas patronais, portanto.

Fonte: DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
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Manchetômetro voltou: 

Dilma sob fogo cerrado

18 de janeiro de 2015 | 10:50 Autor: Miguel do Rosário
manchetometro
O Manchetômetro está de volta.
E o que ele mostra é o acirramento da guerra midiática contra o governo Dilma, conforme se pode ver no gráfico acima.
Em seus editoriais, o tratamento que a mídia dá ao governo é só paulada.
Ela está no seu direito. Mas é também direito nosso saber que isso acontece, por isso a importância do manchetômetro.
O que não é direito é uma democracia com a magnitude e complexidade da nossa ter a sua agenda política pautada por três jornais que engordaram e se enriqueceram na ditadura, lutando contra a democracia.

O gráfico acima representa, nas próprias palavras do Manchetômetro, a cobertura agregada dos três jornais impressos estudados (Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo) e do Jornal Nacional, com o número de editoriais favoráveis, neutros e contrários a Dilma Rousseff nas páginas de opinião dos jornais impressos a partir de 27 de Outubro de 2014.
Fonte: TIJOLAÇO
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Terminado o barulho midiático em defesa da liberdade expressão por conta do atentado no Charlie Hebdo, a velha mídia brasileira volta suas baterias para o governo Dilma, sem antes desferir alguns golpes em Francisco, já que o Papa defendeu a liberdade de expressão de fato, para todos.

   
No uníssono bovino midiático - que de tão afinado obscurece a razão - onde jornalistas, artistas, humoristas, chargistas e também muitos vigaristas repudiaram a violência contra o semanário francês , não coube espaço para uma palavra , um traço, sobre a realidade que assola as liberdades de expressão, tanto no Brasil como em outros muitos países pelo mundo.
Jornalistas e blogueiros são presos e assassinados e muitos censurados e processados, como o blogue satírico FALHA DE S. PAULO, logo ali, diante dos narizes de humoristas, chargistas, jornalistas e vigaristas, que repudiaram a violência contra a liberdade de expressão no...Charlie Hebdo.
E de fato, tão logo abordagens críticas passaram a surgir, principalmente na internete, a velha mídia e seus colunistas foram deixando de lado o assunto do Charlie, ignorando os questionamentos sobre o real significado de liberdade de expressão,e voltando a atenção do noticiário para a demonização constante do governo Dilma.

O manchetômetro é revelador.

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